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PROCEDIMENTOS DO COBRIDOR

(republicação)
O Respeitável Irmão André Luis Arantes Monteiro, Loja Cavaleiros do Santo Graal, 3.229, GOSP – GOB, REAA, sem declinar o nome do Oriente (Cidade), Estado de São Paulo, apresenta a seguinte questão:
macom@andrelam.com.br

Assumi, recentemente, o cargo de Mestre de Cerimônias. Para melhor desempenhar a função, atendendo com o máximo rigor ao que está determinado nos Rituais do REAA, gostaria de saber se há algum manual ou material específico para o Mestre de Cerimônias, que esclareça alguns pontos que possam suscitar dúvidas ou exigir maiores esclarecimentos. Mais especificamente, as dúvidas que alguns Irmãos têm levantado em nossas Sessões, e que gostaria que fossem esclarecidas, referem-se aos Irmãos Cobridores (mais especificamente ao Cobridor Interno). No Ritual de Mestre Maçom, Edição 2009, página 14, está escrito: "Os Cobridores, em qualquer Grau estarão armados de espada que usarão sempre que assim for exigido pelo exercício do cargo”. Para atender este ponto, temos as seguintes dúvidas, que gostaríamos que fossem esclarecidas:

1. Após a verificação se o templo está coberto, a batida do grau na porta do templo deve ser dada com o cabo da espada ou com a mão? Entendemos que, se o Cobridor deve estar sempre armado, que a batida deve ser dada com o cabo da espada.

2. Como o Irmão Cobridor deve estar sempre armado de espada, como o Irmão Cobridor fica à Ordem? Da mesma maneira como todos os demais Irmãos, ou permanece de pé, com a espada em alguma posição específica? Se for em alguma posição específica, que posição é esta?

3. Como deve o Irmão Cobridor posicionar a espada enquanto estiver sentado?

Meus Irmãos, por hora, estas são as dúvidas mais urgentes.

Se os Irmãos possuírem algum manual que complemente o conhecimento para o exercício do cargo de Mestre de Cerimônias, agradeço profundamente se puderem disponibilizá-lo para este humilde obreiro.

CONSIDERAÇÕES: 

1 – Como o Cobridor estará fazendo a verificação, simbolicamente ele estará preparado para a missão o que significa com a espada empunhada pela mão direita. Assim ele dará a bateria do Grau com o punho da espada.

2 – Se na ocasião de se estar à Ordem o Cobridor estiver empunhando a espada ele a manterá à Ordem, isto é: parado, corpo ereto, pés em esquadria, espada segura pela mão direita junto ao lado direito do corpo na altura da cintura, lâmina apontada para cima tendo o cotovelo, o braço e antebraço afastados do corpo.

Se na ocasião o Oficial não estiver empunhando a espada e a mesma estiver presa ao dispositivo previsto na faixa do Mestre (ver o Ritual de Mestre em vigência), ele ficará à Ordem normalmente, compondo o Sinal com a mão, ou mãos se for o caso.

A regra de não se fazer sinal com o instrumento de trabalho significa que segurando o mesmo não se faz com ele o Sinal.

3 – O Cobridor sentado não segura espada e nem a coloca sobre as coxas. Para tanto ele manterá a espada presa na faixa como anteriormente indicada, ou pode ainda mantê-la presa ao dispositivo preso atrás do encosto da cadeira. É recomendável que ele a mantenha presa na faixa. Se a Loja possuir bainha para o Oficial, ele mantê-la-á embainhada.

Não existe nenhum manual específico para os cargos em Loja editados pelo GOB. Quaisquer outras dúvidas eu me coloco à sua disposição para eventuais esclarecimentos.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.228 Florianópolis (SC), domingo, 12 de janeiro de 2014.

A CRIAÇÃO DO GRAU DE MESTRE


Quando a Maçonaria passou da fase Operativa para a fase Especulativa, em 1717, ou seja, quando a Ordem deixou de ser composta apenas de construtores e passou a acolher homens cultos, que não tinham ligação direta com as grandes construções, estes homens, lotaram Lojas Maçônicas por toda a Inglaterra, Escócia e França. Vale lembrar, que neste período inicial, a Maçonaria só tinham dois graus.

Durante o Iluminismo, o termo "especulativo"significava um exercício da mente, e não um investimento em títulos de alto risco.

A Ideia dessa nova versão da Maçonaria filosófica se tornava popular com rapidez. Mas, apesar de gostarem da ideia de basear a fraternidade nas guildas de ofício e suas cerimônias, de alguma forma era necessário algo maior.

Como resultado disso, alguns homens escreveram alguns rituais e cerimônias baseados nos antigos, com algumas novas mudanças. A fascinação pela antiga guilda, novos aprendizados, a alegoria bíblica, os mistérios e um pouco de drama levaram à criação de um terceiro grau, o de Mestre Maçom, por volta de 1725-26.

Representado pela primeira vez como uma peça teatral com um elenco totalmente maçônico na Sociedade Apolínea para os Amantes da Música e Arquitetura (Philo Musicae et Archiecturae Societas Apollini) em Londres, ele contada de forma dramática duas histórias: a construção do Templo do rei Salomão e a Morte de Noé, e, com a sua morte, a perda do seu "conhecimento secreto".

Fonte: Facebook_Curiosidades da Maçonaria

RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO

O Rito Escocês Antigo e Aceito (REAA) tem sua origem ligada ao desenvolvimento da maçonaria especulativa no século XVIII, principalmente na França. Sua história remonta a um conjunto de graus conhecidos como Altos Graus, que surgiram a partir da expansão dos três graus simbólicos (Aprendiz, Companheiro e Mestre) praticados pela Maçonaria Azul.

Principais Marcos Históricos do REAA

1. Surgimento dos Altos Graus na França (1730-1750)
Durante esse período, a Maçonaria francesa começou a desenvolver graus adicionais aos três graus básicos da Maçonaria Inglesa, influenciados por tradições templárias, cavaleirescas e filosóficas.

2. Criação do Conselho dos Imperadores do Oriente e do Ocidente (1758)
Esse grupo consolidou um sistema de 25 graus, conhecido como Rito de Perfeição, que serviu de base para o futuro REAA.

3. Fundação do Supremo Conselho do REAA em Charleston (1801)
Em Charleston, Carolina do Sul (EUA), foi criado o primeiro Supremo Conselho do REAA, estabelecendo um sistema de 33 graus, sob a liderança de John Mitchell e Frederick Dalcho. O documento fundamental do REAA, chamado "Constituição de 1786", é atribuído ao rei Frederico II da Prússia, embora sua autenticidade seja debatida.

4. Expansão do REAA pelo Mundo
Após sua oficialização nos EUA, o rito se espalhou rapidamente para a Europa e América Latina, tornando-se um dos sistemas maçônicos mais praticados globalmente.

