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sexta-feira, 19 de agosto de 2022

MUDANDO DE COLUNA PARA USAR DA PALAVRA NOVAMENTE

Em 27.02.2022 o Respeitável Irmão Eduardo Faustino Almeida Diniz, Loja Padre Azevedo, 1609, REAA, GOB-PB, Oriente de João Pessoa, Estado da Paraíba, apresenta a dúvida seguinte:

FALANDO FORA DA SUA COLUNA

O Mestre de Cerimonias, sentado no local de costume e em se pronunciar, depois de encerrada a Palavra nas Colunas pode se dirigir ao Oriente para rebater a fala de um Irmão com assento no Oriente ou simplesmente sair do Ocidente para falar no Oriente porque deixou de falar algo quando a palavra estava nas Colunas?

CONSIDERAÇÕES:

Sob o ponto de vista da liturgia do REAA isso é inadmissível. Cada um pede a palavra do seu lugar em Loja, isto é, quem ocupa a Coluna do Sul pede e faz uso da palavra na Coluna do Sul, estando na Coluna do Norte pede e faz uso na Coluna do Norte e os que ocupam o Oriente, dali pedem e fazem uso da mesma.

Não existe essa “estória” de passar de uma para outra Coluna, ou ainda ocupar o Oriente para usar da palavra novamente, ou mesmo por ter esquecido no momento adequado. Pior ainda é mudar de lugar para réplicas e tréplicas.

Há de se notar que nos três rituais do REAA em vigência, do 1º, 2º e 3º Grau, respectivamente, é mencionado, logo que a Loja é declarada aberta pelo Venerável Mestre, o seguinte: “(...) Desde agora, a nenhum Ir∴ (o grifo é meu) é permitido falar ou passar para outra Col∴, sem obter permissão, nem...”.

Por si só o ritual já é bem claro ao mencionar que nenhum Irmão, isto é, nem o Mestre de Cerimônias, deve se utilizar do artifício de mudar de lugar para fazer uso da palavra pela primeira vez ou novamente. Reitero, qualquer Irmão presente pede autorização para falar, e fala, do seu lugar em Loja.

Infelizmente, muitos costumes equivocados acabaram se acomodando indevidamente na liturgia maçônica - é o caso desse tal de mudar de Coluna para falar novamente, ou mesmo para usá-la pela primeira vez se esta já tiver passado.

Especialmente nesse contexto aparece constantemente o Mestre de Cerimônias, talvez porque ele, por dever de ofício seja um Oficial que tem liberdade de locomoção em Loja sem pedir autorização quando estiver no cumprimento do seu dever, contudo isso não lhe dá o direito de mudar de lugar para fazer uso da palavra, novamente ou pela primeira vez.

Destaco que como previsto no ritual, o pronome indefinido “nenhum” menciona “qualquer um”, isto é, seja ele uma dignidade, um oficial, uma autoridade, ou mesmo um Irmão sem cargo.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

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