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sábado, 29 de fevereiro de 2020

ESPADA MAÇÔNICA - SEU COMPRIMENTO

Em 04/12/2019 o Respeitável Irmão Ericson Simonetto, sem mencionar o nome da Loja, REAA, GOB-SC, Oriente de Criciúma, Estado de Santa Catarina, apresenta a questão seguinte:

COMPRIMENTO DA ESPADA

Ainda em conversação com os Irmãos de Criciúma para trazê-lo ao nosso Oriente.

Mas tenho uma dúvida, e pode me ajudar, eu acredito. Seria sobre a espada do Cobridor, pois percebo que algumas oficinas, a espada tem tamanho menor que as normais, existe algum simbolismo para tal instrumento? O Correto é a espada de tamanho menor?
No aguardo do entendimento do Irmão. Pois senão tem nada a ver, por que esta espada se faz presente nas Lojas?

CONSIDERAÇÕES:

A espada utilizada na liturgia da Moderna Maçonaria é uma arma branca que se compõe de uma lâmina de aço com dois gumes e acabamento pontiagudo, protetor e cabo. 

Em média a sua lâmina possui comprimento aproximado entre 65 cm a 70 cm e o seu cabo com aproximadamente 18 cm. Esse comprimento dá a espada a possibilidade de ser embainhada, sobretudo pelos oficiais que, por dever de ofício, dela se utilizam como seu objeto de trabalho.

A faixa do Mestre tem origem no boldrié (talabarte) que servia para trazer dele pendente a bainha que acondicionava a espada. 

Isso pode ser constatado atualmente na descrição da Faixa do Mestre onde alguns rituais mencionam a existência de um dispositivo nele preso para acondicionar a espada – "Na extremidade interna da faixa existe uma presilha que serve de suporte para a espada", in Ritual do 3º Grau, Mestre Maçom, REAA, GOB, página 22, edição 2009 em vigência.

No simbolismo do REAA não está previsto o uso de punhais, adagas ou outros elementos do gênero que não seja a da espada com o tamanho acima mencionado. Destaque-se que essas são medidas meramente construtivas e condizentes com o uso do objeto, não existindo nelas, portanto, qualquer significado esotérico, místico ou com outras interpretações do gênero.

A título de esclarecimento, o uso coletivo da espada em Loja originou-se principalmente na Maçonaria francesa. Visando dar caráter de igualdade, todos os Mestres Maçons presentes em Loja, independente da sua classe social, portavam espadas. Esclareça-se que na França dos séculos XVII e XVIII a espada, além de ser uma arma utilizada pelos reis e militares, também era um símbolo de nobreza e era utilizada principalmente por elementos que compunham as classes mais abastadas.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br - 28/02/2020

MAÇONARIA NA AUSTRÁLIA

MAÇONARIA NA AUSTRÁLIA

Maçons: Três graus de revelação

Durante anos, as pessoas em todo o mundo têm considerado os maçons como sendo parte de um clube envolto em mistério. A Maçonaria é a mais antiga e maior fraternidade existente no mundo. Seus membros dizem que ela não é nem uma religião nem uma seita. Tem mais de cinco milhões de membros em todo o mundo, e os números continuam a crescer. Charlotte Azzopardi desvenda os segredos por trás do misterioso grupo.

“As pessoas parecem pensar que é um segredo, mas não é”, diz John Burgess, maçom durante 50 anos.

”Há pequenos pedaços dela que são distintamente peculiares à Maçonaria, que só os maçons conhecem. Mas se recorrer à internet, pode encontrar o que quiser sobre ela.”

Mas nem sempre foi assim. Rumores de que era um culto secreto, religião ou governo mundial foram sussurrados pelas costas de homens que se reuniam, vestidos com roupas idênticas, por motivos que ninguém conhecia.

Hoje isso é algo que faz rir os maçons.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

RETARDATÁRIO - PARA QUEM SE DIRIGE O COBRIDOR INTERNO

Em 03/12/2019 o Respeitável Irmão André Ricardo Ferraz Roque, Loja Barão do Rio Branco, 03, REAA, GOIPE/COMAB, sem mencionar o nome do Oriente, Estado do Pernambuco, apresenta a seguinte questão:

PARA QUEM SE DIRIGE O COBRIDOR

Gostaria de tirar a seguinte dúvida: Quando um Irmão chega atrasado e bate à porta do Templo, a quem o Guarda do Templo deve se dirigir para comunicar a chegada do Irmão? Ao Segundo Vigilante e este ao Primeiro Vigilante que por sua vez comunica ao Venerável Mestre ou o cobridor comunica diretamente ao Venerável?

CONSIDERAÇÕES:

A presença de um retardatário pedindo ingresso deve se anunciada no momento propício pelo Cobridor Interno ao 1º Vigilante.

Tem existido alguma controvérsia em relação a essa prática, sobretudo porque alguns alegam estar o Cobridor Interno ocupando a Coluna do Sul e o 1º Vigilante se encontra Coluna do Norte, portanto ele deveria primeiro comunicar o 2º Vigilante. Mas não é isso que se dá, pois se assim fosse, durante a abertura dos trabalhos o 1º Vigilante também teria que comunicar o 2º e este mandar o Cobridor verificar se o Templo se acha coberto. Ora, sabe-se perfeitamente que não é esse o procedimento previsto, pois é dever do 1º Vigilante ter ciência da cobertura do Templo (pelo menos é isso que prevê a maioria dos rituais do REAA).

Embora o atraso não esteja previsto, ou institucionalizado, na verdade a prática correta seguindo essa lógica é a de que o Cobridor Interno informe diretamente ao 1º Vigilante, pois é ele está no extremo do Ocidente, próximo à porta e, por conseguinte, próximo do Cobridor. 

Assim, respondendo a sua questão, o Cobridor Interno, em sendo o momento propício, comunica o 1º Vigilante que, por sua vez, comunica o Venerável Mestre.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br - 27/02/2020

ARQUITETURA DE UM TEMPLO DE APRENDIZ - REAA

ARQUITETURA DE UM TEMPLO DE APRENDIZ - REAA
Pedro Juk

I – INTRODUÇÃO.
A presente peça de arquitetura em formato de instrucional maçônico tem o objetivo de trazer informações ao Aprendiz, sobretudo nos períodos de primeiro contato com a liturgia e ritualística da Ordem.

Nesse sentido, foi utilizado um texto primário que envolve o Templo de Aprendiz e o seu Simbolismo, texto esse que fora elaborado pelo saudoso Irmão Theobaldo Varolli Filho e publicado no ano de 1974 nos Rituais de Capa Vermelha (REAA) - como ficariam conhecidos esses rituais mais tarde.

Pela preciosidade de conteúdo e temendo que ele se perca no tempo, achei por bem mantê-lo nesse instrucional como estrutura básica, sendo adequados e acrescentados, entretanto, alguns aspectos para que o conteúdo se aproxime dos Rituais do REAA em vigência na atualidade.

Acompanham também o texto trinta notas de minha lauda, cujas quais procuram trazer ainda mais explicações que entendo como necessárias e destinadas aos Irmãos Aprendizes.

Segue assim, a base bibliográfica com alguns complementos e adequações no texto, bem como outras apreciações relativas ao título que segue.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

USO DO CHAPÉU NA MAÇONARIA - SIGNIFICADO

Em 14/12/2019 o Respeitável Irmão Jaime Pedrassani, Loja Sophia, nº 60, REAA, GLMERS (CSMB), Oriente de Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul, apresenta a seguinte questão:

CHAPÉU DESABADO

Caro Irmão Pedro. Uma vez mais, recorro à vossa sábia orientação: em que momento do ritual de instalação do novo Venerável Mestre ele passa a usar o chapéu? Seria no momento em que lhe é transferida a joia, malhete, avental e punhos? 

CONSIDERAÇÕES:

Como resposta objetiva, deve receber o chapéu assim que ele for instalado no trono. 

A rigor, no REAA, sob o ponto de vista da originalidade, qualquer Mestre Maçom deveria usar chapéu negro e desabado quando trabalhando nas Lojas abertas em Câmara do Meio. Como Venerável Mestre ele deveria se apresentar aos trabalhos sempre usando cobertura, não importando o grau simbólico.