Estrutura do REAA
O REAA é composto por 33 graus, divididos em grupos:

1. Loja Simbólica (Graus 1 a 3) – Aprendiz, Companheiro e Mestre.
2. Loja de Perfeição (Graus 4 a 14) – Desenvolvimento moral e filosófico.
3. Capítulo Rosa-Cruz (Graus 15 a 18) – Influências cristãs e cavaleirescas.
4. Conselho de Kadosh (Graus 19 a 30) – Estudo dos princípios de justiça e cavalaria.
5. Consistório (Graus 31 a 32) – Administração e preparação final.
6. Supremo Conselho (Grau 33) – Autoridade máxima do rito.

O REAA é um dos ritos mais difundidos na maçonaria, sendo adotado por diversos Supremos Conselhos ao redor do mundo e valorizado por seu conteúdo filosófico, esotérico e tradicional.

Fonte: Facebook_Estrela de Davi

PROCEDIMENTO NA ELEVAÇÃO

(republicação)
Em 06/07/2018 o Respeitável Irmão Eduardo Alves Monteiro, Loja 20 de Julho, REAA, GOMG (COMAB), Oriente de Lavras, Estado de Minas Gerais, formula a questão seguinte:
eng.eduardo@hotmail.com

PROCEDIMENTO NA ELEVAÇÃO

Estou com uma dúvida que nosso Ritual não é claro e gostaria de sua opinião. Na cerimônia de Elevação, quando levamos o Aprendiz Maçom ao Altar dos Juramentos (no nosso caso fica no Oriente), para prestar o juramento e receber a consagração de Companheiro Maçom, minha dúvida é: "antes de subir no Oriente o Aprendiz Maçom faz a saudação com o Sinal de Aprendiz e quando ele desce do Oriente (já como Companheiro Maçom), faz a saudação com o Sinal de Companheiro". Está correto este procedimento? 

CONSIDERAÇÕES:

O Aprendiz somente é considerado Companheiro após a sua consagração (constituição). 

Assim, a partir do momento em que o Venerável Mestre o declarar Companheiro Maçom da Loja e ele ter o seu avental adequado ao grau, recebendo em seguida os segredos do Grau, ele já é um Companheiro. 

Se for esse o caso, está correto ele fazer a saudação no Segundo Grau, caso contrário não. Só o juramento não basta. 

Ele precisa ser consagrado à moda do Rito que, no caso do REAA∴, o Venerável cumpre a liturgia pela bateria do grau na Esp∴ Flamej∴.

Outro aspecto é o de que se ele aprendeu o Sinal, por óbvio ele já é um Companheiro, portanto a sua saudação será prestada de acordo com o seu grau.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br

BREVIÁRIO MAÇÔNICO

ASSIDUIDADE

Do latim: &"assiduus"_, significa "aquele que permanece ao lado".

A assiduidade constitui uma das virtudes do maçom; não diz respeito apenas ao comportamento social, ao compromisso assumido, mas à participação em uma Egrégora que beneficia a quem "se encontra ao seu lado"; diz respeito ao elo as corrente; à necessidade para a formação do grupo. Quem se ausentar sem motivo aparente ou justificado estará solapando aos demais a oportunidade de reforçar as vibrações e a soma dos fluidos destinados à formação grupal.


Consoante as regras maçônicas, a falta de assiduidade impede o ato de votar, o "aumento do salário", ser votado, suspenso ou até eliminado do quadro. Isso não significa a eliminação da Ordem, porque a um Iniciado jamais se eliminará; terá ele , sempre, a oportunidade de reingresso em sua Loja ou Loja equivalente.

Maçom! A sua presença na Loja é vital; seja assíduo e receberá a recompensa destinada aos cumpridores de seus compromissos.

Sinta-se atraído à sua família maçônica. Avante, pois.

Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 55.

O SILÊNCIO E A MAÇONARIA

Pesquisa Ir.: Jaime Balbino de Oliveira

Esta peça de arquitetura foi elaborada a partir das reflexões que emanam das percepções originadas das atividades em Loja e também de leituras de textos de sábios irmãos, tais como Toufic Anbar Neto, Eduardo Miguel Lopes Rodrigues e Nicola Aslan.

Silêncio, no que se refere à Ordem, está intimamente relacionado aos segredos e simbolismos maçônicos (boa parte destes públicos atualmente, revelados em páginas e páginas da Internet). É uma pena que a maioria dos indivíduos que as constroem sejam pessoas que, um dia, mereceram a confiança de irmãos em Loja e que, além de não assimilarem a filosofia embutida em tantas alegorias, não foram merecedores do respeito um dia neles depositado. As convicções adquiridas, no entanto, me fazem crer que muito do que constitui os segredos maçônicos são impossíveis de se revelar, posto que estão na alma do iniciado na arte real.

Lembranças que vem à mente reportam-me aos meus primeiros contatos com a Sublime Instituição, onde somos recebidos por advertência contida na frase "tudo que aqui ouvires, tudo que aqui souberes, quando daqui saíres deixe que fique aqui"Veja nota . Na progressão das instruções, fica claramente estabelecido ao aprendiz que seu papel será principalmente de ouvinte, que a Ordem espera que ele saiba muito mais escutar do que falar; palavras sempre com significado semelhante... manter o silêncio como sua virtude maior.

Desde cedo aprendemos que, em Maçonaria, o silêncio tem um rico significado, que incita ao neófito perscrutar os mistérios do seu íntimo, buscar dentro de si mesmo as suas verdades absolutas, com as quais trabalhará de hora em diante. Ficamos sabendo que o significado simbólico do desbastar a pedra bruta significa lapidar nosso interior, buscando cepilhar rudezas e asperezas para que, polidos, sejamos virtuosos e justos.

A necessidade da exaltação do silêncio, na Maçonaria, remete aos mais antigos conhecimentos da humanidade, sendo utilizado por várias religiões, congregações filosóficas e outras entidades afim. Desde as primeiras civilizações, notadamente as que tinham sociedades iniciáticas, o silêncio é um importante elemento cultural, imposto drasticamente para salvaguardar seus segredos.

São exemplos para nós os egípcios que, entre magos e sacerdotes, ao serem iniciados assumiam um estado de silêncio total, a fim de se manterem os segredos e incitá-los à meditação. Igualmente, o budismo também valorizava o silêncio como condição para a contemplação. Os essênios tinham como principais símbolos um triângulo contendo uma orelha e outro contendo um olho, significando que a tudo viam e ouviam, mas não podiam falar, por não terem boca. Para os talhadores de pedras, o segredo e o silêncio sobre sua arte eram uma questão de sobrevivência, constituindo-se inclusive num salvo-conduto.

Quando da unificação, a G∴L∴U∴ da Inglaterra adotou a legenda "audi, vide, tace" (ouça, veja, cale). Elementos não faltam na literatura maçônica para salientar a importância do silêncio: as "Old Charges" (Antigas Obrigações), pregavam o silêncio, a circunspeção e a compostura durante os trabalhos. A constituição de Anderson pregava a prudência e o silêncio, notadamente em relação aos profanos. E, nos landmarks de Mackey, o de nº 23 se refere ao sigilo que o Maçom deve conservar sobre todos os conhecimentos que lhe são transmitidos e dos trabalhos em Loja, sendo que as cartas constitutivas de todas as Obediências contêm referências com o mesmo sentido.

