CADEIA DE UNIÃO

CADEIA DE UNIÃO
(republicação)

Questão apresentada pelo Respeitável Irmão Cídio Botelho, GOB/PR, Oriente de Ivaiporã, Estado do Paraná. clinica_dr_cidio@hotmail.com 

Estamos nos comunicando para pedir orientação. Na semana passada um Aprendiz apresentou trabalho sobre a Cadeia de União e, no final da realização da Cadeia o autor da fonte do trabalho relata que se encerra aclamando “Viva, Viva, Viva”. Como nós encerramos com Liberdade, Igualdade e Fraternidade (três vezes), a Loja ficou em dúvida a este respeito. Não sabemos o que é certo. No Ritual e no Manual de Dinâmica não citam nada a respeito. Será que o Irmão poderia nos dar uma Luz?

CONSIDERAÇÕES:

O termo “cadeia”, do latim “catena”, substantivo feminino, é dentre outras a corrente de anéis ou de elos de metal; grilhagem, grilhão.

Sob a óptica simbólica em Maçonaria é uma grande cadeia, cujos anéis reportam-se aos maçons espalhados pela face da Terra.

Nesse sentido existe a Cadeia de União de tal maneira que os maçons de mãos dadas formam uma corrente e, dependendo do Rito cruzam ou não os braços. O termo Cadeia de União é haurido dos Canteiros Medievais, ofício de trabalho em cantaria, ou o esquadrejamento de pedras. 

Para determinar o limite do canteiro de obras era colocada então, em torno do local de trabalho, uma cadeia de anéis de ferro, pelos quais eram inseridos postes, ou estacas medianas de madeira fincadas diretamente no chão. A entrada do espaço de trabalho era geralmente no centro e demarcada por dois postes maiores.

Com o advento da Maçonaria Especulativa o costume simbólico continuou sendo praticado nas Lojas por alguns ritos, cuja alegoria representativa dos elos está associada diretamente a prática pela qual os maçons na oportunidade dão-se às mãos. 

No caso do Rito Escocês Antigo e Aceito o exercício é restrito única e exclusivamente para a transmissão da Palavra Semestral, daí a mesma ser praticada somente nessa ocasião e dela participam
apenas os Irmãos pertencentes ao Quadro da Loja. 

Essa é a razão pela qual a composição da Cadeia somente é realizada após o encerramento dos trabalhos, evitando-se o constrangimento de que em havendo visitantes esses não possam dela participar.

Na execução da Cadeia de União no Rito em questão não existem preces, evocações, pedidos de saúde, etc. Também não existe qualquer aclamação (Viva, Viva, Viva; Saúde, Força e União; Liberdade, Igualdade e Fraternidade, etc.). 

Nesse sentido o Grande Oriente do Brasil buscando preservar a essência do Rito não prevê no seu ritual qualquer procedimento que não seja aquele pelo qual os participantes cruzem os braços dando-se respectivamente as mãos para apenas transmitir da Palavra Semestral na forma de costume. 

Assim está previsto com as devidas explicações no Ritual de Aprendiz em vigor, páginas 82 e 83, item 2.12.1 – Adendo: Cadeia de União. 

T.F.A.
PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 447 Florianópolis (SC) 18 de novembro de 2011.