Reitero, essas colocações se prendem principalmente à tradição no REAA, o que infelizmente nem sempre é atendida nos rituais vigentes. 

De qualquer modo, aproveito para deixar um pequeno arrazoado pertinente ao uso da cobertura da cabeça pelos Mestres Maçons, principalmente para que essa tradição não caia no esquecimento e também como repúdio a certas "chacotas" proferidas por alguns maçons que, por não conhecer a Maçonaria a contento, às vezes nos brindam com comentários desairosos, inconvenientes e de refinado mau gosto.

Segue um breve relato sobre o porquê dos fatos.

Por conta da influência hebraica na Maçonaria, segue o seguinte resumo sobre a cobertura da cabeça utilizada no judaísmo: Na tradição judaica, para os que atendem aos seus mais rígidos princípios, o homem deve sempre trazer a sua cabeça coberta, o que ocorre desde o brit-milá (circuncisão no oitavo dia de vida) por simbolizar a aliança abraâmica - a aliança que Abrão fez com Deu. Na prática, entretanto, de modo geral a cobertura da cabeça - que no judaísmo utiliza-se o kipá - é obrigatória somente durante as cerimônias litúrgicas.

Em Maçonaria, a cobertura da cabeça, que é feita com um chapéu negro e desabado, é imprescindível (ou pelo menos deveria ser) para todos os Mestres Maçons em trabalho no 3º Grau, muito embora existam ritos que também utilizem cobertura para Aprendizes e Companheiros.

Além da herança hebraica, em Maçonaria boa parte desse costume advém das cortes europeias, quando o rei, na presença dos seus inferiores hierárquicos, cobria a cabeça como sinal de superioridade – é como deve fazer o Venerável em sessão no Grau de Aprendiz e Companheiro.

Já no tocante à herança hebraica, sob o ponto de vista místico é nítida a sua influência, pois em Maçonaria, sobretudo considerando aspectos teístas, assim como no judaísmo, trazer a cabeça coberta, além do significado de que acima da cabeça do homem existe algo transcendental, onisciente, onividente e onipresente, que é Deus, o "Grande Arquiteto do Universo", também demonstra a pequenez humana e a prostração do homem perante Deus, o que, em linhas gerais, procura demonstrar que por ser a cabeça a sede da mente e do conhecimento, estando ela coberta, evidencia a incapacidade humana de entender o Criador. Em última análise é uma demonstração de submissão do homem a Deus.

Ainda sobre a cobertura da cabeça na Maçonaria, a título de esclarecimento cabe comentar o porquê de o chapéu negro ser "desabado", isto é, com abas caídas. Segundo alguns historiadores, tal como o saudoso Irmão Francisco de Assis Carvalho, o Xico Trolha, a característica desabada servia para esconder o rosto, dificultando a identificação facial do usuário do chapéu, sobretudo quando a discrição e o anonimato eram elementos muito importantes nas ações de combate que a Maçonaria travava contra o despotismo e a crueldade dos regimes totalitários.

Por fim, me cabe dizer que infelizmente na atualidade o uso do chapéu na Maçonaria não tem tido a importância merecida, possivelmente porque muitos "entendidos" simplesmente não sabem da sua história na Ordem e muito menos o que essa parte da indumentária maçônica significa para o iniciado.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br - 26/02/2020

IRMÃO MOZART: DEPOIS DE UM QUARTO DE MILÊNIO

IRMÃO MOZART: DEPOIS DE UM QUARTO DE MILÊNIO

Nota: Este documento foi encomendado pelo Sacro capítulo do Arco Real, São João e São Pedro, quando foi lido pelo autor durante uma sessão ordinária. É uma revisão crítica da relação do H∴ Mozart com a Franco-Maçonaria, e inclui esclarecimentos sobre os mitos que se têm originado sobre sua vida. Estes incluem o mito do que foi assassinado pelos maçons, a tempestade que despencou quando morreu, seu sepulcro sem marca, e um comentário sobre o conteúdo maçônico de sua ópera A Flauta Mágica. 

A Política e a Maçonaria na Áustria de Mozart

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

COLAR DO VENERÁVEL

COLAR DO VENERÁVEL
(republicação)

Em 04.05.2015 o Respeitável Irmão Renato Moreira de Faria, atual Segundo Vigilante da Loja Lauro Müller II, 1.694, REAA, GOB, sem declinar o nome do Oriente (Cidade) e Estado da Federação, formula a seguinte pergunta.
rmfaria.renato@gmail.com

Favor esclarecer sobre o ramo de acácia do colar de Venerável Mestre do REAA. A figura na página 34 do ritual de Mestre Maçom de 2009 mostra um colar de Venerável Mestre e a descrição do colar logo abaixo da imagem informa outra coisa diferente do que está retratado na figura no que diz respeito à quantidade de ramos de acácia nas duas vertentes do colar. Afinal, qual o correto?

CONSIDERAÇÕES:

O que há é um equivocado erro de impressão e mistura de dois textos no ritual em vigência (provavelmente pelo ato de copiar e colar) em relação à descrição do Colar. A melhor forma de descrevê-lo seria o seguinte: “O Colar, confeccionado em cetim azul-celeste, é debruado com galão dourado de 1,0 cm em suas bordas internas e externas, medindo a peça que o compõe 11,0 cm de largura, entre sua extremidade externa e vão interno, tendo largura superior de 50,0 cm de ombro a ombro e a atura de 49,0 cm entre o vão central interno superior e a extremidade inferior de onde pende a joia do cargo que é um Esquadro dourado, medindo cada ramo do Esquadro 5,0 cm de comprimento, com 1,0 cm de largura”. “O Colar possui ainda dois ramos dourados de acácia, um de cada lado na parte frontal e que se cruzam na base (15 cm acima de onde se prende a joia do cargo), medindo cada ramo de acácia 35 cm de altura”. “Cada um dos ramos de acácia é composto por folhas também douradas em número compatível que medem (cada folha) 1,5 cm de comprimento e 1,0 cm de largura máxima, estando às mesmas fixadas a partir da vertente central do ramo.” “O verso (forro) do colar é em tecido preto sem qualquer figura ou inscrição.” 

À bem da verdade o ritual mencionado merece ainda uma ampla revisão para provável correção dessas e outras contradições, a exemplo do Esquadro como joia do cargo do Venerável que deveria ser de ramos desiguais (ramo e cabo) na razão de três para quatro por se tratar simbolicamente de um instrumento operativo. O Esquadro de ramos iguais é aquele que compõe as Três Grandes Luzes Emblemáticas junto com o Compasso e o Livro da Lei. Deixando de lado os excessos de preciosismo, estou ainda aguardando posição do GOB, já que enviei em setembro de 2.013 uma série de provimentos (mais de duzentos) para correção no Ritual de Aprendiz. Penso que após a correção do Primeiro Grau, segue-se a empreitada para o Segundo e Terceiro respectivamente. Estou aguardando.

T.F.A. 
PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.817 – Florianópolis (SC) segunda-feira, 21 de setembro de 2015

MINUTO MAÇÔNICO

VELAS - 1º

1º - O uso de acender luzes para clarear o local em que se realizam as cerimônias iniciáticas é antiqüíssimo. Na Maçonaria, e também nas religiões, os rituais determinam o número de velas que devem ser usadas e isto depende do grau em que se pretende trabalhar. 

2º - É necessário, não obstante, não confundir tal iluminação que é litúrgica, com a geral, que é prática ou ornamental, pois, enquanto esta pode ser elétrica ou outra, aquela só deve ser de vela de cera branca, amarela ou da cor exigida pelo cerimonial. 

3º - A matéria prima a ser usada nas velas devia ser a mais pura e a mais natural e somente cera de abelha corresponde a essas qualidades. 

4º - Mas como o preço dela seria muito elevado, a maçonaria aceita que nela seja incorporada estearina ou parafina (derivada de petróleo). 