A Lei do Silêncio é a origem de todas as verdadeiras iniciações. Segundo Wirth, o ensino deve ser pelo silêncio, nada de palavras que podem faltar com a verdade. Nada mais é do que um perpétuo exercício do pensamento. Calar não consiste somente em nada dizer, mas também em deixar de fazer qualquer reflexão dentro de si, quando se escuta alguém falar.

Não se deve confundir silêncio com mutismo. Segundo Aslan, o primeiro é um prelúdio de abertura para a revelação, o segundo é o encerramento da mesma. O silêncio envolve os grandes acontecimentos, o mutismo os esconde. Um assinala o progresso, o outro a regressão.

Dizem as regras monásticas que o silêncio é uma grande cerimônia, pois Deus chega na alma que nela faz reinar o silêncio, mas torna mudo a que se distrai em tagarelices. Os mistérios na Maçonaria devem ser velados em silêncio, pois em relação ao mundo profano nossos segredos existem com o objetivo de não poluí- los pelos que não se encontram preparados para entendê-los, e nada mais perigoso do que a verdade mal compreendida.

Somente o homem capaz de guardar o silêncio será disciplinado em todos os outros aspectos de seu ser, e assim poderá se entregar à meditação. Enfim, o silêncio é a virtude maçônica que desenvolve a discrição, corrige os defeitos, permite usar a prudência e a tolerância em relação aos defeitos e faltas dos semelhantes.

A leitura de textos e obras de sapientes irmãos mostra que mesmo que algumas coisas sejam ditas, o profano nunca saberá o real significado da filosofia maçônica, uma vez que ela está alicerçada no interior de cada maçom. Entre os próprios irmãos nota-se que a linha divisória do entendimento das bases filosóficas e do simbolismo que rege o processo ritualístico é muito sutil. O ambiente que criamos, nos compenetrando, antes de iniciarmos os trabalhos em Loja nos cria uma condição especial, essencial para que a energia emanada do ritual e dos próprios irmãos sirva de cinzel e nos ajude a polir nossa pedra bruta interior. As transformações que obtemos, são essencialmente nossas, íntimas, adquiridas através do incessante desbastar.

O silêncio maçônico foi entendido durante muito tempo como uma arma de arremesso social: nada se sabia do que se passava ou do que passava pelas lojas maçônicas. Mas, apesar do temor das sociedades esse silêncio era diretamente correlacionado com a prática ritualística.

O silêncio, maçônico, certamente, está na base do entendimento do conceito de segredo. Na maçonaria, o segredo é, antes de qualquer coisa, uma prática de humildade. Diferentemente do que entenderam muitos governos totalitários, e mesmo maçons, especialmente alguns que se tornaram irregulares, o segredo (e o silêncio) nunca foi uma forma conspiratória, ou instrumento de sabotagem. É isso sim, um mecanismo, um instrumento de aprendizagem.

Na verdade, é muito mais do que isso: é um ato de humildade, que o homem iniciado se permite trazer de volta depois de tê-la perdido em algum momento de seu crescimento pessoal.

O exercício do silêncio, e da plena consciência de que é preciso manter a boca fechada,deve ser uma das metas de aprendizado mais caras do iniciado, porque quem ostenta publicamente uma regra qualquer de educação e só por isso se sente diferente dos demais,então é porque considera todos os outros inferiores a si, o que foge totalmente do que se procura ensinar em maçonaria. Até porque na maçonaria não deve existir espaço para aqueles que se ostentam diferentes. Deve existir espaço para os que, pela diferença e no silêncio dos seus trabalhos, fazem o progresso da sociedade. Ou seja, ao revelar ao profano o que só compete aos iniciados discutir e absorver, nos mostra que não aprendemos nada e que, portanto, não estamos verdadeiramente revelando o que significa ser um maçom verdadeiro. É por isso que palavras, na grande maioria dos casos, são inúteis para revelar nossas conquistas interiores. Isso é bom, porque mostra e comprova que a discrição e o silêncio continuarão sendo virtudes marcantes para o iniciado. Por outro lado, apresenta alguma dificuldade porque não podemos mostrar aos próprios irmãos toda a magnitude de nossas conquistas interiores. Podemos, isso sim, mostrar que somos indivíduos melhores e mais justos em função do que aprendemos desta arte real.

Acredito, hoje, que a preservação dos segredos maçônicos transpassa a simples explicação de que não devemos revelar nossos mistérios. Os mistérios serão sempre revelados aos iniciados, pelo simples fato de que a busca interior que temos que fazer só funciona bem quando estamos respaldados pelo ambiente altamente energizado de uma sessão ritualística. Tal como nos ensina o ritual, os espíritos desatentos encaram as instituições como expedientes imaginados pelo interesse ou pelo capricho de um homem ou grupo de homens. Não dão contas de que o segredo da Maçonaria consiste apenas na existência indispensável de um sistema iniciático, que somente se revela (ao iniciado) quando o desejo deste, de aprender e de se aperfeiçoar, fará com que busque a verdadeira concepção das verdades que regem sua força espiritual, e que estará sempre dentro de si mesmo.

Fonte: JBNews - Informativo nº 266 - 21.05.2011

TEMPLO E CÂMARA DO MEIO

(republicação)
O Respeitável Irmão Carlos Roberto Martins, Mestre Instalado, Secretário Estadual Adjunto para o Rito de York (Trabalho de Emulação) GOEG – GOB, Oriente de Goiânia, Estado de Goiás, formula as questões seguintes:
spencierecarlos@hotmail.com

Ha uns três ou mais anos quando o Irmão aqui esteve nos dando a honra de ser o palestrante e ter participado de um seminário e também de uma iniciação na Loja Estrela da Serrinha, onde também trabalhamos como "Experto". O respeitável Irmão solicitou minha participação em vários exemplos e demonstrações durante as perguntas, depois do SEMINÁRIO no domingo antes do nosso almoço, o convidei a conhecer no Templo do Rito de York (Emulação) e lá conversamos muito e até disse-lhe a seguinte frase "COLOCAI VOSSO PÉ ESQUERDO NO SENTIDO TRANSVERSAL DA LOJA E VOSSO PÉ DIREITO NO SENTIDO LONGITUDINAL E PRESTAI ATENÇÃO AO V.M∴, faço estas citações que guardo na memória com muito carinho e orgulho de poder ter tido a oportunidade única e pessoal de conversar com o Irmão. Mas vamos a minha pergunta: Estamos em Goiás mais especificamente em Goiânia na sede do GOEG, construindo uma CAMARA DO MEIO, ou seja, um Templo somente para o Grau 3 (três). Em função de praticarmos no Brasil todos os Ritos, pergunto:

1 - Câmara do Meio há divisão com BALUSTRADA no R.E.A.A?

