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terça-feira, 28 de dezembro de 2021

ESTRUTURA DA ATA - MODÊLOS OFICIAIS

Em 03.07.2021 o Respeitável Irmão Higor dos Reis de Almeida, sem mencionar o nome da Loja, REAA, GOB-RJ, Oriente de Rio das Ostras, Estado do Rio de Janeiro, apresenta as dúvidas seguintes:

ESTRUTURA DA ATA

Desde já agradeço por compartilhar vosso e-mail em seu blog e sou fã de seu trabalho. É muito enriquecedor para nós e nossa Ordem. Sou Mestre Maçom do Oriente de Rio das Ostras, GOB-RJ, tenho 35 anos e fui iniciado na Ordem em 2008, exaltado no REAA em 12/2020, alguns meses antes de entrarmos em recesso devido a pandemia. Recentemente fui eleito Secretário de minha Loja, onde tenho algumas opiniões sobre como deveria ser uma ata de sessão maçônica, porém, observo que os Secretários antecessores redigiam suas atas da mesma forma como Irmãos do passado aprenderam e foram passando como herança até os dias de hoje. Percebo que eles narram exatamente fatos como discussão entre Irmãos, incluindo trocas de ofensas, etc. Como se fosse um depoimento policial ou algo do tipo. Penso que discussões e pontos de vistas diferentes fazem parte de nossas vidas seja no mundo profano como na ordem. Desta forma, procuro hoje, pensar diferente e tentar mudar este aspecto em minha Loja, no que acredito ser certo para futuros Irmãos daqui a 10, 20 anos que lerão as atas e entenderem os assuntos debatidos e conclusão sobre os mesmos, sem narrativas de falas e discussões. Não localizei no RGF ou similar, até mesmo na estrutura do GOB, instruções em como deve ser uma ata de sessão, porém, encontrei no Livro do nosso Irmão, Tito Alves de Campos, Instrucional Maçônico, Grau de Mestre, alguns exemplos de atas que vão muito em favor do que penso. Desculpe me alongar, mas minha pergunta é se o Irmão saberia me dizer se existe algum procedimento ou modelo pelo GOB que devamos respeitar ou alguma sugestão de modelo oriundo de vossa experiência.

CONSIDERAÇÕES:

Uma ata, por definição é o registro escrito no qual se relata o que se passou numa sessão, convenção, congresso, etc. No nosso caso, numa sessão maçônica que ocorre normalmente em Loja aberta.

Na verdade, não existe oficialmente modelo específico para a redação de uma ata maçônica, contudo ela deve ser construída ordenadamente seguindo o roteiro da sessão, isto é, uma descrição clara, objetiva e sucinta dos períodos da sessão.

Por certo a ata tem que ter uma introdução constituída pela sua identificação, data, Loja, tipo de sessão, etc. De resto é seguir o roteiro, mencionando resumidamente a abertura ritualística conforme o ritual, etc.

Obviamente que uma ata deve ser fiel aos acontecimentos, contudo sem exageros dados à prolixidade. O Secretário deve usar do seu bom senso sem que a ata se torne confusa, enfadonha e cansativa aos ouvidos alheios.

Entendo que cada período deve ser descrito resumidamente, porém não perdendo o seu conteúdo. Não há necessidade de relatos esmiuçados, valendo sim o resultado e não as firulas das discussões e dos procedimentos.

Acho de boa geometria que a Loja faça uma instrução a respeito para auxiliar o Secretário na redação das atas da Loja, assim como também ensinar aos seus obreiros a objetividade no uso da palavra, já que essa, quando mal usada, serve como vetor para rechear a ata com intermináveis “blá, blá, blás” e repugnantes discursos rançosos.

É bom que se diga que as atas contam a história de uma Loja. Aliás, em Maçonaria é comum que a ata seja conhecida pelo substantivo balaústre, já que esse colunelo, junto com outro iguais, serve para sustentar uma travessa, corrimão ou peitoril. É nesse sentido figurado de sustentar alguma coisa, no caso a história da Loja, que o nome balaústre é mais apropriado para titular uma ata maçônica.

Como dito, é tudo uma questão de bom senso, não existindo, a priori, a necessidade de se seguir um modelo específico para a sua redação.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

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