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domingo, 26 de maio de 2024

ABERTURA DO RITUAL NO GRAU 2

(republicação)
Questão apresentada pelo Respeitável Irmão Daniel Mas, Loja Conciliação e Justiça, GOB – GOSP, REAA, Oriente de Presidente Prudente, Estado de São Paulo. 
j1daniel@terra.com.br 

Eu que aguardo com impaciência os 'JB News' diários para copiá-los e lê-los vejo que um dos assuntos mais solicitados ao Poderoso Irmão é uma explicação quanto a verificação no Grau de Companheiro descrita no Ritual do Grau 02. Há aproximadamente dois anos fiz uma solicitação aos Irmãos da Loja que frequento aqui em Presidente Prudente, para que esta parte do Ritual fosse feita como está no Grau de Mestre: ficariam de Pé e a Ordem, somente os Irmãos das Colunas. Imediatamente responderam-me que se está no Ritual tem que ser obedecido. Em dezembro fiz uma correspondência para ser encaminhada ao GOB (Ritualística) solicitando autorização para que pudéssemos fazer a verificação somente entre os Irmãos do Ocidente. Fui aconselhado a não encaminhá-la, porque o Ritual seria modificado, passando a ser semelhante em todos os Graus. E o Ritual não modifica, e o Irmão informa que dentro em breve acontecerá, mas todos nós sabemos que a coisa vai criando pernas, raízes e o acerto vão demorar em sair. Pergunto: Como proceder para que aqui na ARLS Conciliação e Justiça de Prudente façamos o correto?

CONSIDERAÇÕES:

Tenho exaustivamente explicado que o contido no Ritual de Companheiro no tocante a verificação na abertura dos trabalhos, existe um equivoco de impressão, pois o correto é que essa verificação seja feita apenas no Ocidente, tal qual já prevê o Ritual de Mestre em vigência. 

O procedimento se dá porque não existe em hipótese alguma o telhamento no Oriente, seja ele no grau de Aprendiz, Companheiro e Mestre. 

Há que se notar que não permanece mais o modo equivocado daqueles que ocupam o Oriente nessa oportunidade ficarem em pé e muito menos voltados para a parede do extremo Oriente. 

Esse procedimento só existe no Segundo Grau por ocasião da costumeira verificação aplicada pelos respectivos Vigilantes. 

O Oriente é lugar de Mestres e de responsabilidade do Venerável. 

Ratifico: não existe telhamento nesse quadrante. Em não existindo ali o telhamento, e sendo os ocupantes Mestres, que explicação teria o ato se ficar de pé e de costas para o Ocidente? Ora, nenhuma. 

Já no Ocidente evidentemente esse procedimento faz sentido. A verificação é feita pelos respectivos Vigilantes começando a partir do extremo do ocidente, cujo significado está em que simbolicamente aquele que estiver na frente não perceba o que se passa na retaguarda. 

Assim esse modo está restrito às Colunas e nos graus de Companheiro e Mestre. Uma das razões dos procedimentos se diferenciarem do grau de Aprendiz é que este não possui Palavra de Passe no Rito Escocês Antigo e Aceito, passível então do Primeiro Vigilante do seu lugar, fazer a verificação apenas e tão somente pelo Sinal. 

Voltando às ponderações sobre o Ritual de Companheiro, não se trata de desrespeitar o Ritual, porém, utilizar o salutar costume do bom senso. Senão vejamos: logo a seguir ao procedimento contraditório, o Venerável profere a ordem: “sentai-vos” e não “sentemo-nos” (assim está no Ritual). 

Essa ordem por si só demonstra que existem Irmãos que no ato permanecem sentados. Então sendo a questão subjetiva, ou não, o fato é que existe uma explicação sobre esse “contraditório”. Penso sempre que é preferível se utilizar da coerência, e esta está no que fora aqui considerado. Se a questão é a de não se alterar um equívoco, então perguntaríamos: se o Venerável na sua ordem pronuncia “sentai-vos”, pelo menos ele então teria que permanecer em pé? Até quando? 

Sabe meu Irmão, não queremos nos eximir de culpa alguma no tocante ao contradito impresso e aprovado. Todavia existem situações na vida que somos obrigados a tomar uma decisão. Essa dúvida cruel certamente seria muito, mais muito mais amena se verdadeiramente tivéssemos – nesse caso o do procedimento ritualístico – a certeza do que estamos praticando na liturgia do Rito. Às vezes, nem sempre o que reluz é ouro. Obviamente que sou partidário do respeito pela prática do que está escrito, 

Todavia, nem sempre o que está escrito possui coerência, fato que nos obriga a tomar uma decisão. Penso que diante do perigo de uma travessia sinuosa e obscura, prefiro prudentemente por ela me enveredar a ficar estagnado vendo o tempo passar. 

Finalizando. Entre ficar o Venerável em pé e a razão do ato, tenho orientado que no Grau de Companheiro, tal como no de Mestre, todos no Oriente permaneçam sentados. 

No intuito de sanar esses contratempos e por ordem do Soberano, já estou providenciando os provimentos (que são muitos) para orientar essas questões dúbias, contraditórias e omissas nos rituais dos três Graus simbólicos do GOB concernente ao Rito Escocês Antigo e Aceito. 

Assim que os provimentos estejam aprovados pelo Grão-Mestre Geral, será submetida à sua apreciação a proposta de um Manual de Procedimentos Ritualísticos. 

T.F.A. 
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.123 - Florianópolis (SC) – domingo, 29 de setembro de 2013

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