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quinta-feira, 17 de junho de 2021

QUIROMANCIA

QUIROMANCIA
Ir.: Orlando Travisan
Loja Maçônica Moderna (Araçatuba - SP)

A Quiromancia constitui uma ciência – arte de adivinhar o caráter, o futuro de uma pessoa pelo exame das linhas, sulcos e elevações das mãos.

A Quiromancia era praticada por todos os povos da antiguidade: Egípcios, Caldeus, Assírios e Hebreus.

Foi estudada pelos filósofos gregos e latinos.

O exame do quiromante é executado, preferencialmente na mão esquerda, que é a menos deformada pelo trabalho e é tida como a mão do coração.

As primeiras 4 linhas a serem estudadas que formam a letra "M" ( de Maçonaria) constituem a "Linha da Vida", a "Linha da Cabeça", a "Linha do coração", e a "Linha da Fortuna" ou da "Sorte". As saliências que se encontram na base dos dedos, representam o Grau das Qualidades.

O "Monte Júpiter" indica a relação, a ambição, a alegria e a felicidade.

O "Monte de Saturno" a sabedoria e a sorte.

O "Monte Apolo" ou "do Sol", a glória, a inteligência e o gosto do belo.

O "Monte Mercúrio" o amor ao trabalho, o comércio e a ciência.

O "Monte de Marte" a coragem.

O "Monte da Lua", o sonho, a melancolia e a castidade.

O "Monte de Vênus" a caridade, a elegância e o amor.

Também são estudadas as linhas secundárias, as "cruzes", as "estrelas" e os "ângulos".

Hoje, a Quiromancia é uma prática em desuso, porém o estudo das mãos assume novos campos na Psicologia.

As mãos assumem importância vital por serem a expressão mais forte do tato. Um contato entre as mãos consola, alivia, traduz sentimentos.

Foi sempre o gesto das mãos que trouxe cura para os enfermos. Jesus usou muitos toques para os seus milagres. 

Nos cultos as mãos têm função mística, seja no gesto de extrema-unção, ou no simbolismo de uma bênção.

O Aprendiz Maçom usa as mãos para o desbaste da pedra bruta, o Companheiro para burilá-la, ambos com gestos precisos.

Paulatinamente, educando-as, o homem aprende a usar as mãos e dar a cada uma tarefas diferentes, usando-as ao mesmo tempo, como o buril em uma delas e o maço em outra, ungindo a obra com vigor e beleza.

A energia é transmitida em grande parcela através das mãos, saída das forças advindas de um poder central: aquele que se empenha em doar receberá em proporção maior. Não se trata apenas de uma troca ou de singela comunicação, mas de um real contato dinâmico distribuindo equilíbrio.

As forças contidas no ser humano não podem ser apenas acumuladas, é preciso distribuí-las para que possa haver maior produção e criatividade – é o preceito evangélico: "Daí e receberás", A mão traduz poder.

Lemos no Livro do Êxodo 7:4 "... e Eu porei minha mão sobre o Egito,..." disse Jeová. E mais adiante: "" acontecia que quando Moisés levantava a mão, prevalecia Israel; mas quando ele abaixava a mão, prevalecia Amaleque."(Êxodo 17:11)

Prometeu, Deus do Gênio do Fogo ,filho de Titâ e irmão de Atlas, é tido como iniciador da primeira civilização humana. Depois de formar o homem com o limo da Terra, furtou para animá-lo o fogo do céu.

Júpiter o castigou e mandou Efesto acorrentá-lo no cimo do Cáucaso onde um abutre lhe devorava o fígado que, continuamente, renascia. Hércules, posteriormente, o liberta matando o abutre. O abutre representava o pensamento negativo que atormentava o coração de Prometeu tornando-o impotente através das cadeias que o atavam. O coração simbolizou o princípio vital, que anima o organismo. O limo da Terra, formado pelo pó e pela água, significava o produto da evolução natural dos elementos de cima para baixo, do mais denso ao mais sutil. É o centro do Homem, a sua consciência, o seu EU.

O fogo sagrado que Prometeu buscou no céu é a chispa divina, a razão que no homem é dirigida por Júpiter

Ou seja, O Criador. O castigo, obviamente, não é decorrência da revelação dos discutidos " segredos Maçônicos", mas sim, o retorno às paixões da carne, com abandono das elevadas conquistas espirituais.

Júpiter não representa castigo ou vingança, mas o cumprimento da lei universal: Cada ser se auto-castiga pela desobediência.

Vulcano ( ou Efesto), o mitológico deus encarregado do castigo a Prometeu representa os "metais" ou qualidades materiais do homem que o escravizam e acorrentam no Cáucaso da matéria até que não se adapte à verdade.

O abutre é o símbolo do arrependimento interior, o sentimento de culpa que se aninha no seu coração, cônscio de sua condição de escravo e de desejo de libertação que no final se realiza graças aos seus esforços personificados por Hércules.

As forças internas espirituais libertam o homem da escravidão. Fiel ao seu ideal deve zelar para não recair na vida anterior, quando se entregava a paixões, tornando-as alimento para seus desejos inferiores. O sentimento de culpa e a longa caminhada para vencer os obstáculos formam o castigo. Ele prefere arrancar o símbolo da vida que é seu coração que deixar de lutar pela total libertação, no esforço da auto-realização.

Fonte: O Pesquisador Maçônico

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