DEFINIÇÃO DE PROFANO, GOTEIRA, CURIOSO, SIMPATIZANTE, DETRATOR E FALSO MAÇOM
Irm∴ Almir Sant’Anna Cruz
PROFANO: Muitos ao serem adjetivados como Profano levam a mal, entendendo que é um termo pejorativo, oposto às coisas sagradas ou mesmo herético. Ledo engano! Profano é todo aquele que é estranho a uma determinada religião, um leigo. Em Maçonaria, significa tão-somente o indivíduo que não foi iniciado na Maçonaria.
GOTEIRA: Como o termo Profano, a palavra Goteira muitas vezes é entendida pelos não iniciados como um adjetivo pejorativo e levam a mal. Enganam-se! Goteira é um antiquíssimo jargão maçônico, originado na prática dos Maçons Operativos de castigarem os não iniciados que tentavam se infiltrar nas Lojas Operativas para obterem os segredos da arte de construir e, quando descobertos, eram colocados debaixo de uma Goteira, uma calha de chuva, para serem encharcados. A prática permaneceu nos primórdios da Maçonaria Especulativa e, modernamente, define aqueles que não são iniciados na Maçonaria, os Profanos, que se fazem presentes em um grupo de Maçons.
CURIOSO: É o Profano, Goteira ou não, que tem interesse em conhecer a Maçonaria. É muitas vezes mal interpretado pelos Maçons, que habitualmente têm uma postura de desconfiança em relação a curiosidade que alguns manifestam a respeito de sua origem, sua história, seus propósitos, seus usos e seus costumes. Entendemos que a curiosidade não deva ser criticada ou refreada, ao contrário, deve ser bem-vinda e até estimulada para que não perdurem idéias errôneas a respeito da Maçonaria, alimentadas pela ignorância e pelos Detratores da Maçonaria, que entre outras ridículas inverdades, afirmam que cultuamos o diabo, que praticamos ritos satânicos ou estamos empenhados num complô para o domínio do mundo. A curiosidade é uma virtude daqueles que não se conformam em limitar o seu conhecimento ao trivial, dos que se interessam em ampliar os seus conhecimentos e os seu horizontes, afinal, já disseram que “A curiosidade é a mãe de todas as invenções”.
SIMPATIZANTE: É o Profano, o Goteira, o Curioso, que após ter obtido alguns conhecimentos através de contatos com Maçons ou literatura Maçônica, almejam ingressar na Maçonaria. Alguns não tiveram a oportunidade de serem convidados e outros não apresentam os requisitos necessários para tal.
DETRATOR: Em geral, o Detrator é um Profano idiota, que acredita piamente nas inverdades sobre a Maçonaria que lê ou ouve e as dissemina. Por mais que se tente esclarecê-lo, adota a postura do avestruz e não aceita qualquer tipo de argumentação.
Mas existem outros Detratores pretensamente mais esclarecidos, que se tornam verdadeiros mentores dos Detratores idiotas, mas que nem por isso deixam de ser igualmente idiotas. São geralmente fanáticos arraigados a conceitos religiosos distorcidos ou meramente pessoas de má-fé, que produzem elucubrações mirabolantes e desenvolvem teorias pretensamente eruditas, que uma mente sugestionável, como a dos Detratores idiotas, acaba acreditando tratar-se de verdades absolutas, ao invés de procurarem conhecer o que é verdadeiramente a Maçonaria, preferindo o caminho mais fácil de acreditar nas asneiras que ouve ou lê.
FALSO MAÇOM: É o Profano, o Goteira, o Curioso, o Simpatizante, que por não ter sido, por algum motivo, convidado a ingressar na Maçonaria, se passa por Maçom até mesmo entre Maçons, fazendo uso inclusive de abreviaturas, terminologia Maçônica, assinatura com três pontinhos, chaveiros com o emblema da Maçonaria e adesivos, preferencialmente com a figura de um bode.
É um falsário extremamente perigoso, pois além de eventualmente disseminar entre os não iniciados ideias distorcidas sobre a Maçonaria e os Maçons, pode vir a obter, por dissimulação junto aos Maçons, conhecimento de práticas que só dizem respeito àqueles que foram iniciados na Ordem. Além disso, por não terem sido iniciados e, portanto, não conhecerem verdadeiramente o que é a Maçonaria, ao abrirem a boca ou escreverem sobre a Maçonaria, acabam dando margem a certas mentiras propagadas pelos Detratores. São certamente portadores de um desvio de personalidade que melhor poderia ser analisado por um psiquiatra.
A Constituição de Anderson, no capítulo “Da Conduta” já previa como lidar com eles: “Deverão cautelosamente examiná-lo, com o método que a Prudência lhe apontar, e que vós não sejais iludidos por um ignorante embusteiro, a quem vós devereis rejeitar com desprezo e escárnio, e devereis cuidar de não passar a este nenhuma alusão a respeito de conhecimento”.
Particularmente, pela Prudência recomendada pelo Irm∴ Anderson, sugiro que não sejam utilizados os métodos usuais de reconhecimento, para não expô-los a esses Falsos Maçons. Já desmascarei muitos deles fazendo-lhes perguntas corriqueiras, tais como o nome da Loja, o nº da Carta Constitutiva, a Potência, o Oriente, a Grande Loja, o Rito, o nome histórico, o Grau, a idade, o nome do V∴M∴, os dias das reuniões, entre outras. Algumas perguntas por si sós e outras de forma combinada, desmascaram qualquer Falso Maçom, sem expor os métodos usuais.
Fica a dica!
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