5º - Na antiga visão maçônica admitiam as três velas como “pequenas luzes”, isto é, o Mestre da Loja e seus Vigilantes, e denominavam “Grandes Luzes” “o Livro Sagrado, o Esquadro e o Compasso”. (Visão que até hoje predomina) 

Fonte: http://www.cavaleirosdaluz18.com.br

UM MAÇOM SEM A MÃO DIREITA – OU SIMPLESMENTE UM MAÇOM

UM MAÇOM SEM A MÃO DIREITA – OU SIMPLESMENTE UM MAÇOM
Diego Denardi

São necessários homens de coragem e confiantes na causa em que acreditam para que os dogmas e paradigmas sejam quebrados. No dia 27 de setembro de 2012, a maçonaria brasileira apresentou um exemplo desses irmãos de fibra, que, contra a maré do preconceito, deram ouvidos a seus corações e iniciaram o irmão César Rodrigues, na ARLS Acácia Porto Alegrense 3612, GOB/RS. O professor César foi iniciado, com o beneplácito do Eminente Grão-Mestre Estadual Jorge Colombo Borges, apesar de uma deficiência física considerada grave por alguns maçons: ele não possui a mão direita. Para este irmão, não é possível compor o sinal penal ou dar os toques da maneira descrita no manual. Sua deficiência seria uma pena de eterno ostracismo da maçonaria na grande maioria das lojas brasileiras.

Contudo, ao acolherem este irmão, apesar de sua deficiência física, os obreiros da Loja Acácia sabiam estar enfrentando uma barreira e que seriam julgados por não “seguirem os Landmarks eternos e imutáveis”. Contudo, parece que o apoio interno foi absoluto para a iniciação e a aprovação dos maçons brasileiros, apesar de não ser unânime, foi maciça.

O irmão César foi corajoso ao decidir somar forças na luta contra o preconceito que ainda ronda as mentes maçônicas menos afeitas ao estudo ou obtusas para novos conhecimentos. É sabido que a Grande Loja Unida da Inglaterra, potência reconhecida pelo Grande Oriente do Brasil como fundadora da maçonaria moderna, aceita livremente profanos com as mais diversas deficiências físicas em suas lojas. A iniciação de um profano brasileiro sem a mão direita é um enorme salto na quebra do paradigma de imutabilidade dos Landmarks, já não aceitos pelo Grande Oriente do Brasil.

A luta de diversos autores maçônicos como Nicola Aslan e Rizzardo da Camino contra os Landmarks e a favor da entrada de pessoas com deficiências na maçonaria chegará, um dia, ao fim. Basta que exemplos como o da ARLS Acácia Porto Alegrense sejam seguidos e emulados. Parabéns aos irmãos desta brava e valorosa loja gaúcha que honra nossas tradições de indignação frente as injustiças e de luta por seus ideais.

Diego Denardi, MM, ARLS Obreiros da Arte Real, 3932 - Or∴ de Santiago – GOB-RS

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

IDADE SIMBÓLICA DO MESTRE

Em 02/12/2019 o Respeitável Irmão Luiz Antonio, Loja Paz e União, 80, GLMMG (CMSB), Oriente de Capinópolis, Estado de Minas Gerais, solicita o seguinte esclarecimento:

IDADE SIMBÓLICA DO MESTRE

Sou mestre Maçom e tenho uma dúvida.
Quanto a pergunta: qual a idade de Mestre Maçom? Qual é correto: s∴ aa∴ e m∴, ou s∴ aa∴ ou m∴?

Fiz leitura em algumas liturgias, mas não consegui saber.
Se puder me ajudar.

CONSIDERAÇÕES:

O modo correto dessa grafia é s∴ aa∴ e m∴ (o grifo é meu). 

Em linhas gerais, os "s∴ aa∴" correspondem ao tempo de aperfeiçoamento que levou o maçom para chegar até a Câmara do Meio. Esse caminho intelectual, que tem tudo a ver com o gênio da criação, demonstra ação e conhecimento. 

Simbolicamente cada a∴ desse período iniciático corresponde a uma das Artes e Ciências Liberais da Antiguidade que o Mestre aprendeu para paulatinamente poder subir a escada sinuosa que leva a Árvore da Vida (A A∴ M∴ É C∴). 

De modo prático os "s∴ aa∴" também traduzem as s∴ virtudes aplicadas durante a vida do iniciado: as virtudes teologais da Fé, Esperança e Caridade, somadas às virtudes da Justiça, Prudência, Temperança e Coragem. 

Esotericamente se explica que os s∴ aa∴ correspondem à vida material e é demonstrada na trajetória dos s∴ primeiros pp∴ dados na execução da Marcha do Mestre, enquanto que o o∴ e último p∴, de cunho espiritual, se completa no Oriente demonstrando a passagem pelo pórtico e o renascimento do Mestre. 

O p∴ dado além do s∴ corresponde ao termo "e m∴" na expressão alusiva à idade do Mestre. Em síntese os s∴ aa∴ se referem à trajetória material e o complemento "e m∴" se refere ao espiritual. Não à toa que na representação da Lenda, o Mestre é simbolicamente revivido para ingressar no Oriente da Loja.

Assim, "s∴ aa∴ e m∴" demonstra a imortalidade daquele que afirma ter conhecido a Acác∴. Dividindo a expressão em duas partes, s∴ aa∴ revela a obra construída pelo Mestre, enquanto que "e m∴" revela a sua perenidade, ou seja, prevalecerá para sempre na mente dos pósteros. Morre o homem, mas fica a sua obra.

Dada essa abreviada consideração, afirma-se então: o Mestre tem "s∴ aa∴ e m∴" (o grifo é meu), ou seja, ilimitadamente sua idade vai além dos "s∴ aa∴" (eternidade). A expressão denota sentido afirmativo e não alternativo.

Concluindo, em Maçonaria se aprende que a Luz vem do Oriente, portanto cada Mestre Maçom deve ser uma Luz para a prática das boas obras.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br - 24/02/2020

UMA QUESTÃO DE CONVENIÊNCIA E AMOR FRATERNO

UMA QUESTÃO DE CONVENIÊNCIA E AMOR FRATERNO
(Desconheço o autor)

Os homens das cavernas intuíram, de forma natural, que o Amor Fraterno foi o que os tornou fortes; por isto hoje subsistimos e reinamos sobre a natureza.

É devido a isto que temos de nos unir com aqueles com os quais desenvolvemos elos de amizade, de Amor Fraterno, para sermos fortes e conquistar a mente dos que ainda não viram isto e, em sua estultícia, enfraquecem a soberania natural da humanidade.

E como amizade é uma questão de convivência, carece de constante alimentação, é preciso que estejam juntos todos os IIrm∴, que adicionalmente são também amigos e naturalmente possuidores de um grande potencial de fazerem a diferença. 

E como a caminhada pela Maçonaria é uma espécie de seleção natural, os que se dizem IIr∴, mas que agem de forma contrária a esses princípios naturalmente e gradativamente se auto excluem por não se sentirem em sintonia com esses preceitos.

São os moderadamente bons que fazem a diferença e não os escamoteados, os justos e perfeitos apenas em PPal∴.

A distinção ocorre quando nos fazemos presentes, atuantes e persistimos em provocar os que se desviaram do caminho das virtudes.

A escola do conhecimento da Maçonaria resume-se no Amor Fraterno: é o que disseram os grandes iniciados de todos os tempos, é o que dizem os rituais da Ord∴, é o que diz o coração do homem de sabedoria e discernimento.

Que o G∴ A∴ D∴ U∴ nos oriente!

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

ESTRELA FLAMEJANTE FIXADA NO DOSSEL

Em 02/12/2019 o Respeitável Irmão Sergio Antunes, Loja Acácia, 177, REAA, GOB-RJ, Oriente de Niterói, Estado do Rio de Janeiro, apresenta o que segue:

ESTRELA FLAMEJANTE - INSTRUÇÃO DO GRAU DE COMPANHEIRO.

Lendo a sugestão de 3º instrução de Companheiro, me veio uma dúvida:

Aprendi que a Estrela Flamejante fica sobre o 2º Vigilante e com a explicação que consta nas perguntas 4, 6 e 7. Já, o Pentagrama, que fica acima do Dossel do Venerável Mestre é que tem a explicação da pergunta 5 (Homem Vitruviano).

Então, qual o significado da Estrela, acima do Dossel? Ou ela não deveria existir?

CONSIDERAÇÕES:

DESAFIOS QUE A MAÇONARIA DEVERÁ VENCER

DESAFIOS QUE A MAÇONARIA DEVERÁ VENCER
Fábio Cyrino

Ao longo de sua história, a Maçonaria, não aquela das lendas e tradições românticas, de tempos imemoriais, das guildas de ofício que pretendiam manter uma reserva intelectual de mercado, mas sim a Maçonaria como Instituição, fruto de um momento social iluminista, originada ao longo do final do século XVII e início do XVIII, sempre, enfrentou oposição do chamado “mundo profano”, principalmente por seu caráter sigiloso, reservado, secreto até.

Nestes quase 300 anos de existência oficial, completado em 2017, a Maçonaria se deparou com fortes movimentos que pretenderam controlá-la e até mesmo suprimi-la, com a eliminação de suas estruturas, a prisão, e mesmo a condenação à morte de seus integrantes. Desde a emissão da Bula “In Eminenti Apostolatus Specula”, por parte do papa Clemente XII, em 28 de abril de 1738, uma das primeiras tentativas de sua supressão, até os fortes ataques sofridos ao longo do século XX, por nações totalitárias, de caráter fascista, mesmo assim a Maçonaria, sempre, representou, ao mesmo tempo, um farol de conquistas sociais de Liberdade e Igualdade entre os homens e uma ameaça àqueles que pretendiam a perpetuação de um “status quo”, baseado no controle do Estado e da Sociedade por poucos; uma elite perversa, que visava ao controle do conhecimento, aos meios de produção, às liberdades individuais.

domingo, 23 de fevereiro de 2020

COLUNAS ZODIACAIS NO RITO BRASILEIRO?

Um Respeitável Irmão do Rito Brasileiro de Loja da constelação do GOB-PR me enviou, para meu parecer, uma peça de arquitetura versando sobre Colunas Zodiacais no Rito Brasileiro. Alegam os instrutores da Loja que o Aprendiz apresentou um trabalho com conteúdo inerente ao REAA e não ao Rito Brasileiro.

COLUNAS ZODIACAIS

FOTO MAÇÔNICA DE DOMINGO

Por Géplu

Jean-Marie nos enviou estas fotos:

De volta de uma recente viagem à Irlanda, uma foto tirada no local monástico de La Clonmacnoise em Connemara, em uma antiga cruz celta.

Obviamente, se a alvenaria não existisse, parece que a cadeia de união já era praticada.

Sim Jean-Marie, esse gesto de união e fraternidade entre homens deve ter sido praticado desde tempos imemoriais.

Se você também estiver perto de sua casa ou viajando, perceber um edifício, um objeto ou uma decoração maçônica ou evocar a Maçonaria, não hesite em nos enviar fotos com algumas explicações.

Esses "depoimentos" são muito populares entre os leitores do blog. (tradução livre)

Fonte: Blog Hiram.be

PÍLULAS MAÇÔNICAS

CARATER SOCIAL NA MAÇONARIA

Neste artigo, vou transmitir para todos aquilo que o Irmão Mestre Albert Gallatin Mackey afirma na sua “Encyclopédia of Freemasonry – vol 2”:

A Francomaçonaria atrai nossa atenção como uma grande Instituição Social.

Deixando de lado, dentro da Loja, as artificiais distinções de posição e riqueza que são, contudo, nececessárias no mundo para o progresso normal da sociedade profana, os seus membros reunem-se em suas Lojas tendo em comum um nível de fraternidade e igualdade.

Somente as virtudes e os talentos constituem títulos e merecem preeminência, sendo o grande objetivo de todos o esforço para poder trabalhar melhor e colaborar ao máximo com todos.

A forte amizade e a afeição fraternal são incultadas ativamente e são assiduamente cultivadas e, tendo estabelecido este grande vínculo místico, distingue de maneira peculiar a sociedade alí formada.

E é por isso que Washington declarou que o benevolente propósito da Instituição Maçônica é de alargar a esfera da felicidade social e de promover a felicidade da raça humana.

NOTA: Albert Gallatin Mackey, americano, foi um dos maiores historiadores maçônicos. Grande pesquisador da Ritualística e da Simbologia maçônica. Ele nasceu em Charleston, Carolina do Sul, em 12 de março de 1807, falecendo em 1881.

Fonte: pilulasmaconicas.blogspot.com

TRONCO DE SOLIDARIEDADE OU TROCO DE SOLIDARIEDADE?

TRONCO DE SOLIDARIEDADE OU TROCO DE SOLIDARIEDADE?
Amaury Peleteiro MM.’. CIM-11749.

Em muitas ocasiões em visita às Lojas, fico observando quando entramos nessa ritualística. O tilintar das moedas ressoam como sinos de uma Sinagoga e a alegria por uns instantes paira no ar, porém, na hora de falar sobre o valor do Tronco, mais parece um troco.

Qual a finalidade do Tronco?

Se for para ajudar irmãos, cunhadas, sobrinhos ou alguma entidade não é uma vergonha destinarmos certos valores?

Imaginem: Uma Loja pequena, com 20 membros, por exemplo, que se reúne uma vez por semana e se cada Irmão desse um mínimo de R$ 1,00, seriam R$ 20,00/semana; R$ 80,00/mês.

Não seria uma vergonha ofertar esse valor como ajuda, certo?

Agora se cada irmão doasse R$ 10,00, seriam R$ 200,00/semana, R$ 800,00/mês.

Esse valor não seria significativo?

Até hoje não entendo o porquê muitos de nossos Irmãos ainda não entenderam a importância do óbulo.

Quando o fazemos de bom coração e colocamos com consciência, quando antes de sairmos de casa já o separamos, quando já o destinamos previamente um valor significativo, jamais irá nos fazer falta.

Há muito apego no dinheiro. Oferecemos o que sobra, o que resta e para nós também virão os restos e as migalhas. É o eco, a volta de tudo aquilo que desejamos a outrem.

O Maçom é inteligente, é trabalhador, é rico em Sabedoria, é forte, valente, destemido e jamais se deixa fraquejar. O Maçom é exemplo, é respeitado, entende e se aprofunda no plano espiritual para compreender o material e sabe que tudo o que semeia colherá cedo ou tarde.

HISTORIA:

A nota de 20 encontrou com a nota de 10.... A de 20 foi logo perguntando, quanto tempo, onde você tem andado? A nota de 10 responde: Não tenho saído dos botecos ultimamente. Quando ia perguntar onde esta andando a de 20, eis que surge de repente a nota de 50, e vai logo cumprimentando as duas. Oi gente tudo bem, e elas curiosas diz: sim, onde é que você tem andado. Tenho andado nos cassinos e nas boates etc. E vocês? Quando a nota de 10 e de 20 ia responder-lhe, inesperadamente parece a nota de 100.

Que surpresa! foram logo dizendo: onde você tem andado? Quanto tempo nós não lhe vemos? A nota de 100, cheio de orgulho responde-lhes: Eu? Não tenho saído de Brasília, estou sempre no Congresso e vocês? A de 50 abriu a boca, a 10 abriu também, a de 20 queria falar e nesta confusão toda, chega cantarolando, dançando e pulando de alegria a notinha de 2. Oi gente! tudo bem com vocês?

Todas de boca aberta, perguntaram ao mesmo tempo: porque esta alegria toda? Onde você tem andado? Ela, logo vai respondendo: eu? Não saio da MAÇONARIA.

Portanto meus Irmãos, vamos fazer valer o Tronco, e não o troco.

