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segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

CANDIDATO, SINDICÂNCIAS, ESCRUTÍNIO, INICIADO, SER MAÇOM, ESTAR MAÇOM

Ir∴  José Aparecido dos Santos

Quando somos convidados para ser iniciado em uma Ordem milenar, tudo que se ouve dos que participam que são homens livres e de bons costumes, de uma integridade impar no meio da humanidade, com tolerância, ótima educação, de moral ilibada, exemplares pai de famílias, com virtude, defensores da Pátria, de seus amigos, irmãos e tendo o verdadeiro coração da doação e do perdão de Deus.

E sendo este o motivo de muitos abraçarem a nossa Ordem Maçônica, aceitando e liberando a procura de nossos pontos positivos e negativos no nosso dia a dia, não exigindo e buscan- do onde estamos entrando, com quem estaremos convivendo e colocando nossos familiares junto destes ditos amigos, irmãos!!

Padrinho - O maçom que propõe um candidato à Iniciação transforma-se em Padrinho do candidato, sendo esta apresentação por meio de uma proposta colocada na Bolsa de Proposições, a decisão de apresentar deve ser bem estudada, ter pleno conhecimento de seu viver, por este fará parte da Família Maçônica.

A responsabilidade do proponente é moral; à sua leviandade porá em risco todo o grupo, as sindicâncias feitas devem ser rigorosas, só ser submetidas à aprovação quando realmente o sindicado resultar plenamente apto para ingressar no grupo e sendo uma cadeia sucessiva, o quadro de uma loja só se amplia com indicações de pessoas integras.

Candidato - O convite é feito porque viu o gene maçônico que existe dentro da pessoa; por ser livre e de bons costumes; por ser um cidadão que ama e defende sua Pátria; por ser um pai de família exemplar, se casado. O qual foi bem avaliado o seu modo livre de pensar e a pureza dos sentimentos; por ser portador de virtudes e de liberdade de consciência que vem so- mar-se aos objetivos da Ordem, para sempre juntos e de mãos dadas, construir uma humanidade desnuda de vícios e paixões como a ambição, a ignorância e o fanatismo.

Sendo o homem livre aquele que não carrega com ele, os grilhões do “livre não pensar”, quebra todos os laços da corrente da escravidão, transforma-se em laços de amor, e alcança o seu real objetivo. Por isto foi passado sua ficha por três vezes em Loja aberta e aprovada por unanimidade e enviado pranchas para as demais Lojas e aprovado a sua iniciação, para fazer par- te desta tripulação de homens livres e de bons costumes.

Sindicâncias - Este libera sem pestanejar, a liberação de entrar na graça de sua intimidade e não pedindo nada de informações mais concretas de onde esta para entrar a sua pessoa e de seus familiares, sendo estas informações de essência para garantia das qualidades de um futuro maçom, abrindo veredas e transpor rios para sentir que em seu sangue corre o gene maçônico, pois somente no convívio familiar, profissional, do meio a que pertence, se seu comportamento lhe identifica e assim, poderá sem medo de enfraquecer as fileiras da Ordem e convocá-lo para fortalecer as colunas, sem prejuízo algum para Ordem. Sendo que pesará no ombro do padrinho que lhe indicou e também dos três sindicantes.

Escrutínio - Depois que passa a ficha em Loja aberta por três vezes e sendo aceita pelos obreiros, as pranchas retornam das Loja coirmãs e aprovadas por unanimidade, se faz as sindicâncias e ficando o voto secreto e que deveria ser por voto aberto, para se verificar a realidade do ser humano em não se esconder atrás de pequenas esferas pretas e brancas!!

Mas, temos que seguir a tradição da cavalaria, dos séculos passados, a admissão de um novo membro ao grupo é feita por intermédio do escrutínio, que consiste em colocar esferas brancas na bolsa e, eventualmente, pretas para a rejeição, mesmo com toda comprovação, tem maçons ou Profanos de Avental dentro da Ordem!!

A rejeição deve ser um ato raro, visto que a pre- disposição do Maçom será aceitar o novo membro, com alegria e satisfação; assim, a colocação da es- fera preta é uma decisão frustrante; uma derrocada no sentimento, uma decepção em eliminar quem já tinha lugar no afeto, mas muitas vezes, não sendo pelo candidato e sendo pelo lado negro do ser humano, que não é um Maçom descente!!

O escrutínio é um ato de suma relevância, e não há lugar para leviandade; se o maçom tinha conhecimento de algum fato impeditivo, a sua obrigação é revelar de imediato a condição e não aguardar a realização do escrutínio e ser um profano de avental e se escondendo atrás de pequenas esferas!!

Uma eliminação é sempre dolorida; trata-se de uma perda quase irreparável, visto que, se houver uma repetição de proposta, passado algum Tempo existirá sempre a nódoa como prece- dente e podendo dividir os obreiros e podendo ter pedido de quite placet, pela vergonha daqueles que as têm!!

Para evitar situações constrangedoras, o maçom deve estar alerta e acompanhar de perto os trâmites administrativos das sindicâncias e com isso votar com sabedoria, e não pensando em retalhamento por problemas com este ou com aquele obreiro da Loja, e afastando o Caos, onde todo maçom justo e perfeito, deve aprimorar sua educação e ampliar o seu conhecimento em um esforço constante e, assim, afastar o Caos que tem sido a raiz dos males sociais e da Maçonaria em especial.

