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domingo, 31 de dezembro de 2023

ATA DA ÚLTIMA SESSÃO DE 2023

Na última semana do mês de dezembro do ano 2023 da E.'.V.'. reuniram-se homens Livres e de Bons Costumes, no Templo chamado Terra, cujas assinaturas estão presentes no coração e consciência de cada um.

Os trabalhos foram abertos e dirigidos pelo GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO, que deixou a critério de cada um ocupar o cargo que sua consciência designasse. Por unanimidade, todos abriram mão de cargos.

A B∴de PProp∴ e IInf∴ fez seu giro, recolhendo apenas votos de Paz, Saúde, Gratidão e Felicidade.

A Ord∴ do Dia versou sobre paz, amor, harmonia e tolerância entre os povos deste planeta.

Na Instr∴ o G∴A∴D∴U∴ falou sobre o Livro da Lei, fazendo um apelo especial para que praticássemos os princípios de Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

Na B∴ para o Tr∴ de Sol∴ foram depositados todos os esforços para um mundo mais J∴ e Perf∴

Na Pal∴ a bem da Ord∴ em Geral e do Q∴ em Part∴ usaram da Pal∴ todos os IIr∴ presentes que, em uníssono pensamento, solicitaram ao G∴A∴D∴U∴ que incutisse no coração de cada homem a prática da famosa frase “Paz na Terra aos homens de boa vontade”, proporcionando-nos um Ano Novo cheio de realizações.

Os trabalhos sendo considerados JJ∴ e PP∴ foram encerrados, retirando-se cada um dos IIr∴ com as energias renovadas e conscientes de seu papel como Construtor Social e não um mero homem vestido de avental.

O SECRETÁRIO

Fonte: Facebook_Pedreiros Livres

LOJA EM PENUMBRA DURANTE A COLETA

Em 17.08.2023 o Respeitável Irmão Fabiano Penforte Cestari, Loja União Humanitária Central, REAA, GOB, Oriente de Estrela do Sul, Estado de Minas Gerais, apresenta a dúvida seguinte:

LOJA EM PENUMBRA

Segue minha Dúvida. Pelas Lojas do Grande Oriente do Brasil, na hora do saco de Proposta e Informação e de Beneficência, não se apagam as luzes laterais do Norte e do Sul; No nosso Ritual não achei menção que proibisse tal feito; Gostaria de saber onde prevê tal proibição, pois na hora em que o saco de beneficência circula na loja e momento de reflexão e caridade em doar aquilo que desejamos ajudar e ser ajudado; No ritual fala "Nos trabalhos litúrgicos, em qualquer Sessão é proibida a inclusão de cerimônias, palavras, expressões, atos, procedimentos ou permissões que aqui não constem ou não estejam previstos.

Verificando o ritual dentre outras Leis não achei nenhuma menção sobre se pode fazer ou não; Diante desta dúvida peço que me esclareça se posso efetuar tal procedimento.

CONSIDERAÇÕES:

Veja, pelo simples fato dessa prática não estar prevista no ritual em vigência e nem no SOR - Sistema de Orientação Ritualística oficial do GOB (Decreto 1784/2019), já é suficiente para se entender que ela não existe na liturgia do rito em questão.

Também seria improcedente que escrevêssemos no ritual aprovado tudo aquilo que não se pode fazer. Ora, o que não estiver previsto, simplesmente não se pratica.

Vale mencionar que originariamente o REAA não contempla procedimentos desse tipo, sobretudo no coletivo, onde não devemos impor convicções particulares, pois elas são de caráter particular.

Assim sendo, não existe nenhum momento de meditação nem de reflexão por ocasião do giro das bolsas, até porque, como já comentado, nem mesmo elas estão previstas.

Em resumo, não há o apagar de luzes para deixar o ambiente em penumbra durante o giro das bolsas.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

O OBREIRO E O GRANDE OFICIAL

Rui Bandeira
Sempre que um obreiro de uma Loja é eleito ou designado Grande Oficial é uma satisfação para essa sua Loja e os que a integram. Para além do mais, é um reconhecimento do valor do obreiro e esse resulta também do trabalho da Loja. Mas, assim sendo, devem ambos, obreiro e Loja, estar cientes que esta situação implica a necessidade de alguns ajustamentos, seja em termos de disponibilidade do obreiro em relação à Loja, seja sobretudo em termos de relacionamento entre o novel Grande Oficial e os demais elementos da sua Loja.

Quanto às consequências para a disponibilidade do obreiro em relação à sua Loja, dependem as mesmas do tipo de ofício que o Grande Oficial vai desempenhar. Haverá poucos constrangimentos se se tratar de um ofício com atividade essencialmente ritual e exercida em sessões de Grande Loja. Nesse caso, o obreiro poderá manter a sua disponibilidade praticamente total para a sua Loja, pois apenas estará impedido no decurso das sessões rituais de Grande Loja e terá só que compatibilizar as suas tarefas em Loja com o estudo e preparação da sua intervenção ou atuação enquanto Grande Oficial. Já se o ofício na Grande Loja for de natureza administrativa ou implicar alguma dedicação de tempo, inevitavelmente que a participação e colaboração na Loja do Grande Oficial que assumiu esse tipo de responsabilidade se ressentirá.

Esta necessidade de afetação de tempo ao cumprimento de ofício de Grande Oficial deve sempre estar presente no espírito do obreiro, de modo a que este salvaguarde o justo equilíbrio entre a sua disponibilidade e o cumprimento das suas obrigações e o seu desempenho, quer perante a Grande Loja, quer perante a Loja. Tocar demasiados instrumentos em simultâneo faz com que nenhum seja executado com a devida qualidade... Assim, o obreiro deve estar sempre consciente das limitações decorrentes do exercício de ofício em Grande Loja em relação à sua Loja e necessita de utilizar, mais frequentemente do que desejaria, a palavra "não". Não aceitar tarefas que, por colidirem com o ofício em Grande Loja ou com o tempo que precisa de lhe dedicar, não poderá vir a cumprir com qualidade e eficiência é imposição de bom senso. Por sua vez, a Loja e os seus responsáveis deverão ter sempre presente a limitação que impenda sobre o obreiro, resistindo à tentação de o procurar convencer a "dar um jeitinho". Quer se queira, quer não, a qualidade, o acerto ou a eficiência na execução da tarefa será sempre afetada. Ou então fica afetado o cabal desempenho ds obrigações enquanto Grande Oficial... Pode a acumulação insensata eventualmente ser suportada, sem grande problema, durante algum tempo, com esforço acrescido do obreiro Grande Oficial. Mas, para além da injustiça que constitui a sobrecarga infligida ao obreiro, sempre se aumenta o risco de, mais tarde ou mais cedo, ele vir a falhar em algo que não falharia, não fosse essa sobrecarga.

No entanto, por muito importante que seja - e é! - a consideração da disponibilidade, a questão essencial respeita ao relacionamento entre a Loja e o seu obreiro Grande Oficial. Isto de ser Grande Oficial tem agarradas algumas implicações que propiciam desvios do correto relacionamento entre a Loja e o seu obreiro Grande Oficial. Afinal todos somos humanos e nenhum de nós é perfeito... O Grande Oficial usa um avental todo bonito, todo cheio de arrebiques e dourados (e também carote, diga-se em abono da verdade...). O Grande Oficial tem direito a tomar lugar no Oriente, ladeando o Venerável Mestre e, quando presente, o próprio Grão-Mestre. O Grande Oficial, naturalmente, é credor da cortesia de saudação específica. Tudo isso propicia a sensação de "importância", de "poder", de "autoridade", de diferença entre o Grande Oficial e os demais obreiros da Loja. Pode propiciar tudo isso, mas a Loja ou o Grande Oficial que porventura caírem numa dessas armadilhas estão a precisar de uma reciclagem sobre o seu entendimento do que é a Maçonaria e do que é ser maçom!

