SIN∴ DE COMP∴
Venho lhe expor uma curiosidade que alguns Irmãos da Loja estão com alguma interrogação sobre uma postagem feita por nosso Irmão Almir Santana da Cruz sobre os sinais dos Graus.
Chamou-nos a atenção sobre o Grau de Comp∴, em especial a posição do b∴e∴. Vou copiar a postagem, e se o Irmão puder nos auxiliar sobre a dita posição, desde já ficamos agradecidos.
“OS SSIN∴ DOS GRAUS SIMBÓLICOS SÃO SIN∴ PEN∴
Ir∴ Almir Sant’Anna Cruz.
Muito já se especulou sobre o significado dos ssin∴ de cada grau e surgiram diversas explicações descoladas da realidade. O fato é que a única explicação está no Gr∴ de M∴, a partir da Lenda de H∴ A∴ e no próprio juramento dos Graus. Vejamos: [...]”.
(Nota de Pedro Juk: seguem as descrições do autor das ppen∴ aapl∴ na Lenda, as quais serão aqui omitidas por motivos óbvios).
“Um detalhe interessante, e de certa forma incompreensível, é que no Grau de Comp∴ muitas Obediências não deixam explícito ao descrever o sin∴ que a m∴no c∴ deve estar como se fosse uma g∴. Além disso, a grande maioria das Obediências acrescentou no sin∴ do REAA o b∴ e∴, que nada tem a ver com a penalidade descrita na Lenda Hirâmica e também no jur∴ (pelo menos nos Ritos Adonhiramita, Moderno e Schröder não se fez essa inclusão do braço esquerdo)”.
Mais uma vez agradeço pela atenção do meu Ir∴.
CONSIDERAÇÕES:
No que diz respeito ao texto, o Resp∴ Irmão Almir Sant’Anna está coberto de razão.
Rigorosamente, no autêntico REAA os SSin∴ PPen∴ são sempre executados com a mão direita. Atitude esta que corrobora com o que está descrito na Lenda do 3º Grau.

Já no REAA (francês), diferente do Rito de York (inglês), não se utiliza a m∴ esq∴na composição do Sin∴ no 2º Grau. Nesse caso, o membro sup∴ esq∴ (br∴, antebr∴ e m∴) fica caído naturalmente ao lado esquerdo do corpo.
No caso do REAA, o indevido uso da m∴ esq∴ no 2º Grau deve-se a Joseph Paul Oswald Wirth, ocultista, artista e escritor suíço nascido no Cantão de Berna em 1860, que via no br∴ esq∴ levantado uma relação com a passagem bíblica[1]mencionada em Êxodo, 17: 11-13, VI.
Assim, foi graças à disseminação dessa imaginosa interpretação de Wirth que a m∴ esq∴ lev∴ veio indevidamente parar em alguns rituais franceses, em especial nos do REAA.
Vinda de outro rito, esta cópia malfeita não tardaria a produzir as mais estapafúrdias explicações sobre o uso da m∴ esq∴ no Sin∴ de Comp∴ do REAA, ao ponto de se produzirem absurdos como o de relatar que a m∴ esq∴ erguida simbolizava a Estr∴ Flamej∴ - a imaginação não tem limites.
Havia muito tempo que o irreparável e saudoso Irmão José Castellani já alertava para esse equívoco.
Longe das invencionices, no CRAFT - por aqui mais conhecido como Rito de York (inglês) - o uso do membro sup∴ esq∴ no Sin∴ do 2º Grau é apropriado e original. Nele, o uso da m∴ esq∴ é uma espécie de preparação para outro Sin∴que virá no 3º Grau.
Como os ssin∴ são ppen∴, no simbolismo do REAA o gesto se trata da aplicação da pena simbólica proferida na tomada de obrigação do Comp∴. Este sin∴ é conhecido como Sin∴ Cord∴ (relativo a coração).
Nesse contexto, vale também ressaltar que a Lenda do 3º Grau, onde estão descritos os SSin∴ PPen∴, mesmo que a sua narrativa seja muito parecida entre os ritos maçônicos, não se pode negar que entre eles existem pequenas diferenças, as quais merecem ser levadas em muita consideração, a despeito de que essas dessemelhanças podem influenciar no gestual de execução dos SSin∴ entre os ritos.
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