Páginas

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

INGRESSO DE RETARDATÁRIO

INGRESSO DE RETARDATÁRIO
(republicação)

Questão apresentada pelo Respeitável Irmão Otávio Foss Neto, Mestre Maçom da Loja Estrela de Morretes, 3.159, Rito Escocês Antigo e Aceito – GOB/PR, Oriente de Morretes, Estado do Paraná.

1 – Qual procedimento adotado por um Irmão atrasado para entrar em Loja?

CONSIDERAÇÕES:

Antes das questões propriamente ditas eu diria que o primeiro procedimento é não chegar atrasado para os Trabalhos. Agora, como a boca entorta conforme o hábito do cachimbo, vamos lá:

Estando a Loja aberta no Rito em questão e não sendo visitante que aguarda o momento propício para entrada conforme exara o Ritual este, se chegar atrasado e tiver acesso ao Átrio e ainda, não estiver presente o Guarda Externo, então ele dá na porta da Sala da Loja (Templo) a bateria maçônica universal que é a de Aprendiz.

Se no momento ele não puder ser atendido por um processo em andamento, por exemplo, o Cobridor Interno, sem qualquer anúncio (para também não atrapalhar o procedimento em andamento) responde pelo lado de dentro com bateria universal maçônica.

O que estiver pedindo ingresso então aguarda o momento propício sem repetir bateria, ou pior, proceder à bateria de outro Grau.

Em sendo possível dar o andamento para o processo de entrada do Obreiro que aguarda, o Cobridor, na forma de costume anuncia ao 1° Vigilante que por sua vez comunica o Venerável.

Este então fala diretamente para o Cobridor fazer a verificação de quem bate, salientando que se for um Irmão do Quadro que lhe seja dada a entrada na forma de costume.

Obviamente o que pede entrada já estará devidamente paramentado e sendo conhecido o próprio Cobridor observa se ele tem qualidade suficiente para participar dos Trabalhos caso a Loja esteja trabalhando em outro Grau.

Se ele por ventura não possuir a qualidade necessária, o Cobridor comunica ao Venerável que toma providência para que seja informado àquele que pede ingresso.

Normalmente quem vai ao Átrio para fazer tal comunicação é o Segundo Experto, já que o Cobridor deve sempre permanecer no seu lugar (guardando a porta).

No caso de ser um Irmão desconhecido, o ato carece do telhamento na forma de costume (Sinal, Toque e Palavra). Esse procedimento é realizado no Átrio, normalmente pelo Segundo Experto que inclusive após o reconhecimento da qualidade maçônica, solicita se necessário documentos para análise que serão direcionados ao Orador para verificar a autenticidade e os exames de praxe.

Estando tudo nos conformes, o Venerável autoriza o ingresso do visitante que executará a Marcha do Grau de acordo com os trabalhos abertos e ainda se submete ao telhamento a que se referem às questões emanadas do Venerável (De onde vindes? Etc.).

O que não é permitido é que quando o visitante ouve a resposta do Cobridor pela bateria universal para aguardar, imediatamente retruca com a bateria do Grau subsequente. Isso é um procedimento equivocado de interpretação, pois a resposta do Cobridor é para que o solicitante aguarde e não informando que a Oficina está trabalhando em Grau acima do de Aprendiz.

An passant, isso normalmente não está formalizado nos rituais para que se evite e não se institucionalize o atraso.

Enfim, pedido de ingresso em Loja aberta, não importando o Grau que ela esteja trabalhando, só se faz pela bateria universal – a de Aprendiz. Da mesma forma, responde o Cobridor.

Além dessa bateria, para esse momento, não existem quaisquer outras. As baterias dos outros dois Graus somente serão executadas na porta de entrada do Templo quando o ritual assim determinar.

E ainda, a única bateria profana dada na porta é aquela que está presente na cerimônia de Iniciação quando o Candidato (profano) pede ingresso nos augustos mistérios da Maçonaria.

T.F.A.
Ir.´. Pedro Juk - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 399 Florianópolis (SC) 04 de outubro de 2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário