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domingo, 27 de dezembro de 2015
quinta-feira, 24 de dezembro de 2015
domingo, 13 de dezembro de 2015
domingo, 6 de dezembro de 2015
sábado, 5 de dezembro de 2015
quinta-feira, 26 de novembro de 2015
HISTÓRIA DO INÍCIO DA MAÇONARIA NO BRASIL
História do Início da Maçonaria no Brasil
Fonte: Ir:. Antonio Rocha Fadista
O espírito maçônico na vida brasileira é bem anterior à implantação da Maçonaria como Instituição em nosso país.
Em 1794, Dom Azeredo Coutinho, nascido em Pernambuco, onde foi Bispo, quando ocupava o cargo de Bispo de Elvas, em Portugal, dizia o seguinte: “Há quase um século principiou uma Seita com a mania de civilizar a África, reformar a Europa, corrigir a Ásia e regenerar a América”.
Este Bispo, escrevo em 1794, dizia que a Maçonaria surgira em 1700, o que não estava muito longe da realidade. Dizia ainda o Bispo: “Há mais de trinta anos esta mesma seita principiou a espalhar a semente das revoluções para separar as Colônias das metrópoles, principalmente as de Portugal e da Espanha, as mais ricas do mundo”. É interessante destacar que o citado Bispo, no século seguinte, filiou-se à “seita” por ele combatida.
A História nos conta que em 1787 já fermentavam os ideais da Revolução Francesa, e que José Joaquim da Maia, nascido no Rio de Janeiro e estudante da Universidade de Montpellier, filho de um “Mestre Pedreiro”, servia de elemento de contato entre os Maçons brasileiros e Thomas Jefferson, então embaixador dos Estados Unidos na França, que tinha substituído a Benjamim Franklin não só no cargo, mas também no trabalho de preparação das Lojas Maçônicas para a Grande Revolução de 1889.
quarta-feira, 25 de novembro de 2015
OS MAÇONS OPERATIVOS - EPÍTOME DA HISTÓRIA DA MAÇONARIA
OS MAÇONS OOPERATIVOS - EPÍTOME DA HISTÓRIA DA MAÇONARIA
Ir∴ Carlos Frazão
Resp∴ Loja Ocidente, do Grande Oriente Lusitano – Lisboa
O estudo da Maçonaria deve iniciar-se precisamente pela sua História. Só assim o iniciado pode perceber o porquê de muitas situações que ele irá encontrar ao longo da sua carreira maçónica.
Hoje, o acesso à documentação maçónica está extraordinariamente simplificado, podendo dizer-se que só não sabe Maçonaria quem não queira perder, ou ganhar, depende do ponto de vista e do interesse individual, algum tempo na investigação e leitura do que sobre esta matéria a internet proporciona.
Mas, para abordar o tema da História da Maçonaria, para a enquadrar em dez ou quinze minutos de discurso temos de fazer um esforço de simplificação, que terá forçosamente de ser complementado pelo trabalho de busca, nas fontes de informação existentes e que referiremos oportunamente.
Pois bem, para iniciarmos a nossa conversa sobre a História da Maçonaria comecemos por a dividir em três períodos distintos, ou sejam:
domingo, 22 de novembro de 2015
SOLIDARIEDADE MAÇÓNICA
SOLIDARIEDADE MAÇÓNICA
Nos tempos que correm, quando o Homem se encontra mais preocupado com seu “umbigo”, existir alguém com a capacidade e a vontade em auxiliar quem necessita é uma das melhores atitudes que poderemos ter para com o nosso semelhante. E quando se auxilia alguém sem se esperar qualquer tipo de retorno por esse facto, atrevo-me até a dizer que é um ato de elevada nobreza por quem assim age. Ajudar-se apenas porque se quer ajudar não está ao nível de qualquer um.
Muitas vezes as nossas ocupações diárias, sejam profissionais ou familiares não nos permitem ter a disponibilidade temporal para o fazermos, outras vezes talvez, serão razões de ordem financeira que impossibilitam quem quer ajudar o fazer. Mas ter a vontade para tal, será sempre o “gatilho” que poderá despoletar o ato em si. Pode não ser hoje, pode não ser já amanhã, mas um dia o será…
E se para alguns terem a vontade de ajudar passa por terem passado por situações na sua vida que se assemelham à vida de quem querem auxiliar e assim mais facilmente poderem identificar quem podem ajudar e a forma de como o poderão fazer, outros será porque sentem que para preencherem a sua vida de forma plena, necessitam de praticar a caridade e ser beneficente com quem precisa. Cada um com a sua razão, cada um com toda a razão.
quinta-feira, 19 de novembro de 2015
COMENTÁRIOS SOBRE OS GRAUS PRIMITIVOS DA MAÇONARIA
COMENTÁRIOS SOBRE OS GRAUS PRIMITIVOS DA MAÇONARIA
Hercule Spoladore
Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil”
Londrina PR
Datado de 02.02.1356 existe um documento na Prefeitura de Londres emitido por um mestre de obras de nome Henry Yevelle solicitando autorização para que ele e mais onze companheiros (freemasons e freestones) pudessem realizar suas reuniões em recinto fechado. No mínimo podemos deduzir que seriam reuniões de Aprendizes, isto numa época em que ainda não havia comprovação de que já existisse o grau de Companheiro e nem catecismos ou guias ou qualquer norma de como eram realizadas essas reuniões. No documento a palavra companheiro não se referia a um grau da Maçonaria, mas sim de maçons livres, companheiros de trabalho. É claro que neste tempo a Ordem era Operativa e católica.
No manuscrito de Harleian n.º 2054 do ano de 1650 já continha uma forma de juramento ou compromisso e ainda cita algumas palavras e sinais dos Pedreiros Livres, já indicando algum segredo. O manuscrito não dá maiores detalhes.
Entretanto nestes sinais de reconhecimento já se previa a possibilidade de se criar mais um grau, o que parece ter ocorrido vinte anos após em 1670 em função da necessidade de distinguir os Aprendizes Júniores dos Aprendizes Sêniores, já que (os) últimos tinham alguns privilégios a mais que os Aprendizes recém recebidos o que caracterizava de certa forma, um outro grau dentro do mesmo. Os Aprendizes Júniores tomavam assento na Coluna do Norte (onde simbolicamente não entra Luz) e os Aprendizes Sêniores se assentavam na Coluna do Sul, além de terem funções diferentes no grêmio. Era natural que, com o tempo se criasse um novo grau, porem esta transformação foi muito lenta.
Hercule Spoladore
Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil”
Londrina PR
Datado de 02.02.1356 existe um documento na Prefeitura de Londres emitido por um mestre de obras de nome Henry Yevelle solicitando autorização para que ele e mais onze companheiros (freemasons e freestones) pudessem realizar suas reuniões em recinto fechado. No mínimo podemos deduzir que seriam reuniões de Aprendizes, isto numa época em que ainda não havia comprovação de que já existisse o grau de Companheiro e nem catecismos ou guias ou qualquer norma de como eram realizadas essas reuniões. No documento a palavra companheiro não se referia a um grau da Maçonaria, mas sim de maçons livres, companheiros de trabalho. É claro que neste tempo a Ordem era Operativa e católica.
No manuscrito de Harleian n.º 2054 do ano de 1650 já continha uma forma de juramento ou compromisso e ainda cita algumas palavras e sinais dos Pedreiros Livres, já indicando algum segredo. O manuscrito não dá maiores detalhes.
Entretanto nestes sinais de reconhecimento já se previa a possibilidade de se criar mais um grau, o que parece ter ocorrido vinte anos após em 1670 em função da necessidade de distinguir os Aprendizes Júniores dos Aprendizes Sêniores, já que (os) últimos tinham alguns privilégios a mais que os Aprendizes recém recebidos o que caracterizava de certa forma, um outro grau dentro do mesmo. Os Aprendizes Júniores tomavam assento na Coluna do Norte (onde simbolicamente não entra Luz) e os Aprendizes Sêniores se assentavam na Coluna do Sul, além de terem funções diferentes no grêmio. Era natural que, com o tempo se criasse um novo grau, porem esta transformação foi muito lenta.
segunda-feira, 9 de novembro de 2015
ONDE ESTÃO OS TAMBORINS?
Ir.'. Antônio do Carmo Ferreira
Grão-Mestre do GOIPE - Grande Oriente Independente de Pernambuco -Recife
A maçonaria que veio para o Brasil não foi a maçonaria da Inglaterra. Os maçons que trouxeram os ideais e os objetivos da Ordem pra cá foram os iniciados na França. Quando em 1796 foi instalado o Areópago de Itambé, o seu presidente – Manoel Arruda da Câmara - vinha de Montpelier, no sul da França. Trazia consigo os ideais do iluminismo e a “bandeira” da Revolução Francesa de “liberdade, igualdade e fraternidade”.
