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segunda-feira, 31 de outubro de 2016

A TAÇA SAGRADA

A TAÇA SAGRADA
Ir∴ Luiz Silva Cavalcante
Rio de Janeiro-RJ

Felix qui potuit rerum cognoscere causas – Feliz aqueles de pode conhecer as causas das coisas - Virgílio, in Geórgicas, II, 489 a.C. 

O sentido da passagem da “Taça Sagrada”, na Cerimônia da Iniciação, transcende a idéia mais simples de confundir o Recipiendário ou de aplicar um trote e, quem quer que o entenda como uma farsa, deve mais atentar para a diferença entre o que seja ritualística e liturgia, ou seja, do ensino maçônico baseado na ciência velada por alegorias e ilustrada pelos símbolos, da teatralização cerimonial, a dramatização do mistério maçônico.

A Taça Sagrada, da boa ou da má sorte – lembra-nos o Ritual de Aprendiz - é a taça da vida humana onde a felicidade e seus revezes podem predominar ou alternar-se, de tal forma que desfrutados os prazeres que ela ofereça, dever-se-á “esgotar o amargo dos seus restos” ou, que sorvido todo o seu fel e, em qualquer dos casos, indo até o amargo fim, com cármica resignação, sempre poder-se-á também pedir a Deus, o Cósmico e Supremo Arquiteto do Universo, em quem nos extremos momentos da vida depositamos nossas esperanças, que “nos dê a coragem de aceitar o que não puder ser modificado, força para tentar mudar o que possa ser mudado e a sabedoria de saber distinguir uma coisa da outra”.

É o morrer para o vício e renascer para a virtude, importando menos quantas sejam as quedas do que quantos sejam os esforços para o reerguimento. É o mistério da fé em que residiria a sabedoria do justo...

Não será assim, por acaso, que viajaremos por três ou por “n” mais “k” vezes a mercê de toda sorte de tormentos e perigos e que mediante a lição aprendida na cerimônia data, sempre retornaremos das viagens da vida retemperados e tão intensos quanto possível, ao erro, à ignorância e aos preconceitos.

Sabe Deus, o Supremo Arquiteto dos Mundos, cujos desígnios são insondáveis, que inspiração instilou na consciência de quem com messiânica proficiência compilou o manual iniciático, criando r ordenando suas passagens, pois até Seu Filho, o Mestre Maior, pediu ao Pai que afastasse de si o amargo cálice.


Fonte: JB News – Informativo nr. 2.103

domingo, 30 de outubro de 2016

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

CONHECE-TE A TI MESMO

CONHEÇA-TE A TI MESMO – O SEGREDO DO SUCESSO NA MAÇONARIA

Ao entrar na Ordem, ao ser iniciado, o neófito é ensinado a fazer o trabalho da busca interior. Pitágoras já afirmava que o segredo para a evolução de qualquer ser humano é procurar conhecer a si mesmo. Ainda na Câmara de Reflexão o recipiendário encontra a seguinte frase em latim: “Visita Interiorem Terrae, Rectificando, Invenies Occultum Lapidem”, que no português equivale a Visita o Centro da Terra, retificando-te, encontrarás a Pedra Oculta.

O iniciado do passado tinha como vantagem o fato de pertencer a um mundo muito pequeno no âmbito do conhecimento e da quantidade de informações com as quais teria que lidar. Para o Maçom moderno, conhecer a si próprio não é tarefa fácil. Responder algumas perguntas como as listadas abaixo está ficando cada vez mais difícil.

- Quem sou?
- O que estou fazendo aqui? 
- Qual é a minha missão de vida? 
- Qual está sendo a minha contribuição para a sociedade? 
- Para onde estou indo nessa caminhada? 

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

LUZ

LUZ
Rui Bandeira

Em Maçonaria, como em vários ramos da espiritualidade, incluindo crenças religiosas, é utilizado ou referido o conceito de "Luz", como algo a procurar, objetivo a atingir, mediante o trabalho do iniciado, do crente. Mas o que é, afinal, a Luz? Que simboliza? Cada um tirará as suas conclusões.  A minha resulta da consideração, designadamente, dos elementos que seguidamente exponho.