Amaury Peleteiro MM.’. CIM-11749.
Adaptação do trabalho do Irmão Jairo Duppre Lacerda Filho  
Ven∴M∴ - Loja Cidade de Guarujá - 2787

sábado, 22 de fevereiro de 2020

PROCEDIMENTOS RITUALÍSTICOS

PROCEDIMENTOS RITUALÍSTICOS 
(republicação)

O Respeitável Irmão Rossano do Lago, Loja Independência e Luz, 301, REAA, GOB, Oriente de Barra Mansa, Estado do Rio de Janeiro, formula as questões seguintes: rmlago@hotmail.com

(...) corretamente, porém não sabe por que fazemos. Não consta em Ritual, manual, RGF, etc. E para uma instrução para Aprendizes o famoso "porque sim" e "porque não" não basta. Vamos a elas: 1 - Porque não se cruza os pés ou pernas durante a sessão? 2 - Existe uma maneira correta de entrar no Templo ou subir ao Oriente? Tipo entrar com o pé esquerdo ou algo do tipo? 3 - Quando subimos ao Oriente, subimos pelo nordeste e descemos pelo sudeste. Por que não pelo centro? 4 - Os Irmãos que se sentam no Oriente tem o direito de falar sentado. Como é o procedimento? Como ele saúda as Luzes e demais Irmãos? Como é feita essa saudação? 5 - Ao depositar o óbolo, retiro a mão fechada ou aberta? 6 - O Mestre de Cerimônias quando estiver parado e portando o bastão, com os braços em esquadrias, pode apoiar o bastão no chão ou ele tem que sempre ficar suspenso? Na entrada do cortejo, ele vai à frente do VM ao atrás dele? Sobe ao Oriente ou o escolta até a entrada?

CONSIDERAÇÕES:

DIA INTERNACIONAL DO MAÇOM

UPGRADE: 22 de fevereiro é ou não o Dia Internacional do Maçom?
Por Kennyo Ismail

Nos últimos dias e em especial no dia 22 de fevereiro, imagens e textos comemorando o suposto Dia Internacional do Maçom têm circulado pelas redes sociais. Os textos falam que as Grandes Lojas dos EUA e de outros países, reunidos na Conferência dos Grão-Mestres da América do Norte de 1994, aprovaram a escolha da data em homenagem ao nascimento de George Washington.

Apesar da afirmação, não se viu qualquer Grande Loja dos EUA postando algo em comemoração à data. Não se viu nem mesmo um respeitável irmão gringo mencionando isso em qualquer rede social.

O que se viu foi alguns norte-americanos, inclusive maçons, comemorando o aniversário de George Washington, mas não o suposto Dia Internacional do Maçom. O que também pesou contra a afirmação foi o fato de que há nos EUA, mais precisamente em Alexandria, na Virgínia, o George Washington Masonic National Memorial, mantido, principalmente, pelas Grandes Lojas norte-americanas, e que tem por objetivo justamente exaltar a imagem maçônica de George Washington. Especificamente no dia 22 de fevereiro, o Memorial estava com entrada franca em homenagem ao aniversário de George Washington. Mas não fizeram qualquer menção a Dia Internacional do Maçom.

Além disso, uma pesquisa não encontrou qualquer menção à comemoração da data por qualquer Obediência membro da Conferência dos Grão-Mestres da América do Norte, o que leva a crer que não existe o tal Dia Internacional do Maçom.

Entretanto, recentemente recebemos a informação de que a Grande Loja Legal de Portugal, em 2016, celebrou o “Dia do Maçom” como sendo o dia 20 de fevereiro. A comunicação, que diverge da data celebrada no Brasil em 2 dias, não faz menção ao caráter internacional da data ou mesmo de quando e como surgiu sua adoção. Mas, em compromisso com o princípio maçônico de busca da verdade, cabe aqui esta atualização, na esperança de que novas informações acerca do assunto surjam.

Fonte: https://www.noesquadro.com.br

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

GIRO DO TRONCO

GIRO DO TRONCO
(republicação)

Em 02.05.2015 o Respeitável Irmão Nonato Sampaio, Loja Vigilantes do Amazonas, nº 03, Grande Oriente do Amazonense (COMAB), REAA, sem declinar o nome do Oriente (Cidade), Estado do Amazonas, solicita o seguinte esclarecimento: 
natocar.sampaio@hotmail.com 

Tomei conhecimento de sua coluna no JB NEWS e me ocorreu a necessidade de fundamentar meu embasamento científico quanto a algumas duvidas, buscando em vosso vasto conhecimento resposta para estes questionamentos. No momento gostaria de pedir vosso esclarecimento acerca do giro das Colunas de Caridade e de Propostas e informações. 

Tenho visto que alguns Mestres em minha Potência circulam com a coluna dentro do procedimento correto e na formalidade do Rito, entretanto alguns cortam o giro ligeiramente logo após a Tábua Delinear do Grau, não fazendo assim a caminhada ate o início do ocidente. 

Em minha opinião e isso tem gerado algumas discussões é que o giro em Loja deve ser feito esquadrejando todo o ocidente, ou seja, indo até a primeira Coluna Zodiacal ou ainda até próximo da coluna do 1.º Vigilante que alude ao inicio do Ocidente, estou certo ou errado? Ou é correto cortar o giro logo após a Tábua Delinear? Lembrando que ali tem, de forma imaginária, o corpo do Irmão H∴A∴ 

CONSIDERAÇÕES:

PRONÚNCIA DO NOME JEOVÁ

PRONÚNCIA DO NOME JEOVÁ
Charles Evaldo Boller

Existe um registro na bíblia judáico-cristã, onde o deus de Moisés se materializou aos seus olhos como um fogo sobre um arbusto e disse: "eu sou aquele que é", e ainda, "eu sou me enviou até vós". Isto para uma mente não treinada constitui um absurdo, pois algo que afirma que apenas é tem sentido vago, impreciso e não pode ser associado com uma entidade de qualquer tipo. Em seu estado natural, sem a devida instrução, o homem tem pouca, ou nenhuma capacidade de lidar com o abstrato. Mas por condicionamento mental ele tem necessidade em sempre converter as informações que o rodeiam em símbolos. Tem tendência natural de nomear tudo o que encontra ao seu redor, para tudo há necessidade de criar um símbolo. E o maçom sabe muito bem o quanto os símbolos são importantes para o processo cognitivo. Pelo dicionário, deus não é nome próprio, é substantivo masculino comum, por isto é escrito em letras minúsculas; só utilizando maiúscula quando for nome próprio. Daí o deus do cristão pode ser representado por: deus, criador, o todo poderoso, o pai, o pai eterno, o onipotente, o altíssimo, e outros; até Jesus Cristo é confundido como se fosse o deus dos israelitas. Para o judeu e seus peritos religiosos, o seu deus tem um nome que pode ser vertido como Javé, Iavé, Elohím, Adhonay, Jah, e outros. Em língua portuguesa é comum encontrar-se o nome próprio Jeová.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

SE DIRIGINDO À LOJA PARA USAR A PALAVRA

Em 01/12/2019 o Respeitável Irmão Álvaro Matos da Costa Filho, Loja Fé e Perseverança, 426, REAA, GOB-SP, Oriente de Jaboticabal, Estado de São Paulo, solicita esclarecimentos.

SE DIRIGINDO À LOJA PARA USAR A PALAVRA

Mais uma vez venho solicitar a sua orientação em relação à saudação que ocorre em Loja estando presente o Soberano Grão Mestre quando este não estiver presidindo a sessão.

Devo saudar primeiramente o Venerável Mestre e os Vigilantes e em seguida o Grão Mestre e demais autoridades?

CONSIDERAÇÕES:

Já expliquei inúmeras vezes que conforme especifica o Ritual de Aprendiz do REAA em vigência, saudações em Loja somente são feitas ao Venerável Mestre quando da entrada e saída do Oriente e às Luzes da Loja (Venerável e Vigilantes) após o ingresso pela Marcha do Grau. Também se faz a saudação quando um obreiro, antes do término dos trabalhos, for autorizado a se retirar definitivamente. 

Cabe também mencionar que saudação é feita unicamente pelo Sinal Penal do Grau. Parada formal não é saudação, porém é um artifício de comportamento quando se estiver empunhando ou conduzindo algum objeto na ocasião da saudação.

Dito isso, também já expliquei que os procedimentos ritualísticos para o uso da palavra nada têm a ver com "saudação" a alguém, justamente pelo motivo acima mencionado. 

Assim, um obreiro ao fazer o uso da palavra fica à Ordem e protocolarmente se dirige à Loja (isso não é saudação). Nesse sentido, ele à Ordem (sem desfazer o sinal porque não é saudação) se dirige, independente de quem esteja presente, por primeiro ao Venerável Mestre, Primeiro e Segundo Vigilantes (menciona apenas os cargos), em seguida às autoridades presentes, porém sem a necessidade de denomina-las individualmente e, por fim, de modo genérico aos demais Irmãos.
Outra forma bastante comum é a de que depois de já ter se dirigido protocolarmente às Luzes da Loja, nomina-se a mais alta autoridade presente (que não a Bandeira Nacional) se dirigindo, em seu nome, às demais autoridades.

Tudo isso ocorre com o obreiro à Ordem, o que não é saudação, mas a forma protocolar de como se dirigir à assembleia em Loja aberta, ressalvados os direitos daqueles que podem falar sentados, todavia esses, se preferirem falar em pé, ficam à Ordem – por óbvio, compondo o Sinal de Ordem.
Estando à Ordem e concluída a sua fala, antes de sentar, desfaz o Sinal de Ordem na forma de costume.

Concluindo e reiterando, o usuário da palavra, em qualquer circunstância se dirige à assembleia por primeiro mencionando hierarquicamente os cargos dos detentores dos malhetes. Somente depois deles é que, se estiver presente, o Grão-Mestre.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br - 19/02/2020

QUEM É VITORIOSO?

QUEM É VITORIOSO?
(Desconheço o autor)
Vitorioso não é aquele que vence os outros, e sim é o que vence a si mesmo, dominando seus vícios e superando seus defeitos.
Sentindo a necessidade da disciplinação dos trabalhos de uma Loja maçônica, a Loja João Evangelista, de Darmstadt, na República Federal alemã, estabeleceu um Regimento Interno que poderia ser adotado por qualquer Oficina.

Os pontos que o compõem são os seguintes:

a) No decorrer dos trabalhos ritualísticos, cada qual deve cuidar de manter a decência na indumentária e em suas atitudes.

b) A exatidão é o mínimo de seus deveres. A chegada em atraso do Irmão impede de começar os trabalhos na hora prevista. De outro lado, a chegada no decorrer da sessão perturba a serenidade dos Trabalhos em Loja. A chegada com no mínimo 30 (trinta) minutos de antecedência à abertura dos trabalhos serve não somente para estreitar os Laços Fraternais que unem os IIr∴ da Oficina, mas contribui para conhecer os IIr∴ visitantes.

c) Os Encontros Fraternais fora do Templo deveriam ser multiplicados, a fim de estreitar os laços que os unem, fazendo com que os IIr∴ se conheçam melhor entre si.

d) Os IIr∴ parecem perder de vista as obrigações assumidas, quando de sua iniciação, de assistir regularmente os Trabalhos. Em caso de ausência, os IIr∴ são obrigados de justificá-la, acompanhando as suas escusas com um óbolo destinado ao Tronco de Solidariedade.

e) O conhecimento da Maçonaria implica a leitura da Literatura Maçônica. Os IIr∴ deveriam utilizar a biblioteca, internet, rituais ou consultar um catálogo de Obras Maçônicas que podem adquirir se orientando com os Mestres mais antigos da sua Loja.

f) O pagamento regular das cotizações é importante para a boa gestão de uma Oficina. Aquele que se sentiria apertado para ajustar as suas cotizações deve abrir-se com o Venerável sobre o assunto, pedindo-lhe um prazo ou uma remissão parcial ou mesmo total.

g) Os IIr∴ deveriam tomar parte nos trabalhos de outras Oficinas. Isto serve à Comunidade maçônica e ao Maçom, em particular, estreitando os laços que nos unem.

h) Multiplicar as relações particulares entre IIr∴, a fim de melhor conhecê-los e fazer-se melhor conhecer por eles. O Amor Fraterno do próximo não pode tornar-se efetivo, senão quando nos conhecemos bem. Freqüentar apenas os mesmos IIr∴ conduz à formação de “clãs” prejudiciais à Ordem.

i) O comportamento dos IIr∴ na vida profana é muito importante para a reputação da Maçonaria e sua irradiação. É necessário ter sempre no espírito estas palavras do nosso Ir∴ F. Lessing: “Deve-se reconhecer o Maçom pelos seus atos”.

Atenção, tolerância (sem covardia), generosidade, são as condições a preencher para realizar o Amor Fraterno dos Humanos. Não há melhor propaganda para a Ordem senão as relações cordiais e o exemplo dado pelos IIr∴

"O dever do maçom é comportar-se como tal, praticando a verdadeira maçonaria"

"O conhecimento só tem valor quando compartilhado"

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

SUBSTITUTO DO 1º VIGILANTE

Em 26/11/2019 o Respeitável Irmão Luiz Henrique de Carvalho, 1º Vigilante da Loja Templários da Montanha, 073, REAA, Palácio Maçônico, GLMMG, Oriente de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, apresenta a dúvida seguinte:

SUBSTITUTO DO 1º VIGILANTE

Estou fazendo um trabalho para apresentar em loja, e me deparei com uma dúvida simples, mas que confunde até os mais estudiosos. 

OS LEGÍTIMOS SUBSTITUTOS "Essa Coluneta que representa a “beleza”, como a Coluneta do 1º Vigilante que representa a “força”, estão nas respectivas mesas, para identificar a Coluna do Norte e a Coluna do Sul. Encerrados os trabalhos, o Segundo Vigilante volta a colocar em pé a sua Coluneta. A Joia do 2º Vigilante é o Prumo, símbolo da pesquisa e da Verdade, dando à obra a... (masonic.com.br)"

Tomei a liberdade de lhe escrever.

Você saberia como proceder na ausência em uma reunião do Primeiro Vigilante? Minha pergunta se pauta em alguns textos que li, tendo alguns citando que o Segundo Vigilante não ocupa o cargo vago, já que o mesmo é Segundo de Ofício, sendo esse cargo destinado a um outro Irmão.

Também abriu uma dúvida, tendo alguns comentários que não se usa o avental do Primeiro Vigilante, caso ele falta a reunião. O ocupante do cargo, deverá utilizar a joia, porém portar o avental de mestre.

Poderia me auxiliar nestes dois questionamentos?

CONSIDERAÇÕES:

MINUTO MAÇÔNICO

VIGILANTES

1º - Denominação dos dois primeiros oficiais de uma Loja maçônica, que seguem por ordem hierárquica ao Venerável Mestre, sucedendo-o na Presidência durante os seus impedimentos. 

2º - Desde os tempos da Maçonaria Operativa, na Inglaterra, uma Loja maçônica é dirigida por um Mestre e dois Vigilantes. 

3º - Esta é uma das características da Instituição Maçônica, tendo sido universalmente adotada e pode ser considerada como um Landmarque verdadeiro. 

4º - No Rito Americano, o 1º Vigilante senta no Ocidente e o 2º Vigilante no Sul. Nos Ritos francês e escocês, ambos estão no Ocidente. O 1º no Noroeste e o 2º no Sudoeste; em todos, porém, a posição triangular dos oficiais entre si está preservada. 

5º - Os Maçons operativos escolhiam estes três Oficiais entre os mais inteligentes e peritos, vindo a sua denominação do fato destes dois oficiais terem a seu cargo a tarefa de vigiar os obreiros reunidos, velando pela ordem e pela compostura, e para que os trabalhos não sejam perturbados. 

Fonte: http://www.cavaleirosdaluz18.com.br

USO DA PALAVRA?

USO DA PALAVRA?
Sérgio Quirino Guimarães

Este assunto é uma unanimidade em todas as Oficinas: - Quem fala muito atrapalha a reunião! Mas por que isto acontece? Por dois motivos: vaidade e ingenuidade. 

A vaidade é facilmente notada quando o locutor coloca os verbos na primeira pessoa, suas manifestações parecem testemunhos, ele julga que em todos os assuntos da Loja os Irmãos devem escutar sua opinião e tem a capacidade de ocupar mais tempo do que o ritualizado para o Quarto de Hora e Estudo. 