A este respeito e para evitar dissabores e erros, é importante que a Loja e o Grande Oficial tenham sempre presentes dois princípios, que, sendo-o, por natureza são inegociáveis: (1) ser Oficial da Loja ou ser Grande Oficial, não é uma honra, é um serviço; (2) todos os maçons, desde o mais recente Aprendiz ao Grão-Mestre, passando por todos os obreiros que, com discrição, procuram cada dia ser um pouco melhores do que eram na véspera, são essencialmente iguais.

Ser Oficial de Loja ou ser Grande Oficial não é uma honra, não é um privilégio, não é um título. Ser Oficia de Loja ou ser Grande Oficial é, simplesmente, assegurar um ofício, uma tarefa. O Oficial de Loja não é comparável ao Capitão ou Major de uma Companhia ou Batalhão, Ser Grande Oficial não tem, em bom rigor, nada a ver com ser General de um Exército. O termo "Oficial" não tem nada a ver com nomenclatura militar. Em Maçonaria, Oficial é o que assegura um ofício, o que cumpre uma tarefa. Tão só!

Em Loja, todos, rigorosamente todos, são essencialmente iguais e como iguais são e só podem ser tratados. Eventuais deferências são devidas à função, não ao que a exerce. O Grande Oficial não tem nem mais um pingo de importância por o ser. É exatamente como era até ao momento em que começou a exercer o ofício e como será depois de o deixar de exercer. Não tem assim importância acrescida em relação aos demais obreiros. Continua a ser mais um entre todos e é assim que deve ser e que se deve sentir confortável. A sua palavra tem o mesmo peso que tinha antes de ser Grande Oficial, tem a mesma importância do que a de qualquer outro Mestre da Loja.

O obreiro pode ser Grande Oficial. Mas na sua Loja é apenas - e tanto é! - mais um igual entre iguais. Na sua Loja, o Grande Oficial pode usar um avental todo apinocado, pode sentar-se no Oriente, pode tudo isso. Mas continua a ser, a dever comportar-se e a ser tratado da única forma que faz sentido sê-lo na sua Loja: como um Irmão, mais um do grupo, mais um entre todos. E muito isso é! E sobretudo é o que interessa!

O obreiro pode ser Grande Oficial. Mas, antes de tudo, acima de tudo, mais importante do que tudo, continua a ser um obreiro da sua Loja.

Fonte: http://a-partir-pedra.blogspot.com.br

sábado, 30 de dezembro de 2023

LOJA EM DESCANSO NO REAA?

(republicação)
Em 07/03/2018 o Respeitável Irmão Walmon Rodrigo de A. Cavalcante, Venerável Mestre da Loja Tiradentes, 2599, REAA, GOB, Oriente de Macapá, Estado do Amapá, solicita esclarecimentos.

LOJA EM DESCANSO

Gostaria da ajuda do Irmão em assunto sobre colocar a Loja em descanso para entrada de profanos. Nosso rito é o REAA do GOB e não há no ritual previsão para esse procedimento, mas caso seja feito o Orador vai ao Livro da Lei e o fecha e o Mestre de Cerimônias fecha o Painel? Somente depois podem entrar profanos? E na sequência processo inverso para retornar aos trabalhos?

Moro em Macapá e em Curitiba, aqui no bairro do Uberaba e estamos com essa dúvida na nossa Loja.

CONSIDERAÇÕES:

Pois é, segundo o RGF, Capítulo X - Artº 108, no Grande Oriente do Brasil estão previstas Sessões Magnas com a presença exclusiva de maçons e outras do gênero com a também presença de não maçons. 

De modo geral existem as Sessões Magnas Públicas. Nelas, não oficialmente, recomenda-se que sejam abertas ritualisticamente (cobertas) e que os convidados não maçons somente ingressem num determinado momento e após ter o Venerável Mestre recomendado que SS∴, TT∴ e PP∴ fiquem a partir dali temporariamente abolidos enquanto se fizerem presentes pessoas não iniciadas.

Faço aqui um parêntese para explicar que prefiro não utilizar o substantivo “profano”, que nada tem a ver com o verbo “profanar”, para que se evitem conclusões precipitadas como fosse algo relacionado ao preconceito, ou mesmo que se desse à ação de conspurcar. Profano nesse caso advém do latim pro = antes; fanum = templo; o que em linhas gerais possui o significado de “antes do templo” e, por extensão a forma figurada “daquele que não é iniciado”.

Retomando o raciocínio, concluída a solenidade na sessão, os “não iniciados” são então convidados a se retirar para que a Loja possa ser coberta e encerrada ritualisticamente.

A propósito, essa tal de “Loja em descanso” não é prática do REAA. Em síntese, ela não existe e nem mesmo esta prevista no ritual. Assim, ou é uma sessão coberta (vedada a não maçons), ou é uma sessão pública que prevê a presença de não iniciados num determinado período.

Loja em descanso é prática prevista principalmente nos trabalhos maçônicos de origem inglesa, o que não é o caso do Rito Escocês Antigo e Aceito que é um rito filho espiritual da França.

Por fim, em uma Sessão Magna Pública, após a sua abertura ritualística que é feita exclusivamente por maçons regulares, quando então ingressam os convidados não iniciados, não há necessidade alguma de se fechar o Livro da Lei, cobrir o Painel, ou outras “firulas” do gênero. Entenda-se que nada disso é capaz de revelar segredos maçônicos, já que verdadeiramente os nossos segredos estão nos SS∴, nos TT∴ e nas PP∴ e isso não é revelado sob qualquer hipótese se estiverem presentes convidados não maçons. Segredos somente se revelam aos maçons quando a Loja estiver coberta pelo Cobridor que é o responsável por deixa-la livre de “goteiras”. 

P.S. – Dá-se sempre a preferência por designar essas sessões como “públicas” e não “brancas” como costumeiramente antes eram comuns, já que esse termo “branca” pode ser um prato cheio para os inimigos, detratores e caluniadores da Maçonaria apregoarem a existência nela também de “sessões negras”, associando-a com isso às trevas. É sempre de boa geometria não se dar margem para que os ignorantes de plantão possam se fartar no lixo da incompreensão.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br

A EVOLUÇÃO PELO VOTO NO MEIO MAÇÔNICO

Ir∴ José Aparecido dos Santos
Loja Justiça nr. 2 – Maringá - PR

Votação: A votação é um dos atos mais importantes e transcendentais da Maçonaria e expressa a vontade soberana de seus membros, dado a conhecer livremente, em todas as ocasiões, através do sufrágio. O caráter eminentemente democrático da Maçonaria e do regime representativo por que se governam Lojas e Obediências fazem das votações uma constante manifestação entre os Maçons. As votações se verificam na ocasião das eleições dos Oficiais das Lojas e dos Altos Corpos, na admissão de profanos na Maçonaria e nos Graus, e nas deliberações sobre assuntos nos quais a Loja é chamada a se pronunciar.

Formação de Veneráveis Mestres: Alguns começam o trabalho de dirigente da Loja depois de um aprendizado teórico e outros se iniciam na tarefa sem qualquer estudo específico do cargo.

Não há como se propor ou se dedicar ao estudo das atribuições gerais e específicas do Venerável Mestre, sem antes conceituar e definir com clareza o que ele é. Constitui um corpo especial de dirigente responsável pela Oficina maçônica – é, na expressão mais sagrada do termo, autêntico "Guias da Fraternidade" e como tal precisa estar altamente preparado para exercer com competência e dignidade essa sagrada função. É obrigação do Mestre Maçom estudar para que possa transmitir aos outros o que tenha aprendido. É dever da Loja fornecer ao Aprendiz, ao Companheiro, os meios necessários ao seu pleno desenvolvimento, zelar e se esforçar para transmitir a doutrina maçônica, exigindo pesquisas, trabalhos, preparando-os devidamente para elevações e exaltações.

Além dos seus conhecimentos adquiridos como Mestre Maçom (Ritualística – Liturgia – História da Maçonaria –Filosofia Maçônica etc.), cabe ao Venerável Mestre para bem dirigir uma Loja Maçônica, aprender muito mais.