Segundo a Infopédia, Enciclopédia e Dicionário Porto Editora, "Luz" é um "fluxo radiante capaz de estimular a retina para produzir a sensação visual", "claridade emitida ou refletida pelos corpos celestes", "clarão produzido por uma substância em ignição". Em sentido figurado, segundo a mesma fonte, é "verdade, evidência, certeza", "perceção, intuição", "guia, orientação", "iluminação espiritual, fé".

O Génesis, primeiro Livro da Bíblia, inicia-se assim:

terça-feira, 25 de outubro de 2016

A VERDADEIRA MAÇONARIA

A MAÇONARIA VERDADEIRA, UMA ESPERANÇA

É verdade que a maioria dos homens, cegos e fascinados pelo poder, se esquecem que as edificações destinadas à humanidade não podem prescindir de certos valores, principalmente os valores espirituais.

Há muito temos procurado saídas para esse estado de coisas e a construção de uma estrutura espiritual da Maçonaria, para que os verdadeiros maçons, tomados de coragem, esperança e fé, deixem os limites de suas oficinas e substituam a Maçonaria doméstica praticada, pela Maçonaria Universal.

Meus irmãos, analisemos duas frases gravadas na câmara das reflexões:

”Se sois capaz de dissimulações, tremei porque penetraremos e leremos o fundo do vosso coração”.

“Se temeis ter descoberto os vossos defeitos, sentir-vos-ei mal entre nós. Afastai-vos!”.

domingo, 23 de outubro de 2016

A ESPADA

A ESPADA
(Desconheço o autor)

Com um simbolismo vastíssimo, a ESPADA é um dos acessórios mais usados nas cerimônias Maçônicas.  

No seu aspecto mais vulgar, é a arma da vigilância por meio da qual o iniciado procura defender os nossos Augustos mistérios de toda intromissão violenta do mundo profano.
Origem  

A origem da Espada, como objeto Maçônico, vem da construção do Templo de Zorobabel, erguido em substituição ao grande Templo de Salomão destruído por Nabucodonosor. Os construtores tinham, ao lado da ferramenta, sempre a Espada vigiando os inimigos, mercê a proteção obtida do rei da Pérsia, Ciro.  

Significado: De Ordem Material e de Ordem Simbólica.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

A FUNÇÃO DO ORADOR NO REAA

A FUNÇÃO DO ORADOR NO REAA

No Rito Escocês Antigo e Aceito, o ofício de Orador é aquele cujo titular pode exercer a mesma função, mas que vai muito mais para além dela. O Orador não se limita à invocação do Grande Arquiteto do Universo. Aliás, em bom rigor, nem sequer é esse o principal escopo deste ofício.

O Orador é o oficial da Loja encarregue de tirar as conclusões de qualquer debate. A discussão de qualquer assunto é levada a cabo segundo regras destinadas a permitir um debate sério, sereno e esclarecedor, em que cada um expõe a sua idéia e os motivos dela, mais do que rebater as idéias expressas pelos demais.

domingo, 16 de outubro de 2016

A AMPULHETA

A AMPULHETA
Ruy Luiz Ramires

A ampulheta é um dos símbolos colocados no recinto da Câmara de Reflexões que, de início parece destoar com os emblemas ali existentes.

Ampulheta, essa designação vem da palavra latina, "ampulla", que foi, na antiguidade, o relógio que marcava um determinado período de tempo na duração do deslizar da areia. Era o símbolo-mor da Ordem dos Trapistas.

(Trapista é um "apelido" da "Ordem Cisterciense da Estrita Observância" - existem também os monges da Ordem Cisterciense da Comum Observância. Este apelido nasceu justamente do fato de que seu primeiro mosteiro foi a Abadia de La Trappe, conforme mencionado. Não tem nada a ver com "trapos" ou que os monges seriam "esfarrapados", confusão muito comum, um "mito" acerca dos trapistas).

