Páginas

segunda-feira, 3 de junho de 2024

A BÍBLIA COMO LIVRO DA LEI

Em 13.09.2023 o Respeitável Irmão que se identifica apenas como Eron, Coordenador Adjunto da 4ª Região Maçônica do GOB-PR, Loja Luz de Curitiba, 3565, Rito de York, GOB-PR, Oriente de Curitiba, Estado do Paraná, apresenta a seguinte questão.

O LIVRO DA LEI

Querido irmão Pedro Juk, consta em algum documento que o livro da Lei deva ser a Bíblia ou é por questão de usos e costumes pela maioria ser cristã?

Li tanto a Constituição do GOB central como do GOB-PR e em ambas falam apenas o Livro da Lei, entendi a sua resposta, mas ainda fiquei na dúvida sobre onde possa estar a informação de que seja a Bíblia o livro correto.

Desculpe se estou indo além e incomodando, mas gostaria de saber um pouco mais sobre esta questão caso possível.

CONSIDERAÇÕES:

As coisas não são tão simples assim que possam ser definidas pelo "onde está escrito".

Veja, a Maçonaria nasceu à sombra da Igreja Católica (Clero). Os maçons trabalhavam nas construções de igrejas mosteiros e catedrais, portanto nada a se estranhar a forte influência religiosa haurida da Bíblia. O berço de nascimento da Maçonaria ao Norte da Europa sempre foi cristão. As suas Lojas eram denominadas Lojas de São João. As tomadas de obrigação dos maçons antigos eram sobre o Evangelho de São João. E por aí vai.

Já a Moderna Maçonaria possui os seus ritos que qualificados e construídos adotam geralmente a Bíblia como Livro da Lei. No GOB posso citar o REAA que traz escrito no seu ritual que a Bíblia fica sobre o Altar. O Rito de York, por exemplo, é altamente teísta e se submete ao anglicanismo que tem a Bíblia, versão septuaginta, como Volume da Lei Sagrada.

Então é preciso se analisar no contexto da história e os países onde a Maçonaria tem sido praticada. Evidentemente que nos países onde o cristianismo prevalece, a Bíblia é o Livro da Lei, a despeito que em respeito à religião do Candidato, ele pode prestar seu juramento diante do livro da sua crença.

Assim, se bem observada a Arte, muitas passagens e alegorias que encontramos nos nossos rituais têm origem judaico-cristãs. A questão não é qual o Livro da Lei, mas a da crença do maçom em um "Entre Criador".

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário