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sábado, 12 de março de 2022

VIAGEM AO NOSSO INTERIOR

VIAGEM AO NOSSO INTERIOR

DIVINDADE

A idéia de Deus – criador do universo e da vida – surge naturalmente na criatura. Tosca, a princípio, associada ao temor, ela se aprimora incessantemente até a plena compreensão da divindade, que caracteriza os Espíritos Puros, expressa por Jesus na afirmativa "Eu e meu Pai somos um" ( Jó 10:30).

Acompanhando-se a trajetória das concepções religiosas acerca da idéia de Deus, vê-se que Ele foi considerado sucessivamente: mineral, planta, animal, misto de animal e homem até chegar a forma humana, situação que perdura para boa parte da humanidade, incapaz, ainda, de pensar n'Ele como sendo "a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas".

Em nossa tradição judaico-cristã, não havia, de início, representações físicas do Criador, existindo mesmo entre os mandamentos recebidos por Moisés a proibição de fazer imagens que reproduzissem " o que quer que seja que está em cima, no céu, ou embaixo da terra" (Deuteronômio 5:8) , restrição esta claramente destinada a evitar a idolatria. Por outro lado, não perceberam muitos a natureza simbólica de outra passagem bíblica, constante da Gênese (1:26) "então Deus disse: Façamos o homem à nossa imagem e semelhança...", semelhança, sem dúvida, espiritual, pois são a inteligência e a sensibilidade, a vontade e o amor bem como a capacidade de elaborar expressões sempre novas nos campos da arte, do conhecimento e da convivência que evidenciam nossa filiação divina e não a nossa aparência.

É compreensivo que nas comunidades primitivas a noção de um poder superior se apresentasse fragmentária e humanizada. Os "deuses" eram muitos e muito parecidos com os homens, mostrando preferencias e caprichos que era preciso satisfazer em troca de proteção e favores, numa réplica do que costuma ocorrer com a autoridade humana, donde o movimento de oferendas e promessas, quase sempre materiais, para alcançar concessões também ligadas à vida material, atitude que , não raro, encontramos ainda em nossos dias. O Espiritismo não adota tais práticas, nem tampouco as crítica nos profitentes de outros credos que através delas buscam apoio íntimo e esperança ante as lutas da existência.

Despersonalizando o Poder Supremo, a Doutrina Espírita esclarece que podemos fazer uma idéia – incompleta – de suas perfeições, afirmando que Ele é eterno, Infinito, Imutável, Único, Onipotente e Soberanamente Justo e Bom.

E, para nossa orientação imediata, adota a conceituação de Jesus que O definiu como sendo nosso Pai, Sábio, Justo e que amorosamente, nos conduz para a felicidade.

Fonte: O Pesquisador Maçônico

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