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

A TAÇA SAGRADA

A TAÇA SAGRADA
Ir∴ Adalberto Rigueira Viana
Membro correspondente da Loja Fraternidade Brazileira rigueiraviana@gmail.com Viçosa - MG

No dia da iniciação de um aprendiz-maçom, durante a Sessão Magna própria para este ato tão marcante na vida de todo homem de bem, em determinado momento e seguindo as normas previstas no ritual do Primeiro Grau, o Venerável Mestre, após passar o profano por algumas situações comuns a todos aqueles que ali estiveram, e dando continuidade à cerimônia diz ao candidato: “Senhor, ainda exigimos de vós um juramento de honra, que deve ser prestado sobre a Taça Sagrada. Se sois sincero, bebei sem receio. Mas, se a fraqueza e a dissimulação acompanham a vossa promessa, não jureis. Afastai, antes essa Taça e temei o pronto e terrível efeito dessa bebida”.

Após uma pequena pausa o Venerável Mestre pergunta ao candidato: Consentís no juramento? Ato contínuo chama o Mestre de Cerimônias e ordena-lhe que conduza o candidato ao seu Altar de Venerável Mestre. Em ali estando o candidato, pede ao Irmão Sacrificador para apresentar a ele a Taça Sagrada, tão fatal aos perjuros. Neste momento o irmão Experto, já desempenhando funções de Sacrificador, apresenta-lhe uma taça com água adocicada e aguarda o sinal do Venerável para oferecer a bebida ao candidato. Após ele sorver parte da bebida, a taça é completada no seu interior, sem que ele perceba, com uma bebida amarga que ele deverá beber após o seguinte diálogo proposto pelo Venerável Mestre: Senhor fulano de tal... “Repeti comigo, o vosso juramento:

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

VENERALATO, INÍCIO DE UM CAMINHO

VENERALATO, INÍCIO DE UM CAMINHO
Valdemar Sansão

O bom Venerável Mestre não é aquele que sempre resolve os problemas que ocorrem em sua Loja, mas sim aquele cujos problemas nunca ocorrem em sua Loja.

Guia de seus Irmãos - As condições essenciais para o desempenho das funções de V∴M∴, além de reputação ilibada, são: ser sincero, leal e verdadeiro; ser afável no trato, inabalável e intransigente em seus princípios: ter sido regularmente iniciado, elevado e exaltado nos graus da Maçonaria Universal, ser amante da Sabedoria e versado na nobre ciência da Arte Real. Deve ter sido eleito, de acordo com as Leis da Grande Loja pelos MM∴MM∴ da sua Loja, aberta em sessão de Eleição.

Estar consciente da responsabilidade de repensar as atitudes e o funcionamento das estruturas buscando o bem dos Obreiros, da Loja e da Maçonaria; tendo como critério habitual o discernimento maçônico, servindo-se do Conselho de Mestres Instalados.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

DISCURSO SOBRE A SOBERBA

DISCURSO SOBRE A SOBERBA
(a irmã do orgulho, da arrogância e da vaidade)

Ir∴ Ronaldo Zanata Patim - Loja Cavaleiros de São José
Cerquilho - SP

Dizem que um dos maiores inimigos do homem é inerente a ele mesmo: o seu ego.

Existe uma fábula sobre uma rã que se perguntava como poderia se afastar daquela região fria, em pleno inverno. Alguns gansos sugeriram que ela emigrasse com eles, mas o problema é que a rã não sabia voar. "Deixem-me pensar - disse a rã - tenho um cérebro fora do comum". Então pediu ajuda a dois gansos: acharam um galho forte e cada um deles sustentou o galho por uma extremidade. A rã segurou-se ao galho, pela boca. Os gansos e a rã faziam o vôo quando, em certo momento, passaram por uma pequena aldeia, de onde os habitantes saíram para ver o inusitado espetáculo. E alguém perguntou: "De quem foi tão brilhante ideia?". A rã, toda orgulhosa e se sentindo a mais genial, a mais importante das criaturas, respondeu com ênfase: "Fui eu"! Eis então que o orgulho descomedido da rã foi a causa da sua própria ruína, pois no momento que abriu a boca, soltou-se do galho, caiu e morreu.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

A HARMONIA

A HARMONIA
A palavra que melhor exprime o estado do Ser é Harmonia. É o acordo perfeito que reina no ente espiritualizado, quer no seu interior quer no seu exterior. Para darmos valor a ela é preciso que tenhamos vivido em desarmonia e sentido de perto o aguilhão da dor. Tais são o fim e o motivo da experiência e do sofrimento pelos quais passamos.