A ingenuidade é aparente naqueles que saúdam as autoridades, visitantes e ainda dá as conclusões sobre a sessão (funções do Orador), também sempre se manifestam sobre as instruções (função das Luzes ou daqueles que o Venerável indicar); após a leitura do Balaústre pede a palavra, saúda nominalmente todos os presentes e questiona o Secretário sobre qualquer questiúncula que deveria fazê-lo após a sessão. 

Nós devemos entender que qualquer reunião que ultrapassa duas horas é cansativa e se torna improdutiva; temos Irmãos que trabalharam o dia inteiro e querem à noite encontrar com o grupo para serenar os ânimos e harmonizar-se com o Criador. Vivemos num tempo onde o perigo é uma constante e abrirmos a porta de nosso lar após as 22:00 é um risco para toda a família. 

Observem que quando o Irmão falador pede a palavra, toda a Oficina "trava", e assim há uma quebra na egrégora espiritual da sessão. Por outro lado, quando aquele Irmão que pouco se manifesta pede a palavra, todos se voltam para ele com atenção e RESPEITO. 

Devemos nos conscientizar que se queremos contribuir na formação dos Irmãos devemos fazê-lo pelo EXEMPLO e não pela palavra! A verborréia é uma deficiência, um vício que avilta o homem! 

Quando formos visitar uma Loja, estaremos lá para aprender e não para ensinar então o silêncio torna-se uma prece; nas Sessões Magnas (compreensivelmente mais longas) e sempre com a presença de visitantes, deixemos que o Orador nos apresente e fiquemos com o Sinal de Ordem, para dizer à toda Oficina que somos o nominado e estamos de P∴ e a O∴. Dar os parabéns pelos trabalhos só é necessário para os que têm necessidade de lustro na vaidade. 

Se o Irmão quiser ocupar mais de 3 minutos (tempo salutar) ele pode agendar com o Secretário sua participação no Quarto de Hora de Estudo ou na Ordem do Dia. 

No período destinado à Palavra a Bem da Ordem em Geral e do Quadro em Particular, devemos priorizar trazendo notícias dos Irmãos ausentes (não vale justificar a falta, pois deve ser feito por escrito pelo mesmo acompanhado obrigatoriamente do óbulo) e louvarmos os feitos da Ordem. 

O Livro da Lei nos ensina: Pois o Reino de Deus não consiste em palavras, mas na virtude (1 Coríntios 4,20) Lembre-se que todos nós independente do Grau ou de Cargos somos responsáveis pela qualidade das Sessões Maçônicas.

Sérgio Quirino Guimarães
ARLS Presidente Roosevelt
Palácio Maçônico - Grande Loja
Belo Horizonte - Minas Gerais

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

PEDIDO DE QUITE PLACET EM CARÁTER IRREVOGÁVEL

Em 22/11/2019 o Respeitável Irmão Tacachi Iquejiri, Loja 11 de Outubro, REAA, GOB-MS, Oriente de Campo Grande, Estado do Mato Grosso do Sul apresenta a seguinte questão.

QUITE PLACET

Tendo surgido dúvida quanto à interpretação do art. abaixo descrito, peço a gentileza de elucidar-me.
RGF "Art. 69 - Quite placet........
§ 1º - ....
§2º - o pedido de quite placet, feito por escrito ou verbalmente, poderá ser apreciado e votado na mesma sessão em que for apresentado.
§3º- o pedido de quite placet feito em caráter irrevogável será atendido pela administração da Loja na mesma sessão em que for apresentado.
§ 4º......"

Irmãos da Loja entendem que como pedido foi em caráter irrevogável, não há necessidade de votação do pedido. Outros já entendem que o §3º é extensão do § 2º, que há necessidade de votação, pelo fato do pedido de quite placet ter sido lido e discutido na Ordem do Dia. Diz o item 56 do S. O. R. (aprendiz), que o texto editado no Ritual "Previamente organizada pelo Venerável Mestre - assuntos pendentes de discussão e votação; proposições, requerimentos, etc.".

Considerando que o pedido de quite placet foi lido na Ordem do dia, não deve obedecer ao critério a votação?

CONSIDERAÇÕES:

FALAR SENTADO NO ORIENTE E CIRCULAÇÃO DO DIÁCONO

Em 21/11/2019 o Respeitável Irmão Washington José de Almeida Aranha, Loja Obreiros de Canaan, 2.750, REAA, GOB-RJ, Oriente de Rio das Ostras, Estado do Rio de Janeiro, apresenta as dúvidas seguintes:

FALAR SENTADO NO ORIENTE E CIRCULAÇÃO DO DIÁCONO

Solicito a gentileza de esclarecer as seguintes dúvidas:

1- Quem pode falar sentado no momento da Palavra a Bem da Ordem e do Quadro em particular? O Orador pode falar sentado todo o tempo, mesmo quando estiver emitindo opinião ou consideração pessoal? O Secretário pode falar sentado o tempo todo, mesmo quando emitindo opinião ou consideração pessoal? Irmãos sentados no Oriente (autoridades, MI, portadores de comenda, etc.) podem falar sentados pelo fato de estarem no Oriente?

2- Sempre ouvi dizer que no REAA não existe o espaço entre o retábulo e as cadeiras do altar do Venerável Mestre, que esse espaço é característica do Rito Adonhiramita. Sendo assim, o 1°Diácono teria que receber a palavra se valendo, no momento do recebimento da mesma, do recuo da autoridade que ocupa a cadeira a direita do Venerável Mestre (a cadeira do Grão-Mestre), para poder alcançar o Venerável Mestre e este lhe dar a palavra ao ouvido. A hipótese da circulação do Diácono por detrás da cadeira do GM é inviável? Hipótese totalmente descartada? A pergunta prende-se ao fato de que a planta (do início do século 19) que originou a planta do nosso templo possuía esse espaço, e segundo li em alguns textos relativos a este tema, este espaço foi abolido mais por questão de economia de custo com obra do que por motivo litúrgico ou ritualístico. Sendo assim, qual o procedimento correto? Ou podem ser adotados ambos os procedimentos se a Loja comportar o espaço que permita a circulação por detrás das cadeiras do altar? Observei que na planta do Ritual Grau1, este espaço está bem destacado, com as cadeiras do altar do Venerável Mestre bem distantes do retábulo, ao contrário do espaço atrás das cadeiras dos vigilantes, as quais aparecem praticamente coladas nas paredes.

Agradeço antecipadamente as respostas e orientações que puder enviar.

CONSIDERAÇÕES:

SIMÓN BOLIVAR, REVOLUCIONÁRIO E MAÇON

SIMÓN BOLIVAR, REVOLUCIONÁRIO E MAÇON

Segundo os historiadores Júlio Mancini e Américo Carnicelli, o Libertador Bolívar foi iniciado na maçonaria em 1803, na Loja "Lautaro", que funcionava em Cádis, Espanha, onde também se iniciaram outros próceres da independência das colónias espanholas da América do Sul. Outro historiador, o Marquês de Villa Urrutia, assinala a mesma data, mas sustenta que a Loja não se chamava "Lautaro", mas sim "Caballeros Racionales". Ambas as Lojas existiam em Cádis em 1803. A confusão virá das visitas que Bolívar costumava fazer à Loja "Caballeros Racionales". A Loja "Lautaro" foi fundada em 1800 por inspiração de Francisco de Miranda, que residia em Londres, fazendo planos para uma expedição libertadora da Venezuela. Dizem que sugeriu esse nome em homenagem ao caudilho araucano, que venceu o conquistador Valdívia em 1554, em Tucapel (Chile). Porém, Miranda nunca esteve na Loja "Lautaro" de Cádis, porque a sua cabeça foi posta a prémio pelos espanhóis. De Londres através de amigos que viajavam para a Península Ibérica, mandava cartas e desse modo mantinha contacto com dito centro maçónico. Mais tarde, José de San Martín, fundou em Buenos Aires, Argentina, outra Loja "Lautaro", em lembrança da Loja de Cádis. Depois fez o mesmo em Santiago de Chile e Lima, onde as Lojas "Lautaro" foram centros de patriotas na luta pela independência.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

PRIORIDADE NA CIRCULAÇÃO DA BOLSA

Em 20/11/2019 o Respeitável Irmão Antônio Carlos Manso, Loja Inconfidência e Liberdade, 2.370, REAA, GOB-MG, Oriente de São Gonçalo do Sapucaí, Estado de Minas Gerais, apresenta a questão seguinte:

PRIORIDADE NA CIRCULAÇÃO DA BOLSA

Na circulação da bolsa os irmãos ocupantes cargos (mesmos graus) tem prioridade?