O portal de Itambé se abria para, por seu intermédio, favorecer o nascimento de uma escola em que o povo ia ser doutrinado para a construção de uma pátria para os brasileiros. A maçonaria inglesa proibia, através da Constituição de Anderson, o trato com a política e com a religião no interior de suas Lojas.
A maçonaria que veio para o Brasil não foi a maçonaria da Inglaterra. Os maçons que trouxeram os ideais e os objetivos da Ordem pra cá foram os iniciados na França. Quando em 1796 foi instalado o Areópago de Itambé, o seu presidente – Manoel Arruda da Câmara - vinha de Montpelier, no sul da França. Trazia consigo os ideais do iluminismo e a “bandeira” da Revolução Francesa de “liberdade, igualdade e fraternidade”.
O portal de Itambé se abria para, por seu intermédio, favorecer o nascimento de uma escola em que o povo ia ser doutrinado para a construção de uma pátria para os brasileiros. A maçonaria inglesa proibia, através da Constituição de Anderson, o trato com a política e com a religião no interior de suas Lojas.
quarta-feira, 4 de novembro de 2015
ORIGENS E PRIMÓRDIOS DO REAA
Origens e primórdios do REAA
Ir.´. Rui Bandeira
Origem e primórdios do Rito Escocês Antigo e Aceito
O Discurso do Chevalier Ramsay
Andrew Michael Ramsay (1686-1743), também conhecido por Chevalier Ramsay, foi um teólogo e
escritor escocês que viveu a maior parte da sua vida adulta em França, como jacobita exilado.
Estudou teologia nas Universidades de Glasgow e Edimburgo, tendo-se graduado em 1707. Em 1708, foi viver para Londres, tendo-se relacionado com Isaac Newton, Jean (ou John) Desaguliers e David Hume.
Em 1710, estudou sob a orientação do filósofo místico François Fénelon, tendo-se, por influência deste, convertido ao catolicismo. Após a morte de Fénelon, em 1715, foi viver para Paris, onde se tornou amigo do Príncipe Regente de França, Philippe dOrléans, que o fez, em 1723, Cavaleiro da Ordem de S.Lázaro de Jerusalém - o que motivou a sua futura designação por Chevalier Ramsay.
Estudou teologia nas Universidades de Glasgow e Edimburgo, tendo-se graduado em 1707. Em 1708, foi viver para Londres, tendo-se relacionado com Isaac Newton, Jean (ou John) Desaguliers e David Hume.
Em 1710, estudou sob a orientação do filósofo místico François Fénelon, tendo-se, por influência deste, convertido ao catolicismo. Após a morte de Fénelon, em 1715, foi viver para Paris, onde se tornou amigo do Príncipe Regente de França, Philippe dOrléans, que o fez, em 1723, Cavaleiro da Ordem de S.Lázaro de Jerusalém - o que motivou a sua futura designação por Chevalier Ramsay.
quarta-feira, 28 de outubro de 2015
MAÇONARIA & ILUMINISMO
MAÇONARIA & ILUMINISMO
Ir∴ Kennyo Ismail
Muito se diz sobre a relação da Maçonaria com o Iluminismo.
Mas até onde realmente foi essa relação? Teria o Iluminismo influenciado a
Maçonaria, ou a Maçonaria influenciado o Iluminismo? Seria mesmo a Maçonaria precursora da
democracia?
Kramnick[i] resumiu bem a intenção do movimento iluminista
ao declarar que sua ideia central era a de que a razão, e não a fé ou a
tradição, que deveria constituir o principal guia para a conduta humana. E onde
a Maçonaria entra nisso? Estudos de importantes historiadores têm relacionado a Maçonaria com o Iluminismo e creditado à instituição o
princípio da igualdade entre os homens, embrionário do movimento democrático[ii] [iii] [iv],
creditando-a também o papel de protagonista de revoluções, como a Revolução Francesa[v].
Um dos principais
pensadores do iluminismo, o filósofo alemão Immanuel Kant[vi], compreendeu essa vocação das Lojas
Maçônicas como uma vocação natural, de homens de bem se unindo e se comunicando com
seus semelhantes sobre questões que afetam a humanidade como um todo.
