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quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

CHAPÉU

CHAPÉU
(republicação)

Questão apresentada em 02/03/2014 pelo Respeitável Irmão Guilherme José Lucena de Almeida, Loja Alpha Centauri, 044, REAA, GOIPE - COMAB, Oriente de Gravatá, Estado de Pernambuco.
guilhermelalmeida@ymail.com

A pergunta: o chapéu de Mestre Maçom, ou do Venerável Mestre, do Rito Escocês Antigo e Aceito - COMAB deve ser do tipo Ramenzoni, ou desabado simples? Segue ilustração em anexo dos dois chapéus. Muitos usam do tipo Ramenzoni, com as abas abaixadas, no ritual diz que o chapéu é desabado. Qual seria o correto? Ou é irrelevante para os trabalhos? Em sessão de Mestre Maçom do REAA, qual dos dois chapéus é o correto? Ou também é irrelevante? Seria o mesmo chapéu para o Venerável de outros ritos? O Rito York (americano) é com chapéu ou cartola?

APRECIAÇÃO: 
Chapéu – (do francês arcaico: chapel, contemporâneo chapeau). É a cobertura para cabeça confeccionada de materiais diversos, com copa e, geralmente com abas.

Em Maçonaria existem vários ritos nos quais todos os Obreiros, em qualquer grau simbólico estarão cobertos com chapéu negro e desabado durante as sessões; outros, porém a cobertura é exigida apenas no Grau de Mestre, enquanto que nos dois primeiros graus apenas o Venerável usa cobertura. Existem ainda ritos que não adotam o chapéu desabado, porém uma cartola negra, como é o caso do Craft americano (Rito de York) e originalmente o Rito Schröeder.

Para o Rito Escocês Antigo e Aceito, rito de origem francesa, tradicionalmente e sob a óptica esotérica o uso do chapéu está na influência hebraica que apregoa a submissão a “Deus” – sobre a mente falível do homem, está a onisciência divina. Sob o ponto de vista figurado representa nos dois primeiros graus o Rei diante dos seus súditos, somente ele usa cobertura, já no terceiro grau o Rei diante dos seus pares, todos se cobrem.

A questão do “desabado” o costume começaria aparecer aproximadamente no século XIX, cuja aba desabada serviria em muitos casos para camuflar, ou esconder parte do rosto do usuário que objetivava preservar a sua identidade. O adjetivo “desabado” nesse caso é o chapéu de abas largas (sem excesso) direitas ou caídas.

Atualmente esse chapéu tem sido usado em não raras vezes com certo exagero no tocante às abas (mais parece o chapéu da vovó Donalda). Ele pode ser um chapéu negro comum com as abas normais, entretanto caídas, o tal Ramenzoni, por exemplo.

O importante é que o chapéu seja negro e convencional (geralmente de feltro), e nunca com formatos regionais como chapéu de couro nordestino, panamá, de palha, chapéu de gaúcho, etc.

T.F.A. 
PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.374 Florianópolis (SC) – quinta-feira, 12 de junho de 2014.

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