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quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

PERPLEXIDADE MAÇÔNICA

José Filardo M⸫M⸫

Confesso que meus recentes estudos sobre Maçonaria deixaram-me perplexo. Não que eu ignorasse completamente o assunto, pelo contrário, por quarenta anos busquei entender o seu funcionamento, suas origens, seus métodos pedagógicos condensados nos rituais e no sistema de graus.

Cabeça dura que sou, recusei-me sempre a ingressar nos Altos Graus, tanto do R.E.A.A quando do Rito Moderno, por achar que a Maçonaria se esgotava no grau de Mestre, chegando a repetir inúmeras vezes que “quem não entendeu o que é Maçonaria ao chegar ao grau de Mestre, pode desistir.” Que idiota!

Tive que morder a língua e dar o braço a torcer. Depois de 35 anos no grau de Mestre, descobri que era totalmente ignorante sobre a Ordem. Descobri que o “segredo” da Maçonaria existe e é revelado progressivamente nos Altos Graus, sendo necessário percorrer toda a série de graus para ter uma ideia do que é Maçonaria, o que de certa forma é frustrante, diante das garantias de exercício pleno dos direitos e deveres do maçom ao atingir o grau de Mestre.

Por outros caminhos consegui vislumbrar uma parte do segredo, e estou certo de existem muitos outros que em minha santa ignorância eu negava a existência.

Descobri também a razão pela qual a crença no princípio criador, que chamamos GADU é essencial para o maçom, o que colocou-me em uma camisa de onze varas, pois ao longo da vida, mesmo depois de ingressar na ordem, ignorando o que agora descobri, perdi completamente a fé em um ser divino. Tornei-me ateu e com base em meus estudos, constatei que o ateísmo não é realmente impedimento para o ingresso na Maçonaria, mas o ateu somente vivenciará uma pequena parte da Maçonaria, aquela da fraternidade, do networking, da sociabilidade, mas, ele jamais será realmente um maçom completo. Falo daquele ateu raiz, que realmente não acredita no plano sobrenatural, nem deus nem orixá, nem caboclo, nem satã, nem nirvana, nem ganesha, nem céu, nem daime, nada.

Eu poderia, se quisesse, ingressar nos Altos Graus. Nada me impede. Mas não vejo sentido nisso, à luz de meus achados das pesquisas e principalmente meu estado atual de ateísmo.

Penso que hoje em dia o segredo deveria ser revelado ainda que resumidamente quando do ingresso no grau de Mestre, para que o obreiro pudesse encaminhar-se para o grande objetivo. O homem contemporâneo perdeu a capacidade e a sensibilidade da análise do símbolo e não reage muito bem à sutil pedagogia dos rituais maçônicos.

Mesmo assim, gostaria de ajudar os irmãos mestres e, para tanto, estou publicando em nosso blogue algumas matérias que abordam o tipo de conhecimento exigido para desenvolver a sensibilidade necessária, tanto para compreender o ritual quanto compreender e desfrutar o segredo maçônico em sua plenitude.

O texto que gostaria de apresentar aborda a Alquimia, uma das principais disciplinas que juntamente com o Rosacrucianismo, a Cabala Cristã e o Hermetismo são essenciais para a fruição da condição de maçom.

O texto é bastante completo, relativamente claro (o que é difícil nesses campos) e certamente será apreciado.

Quem tiver interesse pode acessar o texto clicando em ALQUIMIA ESPIRITUAL

Fonte: https://bibliot3ca.com

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