Lembramos alguns conceitos essenciais e atributos necessários de um Venerável Mestre: Competência, Conhecimento, Energia, Experiência, Humanidade, Tolerância, Resignação, Ética, Respeito, Justiça, Afabilidade, Fé, Esperança, Caridade e Amor.

Também significa a capacidade de trabalhar com afinco, a despeito da adversidade. O sentido de equilíbrio, como subproduto de autocontrole, é tão importante como a diplomacia. Outra característica de verdadeiro líder é ser sempre justo, honesto e não ter favoritos. A essas qualidades pode-se acrescentar a empatia, a profunda compreensão do outro. Empatia é fundamental em qualquer posição. Isso se aplica ao Venerável de uma Loja com sete obreiros, quanto ao primeiro malhete da maior Potência do Universo.

Não será um bom Venerável Mestre, o obreiro que não tiver condições de reunir toda esta fórmula, e assim, não terá possibilidades de conduzir a sua Loja por destinos gloriosos.

Não se deve, absolutamente, eleger um Irmão para este cargo tão importante, apenas baseado na sua antiguidade ou na sua humildade. O cargo de Venerável, assim como qualquer outro cargo na Oficina, não é prêmio ou compensação; é obrigação de trabalho e produção.

Iniciamos a compilação de algumas informações úteis ao bom desempenho de suas atribuições na direção de uma Loja Maçônica:

Na qualidade de líder, o Venerável Mestre, além do conhecimento da ritualística e da liturgia, deve compreender o comportamento humano, expressar-se bem e com eloqüência.

No seu trabalho, lidará com recurso humano com diversos níveis de cultura, capacidade de trabalho, capacidade de aprendizado e vontade de cooperar.

Logo percebe que as ações não se transformam em realidade significativa através de um trabalho isolado, mas sim, com o envolvimento de outros, com muito trabalho, esforço incessante, firmeza de propósitos, competência, planejamento, e atenção aos detalhes.

Como líder, é o guia, a pessoa que conduz. É alguém responsável pelo seu grupo de Irmãos. Além disso, deve ser um homem experiente e digno de confiança, um ser humano que nunca desistiu diante da pior das tempestades e, principalmente, um entusiasta.

Sem entusiasmo, jamais se alcança um grande objetivo. A maioria das pessoas bem-sucedidas descobriu que o entusiasmo pelo trabalho e pela vida são os ingredientes mais preciosos de qualquer receita para o homem e para os empreendimentos de sucesso. O aspecto mais importante a respeito desse ingrediente é que ele está à disposição de qualquer um – dentro de si mesmo.

A quem é dado o título de Venerável Mestre?

Dado ao dirigente máximo de uma Loja. É originário do século XVII, onde foi usado pelas guildas inglesas (no original; Worshipful (significado: venerável, venerando, digno, respeitável, honrado, respeitador, venerador). Ele atinge este cargo porque se torna o maçom que pode orientar e dirigir com total independência, preso apenas a preceitos e Rituais para tomar suas decisões.

Preparação para o Veneralato: O Venerável Mestre deve ter estudado a ciência maçônica e desempenhado os postos e dignidades inferiores. È necessário que possua um conhecimento profundo do homem e da sociedade, além de um caráter firme, mas razoável. As atribuições e deveres dos Veneráveis são muitos e de várias índoles e acham-se definidos e detalhados com precisão, de acordo com o Rito e a Constituição da Potência de sua jurisdição.

Todos nós precisamos muito de quem nos ensine a viver tendo como norma de conduta os Rituais da Ordem e que, independente da religião de cada um, saiba dar orientação que vai além deste pequeno tempo em que nos mantemos em nossas Oficinas. Mas que não fale apenas, nos mostre. (Em vez de levar a mensagem que seja a mensagem!)

Sabemos que tudo o que recomendamos temos de realizar primeiro em nós. Relembremos Gandhi: ("Façamos em nós as mudanças que cobramos nos outros".)

Se tivéssemos um mínimo de bom senso, saberíamos que a maior tarefa do homem é a sua evolução, o que ninguém consegue combatendo os defeitos alheios, mas os próprios.

O Venerável Mestre é o divulgador da doutrina:

Precisa ter bom senso e investir na busca incessante da mensagem embutida nas palavras, a qual, geralmente, é interpretada ao revés. Para ler a letra basta ser alfabetizado.

Para ler o espírito da letra é preciso ser sábio. Inclusive quando nos referimos aos nossos problemas ou às nossas metas, dizemos que algo é importante para a Loja, quando devíamos afirmar que é importante para nós, porque nós somos a Loja. Quando perdoamos a nós próprios é quando desculpamos as faltas alheias. Quando amamos, é a nós mesmos que amamos, porque, para oferecer afeto e bondade, o homem precisa estar em paz primeiro consigo mesmo.

Sabedoria para governar: Vemos que alguns ao conseguirem posições elevadas, perdem a cabeça e se consideram acima de tudo, dos Irmãos, das leis, donos e fabricantes da verdade. Tornam-se arrogantes, olham de cima para baixo o seu próximo e exigem-lhe submissão, honra e obediência absoluta.

A arrogância por si mesma inclui orgulho, presunção de superioridade. Não foi por nada que o Rei Salomão pediu a Deus sabedoria para governar. A sabedoria é definida como saber regular retamente a própria vida conforme as normas da honestidade e da virtude.

"Grandes são aqueles que se fazem pequenos diante da pequenez dos que se fazem grandes"!

Aprender um pouco de humildade, saber dizer "Obrigado", ter cuidado com os bajuladores, desencorajar a disputa por posições, evitar o espírito de grandeza, ser justo com todos e generoso quando apropriado, arriscar-se mais com a prudência, ser líder inspirador, não tentar servir a dois senhores, acabar com as disputas rapidamente, seguir pelo caminho estreito, preparar-se para os dias difíceis, preparar o seu sucessor, etc.

Creio que se esses princípios fossem conhecidos e praticados, muito sofrimento e prejuízos seriam evitados e os dirigentes seriam mais felizes e tornariam seus governados mais felizes.

E, resumindo, seriam respeitados. Naturalmente o lema ("Liberdade, Igualdade e Fraternidade") de nossa Sublime Instituição, não seria simples utopia positivista vazia.

Muitos, felizmente, uma vez eleitos e empossados se tornam ainda melhores, se caracterizando por serem magnânimos, compreensivos, verdadeiros, tolerantes sem ser permissivo, como bons ritualistas, sabem que o conhecimento dos Rituais não lhes permite mudanças e alterações grosseiras, inventando procedimentos ritualísticos. Estes, por serem verdadeiros líderes, além de sábios, muitas vezes são reeleitos.

Quando se recebe um cargo, seja ele qual for, o melhor que se deve fazer é reconhecer todos os seus atributos e passar a exercê-lo com garra e desprendimento, para valorizá-lo ao máximo, por que cada um é o elo da corrente e se este não funciona o conjunto estará prejudicado. Todo cargo tem sua dignidade, só o seu ocupante o torna nobre ou indigno.

Quando o Venerável é desnecessário: Uma das situações, talvez a mais dolorosa para o Venerável Mestre, é quando ele se conscientiza de que é totalmente desnecessário para a nossa Sublime Instituição: quando decorrido algum tempo de sua instalação e posse, os obreiros já demonstram desinteresse pelas sessões, faltando constantemente; quando não entende que junto com os Vigilantes, deve constituir uma unidade de pensamento; quando constata que sua Loja, recolhe um Tronco de Beneficência insignificante. No caso todos são desnecessários, pois a benemerência é um dever do maçom; quando a Chancelaria não dá importância aos natalícios dos Irmãos, Cunhadas, Sobrinhos, datas de Iniciação, Elevação, Exautação e de comunicados de outras Lojas; quando deixa o caos se abater sobre a Loja, não sendo firme o suficiente para exercer sua autoridade; não tendo uma programação e agenda pré-definida; não cobrando dos auxiliares a consecução das tarefas determinadas, e não se importando com a educação maçônica, que é primordial para o aperfeiçoamento de todos os obreiros.