CONSIDERAÇÕES:

Não entendi bem o termo "mesmos graus" escrito entre parêntesis na sua questão, até porque cargos em Loja são privativos de Mestres Maçons – Art. 229 do RGF, § 1º - Os cargos são privativos de Mestre Maçom (o grifo é meu). 

Assim, se o caso é esse, seria irrelevante qualquer distinção pertinente aos "mesmos graus", já que Aprendizes e Companheiros não assumem absolutamente nenhum cargo em Loja. 

Também não existe nenhuma distinção como grau para Mestre Instalado porque esse não é um grau, senão uma "categoria especial honorífica" conforme prescreve o RGF em seu Art. 42.

Nesse sentido, no REAA a circulação das bolsas segue prioritariamente a ordem seguinte: Venerável Mestre, 1º e 2º Vigilantes; Orador, Secretário e Cobridor Interno. Em seguida os ocupantes das duas cadeiras de honra e os demais do Oriente; os Mestres da Coluna do Sul, os da Coluna do Norte, Companheiros, Aprendizes e, por último, auxiliado pelo Cobridor Interno o próprio oficial circulante.

Note que após os seis primeiros cargos não existe prioridade entre os Oficiais durante a coleta, senão a de seguir a ordem dos que ocupam o Oriente, o Sul e o Norte. Evidentemente que o Mestre de Cerimônias ou o Hospitaleiro (conforme o caso), por serem os responsáveis pela coleta, encerram a mesma depositando por último.

Cabe destacar que os seis primeiros cargos mencionados são obrigatórios na ordem descrita, não importando quem esteja ocupando as cadeiras de honra na oportunidade. Portanto, os ocupantes dessas cadeiras somente serão abordados imediatamente após o Cobridor Interno, nunca, sob nenhuma justificativa, junto com o Venerável Mestre.

Essa orientações estão oficialmente descritas no Sistema de Orientação Ritualística em http://ritualistica.gob.org.br, destacando a sua aplicação imediata sobre o ritual em vigência conforme o Decreto 1784/2019 do Grão-Mestre Geral.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br - 16/02/2020

A MAÇONARIA E SEUS FEITOS NO BRASIL

A MAÇONARIA E SEUS FEITOS NO BRASIL*

As corporações de ofício se expandiram e se consolidaram ao longo da Idade Média Baixa — no período compreendido entre os séculos 12 e 15 — como conseqüência das grandes transformações infligidas à supremacia feudalista. O fenômeno derivou da concentração de comerciantes, artistas e artesãos ao redor dos burgos formados por castelos e mosteiros, de que se originaram vilas e cidades. Buscavam proteção e segurança para viver e trabalhar ao abrigo das fortificações e muralhas que cercavam os monastérios e as residências dos barões feudais. 

Com o fim do trabalho servil, a diminuição do domínio clerical e o fortalecimento dos poderes do monarca, que se robusteciam velozmente, formou-se a burguesia, constituída de profissionais dessas corporações ou guildas e hansas — as primeiras reunindo os artesãos e artistas, e as últimas ,os comerciantes. Tais organizações tinham o escopo de resguardar seus negócios, estabelecer os preços dos serviços e disciplinar o sistema de trabalho de seus membros. As pessoas que já as integravam ou que pretendiam a elas se integrar tinham que se submeter às regras antes estabelecidas se quisessem seguir um ofício: quem desejasse ser um artesão teria que começar como aprendiz, depois passar a companheiro e, só bem mais tarde, poderia chegar a mestre. 

Das corporações de ofício que atuavam na Escócia e que, para preservar seus interesses, reuniam-se secretamente, nasceu o embrião das lojas maçônicas especulativas — com similar estrutura gradativa das corporações de ofício: aprendiz, companheiro e mestre —, assim chamadas porque delas poderiam participar não apenas os membros de uma única corporação, mas outras de ofícios distintos. Para que pudessem agir sem embaraços, foram, em 1583, legitimadas pelo rei Jorge VI da Escócia. Em 1646, fundou-se a loja maçônica de Warington, na Inglaterra. Em 1689, expandiu-se a entidade para a França com a implantação de uma loja pioneira em Saint-Germain-en-Laye. 

Não pararam mais de se alastrar pela Europa. Fala-se que, na Inglaterra, todo o antigo almirantado inglês era constituído de maçons. Por motivos políticos entre a Escócia e a Inglaterra, as lojas escocesas deram início à formação do Grande Oriente e, na Inglaterra, as Grandes Lojas — potências maçônicas até hoje existentes. Os dois principais ritos maçônicos — forma pela qual se identificam, se organizam e se comunicam os maçons — são o Escocês Antigo e Aceito e o Francês ou Moderno. Em 1730, se instalaram na Filadélfia, nos Estados Unidos. A proclamação da independência americana, em 4 de julho de 1776, teve o patrocínio delas. Thomas Jefferson e Benjamin Franklin eram maçons, 14 dos presidentes americanos também. O mesmo diga-se da Revolução Francesa, que adotou a trilogia liberté, égalité ou la mort —, que, embora nada tenha a ver com o triângulo da maçonaria, teve sua inspiração e participação. 

Um de seus símbolos mais emblemáticos é o triângulo, representando cada um de seus lados os princípios de liberdade, igualdade e fraternidade. Essa a razão de conservar-se na bandeira do Estado de Minas Gerais a mesma divisa ilustrada com a expressão latina libertas quae sera tamen — liberdade ainda que tardia — que resumia o espírito da Conjuração Mineira. 

Em Portugal, a maçonaria teria chegado pelas mãos de ingleses, conforme alvará de autorização do grão-mestre inglês lorde Weimouth, em 1730. No Brasil, há controvérsia sobre o tema. A primeira loja, com o nome de União, teria formalmente se instalado no Rio de Janeiro, em 1800. Em 1802, foi a vez da Bahia, com as lojas Virtude e Razão. Em 1804, as lojas Constância e Filantropia passaram a atuar no Rio. A partir daí, se espraiaram pelo Brasil afora. Quase todos os movimentos libertários no país tiveram inspiração e participação de maçons. A libertação dos escravos é exemplo típico, ainda que, à época, contrária aos interesses dos fazendeiros e de boa parte da Igreja. 

A Independência foi quase toda obra da maçonaria, que, sob os auspícios de Gonçalves Ledo e José Bonifácio, maçons, que, com outros, ardentemente a defenderam, e que levaram Dom Pedro a nela se iniciar com o nome de Guatimozim. José Bonifácio tornou-se o primeiro grão-mestre no Brasil. Depois, o próprio Dom Pedro. Uma das colunas internas do templo onde se reuniam tinha o sugestivo nome de “Independência ou Morte”, que serviu de mote a Dom Pedro no histórico brado proferido às margens do Ipiranga. Em decorrência dos conflitos entre o governo e a Igreja, advindos da “questão religiosa”, da insatisfação dos militares pós-Guerra do Paraguai, com suas idéias libertárias, e da franca presença dos maçons sob a liderança de Quintino Boacaiúva, Campos Salles, Prudente de Morais e tantos outros, sedimentou-se o cadinho que resultou na Proclamação da República. O marechal Deodoro da Fonseca, que era maçom, foi o agente de sua execução, compelido por militares e civis maçons. 

Por certo, o que as instituições nacionais devem à maçonaria não caberia neste espaço. No mínimo mereceria um denso ensaio. Vale o registro apenas para situar o reconhecimento do papel que exerceu. O resto fica na expectativa de que seu espírito possa orientar nossos políticos e nos faça livrar da tragédia da corrupção — praga do momento.

* “Texto de Maurício Corrêa – Advogado, publicado no jornal Correio Braziliense de 12 de fevereiro de 2006 * pág. 25, com o título: “A Maçonaria e seus feitos no Brasil”