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segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

COLUNAS ZODIACAIS

COLUNAS ZODIACAIS
(republicação)

Em 19.05.2015 o Poderoso Irmão Crescêncio Ferreira Neto, Secretário Estadual de Orientação Ritualística do GOB-RS, Oriente de Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul, solicita esclarecimentos no que segue: 
crescenciofneto@yahoo.com.br 

As três Lojas do GOB ao Oriente de Passo Fundo/RS, Estrela do Planalto 2.287, Cavaleiros da Arte Real 3.885 e Fênix 4.053, todas trabalhando no Rito Escocês Antigo e Aceito, estão concluindo a construção de seu templo e tem uma dúvida. Qual ordem de arquitetura grega deverá ser utilizada na edificação das doze Colunas Zodiacais situadas no Ocidente do templo, conforme ritual em vigor? Dórica, Jônica ou Coríntia?

Considerações: 

Não existe um regulamento específico para tal no que concerne à Ordem de Arquitetura dessas Colunas simbólicas. Na verdade muitos tratadistas as citam como meias-colunas, isso porque elas literalmente se apresentam como se estivessem encravadas nas paredes Norte e Sul da Sala da Loja, ficando a metade de cada uma de sua respectiva sessão em relevo (como se estivesse brotando, ou em saliência da parede). 

É regra sim a distância entre essas Colunas (seis ao topo do Norte e seis ao topo do Sul) que ficam separadas umas das outras em abscissas iguais tendo a parte mais alta de cada uma delas acabada e decorada por de um capitel que proporcionalmente se aproxima da base da abóbada limitada pela relativa parede. Assim as Colunas Zodiacais assumem todas as alturas iguais em relação ao piso ocidental e Câncer estará sempre ao Norte enquanto que Libra ao Sul. 

Desse costume alegórico e decorativo, junto ao capitel, cada uma é identificada pelo símbolo correspondente à constelação do zodíaco conforme especifica o Ritual em vigência - Áries, Touro, Gêmeos, Câncer Leão e Virgem ao lado boreal e Libra, ou Balança, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes ao Sul na banda austral. 

Quanto à ordem de arquitetura por não haver uma convenção específica, geralmente, algumas Lojas decoram as respectivas cumeadas das Colunas com capitéis da Ordem Jônica, enquanto que outras Lojas preferem os da ordem Coríntia, porém isso é irrelevante porque o que realmente interessa na alegoria é a identificação da constelação zodiacal. 

Inclusive, em se tratando da tradição no simbolismo do REAA, não existe a obrigatoriedade da confecção dessas Colunas, já que é perfeitamente plausível apenas que apareça gravada (pintada, desenhada) de modo equidistante a representação de cada constelação do zodíaco na base da abóbada e próxima ao limite superior das paredes do Norte e do Sul (logo acima da sanca de iluminação quando essas existirem como opção de decoração) - o importante é a representação simbólica de cada constelação zodiacal, não a coluna em si. 

Existem ainda fabricantes de peças decorativas em gesso para Lojas maçônicas que fornecem meias-colunas com capitéis simples e decorados individualmente com os símbolos do Zodíaco (eu recomentaria esses). 

No que concerne aos símbolos das constelações zodiacais, são aqueles apresentados no Ritual em vigência, páginas 24 e 25. 

Por fim cabe aqui mencionar que as Colunas Zodiacais são apenas e tão somente indicativas, pois de modo decorativo apontam para os adereços representativos das constelações do zodíaco que, no REAA∴, correspondem alegoricamente à senda e os ciclos iniciáticos relativos aos três graus simbólicos associados aos ciclos da Natureza (deísmo francês). 

Daí a questão da presença das Colunas mencionadas ser apenas indicativa e não como citam algumas instruções anacrônicas aparadas pela invenção e sustentadas pela lei do menor esforço quando mencionam a bobagem de que “as doze lindas colunas servem para sustentar a abóbada celeste” – afirmativa essa que além de descabida é fruto de mero exercício de imaginação. 

T.F.A. 
PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.748 – Melbourne – terça-feira, 14 de julho de 2015

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