Deve haver cuidado extremo para a admissão de um novo maçom, mas cuidado redobrado para a rejeição, mas uma recu- sa em aceitar uma proposta para Iniciação não deveria existir. No entanto, as recusas são frequentes; há Lojas que até possu- em um “Livro Negro”, onde são anotados os nomes recusados.

Se a proposta de um profano foi “Inspiração” vinda do G∴A∴D∴U∴, se esse candidato foi regularmente sindicado; se a votação do escrutínio secreto foi consciente e sem ação de mal- dade para os obreiros de sua Loja e o votante, após meditação adequada, teve a certeza de que o seu gesto de votante foi “inspiração divina”, então jamais poderá um proposto ser recusa- do.

A recusa processa-se pela colocação de uma “esfera preta”; quem a colocar deverá ter a mesma consciência de quem fez a proposta, as responsabilidades são as mesmas. Os critérios são idênticos do que indicou com a bondade divina e de quem colo- cou a esfera preta com o ato do lado negro de seu interior.

Toda ação em Loja deve ser precedida de um estudo consci- ente para evitarem-se injustiças e leviandades por parte de este ou aquele dito Maçom justo e perfeito.

Iniciado - Após os trâmites da Iniciação, quando o maçom acompanha passo a passo todas as provas e assiste ao debate final vitorioso, finda a cerimônia, terá diante de si um novo irmão, sendo o primeiro gesto, um abraço fraternal, recebendo um “filho pródigo” que perambulava entre profanos, ansioso para rejuntar- se na Família Maçônica, toda a humanidade é uma irmandade única, embora a maioria esteja desviada da trilha correta.

Todos devem amar-se uns aos outros, embora isso seja uma utopia; mas sendo todos filhos de um mesmo Criador, a Família Universal deveria apre- sentar outro comportamento, mas sabermos, que não é assim, então, dentro das Lojas, abraçando quem há poucas horas passadas era um mero profano e que talvez por um erro deste ou daquele obreiro no escrutínio, poderia não estar palpitando em ambos os corações a satisfação do reencontro.

Esse abraço constitui o propósito do bem querer ao novo advindo, é o selo de uma amizade sem fim que jamais poderá ser afetada, seja qual for o motivo, é um propósito e uma oportunidade de espargir amor, especialmente neste mundo de tantas contradições e estes ou aqueles querendo somente o Caos, Intrigas, Arrogâncias e tudo que venha a contribuir para brigas internas.

Portanto, torna-se preciosa a participação da Iniciação desse novel amigo, irmão; é como assistir a um novo nascimento, a participação de acolher um novo membro e de seus familiares junto da Família Maçônica.

Ser Maçom - É aquele que tem o dom do perdão divino e esquecendo a uma agressão, contudo, em Maçonaria, substitui-se essa Virtude pela Tolerância, que é a compreensão elevada sobre o ato agressivo.

Quem “tolera” não se acovarda, nem deixa de se sensibilizar, porém compreende que o agressor obedeceu a impulsos que não conseguiu controlar, como a paixão e a emoção, como as “Posturas” Maçônicas disciplinam esse controle, e, por esse motivo, torna-se viável para o Maçom a prática da Tolerância, perdoar significa dar-se a si mesmo.

Quando algum animal enfurecido nos ataca, basta um olhar amoroso, um gesto carinhoso para conquistá-lo, quem agride espera reação, para então levar avante a agressão; a agressão não correspondida desarma o agressor, a reação amorosa é fruto de uma disciplina, ou seja, de um exercício que o maçom aprende nas sessões de sua Loja.

O perdão é divino e do Maçom Perfeito, quase sempre, é uma ação posterior à agressão, quando ele deveria ser imediato, mas não devemos confundir Tolerância e Perdão com Covardia; ao contrário, é preciso muita coragem para enfrentar o agressor com armas tão frágeis e diferentes, o impulso de perdoar revela um caráter bem formado e sendo ato de um Maçom perfeito, onde tem que estar bem espiritualizado e descobrirá em si a perfeição do Ser Maçom.

Estar Maçom - É tudo ao contrário de Ser Maçom e por ser Pedra, deve estar atento para que não se transforme em tropeço para o próximo, sendo profano ou maçom.

Conclusão Final - Se somos Pedra, também seremos alicerces, adornos, enfim, construção; man- tenhamo-nos alertas para que todos nos vejam como Pedra Burilada, interna e externamente. Não só na nossa Ordem, mas em várias irmandades e até espontaneamente, vários homens se assim se tratam, mas, os ensinamentos que recebem dentro dos nos- sos Templos aonde a fraternidade impregna nossas atitudes, levam-nos a ser mais amigos, irmãos que os de outras confrarias.

A moral ensinada pela Maçonaria no amor próximo e nós não estamos mais próximos? Além do mais somos filhos de uma mesma Viúva e sempre deveríamos nos lembrar; “Oh quão seria bom e agradável se todos os homens se tratassem e vivessem como amigos, irmãos”

Tenho plena certeza que nós Maçom, sempre, seremos uma Rocha Viva, para nos ampararmos e aos demais do grupo maçônico e sem nenhuma distinção e que o G∴A∴D∴U∴ nos faça sentir; “Oh! Quão bom e agradável é que todos os amigos, ir- mãos vivam sempre em União”.

“Que assim seja!!”

Fonte: http://www.abemdaordem.com.br

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