A Bandeira Nacional é o símbolo máximo da nacionalidade. Ela representa a imagem da Pátria e nela se encerram as nossas tradições, nossa língua, os nossos costumes, nossa cultura e todos os brasileiros que souberam manter nossa integridade e soberania.
Desde a descoberta do Brasil, em 22 de abril de 1.500 até 7 de setembro de 1.822, nós tivemos diversas bandeiras. Elas são chamadas bandeiras históricas e foram idealizadas pelos governos portugueses.
A nossa primeira bandeira foi a do Império, na qual apareciam as cores verde e amarela. D. João VI, em 1.816, deu ao Brasil, por armas, a esfera armilar de outro, em campo azul.
A Bandeira Imperial do Brasil era formada por um paralelogramo verde, com um losango amarelo-ouro e um escudo no centro, em campo verde, com a esfera armilar de ouro, atravessada pela Cruz da Ordem de Cristo, rodeada por dezenove estrelas de prata, em uma orla azul. Sobre o escudo, a cora imperial diamantina, dois ramos, um de fumo e outro de café, na própria cor, ligados na base pelo laço nacional, abraçavam o escudo.
Com a Proclamação da República em 15 de novembro de 1.889, pelo Marechal Deodoro da Fonseca, as bandeiras imperiais, que estavam hasteadas nos quartéis e prédios públicos foram recolhidas.
Diante do fato, José do Patrocínio hasteou, na redação do jornal “A Cidade do Rio”, e depois na Câmara Municipal, a bandeira do Clube Republicano “Lopes Trovão”.
Essa bandeira foi adotada pelo novo governo, tendo sido usada por quatro dias e ficou conhecida como Bandeira Provisória da República. Não chegou a ser empregada pelas Forças Armadas, mas apenas foi posta no navio Alagoas que transportou a Família Real para a Europa.
Essa bandeira provisória compõe-se de treze listas horizontais, sete verdes e seis amarelas; no canto superior, um quadrado azul, com vinte e uma estrelas de prata.
A quinta e última Bandeira do Brasil veio com a Proclamação da República.
Na revolução, a esfera substitui o escudo, conservando as cores azul e branca, Cristo e, cortando a esfera na direção da órbita terrestre, uma faixa de cor branca, com os dizeres “ORDEM E PROGRESSO”; os ramos de café e fumo foram eliminados.
A atual Bandeira Brasileira foi adotada pelo decreto nº 4, de 19 de Novembro de 1.889. O projeto de nossa Bandeira foi idealizado por Raimundo Teixeira Mendes, que era um dos chefes a propaganda positivista no Brasil, e contou Pereira Dias, catedrático de Astronomia da Escola Politécnica, deu às estrelas a projeção desejada. O desenho foi executado pelo pintor Décio Vilares.
O lema “ORDEM E PROGRESSO” deve-se a Benjamin Constant que sugeriu a Raimundo Teixeira Mendes, sendo que a expressão foi extraída da legenda positivista: “O AMOR POR PRINCÍPIO, A ORDEM POR BASE, O PROGRESSO POR FIM”.
As estrelas foram inspiradas nas que, realmente, brilhavam no céu do Brasil, na histórica madrugada de 15 de Novembro de 1.889, e são: “Espiga”, “Procium”, “Sirius”, “Canopus”, “Delta”, “Gama”, “Epsilom”, “Beta”, “Alfa” e “Antares”, dentre outras.
É o seguinte o teor do Decreto nº 4, de 19 de Novembro de 1.889:
“O Governo Provisório da República dos Estados Unidos do Brasil, considerando que as cores da antiga bandeira recordam as lutas e as vitórias gloriosas do exército e da armada na defesa da Pátria; Considerando, pois, que nossas cores, independentemente da forma de governo simbolizam a perpetuidade e a integridade da Pátria entre as nações; DECRETA: a Bandeira adotada pela República mantém a tradição das antigas cores nacionais, verde-amarelo, do seguinte modo: um losango amarelo em campo verde, tendo no meio a esfera azul-celeste, atravessada por uma zona branca em sentido oblíquo e, descendo da esquerda para a direita com a legenda “ORDEM E PROGRESSO” e ponteada por 21 estrelas, entre as quais as da constelação do Cruzeiro, dispostas na sua situação astronômica quanto à distância e no tamanho relativos representando os 20 Estados da República e o Município Neutro”. Sala das Sessões do Governo Provisório da República dos Estados Unidos do Brasil, 19 de Novembro de 1.889. (ass.) Manuel Deodoro da Fonseca, Aristides da Silva Lobo, Rui Barbosa, Manuel Ferras de Campos Salles, Quinto Bocaiuva, Benjamin Constant, Eduardo Wandenkolk.
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