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quarta-feira, 5 de agosto de 2020

INGRESSO NO TEMPLO

INGRESSO NO TEMPLO
(republicação)

Em 09/11/2015 o Respeitável Irmão Brasil Alves, Loja Caridade de Praia Grande, REAA, GOSP- GOB, Oriente de Praia Grande, Estado de São Paulo, solicita esclarecimento para o seguinte: brasil.alves@terra.com.br

Desculpe pelo incomodo, mas gostaria que me orientasse nesta situação. No R.E.A.A. qual a forma correta de se entrar no Templo após o início dos Trabalhos?

CONSIDERAÇÕES:

Existem várias situações que são passíveis de acontecer nesse sentido. É o caso das protocolares que obedecem ao padrão ritualístico dos protocolos de recepção às autoridades e Lojas conforme o Ritual em vigência e o Regulamento Geral da Federação – nesse caso há que se consultarem os escritos em vigor.

Existe, entretanto uma situação coloquial de acordo com Rito que envolve os retardatários que pedem ingresso na Loja. Em linhas gerais, nesse caso, em qualquer situação que não esteja presente o Cobridor Externo no Átrio, o retardatário dá na porta do Templo a bateria universal que é a de Aprendiz e aguarda. Se a situação for propícia, assim que a porta seja aberta para a efetiva verificação de quem bate na forma de costume, o retardatário devidamente já reconhecido será informado do Grau de trabalho da Loja. Então se fecha a porta novamente para o cumprimento dos procedimentos ritualísticos internos de comunicação às Luzes da Loja na forma de costume. Ato seguido, designado pelo Venerável Mestre vem até o Átrio o Mestre de Cerimônias para conduzir o retardatário devidamente reconhecido para ingressá-lo no recinto. Com o Mestre de Cerimônias (ele que conduz) à frente ambos ingressam. O Mestre de Cerimônias então para e aguarda na Coluna do Norte próximo a porta do Templo ao mesmo tempo em que o retardatário, também próximo à porta que é fechada imediatamente a seguir pelo Cobridor, para e fica à Ordem sobre o eixo (equador do Templo). Ato seguido o protagonista executa a Marcha do Grau conforme o Grau de trabalho aberto. Executada a Marcha, o ingressante saúda as Luzes ritualisticamente e aguarda as ordens do Venerável Mestre que pode ou não (ao seu critério) ministrar o Telhamento pelo questionário de costume. Em sequência o Mestre de Cerimônias conduz o retardatário até a mesa do Chanceler para firmar a assinatura no Livro de Presenças e posteriormente até o seu lugar em Loja.

Observação - Caso o retardatário de chegada ao Átrio ao dar a bateria universal na porta e receber a mesma bateria dada pelo Cobridor pelo lado interno, isso significa que ele deve aguardar o momento propício de entrada. Nesse caso não existe qualquer outra bateria que não seja a universal (do Aprendiz) – não existe batucada na porta do Templo.

Entretanto, algumas Lojas, após já ter sido o retardatário devidamente reconhecido, anunciado e autorizado a entrar formalmente acompanhando o Mestre de Cerimônias, se o Grau de trabalho for acima do Aprendiz, exige-se antes do ingresso formal (junto com o Mestre de Cerimônias) que retardatário dê agora na porta a bateria do grau de trabalho da Loja. Esse tipo de procedimento é o meu ver, apenas um excesso de preciosismo, já que outra bateria dada mereceria ser novamente anunciada às Luzes da Loja – em nome da agilidade não vejo necessidade de tanto.

Finalizando, essa é uma explanação superficial daquilo que obrigatoriamente qualquer Loja deva ensinar aos Irmãos do seu quadro. Há também que se analisarem talvez outras tantas situações que porventura possam acontecer nesse sentido. Penso que está mais do que na hora de aprendermos que muitas práticas ritualísticas são consuetudinárias, espontâneas e universalmente aceitas, sem que com isso haja necessidade se manter tudo escrito à moda da matriz francesa de Maçonaria com seus carimbos e convenções.

T.F.A.
PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 2.106– Maceió (AL) sexta-feira, 8 de julho de 2016

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