Sem cometer qualquer equivoco, com base na observação pessoal, podemos afirmar: ("O êxito ou fracasso de uma Loja Maçônica depende exclusivamente do seu Venerável Mestre; nenhuma outra razão, influência ou fator interveniente de ordem interna ou externa pode prevalecer ou prosperar no sentido de enodoar uma administração, prejudicando-a, sem que o administrador dê para isso margem. Se isso acontecer, o ponto fraco é o administrador".) Na hipótese contrária, o êxito resultante também deve ser a ele creditado.

É uma dupla irresponsabilidade a eleição de um Venerável Mestre sem a necessária implementação para o exercício do cargo. Dupla, pois é irresponsável quem desta maneira aceita a incumbência, como também, irresponsável o plenário que o elege.

Fonte: JBNews - Informativo nº 227 - 12.04.2011

sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

DESTINO DO TRONCO DE BENEFICÊNCIA II

(republicação)
Em 02/03/2018 o Irmão Ivanir Ricardo Pes, Companheiro Maçom da Loja Manoel Demétrio, 2.507, REAA∴, GOB-PR, Oriente de Palmeira, Estado do Paraná, formula a seguinte questão:

DESTINO DO TRONCO DE BENEFICÊNCIA

Tenho uma dúvida a respeito do destino dos valores arrecadados no Tronco de Beneficência, qual a sua função específica? Pode ser destinado a Instituições? Pode ser repassada em forma de mensalidade para o Observatório Social?

COMENTÁRIO:

CRIME NA MAÇONARIA

Kennyo Ismail
Todos nós, maçons, sabemos que a Maçonaria tem, como um de seus princípios, o respeito às leis, não apenas maçônicas, mas principalmente aquelas em vigor em um país livre. Inclusive, no Brasil, o respeito à Constituição está na moda, tendo virado até jargão.

Pois bem, a Constituição brasileira, já em seu 5º artigo, XXVII, traz que “aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras”.

Há oito anos venho abordando, em um momento ou outro, o CRIME do plágio, que, infelizmente, continua sendo um problema recorrente no meio maçônico brasileiro. Mas hoje, venho fazer um alerta de outro CRIME relacionado a direito autoral, que está em pleno crescimento em nosso meio.

Está previsto na Lei nº 9.610/98 e no Art. 184 do Código Penal, o CRIME de reprodução e/ou distribuição de obra intelectual, seja em meio impresso ou digital, sem autorização prévia do autor. E esse crime é praticado diariamente, em grupos maçônicos de WhatsApp, em que se compartilha PDFs de livros que não estão em domínio público. Inclusive, pasmem, há grupos dedicados exclusivamente a isso.

A que ponto chegamos?!? Irmão roubando de irmão, com conivência e cumplicidade de outros irmãos! Já não bastasse alguns roubarem a obra intelectual, ao omitir o verdadeiro autor e a apresentar como se fosse sua… agora querem roubar até a baixíssima remuneração do autor e outros profissionais sobre cada livro, impresso ou ebook???

São centenas de horas de trabalho para nascer um livro, entre leitura, pesquisa, escrita e revisão. E outras dezenas de horas de diagramação, ilustração, edição e publicação. Após todo o trabalho do autor, há vários profissionais envolvidos, como ilustrador de capa, revisores, diagramador e, no caso de livro impresso, todos os funcionários da gráfica. E você, se achando o esperto por não precisar pagar menos de 25 reais em um ebook, está, na verdade, roubando de todos eles! Um maçom ladrão!

Somente nos últimos 15 dias, tive ciência de dois casos de plágio e de três casos de pirataria digital (compartilhamento ilegal de livro em PDF), envolvendo obras minhas. Por sorte, os casos de plágio foram retirados do ar, e os infratores que compartilharam o arquivo digital do livro, ao serem alertados, se deletaram os arquivos dos grupos. Contudo, nos casos em que não conseguir resolver com brevidade e fraternidade, informo que os modelos de denúncia maçônica estão prontos para serem usados, não descartando processos na justiça comum, para garantir que nossos direitos e as leis sejam respeitados.

E, se um dia a editora No Esquadro ou a tradicional editora A Trolha vierem a fechar suas portas, saiba que você, o “esperto” que compartilhou ou recebeu um PDF de um de seus livros, foi o culpado por prejudicar, não apenas autores, profissionais e editoras, mas dezenas de milhares de irmãos leitores.

Fonte: https://www.noesquadro.com.br

quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

JANELAS (ABERTURAS) NO PAINEL - REAA

Em 16.08.2023 o Companheiro Maçom Gabriel Monteiro de Araújo, Loja Fraternidade Acadêmica Guarulhos, 3253, REAA, GOB-SP, Oriente de Guarulhos, Estado de São Paulo, apresenta a questão seguinte:

JANELAS NO PAINEL

Com relação às janelas representadas no painel de Companheiros, a dúvida que possuo é que no painel de Companheiro ela está deslocada para o sudeste, com relação ao do Aprendiz que está bem centralizada, gostaria de saber se existe algo que justifique, se existe uma simbologia nessa posição.

CONSIDERAÇÕES:

 Com respeito a sua questão, de fato não existe nada em especial nessa distribuição dos símbolos. Tanto no Painel do Aprendiz como no do Companheiro, as aberturas (janelas) precisam estar distribuídas de tal modo que uma fique na banda oriental, outra na banda Sul e a outra na banda ocidental. Não carece que a abertura do Sul (meio-dia) esteja equidistante da do Oriente e da do Ocidente. Ela precisa de fato é estar deslocada para a região Sul.

Essa alegoria, no REAA - um rito nascido no Hemisfério Norte – menciona que na mecânica celeste, sob o ponto de vista do Norte para o Sul, o deslocamento aparente do Sol na sua eclíptica passa pelo Sul, ou seja, por onde ele atinge a sua declinação máxima nas regiões meridionais.

Isso posto, as três janelas (aberturas) presentes nos Painéis de Aprendiz e Companheiro representam a marcha diária aparente do Sol (aurora, meio-dia e ocaso). As aberturas ficam na banda Sul dos painéis porque o ponto de vista é do Norte para o Sul, com isso o deslocamento do Sol parece ocorrer por sobre a banda meridional da Terra.

Graças a essa alegoria astronômica, herdada dos cultos solares da antiguidade, geralmente construídos por civilizações nativas do hemisfério Norte, é que o Sul também ficou conhecido como “meio-dia”, por ser uma região aparentemente mais iluminada.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

RITO SCHRÖDER: GRAUS, AVENTAIS, JÓIAS E CARGOS

Autor: Guilherme Cândido

OS GRAUS

O Rito Schröder trabalha única e exclusivamente nos três Graus Simbólicos, não existindo Graus Filosóficos (ou Altos Graus), nem mesmo Cerimônia específica para Instalação do Venerável Mestre ou ainda o título Mestre Instalado. As Lojas praticantes deste Rito adotam a Cerimônia de Instalação sugerida pela Obediência a qual são subordinadas e os Mestres que já foram ou são Veneráveis Mestres são chamados simplesmente de Mestres portadores de Esquadro. Portanto os Graus do Rito Schröder são apenas:
  • Grau 1: Aprendiz Maçom (Lehrlinggrades);
  • Grau 2: Companheiro Maçom (Gesellengrades) e
  • Grau 3: Mestre Maçom (Meistergrades).
No Rito se é: INICIADO Aprendiz Maçom, PROMOVIDO a Companheiro Maçom e ELEVADO a Mestre Maçom.