Habermas[vii], famoso
filósofo alemão da escola crítica, coaduna com tal pensamento, ao registrar sua leitura do
período iluminista:
domingo, 30 de agosto de 2015
O SIGNIFICADO DE PEDRA BRUTA E DE PEDRA CÚBICA
O SIGNIFICADO DA PEDRA BRUTA
E DA PEDRA CÚBICA OU POLIDA
Márcio de Oliveira Cadurim
Quem quer que pretenda entrar na Ordem Maçônica deverá preencher alguns requisitos, dentre os quais o de possuir instruções suficientes que lhe possibilite compreender e aplicar os ensinamentos da Instituição. Não se exige que possua riqueza ou nível superior de escolaridade. Assim é que nela ingressam homens das mais variadas condições sociais, e todos o fazem na mesma condição, simplesmente como Aprendizes.
Para podermos compreender o significado da pedra bruta e da pedra cúbica ou polida, devemos primeiramente ter em mente uma visualização panorâmica de uma construção rústica, como, por exemplo, as pirâmides do Egito, o Coliseu em Roma, onde a pedra usada na construção simboliza o Maçom.
Este deve trabalhar no aperfeiçoamento de si mesmo, combatendo os vícios e glorificando o direito e a virtude, em benefício da sociedade, o que simbolicamente denominamos a construção do Templo.
Márcio de Oliveira Cadurim
Quem quer que pretenda entrar na Ordem Maçônica deverá preencher alguns requisitos, dentre os quais o de possuir instruções suficientes que lhe possibilite compreender e aplicar os ensinamentos da Instituição. Não se exige que possua riqueza ou nível superior de escolaridade. Assim é que nela ingressam homens das mais variadas condições sociais, e todos o fazem na mesma condição, simplesmente como Aprendizes.
Para podermos compreender o significado da pedra bruta e da pedra cúbica ou polida, devemos primeiramente ter em mente uma visualização panorâmica de uma construção rústica, como, por exemplo, as pirâmides do Egito, o Coliseu em Roma, onde a pedra usada na construção simboliza o Maçom.
Este deve trabalhar no aperfeiçoamento de si mesmo, combatendo os vícios e glorificando o direito e a virtude, em benefício da sociedade, o que simbolicamente denominamos a construção do Templo.
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
A RAZÃO DA REPETIÇÃO RITUALÍSTICA NOS TRABALHOS MAÇÔNICOS
Ir∴ Charles Evaldo Boller
Nos relacionamentos o homem é constantemente provocado pelos outros, o que o leva a adotar diferentes comportamentos em resultado do estado neurofisiológico em que se encontra. E cada instante reage de forma diferente; ocorrem fatos iguais onde como organismo emocional ele reage de forma diversa. Ao encontrar-se num ambiente pacífico reage com estados mentais que o habilitam a desenvolver bons relacionamentos, estes podem ser: confiança, amor, força interior, alegria êxtase, crença; todas elas liberam grandes porções de poder pessoal. Ao encontrar-se num ambiente em permanente contenção, as reações químicas do cérebro o levam a paralisar, inibem sua capacidade de entrar em ação, onde entram: culpa, confusão, depressão, medo, ansiedade, tristeza, frustração; todas retiram o poder pessoal.
Entender os estados em que se está e que aqueles com quem se convive também estão sujeitos, é a chave para entender mudanças. O comportamento é resultado dos estados em que cada um se encontra na linha do tempo. Nunca é constante. A título de exemplo: quando ocorre de alguém nos tratar com pouco caso, indiferença, a saída mais lógica e racional é desenvolver um sentimento de compaixão ao invés de raiva.
Porque raiva é um estado mental que bloqueia a ação, e um homem sem ação não trabalha o que seu
espírito desenvolve, não cria condições para o florescimento do amor fraterno.
Conhecer a si mesmo leva a encontrar a chave para tomar conta do próprio estado emocional, a compreender o estado emocional dos outros, e em consequência da mudança de atitude defronte aos desafios. O outro só muda quando se muda o próprio comportamento. O outro só muda se eu mudar.
A chave é tomar conta do próprio estado em consequência do próprio comportamento e com isto influenciar os que nos rodeiam. Este é o poder que detona o processo de transformação do invisível em visível. O mais extraordinário é que cada um já o possui.
