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segunda-feira, 16 de setembro de 2024

USO DO BALANDRAU NA MAÇONARIA

Em 04/12/2023 o Respeitável Irmão José Joab Ferreira de Souza, Loja Francisco Maranhão Carvalho, 3504, GOB-MA, REAA, Oriente de Barra do Corda, Estado do Maranhão, apresenta a pergunta seguinte:

USO DO BALANDRAU

Valoroso irmão Pedro Juk, o Aprendiz e o Companheiro Maçom podem usar balandrau nas sessões ou só os Mestres Maçons podem usar o balandrau?

CONSIDERAÇÕES:

No REAA, nas sessões ordinárias, conforme previsto no ritual em vigência, é permitido o uso do Balandrau para os Aprendizes, Companheiros e Mestres. Já nas sessões magnas, o balandrau é vedado para todos.

O balandrau não é traje exclusivo para Mestres Maçons, portanto, onde ele for admitido todos podem usá-lo (Aprendizes, Companheiros e Mestres).

Sob o aspecto histórico, talvez o uso do balandrau na Maçonaria seja muito mais antigo do que os trajes formais que mais tarde seriam adotados no período especulativo (dos Aceitos) e da Moderna Maçonaria.

Em que pese muitos Irmãos detestarem o uso do balandrau, vale a pena lembrar que a origem desta tradicional vestimenta de ofício remonta os canteiros de obras operativos e as suas organizações de construtores, ancestrais da Maçonaria propriamente dita.

Para ilustrar, deixo aqui um breve comentário sobre a natureza do balandrau. Os Collegiati, membros dos Collegia Fabrorum, eram operários das organizações de construtores criados em Roma no século VI a.C. pelo lendário Imperador Numa Pompílio com a finalidade de reconstruir o que a atividade bélica ia destruindo durante as conquistas do Império – durariam aproximadamente até o século VII.

Estas corporações de ofício, formadas por pedreiros construtores (canteiros), seguiam as legiões por todas as regiões que iam sendo conquistadas. Para que esses operários visualmente se diferenciassem dos legionários, eles se vestiam com uma espécie de túnica negra que ia ajustada ao corpo. Segundo o irretocável e autêntico autor Robert F. Gould, esta teria sido a origem do balandrau no contexto das atividades profissionais dos cortadores e assentadores de pedras daquela época.

Assim, é inegável que os Collegiati foram os membros da primeira corporação de ofício organizada até então conhecida, cujas mesmas antecederam às Associações Monásticas e as Confrarias Leigas, e posteriormente as Guildas de Construtores do século XII, todas estas organizações ancestrais da Franco-maçonaria, uma corporação profissional de pedreiros surgida nos séculos XIII e XIV na Europa para atender à demanda de mão de obra requerida pela expansão territorial da Igreja a partir do século XI, com construções de igrejas, catedrais, mosteiros e abadias.

Esta é a relação histórica do balandrau com Maçonaria.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

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