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sábado, 18 de dezembro de 2021

ESCOCÊS, MAS CRIADO POR UM FRANCÊS

ESCOCÊS, MAS CRIADO POR UM FRANCÊS

Saiba mais sobre o sétimo Rito adotado pelo GOSP, o Rito Escocês Retificado – RER

Também conhecido como Rito de Willermoz, em alusão ao seu criador, o francês Jean Baptiste de Willermoz, o Rito Escocês Retificado tinha como grande objetivo trazer de volta antigas influências dos Cavaleiros Templários – como um rito de cavalaria, também de um antigo rito chamado Rito de Heredom. Para ele, que nasceu e faleceu na cidade de Lyon (1730 – 1824) e foi iniciado na Maçonaria aos 20 anos em uma Loja que funcionava sob os auspícios da Estrita Observância Templária, o Rito havia se descaracterizado com o tempo, perdendo, assim, sua identidade original como um Rito de Cavaleiros.

Pelo fato de ser um homem bastante estimado por seus discípulos, principalmente pelas maneiras cordiais, amigáveis e sedutoras, sempre reuniu em torno de si homens devotos a sua causa espiritual, como Louis Claude de Saint-Martin, Joseph de Maistre, Martinez de Pasqually e o conde de Saint-Germain. “Willermoz ensinava em seu Capítulo que, para encontrar a pedra cúbica, que contém todos os dons, virtudes ou faculdades, era necessário achar o princípio da vida, que os Adeptos chamam Alkaeter. Esse espírito tem a faculdade de purificar o ser anímico do homem, prolongando sua vida”, explica o Secretário Estadual Adjunto de Orientação Ritualística para o Rito Escocês Retificado do Grande Oriente de São Paulo (GOSP), Poderoso Irmão Roberto E. Casemiro.

De acordo com ele, hoje, os Ritos existentes no Grande Oriente do Brasil (GOB) são o REAA, Rito Moderno, York – Emulação, Adonhiramita, Rito Brasileiro, Shoreder e o Rito Escocês Retificado, também conhecido pela sigla RER. Apesar da diversidade, cada um possui sua própria beleza. “Quando os Irmãos cumprem o que prevê o Rito, tudo funciona. Porém, infelizmente, é comum tentarmos estabelecer ligações com outros Ritos praticados anteriormente e é assim que se perde a pureza.”

O Ir.’. Casemiro relata que a Maçonaria é de um universo amplo e oferece de maneira bastante rica opções para o desenvolvimento de seus integrantes, seja no simbolismo, seja no filosofismo, com seus sistemas variados de Graus. “Há um grande equívoco dos Irmãos que entendem que o Rito Escocês Retificado veio para corrigir o Escocês Antigo e Aceito. Isso não procede. Somos oriundos da Estrita Observância Templária e de um cristianismo primitivo, e não dogmático”, comenta o Irmão, que é grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito.

Segundo ele, a Maçonaria desenvolveu da Operativa para a Maçonaria Especulativa e encontrou diferentes caminhos nessa evolução, por meio de outros Ritos, tidos como mais ‘ecumênicos’, que possibilitam o ingresso de árabes, judeus, evangélicos e espíritas, por exemplo. “Todos temos de forma peculiar a crença em um princípio criador, que é Deus, ao qual denominamos o Grande Arquiteto do Universo, o Grande Geômetra. No Retificado, seguimos, desde nosso ingresso, a crença cristã, pois, ao final, poderemos ser Armado Cavaleiro Benfeitor da Cidade Santa (CBCS). Além disso, nosso Rito vem inspirado no caminho espiritual da Estrita Observância Templária, utilizando os ensinamentos e práticas espirituais dos Cavaleiros Jacques de Molay e Jean Baptiste Willermoz, entre outros.”

Hoje, o Grande Oriente de São Paulo possui cinco Lojas: Jerusalém Celeste (nº 4.186 – São Paulo), Solidariedade e Progresso (nº 3.078 – São Paulo), Alquimia (nº 3.409 – São Vicente), Lisboa (nº 4.150 – Santos) e Lealdade e Tolerância (nº 4.392 – Presidente Prudente).

Publicado na revista Luzes do Gosp – janeiro/fevereiro 2016

Fonte: https://bibliot3ca.com

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