2 – Por que em nossa concepção a forma de caminhar em todos os Ritos do Ocidente para o Oriente e a mesma, linguagem York (Emulação).

3 - O Templo é construído em um só piso e/ou se e obrigatório à colocação de degraus como adaptações, de acordo com alguns Ritos.

Sugestão: e se o Respeitável Irmão puder, envie-nos fotos ou orientações que facilitem a utilização e adaptações na construção do Templo para que todos os "Ritos" o utilizem.

CONSIDERAÇÕES:

Antes das considerações propriamente ditas, devo salientar que em se tratando de Rito Escocês Antigo e Aceito e os Trabalhos de Emulação (chamado de York no GOB), são distintos quanto à sua vertente. O Rito Escocês é filho espiritual da França e o Craft onde pertence o Trabalho de Emulação é de vertente inglesa. O objetivo maçônico é o mesmo – aprimorar o Homem, todavia as concepções doutrinárias se diferem entre ambos.

1 – No Rito Escocês ainda existe a divisão haurida desde as extintas Lojas Capitulares. Em princípio não havia essa divisão, entretanto para conciliação com o Capítulo no primeiro quartel do Século XIX elevou-se o Oriente e consequentemente o mesmo acabou sendo limitado pela conhecida “balaustrada”. Por motivos históricos houve tempo por volta de 1.810 em que o Grande Oriente da França “encampou” os graus escoceses até o Grau 18, sendo que o presidente do Capítulo (Athersata - governador) era também o Venerável do simbolismo – daí as Lojas Capitulares.

Por fim as coisas voltaram aos seus lugares e o Grande Oriente passou autenticamente a governar os três Graus Simbólicos e o Segundo Supremo Conselho readquiriu o governo dos outros Graus acima do simbolismo.

Infelizmente, mesmo assim, o Grande Oriente da França continuou permitindo a permanência da divisão do Oriente, bem como a sua elevação no simbolismo. Assim o costume acabou virando consuetudinário no simbolismo escocês, embora contrário ao que apregoava o primeiro ritual datado de 1.804.

Atualmente esse costume está enraizado nos Graus Simbólicos do Rito Escocês e dificilmente será extirpado, sobretudo aqui no Brasil.

Desse modo devo lhe responder que no Rito Escocês o piso do Oriente continua a possuir nível elevado, bem como a existência da balaustrada demarcatória conforme os atuais rituais em vigência e legalmente aprovados.

Já no sistema inglês (Craft) dos Trabalhos de Emulação não existe divisão do Oriente e nem mesmo este é elevado. Eleva-se por três degraus tão-somente o trono ocupado pelo Mestre da Loja (Venerável) e considera-se Oriente apenas a parede oriental e, por extensão, os lugares imediatamente colocados à sua frente.

2 – No Trabalho de Emulação não existe circulação, senão algumas perambulações por ocasião das cerimônias de Iniciação, Passagem e Elevação ou nas oportunidades em que se executam as procissões. A perambulação geralmente é feita de modo a se esquadrejar os cantos da Sala da Loja tendo como referência os cantos do Tapete Quadriculado. Nos outros procedimentos desse sistema não existe regra de ingresso e saída do Oriente já que entre ele e o Ocidente não existe separação.

Ao contrário, no simbolismo do Rito Escocês existe a obrigatoriedade da realização do giro horário no Ocidente quando se passa de uma para outra Coluna. Nessa concepção o Obreiro ingressa no Oriente passando obrigatoriamente pela Coluna do Norte e ao ingressar no quadrante oriental o faz pelo lado nordeste da sua entrada junto à balaustrada. 

Em retirada do Oriente o Obreiro o faz pelo lado sudeste junto à balaustrada, se deslocando em seguida pela Coluna do Sul. No Oriente não existe circulação.

Como se pode notar existe uma diferença significativa entre as duas vertentes maçônicas, por conseguinte também nesse particular – circulação e perambulação.

3 – Diferente do Craft, para o Rito Escocês como dito anteriormente, é obrigatório o desnível entre o Oriente e o Ocidente.

No tocante as adaptações topográficas entre uma Loja do Rito Escocês e a dos Trabalhos de Emulação, em linhas gerais há que se prever pelo menos o seguinte:

a) No Trabalho de Emulação não existe desnível do piso, talvez, dependendo do espaço, a Sala da Loja possa ocupar o recinto ocidental, colocando-se uma cortina azul para “esconder” o Oriente da Loja escocesa.

b) Nesse caso as mesas e os tablados devem ser móveis, para que se possa montar, por exemplo, a cátedra do Venerável com três degraus no ambiente ocidental.

c) O pedestal do 1º Vigilante no Craft fica no extremo do Ocidente, porém de frente para o pedestal ocupado pelo Venerável, enquanto que no Rito Escocês a mesa fica no lado noroeste de frente para a parede oriental.

d) Ainda sobre os Vigilantes, diferente do Rito Escocês, no Craft não existem degraus de acesso às respectivas cadeiras.

e) A mesa do Secretário, que geralmente fica junto com o Tesoureiro, se localiza no lado norte, porém de frente para o pedestal do Segundo Vigilante que fica no Sul ao meio-dia.

f) O lugar do Painel do Grau da Loja escocesa que fica no centro do Ocidente se diferencia do lugar da Tábua de Delinear inglesa – próxima ao lugar do Primeiro Vigilante e do Segundo Diácono.

g) A porta de entrada da Loja nos Trabalhos de Emulação se localiza na parede norte, mais precisamente no lado noroeste, enquanto que no Rito Escocês ela se acha no centro da parede ocidental.

h) Não existe Altar dos Juramentos no sistema inglês. Estes são tomados junto ao pedestal do Venerável onde fica o Livro da Lei Sagrada, porém há o banco de se ajoelhar.

i) O piso do Ocidente no Rito Escocês é inteiramente quadriculado de modo oblíquo, já nos Trabalhos de Emulação existe um tapete central quadriculado (xadrez).

Estas então são alguns tópicos que demandam de objetivas adaptações entre um e outro sistema maçônico. Se o espaço agregar essa disposição é possível atender aos procedimentos ritualísticos distintos.

Sugiro ao Irmão que faça uma melhor observação comparando os rituais em vigência, já que eles devem ser rigorosamente cumpridos e as adaptações somente serão aceitas se estas não ferirem os procedimentos distintos dos mesmos.

Finalizando, ainda algumas observações:

a) Craft é como se denomina o sistema inglês de Maçonaria. 

b) Na Inglaterra não se admitem ritos, senão “trabalhos”.

c) A referência aqui feita aos “Trabalhos de Emulação” é a mesma sobre a prática do Rito de York que, embora equivocada, assim se denomina no Brasil.

d) Rito Escocês Antigo e Aceito é filho espiritual da França, portanto faz parte da vertente latina da Maçonaria.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.227 Florianópolis (SC), sábado, 11 de janeiro de 2014

MAÇONS FAMOSOS


A Iniciação Maçônica do Filósofo Voltaire é considerada uma das mais famosas Cerimônias de Iniciação da História da Maçonaria. François Marie-Arouet (seu nome de batismo), foi conhecido pela sua perspicácia e espirituosidade na defesa das liberdades civis, uma das figuras do Iluminismo cujas obras e ideias influenciaram pensadores importantes tanto da Revolução Francesa quanto da Americana.