Pela repetição dos rituais, deduz-se a importância de fazer o que é determinado e desenvolve-se a capacidade de decidir o que se deseja; a repetição é a mãe da perfeição. Pelo exemplo repetitivo dos rituais incute-se a disciplina para decidir o que se deseja e então entrar em ação, ponderando sobre o que está funcionando e o que não funciona, ou nunca irá funcionar. Com esta certeza em mente determina-se a mudança e busca-se realizar o enfoque até alcançar o que se quer.
O cidadão hodierno, além das necessidades elencadas por Maslow, tem necessidade de varrer para fora da mente todo o lixo mental que a entope. Vítima da condução das massas promovida pela mídia, a vida política e social culmina em transformar-se em enfermidade, moléstia de que as massas padecem e que aviltam o ser. O maçom, em sua loja, efetua limpeza da mente em resultado da repetição contida no ritual e começa a ver a luz do conhecimento sem dogmas o que favorece o desenvolvimento da capacidade de pensar com isenção e equilíbrio.
Quando em loja, o maçom tem a oportunidade de treinar todas as nuanças de sua psique em resultado da repetição com novo enfoque que cada encontro proporciona. Some-se a isto aquilo que os irmãos declaram e expõem de sua própria experiência de vida e toda sessão maçônica resulta numa bagagem adicional a ser levada para casa ao final dos trabalhos. E se, além da aplicação instrucional tradicional, são promovidas conversas descontraídas sobre temas políticos, sociológicos, filosóficos e antropológicos, cada maçom presente muda a si mesmo e com isto influi no meio social em que atua.
A constante repetição da receita do ritual serve de lastro e prepara o ambiente com energias que apenas podem ser sentidas porque constitui o sagrado que existe no maçom, a mais íntima expressão metafísica que possibilita a mudança - é onde cada maçom atua à glória do Grande Arquiteto do Universo.
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.229
terça-feira, 18 de agosto de 2015
SOU UM MAÇOM
SOU UM MAÇOM
Ir∴ Hercule Spoladore
Sou um maçom repleto de grandes dúvidas existenciais. Em relação às religiões, filosofia, história e à própria doutrina maçônica, o meu pensamento é livre de quaisquer dogmas ou tendências.
Mas mesmo assim procuro… Procuro e nem sempre acho as explicações que necessito. Sempre me imponho inúmeras objeções, produzo muitas perguntas tentando provar o contrário, até exaurir todas as possibilidades, reviro uma teoria ao avesso, não aceitando o que não passar pelo meu cuidadoso crivo intelectual, e pela experiência vivida.
Prefiro as várias verdades, misturando-se as doutrinas e usufruir exaurindo tudo o que interessa já que a Ordem permite pelo ecletismo que isto aconteça, me detendo especialmente nas incongruências, nos paradoxos, nas contradições e na relatividade geral de tudo que me cerca. Sou muito mais documental que místico.
sábado, 15 de agosto de 2015
A ROMÃ
A ROMÃ E A SUA PRESENÇA SIMBÓLICA
NO UNIVERSO DA MAÇONARIA E DO JUDAÍSMO
José Ronaldo Viega Alves
ronaldoviega@hotmail.com
Loja Saldanha Marinho, “A
Fraterna” - Oriente de S. do Livramento – RS.
“Até os mais simplórios dentre os homens do teu povo estão transbordando com os Mandamentos Divinos, como uma romãzeira carregada. Ao dizermos „... quando as romãzeiras florescem‟, referimo-nos aos meninos pequenos estudando a Torá, sentados enfileirados diante de seus mestres, como as sementes de uma romã acomodadas na polpa da fruta.” (Literatura Rabínica -Rabi Shimon Ben Lakish – Shir HaShirim Cântico dos Cânticos – Tratado Rabá 6,17)
Introdução
Quando se resolve encetar um
estudo sobre determinado símbolo, sobre as suas origens e os significados adquiridos ao longo
do tempo, é impossível não depararmo-nos com surpresas. Dentro do cabedal de informações
disponíveis relativos à romã, lendas e mitos que lhe são inerentes, foram
surgindo a todo instante informações que,
misturando-se ao folclore, às religiões da Antiguidade e à cultura popular no que tange as suas propaladas
virtudes medicinais, compuseram todo um universo próprio. De outro ângulo, outro tanto de informações.
