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quarta-feira, 17 de novembro de 2021

POSIÇÃO DO COBRIDOR EXTERNO

POSIÇÃO DO COBRIDOR EXTERNO
(republicação)

Questão que faz o Respeitável Irmão Paulo A. Valduga, Mestre Instalado da Loja Luz Invisível, Grande Oriente do Rio Grande do Sul, Oriente de São Borja, Estado do Rio Grande do Sul.
paulovalduga@gmail.com

Como deve se portar o Cobridor Interno por ocasião da abertura dos Trabalhos quando o Venerável Mestre indaga dos Vigilantes a qualidade dos presentes na sessão?

a) Fica com a espada na mão em posição de sentido?

b) Larga a espada e faz o sinal gutural (sessão de Aprendiz Maçom, naturalmente)?

Esta pergunta faço em razão de ver em Lojas as duas versões e gostaria de saber qual é a correta, uma vez que os rituais e manuais (pelo menos os que possuo) nada dizem.

CONSIDERAÇÕES:

De forma tradicional existem alguns aspectos que devem ser considerados, assim o comentário que segue se resume a tradição dos Ritos que procedem com o reconhecimento citado. No caso dessa verificação para o Grau de Aprendiz existe um procedimento distinto dos outros dois Graus. 

No Grau 01 o Vigilante atendendo a determinação do Venerável solicita que os Irmãos de ambas as Colunas, isso só acontece no Ocidente, se posicionem à Ordem.

Assim, todos, nas Colunas, sem exceção ficam à Ordem e compõem o Sinal do Grau (inclusive os Vigilantes). Dessa maneira, os Oficiais que usam instrumento de trabalho deixam os mesmos de lado e compõe o Sinal com a mão na forma de costume. Ex. o Mestre de Cerimônias deixa o seu bastão no receptáculo e o Cobridor Interno mantém sua espada embainhada ou conforme o caso no dispositivo colocado atrás do encosto da cadeira por ele ocupada. 

Assim o Sinal de forma correta é composto com a mão. Note que também as outras duas Luzes da Loja (Primeiro e Segundo Vigilante), deixam os seus malhetes sobre a mesa e compõem o Sinal na forma de costume. 

Nesse tópico, cabe um esclarecimento: no jargão – “não se faz Sinal com o instrumento de trabalho” significa que não se faz Sinal usando o instrumento. Isto é: não se usa o instrumento para compor e desfazer o Sinal. 

Em linhas gerais isso significa que um Cobridor não passa a espada na região gutural; nem mesmo o Mestre de Cerimônias procederia usando o bastão, assim como os Vigilantes não usariam os malhetes para tal fim.

Dadas essas considerações um Cobridor deve manter a sua espada embainhada, só a empunhando por ocasião do dever de ofício ou quanto o ritual em vigência assim determinar. 

Sem o uso da espada para uma atitude de defesa simbólica e estiver o Cobridor empunhando a espada (sempre com a mão direita) esta estará em riste ao lado direito do corpo com a lâmina apontada para cima e o punho junto com a mão direita encostados no lado destro do quadril, tendo o respectivo braço e o antebraço afastado do corpo.

Em relação aos outros dois Graus existem o telhamento propriamente dito realizado nas Colunas pelos respectivos Vigilantes com a regra de que os Irmãos que ocupam cargo não serão examinados (cargos em Loja são privativos dos Mestres). 

No caso do Cobridor, esse permanece apenas em pé com a espada embainhada. Se não existir bainha com talabarte ou dispositivo próprio atrás do espaldar da cadeira, o Cobridor permanecerá com a espada em riste como descrito acima (no GOB existe um dispositivo preso na parte interna e inferior da faixa de Mestre para suprir essa finalidade).

Finalizando, devo destacar aqui que essas considerações estão diretamente ligadas à tradição, uso e costume, todavia, em havendo rituais em vigência que apontem outros procedimentos, embora esses possam estar equivocados, cumpra-se o que deriva desse ritual.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 638, Florianópolis (SC) 26 de Maio de 2012.

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