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quinta-feira, 2 de julho de 2020

ABÓBADA

ABÓBADA
(republicar)

Em 07/03/2016 o Respeitável Irmão Ivan Luiz Emerim, Lojas Duque de Caxias e Pesquisa Gênesis, REAA, GOIRS (COMAB), Oriente de Caxias do Sul, Estado do Rio Grande do Sul, formula a seguinte questão: ilemerim@gmail.com

Venho solicitar o seu parecer abalizado sobre o seguinte:

- Fato: Está sendo construído um novo e grande Templo em nossa cidade (REAA). Sou amigo de muitos Irmãos desta Loja e, por isto, volta e meia solicitam algum parecer uma vez que nosso Templo (Duque de Caxias) recentemente passou por uma reforma, ocasião na qual também lhe solicitei orientações, nas quais fui atendido gentilmente como de hábito. Ocorre que estão começando a fazer a Abóbada e surgiu uma dúvida para a qual solicito seus préstimos.

- Dúvida: Segundo o Ritual de Aprendiz em vigor em nosso Oriente, na descrição da Arquitetura do Templo, em certa altura menciona o seguinte: “O teto do Templo será uma representação da abóbada celeste, com a presença simbólica do Sol, da Lua e das constelações mais conhecidas (Ver Esquema). No Oriente, um pouco à frente do Trono, o Sol; por cima do Altar do 1o Vig., a Lua em quarto crescente; e do 2o Vig., uma estrela de cinco pontas...”

- Minha colocação: Li (não sei onde) que a abóbada celeste ocupa somente o teto do Ocidente, e não do Oriente, ou de uma parte deste (vide o supra grifado).

No seu trabalho publicado e intitulado Templo Maçônico – Abóbada – REAA, não faz menção a este particular. Procurei em algumas literaturas e não encontrei e nem reencontrei o que acredito tenha lido a respeito e que formou este meu entendimento. Para não ficar me enganando e nem instruindo da mesma forma, solicito este pequeno esclarecimento.

Irmão Pedro, sabedor de seus inúmeros compromissos e tarefas não me importaria de aguardar esta sua resposta, porém, como o caso é urgente (estão prestes a começar), lhe solicito encarecidamente se pudesse me mandar esta resposta, pode ser breve por enquanto, como resposta deste e-mail.

CONSIDERAÇÕES:

Abóbada decorada no REAA∴ representa o firmamento projetado sobre os limites do espaço da Sala da Loja, o que em síntese significa que ela, a abóbada, ocupa a cobertura (forro) de toda a Loja – do Oriente ao Ocidente e do Norte ao Sul.

Sob o ponto de vista da Terra, ela sugere o céu estrelado com as suas principais constelações relativas ao hemisfério norte e, segundo alguns autores, é a representação do firmamento nos meses de outono/inverno.

De qualquer maneira, a abóbada decorada (pode ser arqueada, côncava ou plana) é o céu estrelado sobre o canteiro de obras especulativo (Templo, Loja) que, figuradamente, além do espaço de trabalho em si, representa um segmento da Terra sobre o equador com seus paralelos e meridianos, cujos limites do horizonte são as frisas correspondentes ao alto das paredes (geralmente decorados por sancas) do Oriente, do Ocidente, do Norte e do Sul. Assim, por sobre esse segmento figurado terrestre, está o firmamento.

A título de esclarecimento, o equador é o eixo longitudinal Leste – Oeste que projetado para o alto na abóbada é o zênite. Os paralelos principais são representados pelos trópicos de Câncer e Capricórnio, cujo marco respectivo das suas passagens é a Coluna B∴ e J∴ Entre ambos, sob o ponto de vista da Terra, ocorre à revolução anual do Sol, daí os trópicos marcam os solstícios e o equador os equinócios.

Nesse sentido e sob o ponto de vista prático, a abóbada é o forro da Loja que compreende o espaço limitado pelas quatro paredes do recinto.

Em se tratando da abóbada, o Sol estará sobre o centro do Oriente, levemente deslocado do zênite para o Sul e a Lua em quarto crescente situada no Ocidente aproximadamente sobre o Primeiro Vigilante.

Faz-se oportuno elucidar que a Estrela Flamejante não é considerada como um astro ou estrela do firmamento. Esse é outro símbolo, que apesar de formato estelar, não é parte do mapa celeste astronomicamente falando. A Estrela Flamejante é o Pentagrama pitagórico que exprime a identificação filosófica e objeto de estudo do Segundo Grau. Obviamente que embora seu formato estelar, ela é uma alegoria hominal e representa o intermediário que vai “pendente do teto” ao Sul sobre o Segundo Vigilante. Não confundir o Pentagrama como uma estrela do firmamento.

Concluindo, em algumas Lojas do REAA∴ situadas em outros países é costume se representar na base da abóbada (limite com as paredes), coincidindo com as Colunas Zodiacais, as constelações do Zodíaco – Aries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão e Virgem ao Norte e Libra, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes ao Sul. Nesses casos as Colunas Zodiacais são suprimidas.

T.F.A. 
PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 2.057 – Melbourne (Vic.) sexta-feira, 20 de maio de 2016

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