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sábado, 30 de janeiro de 2021

OS C. PP. PP. DA MAÇONARIA

Em 27.06.2020 o Respeitável Irmão Nelson Marimon, Loja Gênesis, 3.089, REAA, GOB-RS, Oriente de Cachoeirinha, Estado do Rio Grande do Sul, apresenta a seguinte questão:

C∴ PP∴ PP∴

Estou fazendo uma prancha sobre os CC∴ PP∴ PP∴ e tenho algumas questões a respeito.

Segundo o ritual de Mestre do GOB os CC∴ PP∴ PP∴ são usados na Exaltação no momento de retirar o Irmão do e∴ e no momento da trans∴ da pal∴. Existe algum outro momento em que se deve usar os CC∴ PP∴ PP∴?

O T∴ de Mestre pode ser dado através de 3+3+3 bat∴ com o pol∴ sobre a fal∴ do Irmão ou pode ser feito a g∴ de Mestre. Quando usar uma ou outra opção?

Sempre que se usar a g ∴deverá ser feito os CC∴ PP∴ de PP∴?

Qual o t∴ deve ser usado pelos VVig∴ quando percorrem as CCol∴ verificando se todo são MM∴ MM∴?

CONSIDERAÇÕES:

Vale a pena mencionar que os C∴ PP∴ PP∴ da Maç∴ pertenciam originalmente ao Grau de Comp∴, isto à época em que a Maçonaria era ainda constituída por apenas dois graus. Era conhecido como os C∴ PP∴ PP∴ do Companheirismo.

No tocante ao REAA, os C∴ PP∴ PP∴ atualmente se constituem no T∴ do Mestre. Assim, a Pal∴ Sagr∴ do M∴ somente é dada após estarem formados os C∴ PP∴ PP∴. A Pal∴Sagr∴ do M∴ é transmitida por um dos protagonistas por inteiro e não soletrada e nem silabada como acontece com nos graus dos Aprendizes e dos Companheiros.

Por óbvio os C∴ PP∴ PP∴ tem origem na cena teatral que acontece durante a encenação da L∴ de H∴. Destaque-se que o 1º ponto, a contar da união dos pp∴, significa Estab∴, o 2º ponto menciona Equil∴, o 3º Apoio, o 4º Amp∴ e o 5º Fratern∴. O número cinco se relaciona à tradicional classe dos CComp∴, até porque, o original nome dessa alegoria iniciática era os C∴PP∴ PP∴ do CComp∴. Com o advento do 3º Grau, em 1.725 na Moderna Maçonaria, essas origens tiveram que ser adequadas aos agora três graus universais. Cabe mencionar que na Maçonaria de Ofício, ancestral da Moderna Maçonaria, existiam apenas duas classes de trabalhadores (Aprendizes e Companheiros). Era dentre os Companheiros do Ofício que se escolhia um dos mais experimentados para ocupar o cargo de dirigente da Loja Operativa, então chamado de o Mestre da Obra – nada tinha a ver com o Mestre especulativo da atual Maçonaria.

Infelizmente, sobretudo nas concepções latinas da Maçonaria, com o passar dos tempos, o maldito improviso de facilitação - talvez por falta de conhecer o significado do ato - não tardaria a aparecer em certos rituais, ao ponto de ter sido criado o esdrúxulo movimento giratório dos ppul∴ por t∴ vv∴ com a G∴ para a transmissão da Pal∴ Sagr∴ do M∴. A bem da verdade isso é invenção e não existe na tradição do REAA. Essa forma improvisada do T∴ do M∴ girando os ppul∴ pela G∴ não condiz com o seu verdadeiro significado, significação esta que só pode ser constatada quando formado os C∴ PP∴ PP∴ da Maç∴

Destaco que em termos do Ritual de Mestre do GOB e o Sistema de Orientação Ritualística essa anomalia (girar os pp∴pela G∴) será extirpada do Ritual, pois, como dito, o T∴ do M∴ se dá apenas e tão somente pelos C∴ PP∴ PP∴ - não devem existir improvisos ritualísticos.

Também não existe T∴ de M∴ dado por grupos de t∴ em t∴ ppanc∴ como descrito na sua questão. Reitero. T∴ do M∴ se dá pelos C∴ PP∴ PP∴, enquanto que a Bat∴ do Mestre nada tem a ver com esse procedimento.

É bom que se diga que a G∴ é um dos C∴ PP∴ isolado.

Nesse sentido criou-se o costume com o qual os MM∴ MM∴ se valem da discrição para serem reconhecidos em situações fora de Loja. Dessa forma, discretamente ao se cumprimentarem eles formam apenas a G∴.

Contudo em Loja aberta, em qualquer situação o correto é, sem preguiça e adaptações, se dar o T∴ pelos C∴ PP∴ PP∴. Assim, os VVenerab∴ VVig∴ ao percorrerem as CCol∴ para a verificação, o fazem utilizando os C∴ PP∴ PP∴ da Maç∴. Do mesmo modo também se utilizam os C∴ PP∴ PP∴ durante a transmissão da Pal∴ quando da abertura e encerramento dos trabalhos.

Concluindo, o conjunto dos C∴ PP∴ PP∴ - que é o T∴ do Mestre - possui alto significado simbólico. Sua performance encerra um dos mais importantes segredos do Grau. Assim, usar na ocasião opções improvisadas não condiz com a realidade e a importância que o Terceiro Grau merece. Em Maçonaria não existe ato litúrgico e ritualístico abreviado.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

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