Sua Iniciação aconteceu em Paris, no dia 7 de abril de 1778 (uma terça-feira), na famosa Loja “Les Neuf-Soeurs”. Essa Loja era um verdadeiro celeiro cultural onde se destacavam figuras como Jérôme Lalande (que era o Venerável), Diderot, Fourcroy, Benjamin Franklin, Simon Laplace, D’alembert, Daubenton, Lamarck, além de vários poetas, escritores e intelectuais e representantes da Imperatriz Catarina, da Rússia, e do Rei Frederico II, da Prússia.

A cerimônia foi presidida pelo astrônomo Jérôme Lalande, na presença de 250 Irmãos. Voltaire, que estava com 83 anos e muito debilitado, adentrou no Templo amparado pelos Irmãos Benjamin Franklin (Experto) e Antoine Gebelin, sob os olhares atentos da plateia, seguida de uma chuva incessante de aplausos.

Não vendaram seus olhos nem o submeteram às provas de costume, dada a sua debilidade e fragilidade. Ele recebeu os 3 Graus Simbólicos na mesma sessão e ao fim, o Venerável desceu do trono abraçando-o profundamente. Ele foi revestido com o Avental que pertenceu a Claude Arien Helvetius, filósofo e literato francês, membro da Loja, e que fora cedido, para a ocasião, pela sua viúva. Comovido, Voltaire beijou o avental e logo em seguida, vários Irmãos pediram a palavra, com destaque para os discursos de Laplace, Diderot, o abade Cordier de Saint e do Venerável, que dissertou sobre a grande honra que estava tendo ao recebê-lo naquele Augusto Cenáculo e, por fim, o próprio Voltaire falou, de improviso, por quase duas horas.

A Sessão foi demorada, terminando quase meia noite e entrou para a História como uma das mais memoráveis Iniciações Maçônicas. Voltaire faleceu 53 dias depois, vítima de complicações pulmonares (com presença de hemoptise).

Fonte: Facebook_Curiosidades da Maçonaria

MAÇONARIA: UMA SÍNTESE

Na maçonaria, o termo "profano" refere-se a alguém que não foi iniciado na ordem e, portanto, não tem acesso aos seus ensinamentos e simbolismos. 

A visão maçônica enfatiza a importância da busca pelo conhecimento, reflexão e julgamento ponderado, enquanto o profano, por não estar inserido nesse contexto, pode interpretar as situações de maneira mais superficial ou sem considerar determinados princípios filosóficos.

Comparação de Ideias entre o Maçom e o Profano

1. Análise da Situação
Maçom: Busca entender profundamente antes de emitir juízo, valorizando a razão e o aprendizado contínuo.
Profano: Pode criticar com base em impressões imediatas ou sem reflexão aprofundada.

2. Símbolos e Significados
Maçom: Aprecia a simbologia e os ensinamentos ocultos por trás das aparências.
Profano: Pode enxergar apenas o aspecto literal, sem compreender os significados mais profundos.

3. Conduta e Ética
Maçom: Preza pela moral, fraternidade e aperfeiçoamento pessoal.
Profano: Pode não seguir os mesmos princípios estruturados, dependendo de sua formação e valores.

4. Busca pelo Conhecimento
Maçom: Está sempre em busca da luz do conhecimento, aperfeiçoando-se continuamente.
Profano: Pode não ter esse compromisso ou sequer estar ciente dessa jornada.

Em resumo, a principal diferença entre o maçom e o profano está na forma de interpretar e agir no mundo. O maçom, tendo passado por iniciações e estudos, tende a ser mais cauteloso e reflexivo em suas análises, enquanto o profano pode agir com base em percepções superficiais ou preconceitos.

Fonte: Facebook_Estrela de Davi

DÚVIDAS

(republicação)
Recebi de um Respeitável Irmão as questões que seguem: 1) Na página 42 (da circulação) – “Na circulação deve seguir a ordem: Ven∴, 1º e 2º VVig∴, Orad∴, Secr∴, CCobr∴” Deve-se entender que a coleta será dos dois Cobridores, ou foi erro de digitação? 2) Na página 54 no item 2.3 Leitura e Destino do Expediente; Após a leitura do mesmo quem recolhe e encaminha ao Venerável Mestre? Justificativa!

CONSIDERAÇÕES:

1 – Se foi erro de digitação ou não eu não posso lhe afirmar, entretanto o procedimento está equivocado. Na abordagem que se refere à circulação pelo respectivo Oficial é apenas o Cobridor Interno. A explicação para tal está em que uma Loja será aberta no mínimo com sete Mestres – Venerável, Vigilantes, Orador, Secretário, Cobridor Interno e o Mestre de Cerimônias.

2 – Em qualquer situação que demande encaminhamento ao Venerável, o Mestre de Cerimônias (sem portar o bastão) é o responsável pela missão. Alguns Veneráveis ainda confundem e atribuem esse ofício ao Primeiro Diácono. 

Nesse sentido cabe então uma explicação. Os Diáconos estão presentes no Rito Escocês simbolicamente como transmissores de ordens que se fazem presentes na Moderna Maçonaria revivendo os canteiros operativos que transmitiam ao Mestre da Obra as ações de esquadrejamento, nivelamento e aprumada da obra. Daí existir a transmissão da Palavra, entre o Mestre (Venerável) e os Vigilantes (auxiliares) que simboliza esse antigo costume operativo. 

Em resumo isso significa que antes de começar os trabalhos no canteiro os auxiliares (wardens – zeladores) marcavam os cantos da construção.

Perfeitamente adequada à ação, eles comunicavam ao Mestre por intermédio de um mensageiro, que tudo estava pronto para o início dos trabalhos – origem do termo “Justo e Perfeito”. Assim estando nos conformes, o Mestre determinava o início laboral. Cumprida a etapa, os auxiliares verificavam a qualidade produtiva e informavam ao Mestre que tudo estava correto (Justo e Perfeito) e, por assim ser, os trabalhos eram encerrados e os Obreiros eram despedidos contentes e satisfeitos.

Essas etapas construtivas geralmente eram iniciadas, medidas e encerradas por ocasião dos solstícios e em algumas situações dos períodos equinociais. A ponte entre o Mestre da Obra e os seus auxiliares imediatos (hoje os Vigilantes) era feita através desses mensageiros que, posteriormente e por influência da Igreja, assumiriam o título de Diáconos na Maçonaria.

O Rito Escocês pelo seu caráter “Antigo” como componente do seu título distintivo, embora de vertente francesa, revive essa prática através da transmissão da Palavra Sagrada de modo especulativo, já que literalmente os Vigilantes não nivelam nem aprumam a construção, todavia verificam a qualidade correta da palavra transmitida que, estando esta de acordo, declaram que tudo está “Justo e Perfeito”, tanto para abrir os trabalhos simbólicos quanto para encerrá-los. 

Note que inclusive que quem fecha a Loja é o Primeiro Vigilante. Também há que se notar que a origem das respectivas joias – o Nível e o Prumo – aludem às antigas práticas operativas. É nesse sentido que os Diáconos são os mensageiros e, no Rito em questão, têm apenas essa função específica.

É também oportuno salientar que a grande maioria dos ritos de vertente francesa possui nos seus quadros de Oficiais o Mestre de Cerimônias, enquanto que o Craft (inglês), apesar da existência da figura do Diretor de Cerimonial, este não tem a mesma função daquela prevista nos trabalhos originários na França. 

Os Diáconos, por exemplo, nos Trabalhos Ingleses assumem inúmeras funções, sobretudo nas oportunidades iniciáticas do Franco-Maçônico básico, enquanto que na vertente latina muitas dessas atribuições são relegadas ao Mestre de Cerimônias e Expertos (estes últimos também inexistentes no costume inglês).

Assim, pela característica do simbolismo escocês oriunda do primeiro ritual elaborado em 1.804 na França por maçons procedentes das Lojas Azuis norte-americanas que praticavam o costume “antigo” (desconhecido na França) influenciaria diretamente um rito de vertente latina, cujas acomodações ritualísticas viriam se consolidar paulatinamente nos anos seguintes. 

Nesse contexto, o Rito Escocês traria na sua também vertente anglo-saxônica a disposição do Segundo Vigilante ao Meio-Dia e a inclusão dos Diáconos como mensageiros e integrantes da alegoria da transmissão da Palavra, inclusive permanecendo a dialética antiga (hoje existente no ritual) como modo de preservar a tradição e não especificamente da sua prática literal.

Não está aqui se afirmando que no Craft existe a transmissão da Palavra, porém a existência do cargo de Diácono que tem função diferenciada daquele que porventura venha existir em algum rito latino.

Ao longo dos tempos muitos ritualistas elaboraram rituais sem se aperceber a existência “palpável” das duas vertentes maçônicas principais – a inglesa e a francesa. Nesse particular houve a generalização de atos e ações que, embora muitas vezes presentes nas duas vertentes, não seriam devidamente explicadas. Nesse mesmo contexto, muitos outros acabariam também por enxertar procedimentos e símbolos que não se coadunam com o arcabouço doutrinário relacionado à sua tradição.

Finalizando essa questão, embora de modo abreviado, o Mestre de Cerimônias é o serviçal direto do Venerável, enquanto que os Diáconos (embora a dialética preservada) se fazem presentes no Rito apenas como parte integrante da transmissão da Palavra que objetiva rememorar uma ação operativa que possui alto significado simbólico na Moderna Maçonaria, particularmente ao Rito Escocês Antigo e Aceito.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.225 Florianópolis (SC), quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

PORQUE É QUE OS HOMENS (REALMENTE) SE TORNAM MAÇONS

Nenhum homem aderiu à Maçonaria porque George Washington era Maçom. O mesmo se aplica a Truman, um presidente dos EUA e orgulhoso Maçom. Os seus legados podem inspirar admiração, mas esses nomes, por si só, não estimulam o coração de um homem a entrar pelas portas da Maçonaria.

E o mesmo se pode dizer dos muitos heróis maçónicos que marcaram a nossa história. Embora os honremos legitimamente e contemos as suas histórias, ninguém se junta à Maçonaria porque pensa que isso fará dele uma réplica desses grandes homens.

A Maçonaria não tem a ver com se tornar famoso ou alcançar uma grandeza histórica…

Trata-se de algo muito mais pessoal, baseado na vida quotidiana dos homens que conhecemos e admiramos.

E o incrível trabalho de caridade?

A Maçonaria é amplamente conhecida pela sua filantropia que ajuda os mais necessitados.

No entanto, nenhum homem se associa apenas para doar dinheiro. Não é preciso ser Maçom para doar generosamente para caridade.

Também não são os pormenores dos nossos rituais, por mais belos e profundos que sejam, que trazem os homens às nossas portas. Antes de se juntarem, a maioria dos homens tem pouco ou nenhum conhecimento da profundidade dos nossos rituais ou dos registos cuidadosos que mantemos.

O funcionamento interno de uma Loja, os seus procedimentos, actas e exactidão cerimonial, são estranhos aos que estão fora dela. Por conseguinte, o nosso ritual também não é a razão pela qual os homens procuram ser membros.

Então, porque é que os homens aderem à Maçonaria?

A resposta é simples: são inspirados por alguém que conhecem. Pode ser um pai, um avô, um amigo próximo ou mesmo um colega. Pode ser o vizinho do fundo da rua que sempre pareceu comportar-se com uma dignidade tranquila ou o mentor que deu conselhos sábios na altura certa.

Quem é a pessoa não importa tanto quanto o que ela representa.

O que importa é que o indivíduo é alguém para se admirar, um homem cuja vida incorpora valores que valem a pena ser imitados.

Esse exemplo é o que desperta o desejo de um homem de aderir. Ao longo de gerações e continentes, esta admiração pessoal tem sido o maior recrutador.

Milhões de homens aderiram à Maçonaria devido a uma relação que tiveram com um Maçom cujo carácter falou mais alto do que quaisquer palavras.

É a integridade, a bondade, a sabedoria e a força silenciosa dos maçons quotidianos que ilumina o caminho para que outros os sigam.

Se quisermos assegurar o futuro da Maçonaria, temos de nos concentrar em ser esse tipo de homem.

Alguém que vive os valores da Ordem, tanto nas grandes como nas pequenas formas. Alguém cuja conduta, em público e em privado, reflecte os ensinamentos da Maçonaria.

Ao vivermos estes princípios, oferecemos aos outros um exemplo tangível do que a Maçonaria representa e porque é importante.

E aqui está a coisa mais bonita… Quando vivemos desta forma, alguém vai reparar. Quer seja um filho, um vizinho, um colega ou um amigo, alguém será atraído pela luz que transportamos. Eles vão querer entender o que nos faz ser quem somos. Quererão saber o que nós sabemos.

Em última análise, o crescimento da Maçonaria está enraizado em algo tão intemporal como a ligação humana. Ela prospera quando nós, como maçons, vivemos autenticamente.

Ao sermos homens dignos de admiração, tornamo-nos os exemplos vivos que inspiram outros a se juntarem a esta grande e antiga fraternidade.

A próxima geração de maçons virá não por causa dos nossos rituais, da nossa caridade, ou mesmo dos nossos heróis, mas por causa de quem somos e de como vivemos.

PS: Um nosso estudo recente mostra que a maioria dos homens são atraídos para a Maçonaria mais tarde na vida, muitas vezes inspirados por alguém que admiram – um pai, mentor ou amigo.