Agora, no que se referem ao seu simbolismo dentro da Maçonaria, também iam
ganhando volume, e ao final,
muitas delas indiferentes ao lado em que se encontravam, estavam conversando entre si.
sexta-feira, 14 de agosto de 2015
FUNDAMENTOS DO SALMO 133 (132)
FUNDAMENTOS DO SALMO 133 (132)
Anestor Porfírio da Silva
e-mail: anestorporfirio@gmail.com
O salmo 133 (132) faz parte dos registros do Antigo
Testamento e acha-se inserido nos Cinco Livros do Pentateuco, em Êxodos, mais
precisamente.
Foi escrito pelo profeta Davi e nele o autor cita: a) a
união fraternal; b) o óleo purificador (que era usado nas cerimônias de unções
e consagrações religiosas); c) um personagem bíblico de nome Arão e; d) os
montes Hermon e Sião.
Com certeza, este é um dos salmos de mais expressiva valia
para os maçons porque, ao lê-lo, nos sentimos induzidos a um estado de paz, de
união, de amor fraterno, de concórdia, de bondade e de sinceridade. Entretanto,
para melhor entendê-lo, necessário se torna conhecer a origem e os fundamentos
considerados por Davi na sua elaboração.
Mas, quem foi DAVI?
segunda-feira, 3 de agosto de 2015
O QUE É RITO E O QUE É O RITUAL
O QUE É RITO E O QUE É O RITUAL
Ir.´. Kennyo Ismail
Rito e Ritual: costuma-se fazer grande confusão entre esses
dois termos, principalmente na Maçonaria. Alguns acreditam serem sinônimos,
outros que se trata de coletivo e unidade. Há ainda algumas explicações
filosóficas complexas ou mesmo reflexões etimológicas sobre os termos, que, muitas
vezes, mais complicam do que explicam.
Ao pesquisar sobre os termos na literatura maçônica, você
pode se deparar com afirmações de que Rito é a teoria e Ritual é a prática. Ou
que Rito é conteúdo e Ritual é forma. Ou que o Rito é um conjunto de graus,
sendo que cada grau é um Ritual.
quinta-feira, 30 de julho de 2015
A PEDRA BRUTA
A PEDRA BRUTA: MATÉRIA-PRIMA DO
MAÇOM NA ARTE DE PROMOVER A REFORMA DE
SI MESMO
José
Ronaldo Viega Alves
Loja
Saldanha Marinho, “A Fraterna” Oriente
de S. do Livramento – RS
Contato:
. ronaldoviega@hotmail.com
“Em cada bloco
de mármore vejo uma estátua, vejo-a tão claramente como se estivesse na minha
frente, moldada e perfeita na pose e no efeito. Tenho apenas de desbastar as
paredes brutas que aprisionam a adorável aparição para revelá-la a outros
olhos como os meus já a vêem.” (Michelangelo)
INTRODUÇÃO
Nas
palavras expressadas por Michelangelo, podemos ver que o escultor deixa
transparecer sua determinação e vontade férreas para, com as quais, logo de
imediato dará início ao projeto que tem em mente. Já não enxerga a sua frente
somente um bloco de pedra no seu estado bruto, mas a obra de arte, ou o
produto final. Lendo essa sua confissão, ou projeção, não pude deixar de,
metaforicamente, transportar a imagem e a idéia para relacioná-las com a
nossa Pedra Bruta, aquele símbolo marcante com o qual, tivemos um contato
primeiro por ocasião da nossa Iniciação, e onde depois de sermos conduzidos
até a sua presença, fomos convidados a desferirmos três golpes em sua
superfície. Início de todo um trabalho.
quinta-feira, 23 de julho de 2015
COMO AVALIAR SE SOU REALMENTE MAÇOM?
COMO AVALIAR SE SOU REALMENTE MAÇOM?
Nenhum
de nós, em plena faculdade moral, pode se dizer Maçom, simplesmente por ter
sido iniciado na Sublime Ordem, estar frequentando uma Loja e estar quite com
suas obrigações pecuniárias.
Embora seja o mais comum entre nós, é necessário
esclarecer que a relação do Obreiro para com sua Loja é apenas 10% de tudo o
que ele abraça na Maçonaria. Os outros 90% dizem respeito ao Maçom para consigo
mesmo e junto à sociedade.
Não são propósitos precípuos da Maçonaria o
conhecimento de nossas leis, nem a leitura de nossas instruções e nem a prática
automatizada de nossos rituais. Somos chamados a cumprir as leis, praticar as
instruções e compreender como marchar, tocar e sinalizar na vida profana nossa
condição de Maçons.