OS AVENTAIS

Aprendiz Maçom

Companheiro Maçom


Mestre Maçom

OS CARGOS, AS JOIAS E AS FUNÇÕES

No Rito Schröder tem-se 11 cargos e são eles:


Venerável Mestre (Ehrwürdiger Meister): Presidente da Loja e sua joia é um esquadro;


1° Vigilante (1° Aufseher): Primeiro Vice-Presidente da Loja e sua joia é um nível;


2° Vigilante (2° Aufseher): Segundo Vice-Presidente da Loja e sua joia é um prumo;


Secretário (Sekretär): Cuida dos registros da Loja e sua joia são duas penas cruzadas sobre uma corrente que forma um triângulo;


Tesoureiro (Schatzmeister): Cuida das finanças da Loja e sua joia são duas chaves cruzadas sobre uma corrente que forma um triângulo;


1° Diácono (1° Schaffner): Coordena o cortejo e auxilia na abertura e encerramento dos trabalhos e sua joia são dois bastões cruzados sobre uma corrente que forma um triângulo;


2° Diácono (2° Schaffner): Auxilia na abertura e encerramento dos trabalhos, circula o Tronco de Solidariedade e conduz o candidato na Cerimônia de Iniciação e sua joia são dois bastões cruzados sobre uma corrente que forma um triângulo;


Guarda do Templo (Wachhabende ou Türhüter): Cuida da cobertura da Loja e sua joia é uma trolha sobre uma corrente que forma um triângulo;


Mestre de Harmonia (Musiker): Cuida da harmonia musical e luminosa da Loja e sua joia é uma lira sobre uma corrente que forma um triângulo;


Preparador (Vorbereitende): Somente é utilizado nas Cerimônias de Iniciação, Promoção e Elevação para preparar os candidatos e conduzi-los à Loja e sua joia é um livro fechado sobre uma corrente que forma um triângulo;


Orador (Redner): Somente é utilizado quando o Venerável Mestre achar conveniente para proferir alguma palestra ou algo relacionado a oratória. Não tem relação alguma com as Leis, pois o guarda da lei no Rito Schröder é o próprio Venerável Mestre e sua jóia é um livro aberto sobre uma corrente que forma um triângulo.

Fonte: https://pavimentomosaico.wordpress.com

quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

MESTRE DE CERIMÔNIAS - POSTURA COM O BASTÃO. ANDANDO E PARADO

Em 14.08.2023 o Respeitável Irmão Esdron Guimarães, Loja Alferes Tiradentes, 1680, REAA, GOB-ES, Oriente de Vila Velha, Estado do Espírito Santo, apresenta a dúvida seguinte:

POSTURA COM O BASTÃO E ORDEM DE ABORDAGEM

Gostaria que o irmão me tirasse essas duas dúvidas:

1) No grau de Mestre, nos graus 02 e 03 na abertura do Livro da Lei, o irmão Mestre de Cerimônias põe seu bastão repousado no solo;

2) Por que por ocasião da coleta do Tronco de Beneficência, o irmão Tesoureiro não consta, como prioridade, nessa coleta, figurando, Ven, 1 e 2 vigilante, Orador, Secretário e Cobridor Interno etc, sendo ele eleito como os demais.

CONSIDERAÇÕES:

Não só nos graus 2 e 3, mas nos 3 graus (Aprendiz, Companheiro e Mestre), o Mestre de Cerimônias, estando em pé e parado portando o bastão, deve manter o mesmo apoiado no chão. Já, em deslocamento o titular o levanta aproximadamente 15 cm do piso para que a sua base não arraste no chão. Essa é apenas uma postura prática e de normatização, portanto nada há de iniciático ou emblemático nesse procedimento. A vista disso, o M∴ de CCer∴ deve sempre empunhar o bastão com a mão direita pela sua porção mediana, tendo o respectivo braço e cotovelo encostados no lado direito do tronco. Nessa condição, o titular conserva o objeto na vertical com o antebraço voltado para frente.

Estando o titular parado, o bastão fica apoiado no chão. Em deslocamento deve levantá-lo um pouco para que o mesmo não arraste no chão. Reitero, isso é apenas uma questão de lógica, portanto nada há de iniciático. Místico ou oculto em se apoiar ou não o bastão no chão.

No tocante ao giro para coleta do Tronco, conforme prevê o SOR, a ordem de abordagem é: primeiro as Luzes da Loja (Venerável, 1º e 2º Vigilantes respectivamente), em seguida o Orador, o Secretário, e o Cobridor Interno. Esses são no REAA os seis primeiros cargos que, somados ao M∴ de CCer∴perfazem o número mínimo de sete Mestres necessários para se abrir a Loja.

Quanto aos cargos de Tesoureiro e Chanceler, os mesmos são cargos eletivos e não fazem parte dos seis primeiros cargos consagrados que devem ser abordados durante o giro no Rito em questão.

No caso do Tronco, segundo o ritual em vigência, o Tesoureiro é quem confere e recebe o produto da coleta, creditando-o em seguida à Hospitalaria da Loja. Isso, por sua vez, nada tem a ver com a ordem de abordagem que ocorre no giro.

Dúvidas nesse sentido, consulte também o SOR, Sistema de Orientação Ritualística, que é o mecanismo oficial de orientação ritualística do GOB, então criado pelo Decreto 1784/2019 para ser aplicado sobre os rituais em vigência. O SOR se encontra hospedado na página oficial do GOB e foi publicado no Boletim nº 31 de outubro de 2019.

Em meados 2024 novos rituais serão editados e contemplarão todas as orientações e correções previstas no SOR.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

PÍLULAS MAÇÔNICAS

nº 27 - A Letra "G"

Muitas das informações abaixo relatadas foram tiradas da Coil's Masonic Encyclopedia.

A letra “G” é um símbolo bem conhecido na Francomaçonaria, apesar de não ser muito antigo. A época em que foi adotado é desconhecida, mas, provavelmente, não foi muito antes do meio do século XVIII.

Não derivou das Constituições Góticas nem das Old Charges ou de qualquer outro manuscrito do tempo dos Maçons Operativos. Não foi mencionada em nenhum ritual antigo, anterior ao de Samuel Prichard – A Maçonaria Dissecada – de 1730. Assim mesmo, nesse último, o seu significado não estava totalmente desenvolvido. Esse foi o primeiro Ritual exposto que dividia os trabalhos da Maçonaria em três Graus: Aprendiz, Companheiro e Mestre.

É surpreendente que somente depois de 1850, aproximadamente, que a letra “G” começou aparecer no meio do Compasso e do Esquadro entrelaçados, como se vê hoje em dia em distintivos de lapela ou emblemas. E é suposto que tenha sido originado por projeto de algum criativo joalheiro e não por ação de alguma autoridade Maçônica.

Anteriormente a essa data, sempre eram vistos a letra “G” num lugar e o Compasso e Esquadro em outro. Se refletirmos um pouco sobre esse “ajuntamento”, algo nos alertará que isso é uma incongruência, pois o lugar da letra “G” é suspensa, acima do 2º Vigilante (REAA) no Ocidente e o Compasso e o Esquadro estão sempre no Oriente. Além de que, os últimos mencionados são “Grandes Luzes” e a letra “G” não é.
Percebe-se que o significado do símbolo não é esotérico, pois o mesmo é exposto em lugares público nos Templos, fazendo parte da decoração dos mesmos.

Alguns pesquisadores acham que a letra “G”, nos locais onde a língua é de origem inglesa ou mesmo grega, simboliza Deus (God). Creio que o mesmo não se aplica em locais onde a língua é de origem latina.

Mackey em sua “Enciclopédia” nos esclarece o que segue:

“Não há dúvidas que a letra G é um símbolo moderno, não pertencendo a nenhum antigo sistema de origem inglesa. É, de fato, uma corruptela de um antigo símbolo Cabalístico Hebreu, a letra “yod”, pela qual o sagrado nome de Deus – na verdade o mais sagrado nome, o Tetragramaton – é expresso. Esta letra “yod” é a letra inicial da palavra “Jehovah” , e é constantemente encontrada entre os escritos Hebreus, como a abreviação ou símbolo do mais santo nome, o qual, sem a menor dúvida, não pode nunca ser escrito por inteiro.
Primeiramente adotada pelo Cerimonial Inglês e, sem mudanças, foi transferida para a Maçonaria do Continente e pode ser achada como símbolo nos Sistemas Maçônicos da Alemanha, França, Espanha, Itália, Portugal, e em todos os outros paises onde a Maçonaria foi introduzida.”

