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terça-feira, 5 de outubro de 2021

REAA - RITUALÍSTICA PARA ACENDIMENTO DAS LUZES LITÚRGICAS

Em 13/04/2021 o Respeitável Irmão Nivaldo Antônio Longo, sem mencionar o nome da sua Loja e Obediência, REAA, Oriente de Oriente de Monte Alto, Estado de São Paulo, solicita o seguinte esclarecimento:

RITUAL PARA ACENDIMENTO DE VELAS

Sobre as velas na Maçonaria, tem o ritual específico no acender e apagar? Pode ser acesa com qualquer tipo de chama, tipo fósforo, isqueiro, etc., ou se deve acender uma fora dos altares, e com essa acender as fixas? Se o Irmão puder me ajudar, antecipo minhas eternas gratidão, e se tiver uma matéria sobre o assunto me envie no e-mail.

CONSIDERAÇÕES:

As luzes referidas na questão são tratadas no REAA como luzes litúrgicas. Estas se situam na Loja sobre o altar ocupado pelo Venerável Mestre e sobre as mesas dos respectivos Vigilantes. Vigilantes, não ocupam altares, mas mesas.

A propósito, altar no simbolismo do REAA é só o principal, onde fica sólio, e a sua extensão que é conhecida como Altar dos Juramentos, a despeito de que existe ainda o Altar dos Perfumes, móvel que de fato não serve para nada e acabou permanecendo, depois da consagração do espaço, indevidamente no templo.

As luzes litúrgicas, em primeira análise, marcam o lugar das Luzes da Loja e, sob o ponto de vista iniciático simbolizam o esclarecimento, isto é, mais luzes litúrgicas acesas, mais evoluído é o obreiro.

No REAA o acendimento dessas luzes não possui nenhum cerimonial especial, até porque originalmente essas luzes eram acesas antes do início dos trabalhos em número compatível com o grau em que a Loja iria ser aberta, e apagadas depois do encerramento. Posteriormente, por cópia e enxerto de outro rito, inventaram uma cerimônia de acendimento dessas luzes no REAA. Atualmente, muitos rituais, como é o caso dos do GOB, já extirparam esse enxerto e as luzes, em que pese ainda serem acesas durante os procedimentos de abertura dos trabalhos, não possuem mais nenhuma conotação esotérica.

De modo geral, em sendo as luzes litúrgicas lâmpadas elétricas, cada titular acende a sua, em sendo velas, o Mestre de Cerimônias, sem qualquer formalidade ritualística as acende, geralmente se utilizando de uma vela auxiliar para facilitar o procedimento. Concluído o acendimento, a chama auxiliar é imediatamente apagada.

Como as luzes são acesas e apagadas durante os procedimentos de abertura e encerramento dos trabalhos, sem qualquer conotação esotérica ou iniciática, estipulou-se, por questão de padronização, que elas sejam acesas na ordem hierárquica dos titulares e apagadas com um abafador de modo inverso, somente isso.

A propósito, a chama auxiliar foi adotada para facilitar a missão do Mestre de Cerimônias, de tal modo que ele não precise ficar naquele momento procurando fósforos, isqueiros, etc.

Como dito, as luzes litúrgicas identificam as Luzes da Loja (Venerável Mestre e os Vigilantes) e relatam o esclarecimento que acompanha o aprimoramento do Iniciado no seu grau. Nada mais além disso.

Rituais do REAA que porventura mencionem outras práticas ritualísticas para essa ocasião, além do comentado, certamente estão ferindo a originalidade dos trabalhos e estabelecendo elementos contraditórios à liturgia do rito em questão.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

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