Tradução de António Jorge, M∴ M∴

Fonte: freemason.pt

    AUSÊNCIA DAS LUZES DA LOJA

    (republicação)
    Em 05/07/2018 o Respeitável Irmão Elierto da Silva Carvalho, Loja Libertas, 1.365, REAA, GOB-RJ, Oriente de Miracema, Estado do Rio de Janeiro, pede o seguinte esclarecimento:

    AUSÊNCIA DAS LUZES DA LOJA


    Na ausência do Venerável Mestre, 1º e do 2º Vigilantes, quem assume a direção dos trabalhos numa sessão ordinária?

    CONSIDERAÇÕES:

    Bem meu Irmão, numa situação dessas o melhor mesmo seria que não houvesse sessão, pois as três Luzes faltando não é caso precário, é uma anomalia.

    Por óbvio, se alguma das Luzes não estiver presente, cada rito até dispõe de um substituto, mas faltando todas as Luzes, me parece que alguma coisa de anormal está acontecendo na engrenagem administrativa da Loja. Sem dúvida, numa situação dessas algo não vai bem.

    Não vejo como recomendável, mas possível, é que se isso acontecer e existirem Mestres Instalados suficientes, talvez eles possam, dependendo da circunstância, preencher precariamente os cargos inerentes às Luzes da Loja, entretanto eu não saberia dizer se, sob o ponto de vista legal, poderia existir alguma deliberação na Ordem do Dia.

    Agora, sob o ponto de vista prático, seria inadmissível que os três principais membros “eleitos” da diretoria de uma Loja não comparecessem à sessão. Aliás, haveria que se questionar a promessa por eles feita na ocasião das suas respectivas posses.

    T.F.A.
    PEDRO JUK - jukurm@hotmail.com
    Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br

    BAPHOMET


    O escritor e ocultista francês Eliphas Levi, em seu livro de 1855, "Dogma e Ritual de Alta Magia" discutia o personagem Baphomet. O agora clássico desenho de Levi, mostra uma criatura com a cabeça de um bode com barba e chifres, seios femininos, cascos fendidos, asas e um pentagrama sobre sua testa. Uma mão feminina aponta para o sol, e a masculina, para baixo, para a lua escura, uma ilustração do dito hermético "o que está em cima é como o que está embaixo" e um símbolo do bem e do mal.

    O bastão empertigado com duas cobras enroladas subindo no seu colo é símbolo da vida eterna. Baphomet também contém antigos elementos alquímicos da Terra (ele está sobre um globo), como fogo (chama da inteligência ardem sobre sua cabeça), ar (ele tem asas) e água (escamas cobrem o corpo).

    O nome "Baphomet" veio do julgamento dos Templários durante o início do século XIV, quando foram acusados de adorar essa criatura demoníaca. Levi encontrou gárgulas nos edifícios templários nos quais baseou seu desenho, porém Levi não considerava Baphomet como Satanás.

    Ele descreveu esta entidade peculiar como a personificação ilustrada de todas as forças do Universo, pois, como pode se ver, é uma figura conceitual carregada. Infelizmente, para Levi, muitas pessoas olham a imagem e dizem: "Satanás!" Graças ao desenho, as cartas de Tarô que apresentam o Diabo, mostram uma figura muito parecida com Baphomet.

    E QUAL A CONEXÃO DISSO COM A MAÇONARIA? Na realidade, ABSOLUTAMENTE NENHUMA, mas isso nunca impediu uma boa lenda urbana.

    Fonte: Facebook_Curiosidades da Maçonaria

    AS COLUNAS E AS ORDENS DE ARQUITETURA

    Capitéis da Antiguidade Clássica: Entenda a diferença entre as ...

     Autor: Dermivaldo Collinetti*

    Em nossa Ordem, e nos mais variados ritos, são consideradas cinco ordens de arquitetura, sendo três de origem grega e duas de origem romana, sendo no REAA, as que prevalecem são as de origem grega, que são originais, sendo que as demais são derivadas destas.

    As Ordens de arquitetura, são uma combinação peculiar de três elementos arquitetônicos: base, coluna e entablamento.

    Na nossa Ordem, esses estilos arquitetônicos clássicos, são utilizados em vários dos Graus maçônicos, e valem por seu simbolismo.

    São cinco as ordens conhecidas:

    • De origem grega: Ordens Jônica. Dórica e a Coríntia, sendo esta última uma variação da Ordem Jônica
    • De Origem romana: Ordens Toscana e Compósita.

    Apesar de não serem de origem grega, eles, os gregos a remodelaram e a tornaram a que são hoje.

    Assim, faremos um pequeno resumo das ordens de arquitetura e seu simbolismo, lembrando que pelo ritual, as colunas ficam próxima ao altar da três luzes e as colunetas miniatura das mesmas, ficam no altar dessas mesmas luzes.

     Ordem Jônica:  A Ordem Jônica também é conhecida como a Ordem de Atenas, sendo de origem Assíria, sendo seu lugar no Oriente próximo ao Venerável Mestre. Dai ela representar a Sabedoria. Ela é posterior a Ordem Dórica.  Nota-se que a coluneta no trono fica sempre de pé, indicando que a Sabedoria deve estar sempre alerta, seja no trabalho ou no descanso. Ela vem dos Jônios que era um povo vindo da Ásia, e que fundaram várias cidades na Grécia antiga, inclusive a cidade de Atenas, de onde se originou os grandes pensadores gregos, como Sócrates, Platão e Aristóteles.

    A lenda nos conta que Íon, um líder grego dos Jônios, foi enviado à Ásia, onde construiu templos em Éfeso, dedicados a deuses gregos. Íon então, observou que as folhas de cortiça, colocadas sobre os pilares para evitar infiltração de água e amortecer o peso das traves, com o tempo, cedendo à pressão, contorciam-se em forma de ornamento em espiral, que imitavam os fios de cabelo de mulher, sendo essa  a principal característica da Ordem Jônica. Um dos exemplos da arquitetura Jônica encontra-se na Acrópole de Atenas. Representa ainda em nossa ordem o Rei Salomão.

    – Ordem Dórica: Ela é a mais rústica das três gregas, e a mais antiga, priorizando a robustez, em confronto com a beleza, sendo que na Grécia antiga, ela ornamentava os deuses masculinos, sendo que sua origem é do Egito. Daí estar relacionada a FORÇA (Hercules), estando na Coluna do Norte que é governada pelo Primeiro Vigilante. Suas colunas não possuem base e seus capiteis são simples, lisos e sem qualquer ornamento. A coluneta é erguida durante os trabalhos, quando é necessária força para a execução dos mesmos (do meio dia à meia noite). Seu nome vem de Dorus, filho de Heleno, rei da Acaia e do Peloponeso. Os Templos mais importantes da Grécia antiga tinham colunas da desta ordem. Dos Dóricos, originaram-se os Espartanos, grandes guerreiros e combatentes. Como símbolo da força, nos anima e sustenta perante as nossas dificuldades, lembrando que nunca estamos sozinhos. Representa Hiram Rei de Tiro.

