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terça-feira, 19 de maio de 2020

DIGNIDADES FALAM DE PÉ

DIGNIDADES FALAM DE PÉ
(republicação)

Em 15.08.2015 o Irmão Emilio Cisi Rocco, Companheiro Maçom da Loja O Esquadro, 4.042, REAA, GOB, Oriente de Porto Seguro, Estado da Bahia, solicita as seguintes informações: cisirocco@hotmail.com

Na verdade minhas duvidas não são muitas. Apenas algumas divergências entre o que se pratica em nossa Loja e o que diz o manual do GOB-MG (única fonte de informação escrita que consegui). 

a) Por serem também Dignidades, o Chanceler e o Tesoureiro, podem ou devem falar sentados, assim como o Orador e o Secretario, em apresentação de trabalhos? Alguns Irmãos da Loja acreditam que sim. 

b) Na Palavra a Bem da Ordem, ao fazer uso da palavra, os Vigilantes, o Secretario e Orador, devem falar de pé e a Ordem? O manual do GOB-MG diz que sim. 

c) Comentários ou elogios a trabalhos apresentados no Tempo de Estudos devem ser feitos dentro do próprio tempo de estudos? O Venerável deve colocar a palavra nas Colunas, nesse momento? Passado esse momento, somente o Orador deve se pronunciar a respeito? 

e) Saudações a Irmãos visitantes exclusividade do Orador, ou cada Irmão pode dizer o que bem entende? Como vê, meu Irmão, são pequenas duvidas que fazem muita diferença quando estamos em 

CONSIDERAÇÕES:

Até onde eu sei desde 2.009 (Decreto 1.102 de 15/05/09, Artigo 5º) todos os Manuais ainda estão suspensos pelo Soberano. 

Por experiência própria, existem muitas contradições entre esses Manuais e muitas vezes, inclusive, se desencontrando do previsto no Ritual. Enquanto eu era Secretário Geral do Rito no GOB (até julho desse ano), eu tentei uniformizar os procedimentos através de provimentos enviados ao Poder Central (em setembro de 2.013), todavia nunca nem sequer recebi pelo menos a acusação de seus recebimentos. 

Em face desse ambiente e as contradições e equívocos dos próprios rituais em vigência, é que acabaram surgindo ilegalmente Manuais pelos diversos Estados da Federação. Infelizmente, esses Manuais também se apresentam em muitos aspectos contraditórios, além de várias acomodações ritualísticas oriundas de interpretações equivocadas e pessoais. 

No que concerne às questões: 

a) O GOB ainda equivocadamente confunde cargos eletivos com Dignidades. Nesse sentido confundem os cargos de Tesoureiro e Chanceler também como Dignidades. Ora, tradicionalmente as Dignidades de uma Loja são sempre em número de cinco, ou seja, as Três Luzes da Loja (o Venerável e os Vigilantes) somadas aos cargos de Orador e do Secretário e não sete. 

No Ocidente os únicos dois protagonistas que podem falar sentados são os Vigilantes, ninguém mais, nem mesmo o Chanceler e o Tesoureiro, mesmo que ainda esses dois últimos sejam confundidos com Dignidades como é o caso no GOB. Ratifico: nunca o Chanceler e Tesoureiro falam sentados – no Ocidente somente os Vigilantes. 

b) Salvo nas oportunidades que o Ritual determinar o contrário, junto com o Venerável, os Vigilantes, o Orador e o Secretário por serem as verdadeiras Dignidades da Loja falam sentados. O Manual mencionado na vossa questão está enganado nesse sentido. Eis aí uma das contradições que havia eu alertado. 

c) Tempo de Estudos somente se estiver previsto algum debate sobre o tema. Nesse caso os Irmãos usam da palavra na forma de costume. Não se pode confundir com apresentação de Peça de Arquitetura para aumento de salário. Essa, previamente marcada, será apresentada na Ordem do Dia, já que dessa exposição antes depende de parecer do Orador sob o ponto de vista legal para votação como matéria de mudança de Grau. 

Já peças de arquitetura apresentadas durante o Tempo de Estudos sob a égide da instrução e cultura, se merecer comentários, esses ficam para a Palavra a Bem da Ordem e do Quadro em Particular, todavia na oportunidade há que se preverem explanações sucintas e não repetitivas. 

Quanto aos elogios penso que à Bem da Ordem eles são perfeitamente dispensáveis – Maçom não precisa de louvores e nem confetes. 

d) Saudar os visitantes em nome da Loja é ofício do Orador por ocasião das suas conclusões finais. Assim não faz nenhum sentido antes, qualquer Obreiro usar da palavra para antecipar essa finalidade. Ora, se já existe previsão consuetudinária para esse comento por parte do Orador, então não faz sentido algum a antecipação dessa saudação. Isso serve inclusive de alerta para os Vigilantes e para o Venerável que, não raras vezes adoram se antecipar nessa empreitada. O pior ainda é que algum deles ainda menciona: “eu sei que essa é atribuição do Orador, mas mesmo assim eu gostaria de saudar...” Quer dizer o erro é duplamente reforçado, pois além dele saber ainda insiste declaradamente em quebrar a regra. 

T.F.A. 
PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.971 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

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