Não existe na natureza repouso absoluto, conforme Heráclito de Éfeso, "Tudo flui e nada permanece; tudo se afasta e nada fica parado", mas tudo gira em torno da Harmonia. Desde o mais insignificante átomo até o maior dos seres, tudo precisa dela num menor ou maior grau. Ela resulta da paz interna que possuímos em nossos corações, da analogia dos contrários e de duas correntes de forças que constituem a vida – o Amor e a Verdade.

Como se nota pelos diferentes estados que passamos, nosso próprio organismo está sujeito às influências da Harmonia, é desta forma que passamos do estado de saúde ao de doença, e vice-versa. E mesmo em qualquer um destes estados, suas leis sempre estão em ação. E quando estas leis encontram em nosso Ser obstáculos à livre manifestação, somos então acometidos de doença espiritual e tudo em nós passa a encontrar-se em estado desarmonioso.

Porque se dão estes fenômenos em nosso organismo?

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

COMPREENDENDO O USO DO AVENTAL

COMPREENDENDO O USO DO AVENTAL
Autor: Celso Ricardo de Almeida 
Mestre Instalado da Loja Maçônica Casa do Caminho, Oriente de Fervedouro-MG

O Avental é a vestimenta emblemática, simbólica e obrigatória de um Maçom. A rigor a única necessária, e o seu uso denuncia o seu grau hierárquico dentro da Ordem Maçônica, podendo ser desde cargos administrativos como o posicionamento nos vários graus existentes, bem como, evidencia também, os diferentes ritos e potências.

Mas pouco se conhece da história desta humilde vestimenta que tão grande significado possui. Os nossos rituais se limitaram apenas a explicar a simbologia do Avental para o grau do referido ritual, não tecendo informações ou comentários sobre a sua história e significado. Cria-se assim uma grande lacuna para a interpretação desta vestimenta, que como já foi mencionado, é indispensável para o Maçom.

O presente estudo pretende demonstrar como surgiu esta vestimenta, e qual o seu significado, seja ele simbólico ou esotérico. Entretanto, não entraremos nas questões referentes à sua utilização em Loja, visto que cada grau possui seu simbolismo e suas características próprias.

domingo, 9 de outubro de 2016

LIBERDADE, IGUALDADE, FRATERNIDADE - ORIGEM DO LEMA

LIBERDADE, IGUALDADE, FRATERNIDADE – Origem do lema
Ir∴ José Castellani

As três palavras - Liberdade, Igualdade e Fraternidade - que se tornaram, praticamente, um lema da Maçonaria contemporânea, não têm origem maçônica. Alguns autores, mais ufanos do que realistas e mais fantasistas do que científicos, afirmam que o lema é maçônico e foi utilizado como divisa da Revolução Francesa de 1789.

A verdade histórica, todavia, é bem outra:

Em primeiro lugar, o lema da Revolução Francesa era “Liberté, Égalité, ou la Mort” (Liberdade, Igualdade, ou a Morte). Só com a 2ª República, em 1848, é que ele iria se transformar em “Liberté, Égalité, Fraternité” (Liberdade, Igualdade, Fraternidade). (Ver nota)

Em segundo lugar, foi a Maçonaria francesa que, na segunda metade do século XIX, adotou o lema da 2ª República, o qual acabaria se vulgarizando entre os maçons que trabalhavam sob influência da cultura francesa, em todo o mundo, a ponto de chegar a ser considerado como uma divisa exclusivamente maçônica, o que não é.

Em terceiro lugar, a idéia de Liberdade, Igualdade e Fraternidade é bem mais antiga.

