A relação entre a eutanásia e a Maçonaria tem sido um tema de discussão na sociedade, especialmente em países como França e Bélgica, onde membros de Obediências Maçônicas têm defendido abertamente o direito ao "direito a morrer com dignidade". Este apoio à eutanásia está alinhado com os Princípios Maçônicos de defesa da liberdade individual e da autonomia, incluindo o direito de dispor do próprio corpo e da própria vida. Figuras importantes como Henri Caillavet e Philippe Mahoux, que foram membros influentes da Maçonaria, tiveram papéis centrais na promoção dessa causa, com Caillavet inclusive propondo em 1978 uma lei sobre o "direito de viver sua morte". No entanto, é importante contextualizar esse apoio para evitar simplificações e distorções, principalmente quando se observa que a Maçonaria, enquanto movimento, possui uma diversidade interna de opiniões.
O engajamento da Maçonaria em debates temáticos não se limita à França. Várias Obediências têm defendido a legalização da eutanásia e do suicídio assistido. Em 2010, o GOdF organizou um congresso sobre o tema, afirmando em um comunicado oficial que "a Maçonaria defende o direito de cada um de decidir sobre o seu fim de vida de maneira digna". No entanto, as críticas não tardaram a surgir, especialmente de grupos religiosos e conservadores que acusam a Maçonaria de exercer uma influência excessiva sobre o debate público, promovendo uma visão "utilitarista" da vida humana.
Apesar da significativa presença maçônica no movimento pró-eutanásia, é importante destacar que o debate sobre a eutanásia transcende as fronteiras da Maçonaria, envolvendo diversos setores da sociedade, como médicos, filósofos e políticos, independentemente de sua afiliação maçônica ou religiosa. A maioria da população, como demonstrado em sondagens, também apoia a legalização da eutanásia, o que demonstra que o tema é uma questão universal. A diversidade de opiniões dentro da própria Maçonaria também reflete a complexidade do debate, com diferentes obediências adotando posturas variadas sobre a aplicação da eutanásia em casos específicos, como em menores de idade ou em pessoas com doenças psiquiátricas.
Fonte: Facebook_Curiosidades da Maçonaria
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