(republicação)
Em 12.02.2015 o Respeitável Irmão Ivan Luiz Emerim, Comissão de Instrução da Loja Duque de Caxias III Milênio, REAA, Grande Oriente do Rio Grande do Sul, Oriente de Caxias do Sul, Estado do Rio Grande do Sul, solicita os esclarecimento que seguem:
ilemerim@gmail.com
Inicialmente quero lhe saudar com um TFA almejando que o Irmão esteja em plena saúde. Com respeito à força física e intelectual observo pelas suas respostas no JB News que está também sempre muito atento e atendendo aos consulentes com o tradicional conhecimento, propriedade e atenção. Por este meio estamos sempre aprendendo, esclarecendo e, consequentemente, nos policiando e retransmitindo aos nossos Irmãos, tanto Aprendizes, Companheiros, principalmente, bem como os Mestres.
Retorno novamente para lhe pedir instruções ou esclarecimentos sobre a complementação de uma questão respondida há poucos dias no JB News com respeito à ASSENTO NO ORIENTE. É o seguinte: Nos casos em que a Loja faça uma SESSÃO PÚBLICA surgiram algumas dúvidas que passo a lhe solicitar esclarecimentos:
1 – Profanos podem tomar assento no Oriente? Neste caso existe deferência para autoridades políticas, civis, militares ou eclesiásticas, palestrantes profanos da ocasião?
2 – E quanto às mulheres, mesmo aquelas homenageadas (tipo Dia das Mães), palestrante, idosa, etc.?
3 – É correto o Venerável ser ladeado nas duas cadeiras ao lado de seu trono por estes profanos?
4 – Sabendo-se que a Ordem De Molay e as Filhas de Jó (Bethel Vesta) são entidades amparadas pela Maçonaria, podem seus representantes ocupar qualquer assento no Oriente?
5 – E por fim, é correto classificar as Ordens De Molay e Filhas de Jó como entidades para-maçônicas?
Justifico as questões porque existem dúvidas e pareceres contraditórios entre Irmãos e também porque é comum o Venerável convidar para tomar assento no Oriente profanos e outros Irmãos que não sejam autoridades maçônicas, nem Mestres Instalados ou ex-Veneráveis conforme reza nosso Ritual.
Grato pela sua habitual boa atenção envio-lhe um fraternal abraço ou, como diz o gaúcho, um abraço de três laços.
Considerações:
Pois é mano, infelizmente nossa Maçonaria Brasileira, latina por excelência, adquiriu esse hábito de realizar Sessões Públicas dentro do Templo indiscriminadamente, inclusive aquelas comemorativas e que prevêem a presença de profanos.
Isso indubitavelmente não pertence à tradicional e pura Maçonaria, todavia como a boca se entorna conforme o uso do cachimbo essa prática tem sido generalizada na nossa Maçonaria verde e amarela.
A título de esclarecimento, eu não sou contra esse tipo de sessão e nem contra homenagens, entretanto penso que algumas delas poderiam ser feitas em locais distintos que não precisassem ser realizadas na Sala da Loja (Templo) e nem assumissem característica de uma Loja Maçônica.
Mas como as coisas não têm sido bem assim, e o hábito têm construído sessões em Loja, então entendo que assumida essa característica e feita à abertura da Loja nos moldes maçônicos, seguem as minhas ponderações de acordo com os tópicos questionados:
1 – Se existe Loja aberta e nos nossos costumes por razões iniciáticas Irmãos Aprendizes e Companheiros não ingressam no Oriente, penso que muito menos personalidades, autoridades religiosas, civis e militares e demais convidados, que não sejam iniciados (profanos) podem ingressar no Oriente da Loja. Para não iniciados poder-se-ia até admitir nessa situação (em sessão pública), porém com seus lugares destinados apenas e tão somente no Ocidente.
2 – A segunda questão fica respondida pela consideração anterior, ao mesmo tempo em que completo que na hipótese de ser o palestrante um (a) profano (a), a Loja providenciará antecipadamente uma cátedra no Ocidente – Ratifico: Em Loja aberta só ingressam no Oriente Mestres Maçons.
3 – Como considerado acima, não.
4 – Mesmo amparadas pela Maçonaria elas são apenas e tão somente entidades para-maçônicas. Sob esse ponto de vista seus membros não são iniciados na Sublime Instituição, portanto não são maçons, assim em Loja aberta eles não ingressam no Oriente. Se existir Mestre Maçom presente que seja um representante de alguma entidade para-maçônica esse, como Mestre Maçom, se porventura precisar ingressar no Oriente, então ele pode ser convidado a para lá se dirigir. Agora os membros das entidades “para-maçônicas” presentes em Loja aberta, esses apenas tomam assento no Ocidente.
5 – Essa questão fica respondida pela imediatamente anterior.
A questão do assento ao lado do Venerável é mais contraditória ainda, já que esse lugar de honra é tradicionalmente designado na tradicional Moderna Maçonaria, apenas para o Grão-Mestre, já que Mestres Instalados, outros Veneráveis e autoridades maçônicas tomam assento no Oriente, porém genuinamente abaixo do sólio.
Finalizando, devo mencionar que essas considerações são produtos profundamente comprometidos com a autenticidade maçônica. Agora, se existirem alguns regulamentos legais em vigência que prevejam alguns elementos contraditórios aos aqui por mim relatados, que primeiro seja cumprido àquilo que deles estiver sendo exarado. Nesse particular eu tenho pelo menos tentado acomodar as coisas sugerindo em diversas oportunidades alguns procedimentos (já publicados) para essas Sessões Públicas que se realizam em Loja aberta. Continuo à disposição.
T.F.A.
PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.716 – Melbourne – quinta-feira, 11 de junho de 2015
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