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quarta-feira, 17 de maio de 2023

O LIVRO DA LEI E O CANDIDATO NA INICIAÇÃO

Em 01/02/2023 o Respeitável Irmão André Pepino, Loja Cavaleiros de Salomão, 2355, GOB-PR, REAA, Oriente de Curitiba, Estado do Paraná, faz a pergunta seguinte:

LIVRO DA LEI E O CANDIDATO

Estamos nos preparando para iniciar um muçulmano em nossa Loja agora em março e estamos com algumas dúvidas que contamos contigo para suportar a gente (somos REAA).

1) Na iniciação, temos 2 iniciados. Ele (muçulmano) e um outro cristão. Neste caso, no momento do juramento, cada um faz o juramento em seus respectivos livros (i.e.: Alcorão e Bíblia)? Ou devemos adotar apenas 1, mas impactando na crença do outro?

2) Após a iniciação, fica facultativo escolher qual o livro da lei a ser usado, ou devemos usar o livro da lei em que a maioria presente segue, ou ainda, seria possível ter os 2 livros da lei abertos ao mesmo tempo?

CONSIDERAÇÕES:

Na cerimônia de Iniciação, conforme previsto no Ritual de Aprendiz do REAA, página 17, a Bíblia deve estar presente. 

No entanto, se houver candidato não cristão, ele tem o direito de prestar o seu juramento sobre o Livro da Lei da sua religião – Alcorão, Vedas, Torá, Bhagavad Gita, etc.

Diante dessa possibilidade, sem retirar a Bíblia do centro do Altar dos Juramentos, disponibiliza-se ao lado o Livro da Lei condizente com a religião do candidato para que ele possa prestar a sua obrigação.

Nesse caso, como o candidato é muçulmano, disponibiliza-se o Alcorão (do árabe “al-qurãn” que significa “a leitura”) que é o livro sagrado dos maometanos e onde se encontram as revelações feitas por Alá ao profeta Maomé.

Nessa condição, o outro livro sagrado disponibilizado não deve estar aberto, bastando para tal que ele esteja disponível para o candidato prestar o seu juramento na forma de costume.

Nas sessões ordinárias (econômicas) não é obrigatória a exposição de outro Livro da Lei além da Bíblia, no entanto, havendo Irmão de outra religião e for esse o seu desejo, é possível colocar outro Livro ao lado da Bíblia sobre o Altar, todavia fechado, pois não há leitura de nenhum outro trecho se não o mencionado no ritual.

A despeito desses comentários, vale lembrar que a Maçonaria não é uma religião. A bem da verdade o Livro da Lei não está presente na Loja para dogmas e pregações, mas para que o maçom tenha diante de si o seu código de ética e moral.

Ao concluir, recomenda-se que a Loja comunique aos padrinhos e sindicantes que prestem os melhores esclarecimentos possíveis ao candidato sobre detalhes que envolvam a sua prática religiosa e a liturgia maçônica. É oportuno lembrar que existem religiões que não admitem a genuflexão entre os seus membros.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com.br
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

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