Muitas vezes nos vem em mente a pergunta: por que a letra “G” só aparece no Segundo Grau?

A resposta é relativamente simples. É aceitação geral que o significado da letra “G” é “Geometria”. O Segundo Grau, de Companheiro, relaciona-se com os mistérios da Natureza e da Ciência, sendo aí o lugar correto para a Geometria.

E a título de informação, sabe-se que o Segundo Grau foi consideravelmente modificado entre 1730 e 1813 para trazer mais harmonia entre o Primeiro e o Terceiro Grau.

Fonte: pilulasmaconicas.blogspot.com

POEMA DO TROLHAMENTO


Sois membro de uma Irmandade?

Como tal, eu tenho sido.

Com toda sinceridade,

Amado e reconhecido.


Dondes vindes afinal?

Meu lar tem nome de um Santo,

Do justo é casa ideal

E perfeito o meu recanto.


Que trazeis meu caro amigo?

A mais perfeita amizade,

Aos que se encontram comigo,

Trago paz, prosperidade.


Trazeis, também, algo mais?

Do dono da minha casa,

Três abraços fraternais

Calorosos como brasa.


Que se faz em vossa terra?

Para o bem, templo colosso;

Para o mal, nós temos guerra;

Para o vício, calabouço.


Que vindes então fazer?

Sendo pedra embrutecida,

Venho estudar, aprender,

Progredir, mudar de vida.


Que quereis de nós, varão?

Um lugar neste recinto,

Pois trago no coração

O amor que por vós sinto.


Sentai-vos querido Irmão,

Nesta augusta casa nossa

E sabeis que esta mansão

Também é morada vossa.

Poema de autoria Saly Mamede


Fonte: http://masonic.com.br

terça-feira, 26 de dezembro de 2023

SUSPENSÃO DO TEMPO DE ESTUDOS

(republicação)
Questão apresentada pelo Respeitável Irmão Waldyr Brandão, Loja Sol e Liberdade, 2 .889, GOB, REAA, Oriente de Tupã, Estado de São Paulo.
waldyrbrandao@ig.com.br 

Estimado Irmão: Assinante da "A TROLHA" acompanho na medida do possível, todas as consultas. Tenho uma dúvida: É comum a suspensão do momento do "Tempo de Estudos" em Lojas (GOB-REAA). Na Revista "A Trolha", n.º 184, pág. 33 tem um artigo excelente sobre o tema, mas não esclarece sobre a obrigatoriedade deste momento. Diz o artigo mencionado que o tempo de estudo é "... proposto...". Entendo que se o item está no ritual as Lojas deveriam seguir à risca, sem suprimir ou substituir pelo assunto da Ordem do Dia (ex. quando tem trabalho de irmão para elevação /exaltação), inclusive com o tema do Tempo de Estudos ser apresentado pelo Venerável Mestre e eventualmente indicado um outro irmão para apresentar uma peça, como manda o ritual. Todavia, a "regra geral" tem sido um irmão (geralmente o mesmo de sempre) levar um tema e pedir para apresentar ficando a condução do Tempo pelo Venerável Mestre, como uma exceção. Pergunto: Pode ou não ser suprimido o Tempo de Estudo? 

CONSIDERAÇÕES:

O Tempo de Estudos incluído nos rituais tem o objetivo de obrigar às Lojas a ministrar instruções de acordo com o Grau. Peças de Arquitetura apresentadas na Ordem do Dia são somente àquelas que objetivam o aumento de salário e, por conseguinte merecem votação. Outros estudos de interesse da Ordem, além das instruções contidas nos rituais têm o período específico e programadas para esse espaço previsto (Tempo de Estudos). 

Essa “estória” de Irmãos ficarem apresentando trabalhos na Ordem do Dia que não sejam aquelas previstas conforme especificado acima não fazem sentido algum, já que Ordem do Dia é prevista para assuntos que deles mereçam votação. 

Pior ainda é o tal do “pelo adiantado da hora, vamos suspender o período de instrução”. Se o período está previsto no Ritual em vigência, ele deve ser rigorosamente cumprido, cabendo ao Orador fiscalizar a sua realização. 

Também não existe a alegação de que a Ordem do Dia já tenha sido uma instrução para se suprimir o tempo de estudos. Ordem do Dia é Ordem do Dia e Período de Instrução é Período de Instrução.

Quanto a quem faz uso do período instrutivo há que se observarem as instruções oficiais ministradas conforme o Grau pelos Vigilantes e outras programadas pelo Venerável, pelo Orador ou ainda por um Irmão previamente designado dando oportunidade à apresentação de temas relevantes sobre ritualística, cultura, história, filosofia, etc., mas de interesse maçônico – página 72 e seguinte do Ritual de Aprendiz em vigor. 

Ratificando: o que está escrito no Ritual é para ser rigorosamente cumprido – página 12, segundo parágrafo do Ritual de Aprendiz em vigência. 

T.F.A. 
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr.1019, Florianópolis (SC) – terça-feira, 18 de junho de 2013.

I.N.R.I.

Ir∴ Sérgio Quirino Guimarães
Com certeza os Irmãos associaram este meu lema com a doutrina cristã, afinal quem nunca viu um crucifixo com esta legenda sobre o Cristo. Segundo o Livro de João, capítulo19, versículos 19 e 20, consta que Pilatos mandou colocar uma placa sobre a cruz com os dizeres: “Iesus Nazarenus Rex Iudaeorum” (Jesus de Nazaré Rei dos Judeus).

Sou cristão, mas não é neste aspecto que me calço, portanto o “meu lema” não é uma reverência religiosa, mas o I.N.R.I. também é um acrônimo que envolve os Jesuítas e os nossos Irmãos Rosa-Cruzes.

Alguns fanáticos jesuítas em Londres por volta do ano de 1674 invadiam as assembléias dos rosa-cruzes causando grandes alvoroços e bradavam “Iusum Necare Reges Impios” (é) justo matar os reis ímpios), era uma forma de agredir o Rei da Inglaterra Carlos II que permitia as reuniões Rosa-Cruzes. Os partidários do Rei, por sua vez contra-atacaram, expulsaram os jesuítas e instituíram um novo I.N.R.I. = “Iustitia Nunc Regent Imperia” (a justiça regerá as nações). 

Apesar de realmente acreditar que deve ser a justiça e não a politicagem que deve reger as nações, meu I.N.R.I. tem outra conotação. 

Imagino que nessa altura do artigo o Irmão deve estar pensando o que tem haver estas quatro letras com o estudo maçônico. Vejamos mais uma possibilidade dessa sigla: “Igne Natura Renovatur Integra” (a natureza se renova pelo fogo), reflita sobre o sentido exato da palavra "renovar" e associe "fogo" com calor e luz, se você é realmente maçom e ainda não viu nada sobre esta expressão, deve continuar seus estudos, pois em determinado grau isto pode ser útil. 

Para aqueles que gostam de alquimia e conhecem um pouco de hebraico o I.N.R.I. pode ser interpretado como a junção dos quatro elementos: Iam (água), Nour (fogo), Ruach (ar) e Iabeshah (terra), lógico que é preciso muito mais que um simples artigo dominical para explicar este conhecimento. 