Mas como saber se somos realmente Maçons? Avalie-se dentro
desses 12 itens e responda para si mesmo:
segunda-feira, 20 de julho de 2015
O TRABALHO DO APRENDIZ
O TRABALHO DO APRENDIZ
Ir.´. Rui Bandeira
Loja Mestre Affonso Domingues- nr. 4 Cascais - Portugal
O Aprendiz, após a sua Iniciação, não tem apenas de se integrar na Loja. Essa integração, se bem que necessária, é apenas instrumental da sua actividade maçónica.
O Aprendiz, logo na sua Iniciação e imediatamente após a mesma, é confrontado com uma panóplia de símbolos variada, complexa e de grande quantidade. Uma das vertentes importantes do método maçónico é o estudo e conhecimento dos símbolos, o esforço da compreensão e apreensão do seu significado.
Aprender a lidar com a linguagem simbólica, a determinar os significados representados pelos inúmeros símbolos com que a Maçonaria trabalha é, sem dúvida, uma vertente importante dos esforços que são pedidos ao Aprendiz.
É uma vertente tão mais importante quanto ninguém deve "ensinar" o significado de qualquer símbolo ao Aprendiz. Quando muito, cada um pode informá-lo do significado que ele dá a um determinado símbolo. Mas nunca poderá legitimamente dizer ao Aprendiz que esse é o significado correcto, que esse é o significado que o Aprendiz deve adoptar.
O Aprendiz pode adoptar o significado que o seu interlocutor lhe transmitiu ser a sua interpretação, mas apenas se concordar com ele. Se atribuir acriticamente a um símbolo um significado apenas porque alguém lhe disse entendê-lo assim, está a agir preguiçosamente, não está a trilhar bem o seu caminho.
Não quer isto dizer que o Aprendiz não deva, não possa, atribuir a determinado símbolo o mesmo específico significado que outro ou outros lhe atribuem. Aliás, diversos símbolos são generalizadamente vistos da mesma maneira pela generalidade dos maçons. Mas cada um deve meditar sobre o símbolo, procurar entender o que significa, por ele próprio.
Pode - não há mal nenhum nisso! - ouvir a opinião de outros, aperceber-se que significado ou significados outros lhe dão. Ao fazê-lo, está a beneficiar do trabalho anteriormente realizado por seus Irmãos e é também para isso que serve a Maçonaria, é também essa a riqueza do método maçónico.
Mas deve, é imperioso que o faça, analisar, reflectir sobre o que lhe é dito, verificar se concorda ou discorda, em quê, em que medida e porquê. e então extrair ele próprio a sua conclusão e adoptá-la como a que entende correcta.
Pode ser igual à dos seus Irmãos; pode ser semelhante, mas levemente diferente; ou pode ser muito ou completamente diferente. Não importa! Ninguém lhe dirá, ninguém lhe pode legitimamente dizer, que está errado. É a sua interpretação, a que resultou do seu trabalho, da sua análise, é a interpretação correcta para ele. E tanto basta! E se porventura mais tarde, com nova análise, com os mesmos ou outros ou mais elementos, vier a modificar a sua interpretação, tudo bem também! Isso corresponde a evolução do seu pensamento, que ninguém tem o direito ou legitimidade para contestar!
Ainda que beneficiando da sinergia do grupo, da ajuda do grupo, das contribuições do grupo, o trabalho do maçon é sempre individual e solitário! E também, inegavelmente, difícil. É todo um novo alfabeto que, mais do que aprender, o Aprendiz maçon está a criar e a aprender a criar!
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.729
quinta-feira, 16 de julho de 2015
O PAVIMENTO MOSAICO
O PAVIMENTO MOSAICO E
ALGUMAS QUESTÕES ENVOLVENDO A ETERNA DUALIDADE: O BEM E O MAL
Ir.·. José
Ronaldo Viega Alves Loja
Saldanha Marinho, “A Fraterna” Oriente de S. do Livramento – RS. - Contato:
ronaldoviega@hotmail.com
“Mas eu continuava sob a maldição da minha dualidade
de propósitos e logo que se desfez o primeiro impulso e penitência, a minha
parte inferior começou a grunhir, exigindo sua satisfação.” („O Médico e o
Monstro: o estranho caso do Dr. Jekyll e Mr. Hyde‟ - Robert Louis Stevenson)
INTRODUÇÃO
Assis
Carvalho disse certa vez que há símbolos que marcam a sua presença entre os
demais com uma força tal, que não há como descrevê-los em poucas linhas. O
Pavimento Mosaico, ou Quadriculado, no REAA, é um desses símbolos, que vem
suscitando ao longo do tempo inúmeras discussões.