FOTO MAÇÔNICA DE DOMINGO


Tradução livre - De passagem pelo Líbano, a foto do sarcófago de Hiram, rei de Tiro. Ele se encontra na beira da estrada que leva a Canaã. Não é o túmulo do arquiteto, filho da viúva, mas do rei que enviou Hiram Abif a Salomão para construir o templo. (Fonte: hiram.be - le blog maçonnique)


sábado, 8 de outubro de 2016

A MAÇONARIA E A PERFEIÇÃO

A MAÇONARIA E A PERFEIÇÃO
José Luis Crepaldi

Quando faço um retrospecto desde antes da minha entrada para a Maçonaria, lembro-me muito bem da minha expectativa. Após a formalização do convite a primeira questão que me veio à mente foi a seguinte: O que será que a Maçonaria poderá fazer por mim? Em que ela poderá me ajudar? Hoje, passados alguns poucos anos desde a minha Iniciação, percebi que o maior ensinamento que ela poderia me dar, ela já deu: o de que, na verdade, quanto mais nos esforçamos para aprender e crescer, mais consciência adquirimos de que muito pouco ou quase nada sabemos.

Nossa caminhada pela vida torna-se mais interessante numa relação diretamente proporcional ao nosso desejo de conhecimento e auto-crescimento. É interessante quando notamos que, na busca da Grande Verdade, vamos cada vez mais e mais adquirindo novos conhecimentos e, ao mesmo tempo, também nos apercebemos do quão pouco sabemos e o quanto ainda temos para trilhar deste caminho de aprendizado.

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

A LOJA IDEAL E A LOJA REAL


A LOJA IDEAL E A LOJA REAL
A Loja ideal, traçada nos Rituais, é uma Loja unida, onde todos vivem em união, compartilhando seus ideais, onde ninguém critica ninguém, e todos trabalham procurando levar os princípios maçônicos ao maior número possível de pessoas. A Loja ideal é atuante por parte de todos os seus membros, não havendo ninguém ocioso ou preferindo a neutralidade ou isentando-se de responsabilidade. Todos fazem, trabalham e não dão trabalho. Ela é aquela onde todos estão conscientes de suas obrigações e com elevado desenvolvimento espiritual, não havendo lugar para rancor, ódio, raiz de amargura, inveja, ciúmes, angústia, depressão, desrespeito, etc. Nela existe uma liderança participativa, atuante, amiga e transmissora de poder. Mas há a Loja real, a Loja do estatuto, a Loja visível, palpável, Onde vivemos, sentimos, percebemos e amamos.

A Loja real, por sua vez, é composta de pessoas com pensamentos profanos, ainda ligados a vícios e preconceitos, agindo egoisticamente, precisando de auxílio, de libertação. Nela há críticas, discórdias, entre tantos outros tratamentos mesquinhos, eivados de erro, vício e ignorância.

Há pessoas que só querem receber, mas nunca dão, nunca compartilham. Pessoas que se esquecem facilmente dos ensinamentos recebidos, ficando apenas em sua lembrança o que não foi feito, ignorando tudo que foi realizado e os esforços para sua consecução.

Mas esta é a Loja do nosso dia-a-dia. Esta é a Loja real, sem utopias, quimeras. É esta a Loja que está sendo lapidada, moldada, restaurada, renovada, revigorada a cada dia. É esta a Loja que devemos amar, honrar, vestir a sua camisa, gastar nosso tempo e nossos talentos, nossa vida, tudo quanto temos e somos para transformá-la à Glória do Grande Arquiteto do Universo.

Devemos trabalhar nela amando-a e respeitando-a apesar de suas falhas, pois ninguém é perfeito; não há lares perfeitos, famílias perfeitas, Lojas perfeitas, nem líderes perfeitos; há sim, pessoas em busca da perfeição, que estão se aperfeiçoando a cada dia, que estão incessantemente procurando a Verdade, mas que ainda não alcançaram seu perfeito objetivo.

Esperamos que essas palavras sirvam para nos ensinar a amar mais a Nossa Loja, tolerando e trabalhando com muito amor e sem críticas aqueles que carecem de nosso auxílio, para conquistarmos a Loja dos nossos sonhos, dos nossos projetos. Por isso ela precisa de nós, de nossa colaboração, aceitação, amor, tolerância e, principalmente, do nosso poder de realização.

Extraído do Boletim nº 2 - marco/abril de 2002 – Florianópolis - SC