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segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

ELEMENTOS SOBRE A MARCHA DO APRENDIZ NO REAA

Em 07.08.2022 o Respeitável Irmão José Luiz Horner Silveira, Loja Renovação, 3387, REAA, GOB-SC, Oriente de Florianópolis, Estado de Santa Catarina, apresenta o que segue

MARCHA DO APRENDIZ REAA

Em primeiro lugar parabéns pelo serviço prestado à Maçonaria em geral e ao GOB em particular. Lendo as orientações no Sistema de Orientação Ritualística do GOB, verifiquei que a posição dos pés no momento da composição do sinal de ordem foi alterada, pé esquerdo não mais fica voltado para frente e sim acompanhando as linhas oblíquas do pavimento mosaico.

Com certeza é desconfortável ficar com o tronco torcido para conseguir manter o pé esquerdo voltado para frente durante a composição do sinal.

Mas minha dúvida é em relação a marcha do grau. Acredito que ficará esquisito executar a marcha com os pés nesse sentido.

A marcha deverá ser executada com os pés no sentido das linhas do pavimento mosaico, tipo o andar do Charlie Chaplin? Ou executamos com o pé esquerdo voltado para frente?

CONSIDERAÇÕES:

Inicialmente eu gostaria de comentar que a posição dos pés não foi alterada, mas corrigida, posto que de há muito fazia-se essa composição de modo equivocado, sobretudo porque o pavimento mosaico andou por longo tempo aparecendo no centro do Ocidente na forma de um limitado tabuleiro de xadrez. Isso não pertence ao REAA.

Sem dúvida, essa decoração equivocada no piso acabou contribuindo para que a formação da esq∴ com os pp∴ tomasse referência na distribuição do tabuleiro, no caso o pé esquerdo apontado para frente.

Contudo, para o bem da originalidade do rito, desde 2009 o ritual do REAA no GOB passou a trazer acertadamente o pavimento mosaico cobrindo todo o Ocidente da Loja e distribuído de modo oblíquo.

É bom que se diga que os quadrados brancos e negros dispostos no piso regulam os passos nas marchas de Aprendiz e de Companheiro. A junção diagonal entre as peças (juntas) serve de modelo aproximado para a posição dos pés. Cada um dos quadrados assentados de modo oblíquo do pavimento também serve para regular cada passo sobre o eixo do templo.

Sobre a forma de dar os passos, em se tomando o grau de Aprendiz como exemplo, eles ocorrem normalmente, isto é, andando de frente para o Oriente e não de lado. Também não existe o costume de se arrastar os pés durante a marcha.

Sem excessos de preciosismo, como dito, o pavimento construído de modo oblíquo direciona a posição dos pés, contudo não há exigência meticulosa de que a abertura da ponta dos pés acompanhe milimetricamente as linhas oblíquas do pavimento. Obviamente que ninguém vai executar a marcha andando como o personagem de Charles Chaplin no cinema. Absolutamente não se trata de nada disso. O pavimento disposto obliquamente é um elemento referencial nesse caso.

Vale a pena lembrar que na construção do primeiro ritual para o simbolismo do REAA em 1804 na França, os passos ainda não eram nem divididos por grau. Davam-se simplesmente oito passos normais. Na época, nem mesmo se falava em pés em esq∴ na marcha e muito menos em pavimento mosaico.

Com o passar do tempo e o aperfeiçoamento dos rituais, as práticas ritualísticas passaram a se sacramentar. No caso dos oito passos normais, eles acabariam divididos entre os três graus do simbolismo e paulatinamente assumiram a forma atualmente conhecida.

Ao concluir reitero que em nenhuma situação, no REAA, o pé esquerdo fica literalmente apontado para frente. A esq∴ com os pp∴ é formada tendo a ponta dos pp∴ afastados para ambos os lados de um eixo imaginário. O corpo deve dicar posicionado de frente, não de lado como que com o pé e o ombro esquerdo voltados para frente. A propósito, lembro que a marcha do Aprendiz no REAA é rompida sempre com o pé esquerdo e sem nenhum arrastar dos pés.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

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