Algumas giram em torno da sua
nomenclatura correta, outras se referem as suas origens, e outras, ainda, sobre
o seu posicionamento e disposição na Loja: em diagonal ou tabuleiro de xadrez.
No entanto, eu acho que a grande discussão mesmo, envolve as ligações todas que
esse símbolo consegue sugerir, principalmente sobre a questão dos opostos, e
dizendo isso, correndo riscos, ao levar em conta, as sábias considerações do
saudoso Irmão Theobaldo Varoli quando assim se referiu aos símbolos maçônicos:
quarta-feira, 15 de julho de 2015
PARA QUE NOS REUNIMOS AQUI?
CONSIDERAÇÕES SOBRE O RITUAL PARA QUE NOS REUNIMOS AQUI? – (CRISE DE IDENTIDADE)
“Para que nos reunimos aqui? Para combater o despotismo, a ignorância, os preconceitos e os erros. Para glorificar a Verdade e a Justiça. Para promover o bem-estar da Pátria e da Humanidade, levantando Templos à Virtude e cavando masmorras ao vício”.
Antes de entrarmos no assunto que queremos expor, vale a pena voltarmos no tempo. Levando em conta que a solidez, a beleza, a harmonia e a retidão das edificações são reflexos da qualidade de seus alicerces, voltaremos a visitar, ainda que rapidamente, alguns episódios de nossas fundações.
Vemos uma câmara interior iluminada por velas e archotes. Sentimos no ar a emanação de incensos e nos ouvidos o timbalar de sinos. Aos pés dos altares e entre as colunas dos antigos Templos da Suméria, da Babilônia, da Caldéia, do Egito e da Grécia entre tantas civilizações de outrora, sacerdotes iniciados em Mistérios ancestrais preparavam um grupo de noviços para entrarem nos primeiros portais de suas novas vidas.
segunda-feira, 13 de julho de 2015
SOIS MAÇOM?
SOIS MAÇOM ?
Como se sabe, existem na maçonaria algumas formas de
identificação e de reconhecimento que às vezes, apenas servem para tais
finalidades, quando, no seu sentido abrangente, poderiam representar muito
mais.
Quando um maçom quer saber se outro indivíduo também o é, ao
invés do sinal ou do toque convencionais, usa a seguinte pergunta na segunda
pessoa do plural: S.´.M.`.?
Como aquele que é assim interpelado já tenha passado pelas
provas de uma iniciação maçônica e, tenha realmente visto a luz, sua resposta
invariavelmente será: M.`.I.`.C.`.T.`.M.`.R..´.
Aqui é que surge a nossa grande dúvida, porque estamos
querendo saber não somente se os irmãos o.reconhecem.´. e sim, se ele é
realmente um verdadeiro maçom. Uma coisa é o irmão reconhecê-lo como maçom de
direito; outra coisa é reconhecê-lo de fato e de direito.`.
terça-feira, 7 de julho de 2015
SINDICÂNCIA: INSTRUÇÃO E APTIDÃO
SINDICÂNCIA: INSTRUÇÃO E APTIDÃO
Ir.´. José Maurício Guimarães
Nos meu momentos de folga, estive pesquisando sobre os requisitos obrigatórios para alguém pretender ser iniciado na Maçonaria. No Regulamento Geral da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, entre outros dispositivos da Constituição, deve ter o candidato "instrução suficiente para a compreensão e a prática dos ensinamentos maçônicos".
Nas demais Potências e Obediências regulares são igualmente requisitos: "estar o candidato apto a apreender conhecimentos litúrgicos e filosóficos" ou "ter inteligência e capacidade de discernimento suficientes para o entendimento e aplicação dos princípios maçônicos".
Comecei a pensar se não é nesse ponto que se demonstram ineficientes grande parte das sindicâncias.
Um candidato pode ter meios de subsistência para cumprir os encargos financeiros da Ordem; pode ter profissão e meio de vida lícitos e reputação ilibada e, apesar disso, não estar apto para a compreensão dos ensinamentos maçônicos, nem ter capacidade de discernimento para a prática deles.
Mesmo nos requisitos de foro íntimo, um candidato pode declarar que "crê num Ser Superior e na imortalidade da alma", enquanto essas declarações escritas não encontram ressonância em seu interior.