Em fim devo explicar porque sempre mentalizo meu I.N.R.I. maçônico, vou transcrever o que está escrito na página 107 de um excelente livro: “... atribuído aos iluministas franceses, associado, sobretudo, a Voltaire. Voltaire tinha uma crença inabalável no triunfo do esclarecimento e da razão humana. O objetivo era estabelecer uma base moral, religiosa e política, coerente com a razão. Acreditava que, o pré-requisito para uma sociedade melhor era vencer a ignorância. O grande público precisa ser esclarecido. Segundo os iluministas, a carência e a opressão tinham, como causas, a superstição e a ignorância. Portanto, a educação se tornou, para eles, uma preocupação central. É bem característico que a publicação mais importante do Iluminismo tenha sido uma enciclopédia." E é isto que eu acredito e por isto que desenvolvo este trabalho semanal, com incansável esforço repelimos a ignorância = Indefesso Nisu Repellamus Ignorantiam.

ATENÇÃO; tudo o que escrevi acima aprendi com o Irmão Walter Celso de Lima lá de Santa Catarina (GOB-SC), é um poderoso Irmão membro da Quatuor Coronati Research Lodge 2076, Londres. O conteúdo desse artigo foi todo baseado em seu livro “Fragmentos do Esquadro, do Compasso e da Cultura”, só que o que escrevi é muito pouco em relação ao estudo que o Irmão fez. O livro ainda não esta nas livrarias, acabou de ser editado, mas o Irmão Lima tem alguns exemplares e sei que seu maior interesse é o motivar os Irmãos ao estudo e não a parte financeira, portanto por um valor de R$ 20,00 você receberá o livro em casa. Verifique com ele pelo e-mail 099lima@gmail.com e tenha uma ótima leitura.

Fonte: JBNews - Informativo nº 226 - 11.04.2011

segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

ESQUADRIA EM TODOS OS SINAIS

(republicação)
Em 01/03/2018 o Respeitável Irmão Anderson Bolcato, Loja Deus e Caridade 07, 0954, REAA, GOB-MG, Oriente de Lavras, Estado de Minas Gerais, formula a seguinte pergunta:

ESQUADRIA EM TODOS OS SINAIS

Eu tenho a seguinte dúvida: Os Sinais Cord∴ e Ventr∴ também devem ser executados com os PP∴ em Esq∴? Caso a resposta seja não, por qual motivo?

CONSIDERAÇÕES:\

Sem dúvida alguma todos os Sinais do Grau devem ser executados com a(s) mão(s) estando o protagonista com os seus pp∴ em esq∴.

Embora muitos rituais de alguns graus nem mencionem esse importante detalhe, não se faz o Sinal do Grau (Sinal de Ordem) sem se estar à Ordem. 

Na realidade isso é tão evidente e necessário que nem mesmo precisaria estar escrito – é o caso do óbvio e do ululante.

Ninguém compõe o Sinal sentado, portanto ele só é feito com a(s) mão(s) e com o obreiro em pé e parado. Para tal sabe-se que quem assim estiver posicionado numa Loja aberta, fica à Ordem. Salvo na Marcha do Grau, ninguém anda com o Sinal composto.

A postura corporal de se estar à Ordem compreende em se manter o corpo ereto (prumo), tendo os pp∴ uu∴ pelos cc∴ formando com eles uma esq∴. A partir dessa postura corporal é que se compõe o Sinal do Grau. 

Do Sinal do Grau (de Ordem) resulta o Sinal Penal. Assim, o Sinal do Grau (de Ordem) só pode ser desfeito pelo Sinal Penal.

Estar à Ordem significa estar pronto e preparado para o ofício – em Maçonaria é pelo Esquadro, pelo Nível e pelo Prumo. Porquanto é inadmissível que alguém fique à Ordem, em qualquer Grau, sem primeiro estar com os pp∴ a esq∴. Obviamente que pela naturalidade dessa ação litúrgica, ela não carece de estar irremediavelmente escrita. Pelo menos é o que se espera.

É oportuno ainda esclarecer que na Maçonaria latina o Sinal do Grau acabou recebendo o rótulo de Sinal de Ordem, o que se explica porque esse Sinal somente é composto se alguém estiver à Ordem.

Concluindo e ratificando, Aprendizes, Companheiros e Mestres compõem e fazem os seus respectivos Sinais estando à Ordem (corpo ereto e pp∴ uu∴ pelos cc∴ em esq∴). É regra: só existe Sinal do Grau (de Ordem) quando se estiver à Ordem. Ainda: em qualquer situação, o Sinal Penal sempre advirá de um Sinal do Grau (de Ordem), portanto, não se desfaz o Sinal do Grau “diretamente” sem completa-lo pela pena simbólica. 

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br

O NATAL E SEU SIGNIFICADO

(republicação)
“Se Cristo nascesse mil vezes em Belém, se não nascer dentro de ti, tua alma ficará perdida. Em vão olharás a Cruz do Gólgota. A menos que dentro de ti, ela seja novamente erguida”.

Solstícios – O vocábulo “solstício”, composta de sol e stara, significando encontrar-se o Sol parado.

O Sol para, aparentemente, em duas ocasiões no ano, a cada transladação em torno da terra; isso acontece nos pontos solsticiais de Câncer e de Capricórnio. Forma as eclípticas, ou seja, as posições mais afastadas do equador, que é a linha imaginária que divide a esfera terrestre em dois hemisférios iguais – o hemisfério austral, que é o verão e o hemisfério boreal, que é o inverno. A Maçonaria festeja os solstícios de inverno (21 de junho) e de verão (21 de dezembro).

Celebrações natalinas – As festas natalinas nasceram no século IV, não só como a celebração da vinda do SENHOR entre os homens (Adventus), da sua manifestação na carne (epifania), mas também como uma necessidade de afastar os cristãos das festas pagãs do solstício de inverno comemoradas em Roma a 25 de dezembro, no Egito e no Oriente a seis de janeiro.

O homem pode zombar da ideia de que existe nessa época do ano um influxo de vida e luz espirituais. Não obstante, isso é um fato, creiamos ou não. Nesta época do ano, no mundo inteiro, todos se sentem mais leves, diferentes, algo como um fardo fosse tirado dos seus ombros.

Paz e boa vontade – O espírito de paz na terra e boa vontade entre os homens prevalecem, e nós também devemos dar algo que se expressa nos presente de Natal. O Natal é a época das dádivas. Aqui se situa o ponto crucial, o ponto crítico, quando sentimos ter ocorrido algo que garante a prosperidade e a continuidade do mundo. Quão diferente é o amor que se expressa no espírito de dar ao invés de receber, que sentimos no Natal.

Nessa noite a luz de Cristo nasce na Terra e o mundo inteiro rejubila. Soam os sinos de Natal.

Agora, observe as igrejas. Nunca suas luzes brilham tanto quanto neste dia e nesta noite do ano. Em nenhuma outra ocasião os sinos ressoam tão festivos do que quando proclamam para o mundo a mensagem: “O Cristo nasceu”!

A alegria é a saúde da alma, e o otimismo é a alegria de amanhã, bem aproveitada no dia de hoje. Espalhe alegria em torno de si. Atualmente a Paz na Terra e Boa Vontade entre os homens parecem mais longe de concretizar-se do que nunca. Temos em nós o poder de apressar o dia da paz ao falar, pensar e viver em PAZ, pois a ação conjunta de milhares de pessoas transmite o propósito de meditar sobre a paz – Paz na Terra e Boa Vontade entre os homens!

Símbolos -“Deus é Luz”, e nenhuma outra descrição é capaz de transmitir tanto a natureza de Deus quanto essas três pequenas palavras. A luz invisível, que se encontra envolvida pelo Delta Luminoso sob o Dossel e ás costas do Venerável Mestre, é uma representação da Santíssima Trindade. Devemos manter na memória esse símbolo, conscientes de que fazemos parte dessa divindade. Nos sinos, temos um símbolo muito apropriado de Cristo, a Palavra, pois suas línguas metálicas proclamam a mensagem de paz e boa vontade, enquanto o Incenso, simbolizando maior fervor espiritual, representa o poder do Espírito Santo. Por conseguinte, a Trindade é simbolicamente parte da celebração que faz do Natal a época de maior regozijo espiritual. Sob o ponto de vista da raça humana que está atualmente na matéria.

Otimismo, Confiança e fé – Não se deixe arrastar pelo esmorecimento. Siga em frente corajosamente, porque a vitória sorri somente àqueles que não param no meio do caminho. A força do exemplo é a mais convincente e eficaz que existe no mundo.

Todas as coisas são possíveis àqueles que amam a Deus. Se de fato trabalharmos em nossa pequena esfera, não buscando coisas maiores até havermos feito aquelas que estão à mão, então descobriremos que um maravilhoso crescimento pode ser alcançado, de forma que as pessoas que nos rodeiam possam ver em nós algo que não saberão definir, mas que, ser-lhes-á evidente. Na vida, uma só fraternidade; na fé, um só conjunto. Que na fé estejamos sempre em Deus. Santifique o labor do maçom fervoroso.

Fraternidade, esperança e paz – O Natal continua a inspirar fraternidade, esperança e paz; faz entrever que o mundo pode ser melhor, as relações humanas podem ser mais sinceras e construtivas, cada pessoa tem valor e todos merecem experimentar a felicidade. É bom ver a alegria sincera no rosto das pessoas, ouvir cantos que despertam sentimentos bons, em vez de gritos de violência; o Natal faz pensar que seria bem melhor se não houvesse tanta soberba, tanta ganância e tanto egoísmo, se todos pudessem viver algo da simplicidade das crianças.

Se tiver amigos, busca-os; o Natal é encontro. Se tiver inimigos, reconcilie-se; o Natal é paz. Se tiver pecados, converta-se; o Natal é graça. Se tiver orgulho, livre-se dele; o Natal é humildade. Se tiver tristezas, reavive sua alegria; o Natal é júbilo. Se estiver no erro, reflete; o Natal é verdade. Se tiver ódio, supere-se; o Natal é amor. Se há trevas, acende o seu amor; o Natal é luz…

Curiosidades Natalinas – A data de 25 de dezembro o Natal do Senhor; O costume da Árvore de Natal foi introduzido nos Estados Unidos pelos imigrantes alemães na segunda metade do século XIX. O primeiro Presépio foi montado por São Francisco de Assis, em 1223, na Capela de São Lucas, em Greccio, na Itália, em noite de Natal. O cartão de boas festas foi inventado no Natal de 1843, em Londres, por Henrique Cole.

Avaliação – Sabemos que nossa Instituição tem enormes limitações para ser operativa, a exemplo do que foi no passado. O surgimento de uma nova realidade mundial, como a globalização, a evolução dos meios de comunicação, o trânsito caótico nas cidades, as crises econômicas entre outras causas conhecidas influem decisivamente para que a Maçonaria seja mais Simbólica e menos Operativa.

Será que alcançamos os objetivos programados para o ano que se finda? É claro que não. Uma resposta que parece frustrante, todavia, não é. Não foi possível atendermos ao programado, mas, tivemos boa intenção, fizemos o possível e o que realizamos foi com amor e dedicação.

À guisa de conclusão, um Aprendiz indagou no “Jantar de confraternização”: Mestre, o que é preciso para escolher bem um candidato? Respondeu: Muita coisa. Se houver dúvidas, usar o teste da água na escolha no feijão. Basta ver, o que não presta flutua, o que é bom não pergunta, repousa no fundo. Os Irmãos começam a ver o que é bom e o que é ruim no feijão do cotidiano.

Neste Natal de 2015 – O País degradado e na contramão do mundo, neste Natal nos deixa com a sensação de que nada muito importante acontecerá antes do carnaval.

Mas a crise pode surpreender, a cada investida da Polícia Federal, a cada novo documento revelado. Independente das surpresas que dezembro nos possa trazer, caminhamos para um novo ano sem resolver as questões essenciais do País. Muitos ainda não sabem se vão ou não receber a visita de Papai Noel ou do japonês da Federal de Curitiba. Há incertezas enormes pairando no ar. O ônus deve caber a quem o gera. Mas a verdade é que o cerco se está fechando…

Novas investigações avançam. Uma delas é sobre a transposição do Rio São Francisco. A Polícia Federal encontrou indícios de desvio de R$ 200 milhões em apenas dois trechos da obra. Há mais uma dezena deles. A verdade é que estão, roubando o dinheiro que mataria a sede das pessoas, dos animais e que irrigaria as plantações numa das áreas mais pobre do Brasil. São fatos assim que fazem rir Satanás. Oh! ”Senhor meu Deus!”

Concluindo – Aproveite o momento de alegria, para agradecer tudo o que tenha recebido da bondade divina. Seja grato ao Criador e Pai que nos dá tantos ensejos de felicidade, e procure espalhar a maior alegria, o mais sadio otimismo com todos os que o cercam.

O Natal aponta-nos para o que é verdadeiramente humano. Para um recém-nascido se voltam as atenções porque ele representa o novo, o surpreendente. Também convida à paz; a depor as armas de guerra e a sentarem-se os povos à mesa do diálogo e da fraternidade. Isso é possível? Poderá acontecer um dia?

Desejamos externar a todos os caríssimos Irmãos, Cunhadas e Sobrinhos, os mais sinceros votos de um FELIZ NATAL e um ANO NOVO cheio de alegria, paz, união e solidariedade.

Fonte: https://www.banquetemaconico.com.br

domingo, 24 de dezembro de 2023

SUBSTITUTO EMERGENCICAL DO VENERÁVEL MESTRE - REAA

Em 12/08/2023 o Respeitável Irmão Antonio Mancio Lima, Loja Dr. Lima Verde, 1969, REAA, GOB-CE, Oriente de Limoeiro do Norte, Estado do Ceará, apresenta a dúvida seguinte:

SUBSTITUIÇÃO DO VENERÁVEL MESTRE.

Poderoso Irmão Pedro Juk SGOR/GOB, meu amado irmão na última sessão ordinária da Loja Dr. lima Verde Oriente de Limoeiro do Norte, surgiu questionamentos quanto ao substituto imediato do Venerável Mestre, pergunto substituto precário do Venerável Mestre é o Primeiro Vigilante e na ausência dos dois quem substitui é o Segundo Vigilante ou o Venerável de Honra?

Este é o questionamento.

Gostaria de levar as devidas orientações na próxima reunião terça-feira dia 15 de agosto.

Fico grato pela atenção.

OPINIÃO:

Veja, se das três Luzes eleitas para dirigir a Loja, duas delas não se fizerem presentes para dirigir os trabalhos, me parece há algo de anormal.

Como não existe clareza sobre esse fato, eu particularmente penso que nesse caso não deveria haver sessão, já que dos três eleitos para dirigir a Loja, dois deles não se fazem presentes. Devo deixar bem claro que essa é apenas a minha opinião.

No caso do REAA, no GOB, nas sessões ordinárias, o previsto é que faltando o Venerável Mestre o seu substituto legal é o 1º Vigilante. Por conseguinte, o 1º Vigilante será substituído pelo 2º Vigilante e o cargo de 2º Vigilante, no Rito em questão, será preenchido pelo 2º Experto.

Nessa conjuntura, vale a pena observar que na legislação em nenhum momento o 2º Vigilante é o substituto do Venerável, senão do 1º Vigilante. A vista disso eu entendo que, faltando dois titulares das Luzes da Loja, os trabalhos não deveriam ser abertos.

No entanto, sabe-se que mesmo faltando orientação de aspecto legal para esse caso, muitas Lojas assim mesmo abrem os seus trabalhos. A vista disso, o mais plausível no caso então seria que faltando o Venerável e o 1º Vigilante, o Mestre Instalado mais recente da Loja assumisse a direção dos trabalhos e o 2º Vigilante ocupando o do lugar do 1º Vigilante. O 2º Experto assumiria o cargo do 2º Vigilante.

Em linhas gerais, vale mencionar que o RGF prevê que conforme o Rito, o 1º Vigilante tem a função de substituir ao Venerável Mestre e o 2º Vigilante a de substituir ao 1º Vigilante.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br