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quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

CORDA DE 81 NÓS

José Antonio Filardo M∴I∴
O que significa, e por que 81 Nós?

Tradicionalmente, na Maçonaria, os operativos empregavam cordas com nós amarrados a distâncias iguais, para efetuar medições das distâncias no canteiro de obras e esquadrejar grandes ângulos. Isso lhes permitia traçar os planos de construção das obras que realizavam por encomenda dos poderosos e, principalmente, da Igreja Católica.

O método é utilizado até os dias atuais por mestres de obra, quando precisam achar o esquadro da fundação de uma obra.

As catedrais antigas eram orientadas de modo que seus eixos ficassem no sentido Oriente-Ocidente e os mestres de obras dominavam as regras da astronomia que lhes permitiam determinar com exatidão a orientação deste eixo. Uma estaca era fincada no terreno, sobre este eixo, no ponto indicado pela seta.


A partir daí, estacas eram fincadas a espaços regulares, conforme os pontos no desenho.

Considerando o Teorema de Pitágoras, onde o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos temos:

Hipotenusa = 5 segmentos ou 5×5=25

Cateto menor = 3 segmentos ou 3×3=9

Cateto maior = 4 segmentos ou 4×4=16

Considerando a fórmula de Pitágoras, o quadrado da hipotenusa é igual à soma do quadrado dos catetos, temos:

25 = 9+16 e isso assegura que o ângulo tenha exatamente 90º.

Imaginemos que fossem construir uma grande catedral. Precisavam de algo mais que um metro para medir as grandes distâncias, e se valiam de cordas com nós atados a distâncias regulares e estacas, de acordo com a escala utilizada.

Com a transformação da Maçonaria Operativa em Especulativa, após o término do ciclo de grandes obras e quando o metier já não mais era privativo das corporações de ofício, a corda de nós adquiriu um sentido mais simbólico equiparando-se de certa forma à régua. A corda de 12 nós representava a partir daí a cadeia de união entre os maçons.

A corda de 81 nós aparecerá nos Altos Graus do Rito Moderno como representação de todas as virtudes.

Concluindo, nosso objetivo aqui foi lembrar que podemos encontrar e interpretar a simbologia existente em inúmeros lugares, pois contamos com ferramentas de interpretação aplicáveis não só aos símbolos maçônicos, mas também às obras de arte, à literatura, ao cinema, sem nos limitarmos às surradas fontes que nada agregam ao nosso conhecimento e que se limitam a repetir ad nauseam como papagaios, as ideias de Castellani, Rizzardo, Teobaldo et allia.

Bibliografia:


Fonte: https://bibliot3ca.com

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