Em 26.08.2022 o Irmão Aprendiz, Wagner Fincatto Coswig, REAA, Loja Acácia Balneário Camboriú, 3978, REAA, GOB-SC, Oriente de Camboriú, Estado de Santa Catarina, faz a seguinte pergunta.
O LIVRO DA LEI
Olá irmão, eu tenho uma dúvida a respeito do Livro da Lei no REAA e gostaria de perguntar ao Irmão se na mesma Loja encontram-se irmãos com diferentes religiões qual Livro da Lei será aberto? Qual Livro da Lei será preconizado?
CONSIDERAÇÕES:
No caso do REAA, onde há leitura de um trecho do Livro da Lei estarão sempre presentes a Bíblia, o Esquadro e o Compasso, não existindo, contudo, nenhum impeditivo que sobre o Altar estejam também presentes outros Livros correspondentes às religiões distintas.
Nesse caso, os demais livros, tais como a Torá, o Corão, o Vedas, etc., não são abertos, bastando simplesmente as suas presenças.
O Livro da Lei que é aberto e lido um trecho correspondente é apenas o que estiver previsto no ritual em vigência – no caso do REAA é a Bíblia.
O que cada maçom precisa compreender é que o Livro da Lei na Maçonaria não tem conotação de pregação religiosa, ou mesmo de difundir qualquer religião. A sua presença em Loja é a de ser o emblema do código de moral e ética que o cada iniciado segue. É daí o adjetivo “emblemático” que acompanha as três Grandes Luzes.
Quando da Iniciação, Elevação e Exaltação, conforme a sua crença, cada iniciado tem o direito de prestar a sua obrigação sobre o Livro da Lei da sua religião, isto é, a que ele segue.
Nesse caso, por ocasião das tomadas de obrigação, a Loja deve disponibilizar o Livro correspondente para que cada iniciado preste sobre o seu código de moral o seu juramento.
Cabe ressaltar que mesmo com a presença de outros Livros, a Bíblia como o Livro da Lei previsto no ritual do rito praticado pela Loja permanece ao centro do Alt∴ dos JJur∴ junta ao Esq∴ e o Comp∴. Essa é uma identificação do rito e não possui nenhum caráter de indução religiosa.
Infelizmente, ainda há maçons que precisam entender a finalidade do Livro da Lei como Luz Emblemática. Muitos ainda não entenderam que Maçonaria não é religião, e que a Ordem Maçônica respeita todas elas, incentivando, inclusive, que cada um pratique a sua religião, mas na sua igreja e não na Loja.
Uma das finalidades da Maçonaria é manter os homens unidos e respeitosos entre si independente da religião que cada um pratique, portanto é vedado ao maçom fazer qualquer proselitismo religioso durante os trabalhos maçônicos.
Assim, se bem compreendida a Arte, a Loja deve ser um centro de união onde todos trabalham em prol de um mesmo ideal – o de construir um Templo à Virtude Universal.
T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br
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