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sábado, 13 de setembro de 2025

CAMINHAR JUNTOS

Caminhar Juntos: A Jornada do Maçom e a Força da Fraternidade”

Respeitáveis Irmãos,

Na noite simbólica de nossos trabalhos, peço-vos licença para compartilhar algumas reflexões acerca de uma máxima simples, porém profunda:

"Quem caminha só, caminha mais rápido. Quem caminha acompanhado, caminha mais longe."

À primeira vista, essa sentença parece apenas uma observação prática do mundo. Mas sob a luz da sabedoria iniciática, ela se revela como um ensinamento oculto sobre o verdadeiro sentido da jornada maçônica e do papel da Fraternidade em nossa evolução espiritual.

I. O Caminhante Solitário
O homem que caminha só é como o Aprendiz recém-chegado ao Templo: ansioso por saber, impulsionado por suas próprias forças, desejando conquistar rapidamente os segredos do Universo.
Ele é ágil, talvez ousado, e não se prende aos ritmos dos outros.
Mas sua velocidade é também seu perigo. Pois sem companheiros, não há quem o advirta dos abismos.
Sem irmãos ao lado, não há eco para suas dúvidas, nem luz refletida de volta quando sua própria lâmpada se apaga.
Na linguagem dos símbolos, esse homem é a espada que brilha sozinha no escuro, mas que se oxida por não ter sido temperada no fogo comum da Fraternidade.

II. O Caminho Compartilhado
Ao contrário, aquele que caminha com outros é como o Mestre que entende que o Templo só se edifica com muitas mãos.
Ele ajusta seu passo ao passo do grupo.
Às vezes espera, às vezes guia. Às vezes silencia para ouvir, outras vezes fala para orientar.
Sua jornada é mais lenta, é verdade. Mas também é mais rica.
Ele vê mais paisagens, ouve mais histórias, e deixa mais rastros no chão que pisa.
Ele compreende que a verdadeira Iniciação não é um ponto de chegada, mas uma estrada compartilhada.
É por isso que o Maçom não é um eremita, mas um Irmão.
Não é um conquistador solitário, mas um construtor de Pontes entre almas.

III. Simbolismo Maçônico da Jornada Coletiva
O Avental, que usamos com honra, é sinal de que trabalhamos juntos.
O Esquadro e o Compasso só têm sentido se forem usados em harmonia.
A Coluna B levanta-se porque há a Coluna J, nenhuma sustenta sozinha o Templo.
Mesmo o Grande Arquiteto do Universo não edifica com apenas uma pedra.
É necessário o conjunto, o traço, o plano, a cooperação e o equilíbrio.
A Via Maçônica não é uma corrida individual.
É uma Obra coletiva, e nossa Grande Obra interior também floresce quando espelhada na presença do outro.

IV. Aplicação na Vida Maçônica e Profana
Quantas vezes, Irmãos, na vida profana, tentamos resolver tudo com nossas próprias mãos?
Quantas vezes deixamos de pedir ajuda por orgulho ou receio?
E quantas vezes, ao estarmos juntos nesta Oficina, percebemos que uma simples palavra fraterna nos fortalece mais do que mil pensamentos solitários?
Caminhar juntos é um exercício de humildade.
De escuta.
De tolerância.
De confiança.
É aceitar que, mesmo sendo capazes sozinhos, somos maiores juntos.

V. Conclusão: Uma Fraternidade que Edifica
Respeitáveis Irmãos, que possamos relembrar, sempre, que:
Sozinhos podemos ir mais rápido, mas perdemos os detalhes.
Acompanhados, talvez caminhemos com mais calma, mas aprendemos a ver, a sentir, a ser melhores.
Que a Luz que buscamos não seja apenas para nossa própria lanterna, mas para iluminar o caminho de todos ao nosso redor.
Que sejamos Irmãos de jornada, de construção, e de alma.
Pois só juntos poderemos alcançar a plenitude da Verdadeira Iniciação.

Assim seja.
Ass.: Andros

Fonte: Facebook_Átrio do Saber

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