     Ordem Coríntia: É a mais bela de todas, daí representar a Beleza (Afrodite ou Vênus), estando próxima ao Segundo Vigilante. Ela é uma evolução da Ordem Dórica. Ela é esbelta e graciosa. Sua denominação refere-se a cidade de Corinto; Quando do início dos trabalho em loja, a coluneta é abaixada. O templo de Zeus é melhor exemplo desta arquitetura.

    A lenda nos conta que uma ama levou uma cesta, contendo brinquedos à sepultura da criança que cuidava, cobrindo-a com uma velha telha, por causa das chuvas. Ao iniciar-se a primavera, um pé de acanto germinou e cresceu, transformando-se em formosa árvore. Folhas de acanto, cesta e telha teriam produzido um belíssimo efeito ao crescer a planta. Essa cena foi capturada pelo escultor Calímaco, que talhou um pilar de rara beleza, com o capitel copiado daquela cena. Representa Hiram Abiff.

    Às essas três Ordens de Arquitetura, acrescentam-se às vezes a ordem Compósita, e a ordem Toscana, que não devem ser levadas em conta no simbolismo maçônico. 

    Conclusão

    Nosso edifício espiritual repousa sobre estas Ordens e colunas simbólicas, sendo que a Sabedoria organiza o caos, criando a ordem. A Força executa o projeto, seguindo instruções da Sabedoria, e a Beleza ornamenta nossa vida. Assim, sendo Sábio temos a Força, para lutar e combater as vicissitudes da vida e temos a Beleza permanente na construção de nosso edifício humano.

    *Dermivaldo é Mestre Maçom da ARLS Rui Barbosa, Nº 46 – GLMMG – Oriente de São Lourenço e, para nossa alegria, um colaborador do blog.

    Referências

    As Ordens Arquitetônicas na Maçonaria – Kennyo Ismail – Blog No esquadro.

    WWW.MACONARIA.NET – As três colunas, Eduardo Silva Mineiro, ARLS Acácia Castelense, nº 4 – Castelo do Piauí – Piauí – Brasil.

    Decálogos do grau de aprendiz – Reinaldo Assis Pellizzaro – 1 Ed. 1986.

    A Simbólica Maçônica – Jules Boucher – 1979.

    Fonte: https://opontodentrocirculo.com

    QUESTÕES DE PROCEDIMENTOS

    (republicação)
    O Respeitável Irmão Antonio Gouveia, Secretário da Loja Serra do Roncador, 2.240, GOB, REAA, sem declinar o nome do Oriente (Cidade) e estado da Federação, formula as questões seguintes:
    antoniomaiagouveia49@hotmail.com

    1) Primeiramente, gostaria de esclarecer uma dúvida sobre “A Palavra a Bem da Ordem em Geral e do Quadro em Particular”. Podemos seguir a orientação de voltar à palavra nas Colunas novamente, no caso de um Irmão precisar se manifestar após a circulação da palavra, para acrescentar algo importante e relevante ao assunto em pauta? Ou existe outra forma?

    2) Segundo alguns Irmãos mais antigos, a P∴S∴ deve ser passada pelo V∴ no Or∴ pelo lado Norte ao 1º Diácono e este irá passá-la ao 1º Vig∴ também no lado Norte ou à esquerda deste. Até aqui, tudo bem. Porém, alguns afirmam que o 2º Diácono deve receber a P∴ S∴ do 1º Vig∴ no lado Norte e passá-la ao 2º Vig.´. também no lado Norte. Aqui fica complicado, porque o lado Norte do 2º Vig∴  fica em frente a sua mesa, o que tornaria impraticável esta passagem da P∴ S∴. Então, ela pode ser passada, como sempre foi à esquerda (ou ocidente) do 2º Vig∴? Ou deverá ser passada de outra forma?

    3) Muitos Irmãos antigos fazem um sinal levantando o braço direito quando querem agradecer alguma referência a eles, ou de forma geral, para expressarem algum tipo de agradecimento. Está certo este sinal, ou sinal de agradecimento é feito com o Sinal de Ordem?

    CONSIDERAÇÕES:

    01 – O retorno da Palavra é um critério do Venerável Mestre caso o assunto seja realmente relevante ao ponto de merecer atenção o seu retorno. Se assim proceder, o Venerável, não importando onde estiver situado o suplicante, reiniciará o giro da Palavra partindo da Coluna do Sul (a Palavra fará o giro completo).

    02 – O giro e abordagem na transmissão da Pal∴ Sagr∴: O Primeiro Diácono aborda o Venerável pela sua direita (norte do Altar). Ato seguido o mensageiro sai do Oriente pelo Sul, cruza o eixo (equador) entre o Painel da Loja e a porta do Templo e aborda o Primeiro Vigilante pela sua direita (ombro direito do Vigilante). De retorno o Primeiro Diácono passa pelo Norte e ingressa no Oriente novamente até o seu lugar em Loja. Ato seguido o Segundo Diácono aborda o Primeiro Vigilante do mesmo modo como fizera o Primeiro Diácono. Em seguida o mensageiro passa pelo Norte, cruza o eixo (equador) entre o Painel da Loja e a entrada do Oriente, ingressa no Sul e aborda o Segundo Vigilante também pela sua direita (ombro direito do Segundo Vigilante). Cumprida a missão o Segundo Diácono retorna passando do Sul para o Norte entre o Painel da Loja e a porta do Templo até o seu lugar em Loja.

    Outras observações no caso:

    a) O Venerável ao ser abordado pelo Diácono vira-se e fica de frente para ele. Assim também se posicionam os Vigilantes ao serem abordados pelos Diáconos.

    b) As Luzes da Loja são sempre abeiradas pelas suas direitas (lado dos seus respectivos ombros direitos).

    c) Não existe nenhuma circulação (giro) ao redor das mesas ocupadas pelos Vigilantes. Abordados os Vigilantes, os Diáconos dali partem diretamente ao seu destino na forma anteriormente explicitada.

    03 – Não existe “sinal de agradecimento” no REAA. Aliás, tradicionalmente esse procedimento é inexistente na Maçonaria. Alguns confundem com a prática de alguns costumes como resposta ao contentamento quando batem com as palmas das mãos sobre o Avental manifestando-se que estão satisfeitos. Ratificando: essa prática é inexistente no Rito Escocês – tanto de agradecimento como de contentamento.

    Infelizmente “inventaram” outra prática eivada de mau-gosto, pela qual um Obreiro ao ser mencionado, ou parabenizado, o mesmo estende o braço à frente do mesmo modo pelo qual tradicionalmente manifestam-se os Obreiros que aprovam pelo sinal de costume.

    Ora. Não seria deselegante alguém aprovar um elogio para si próprio? Eticamente seria este um procedimento desejável? Não seria o mesmo que figuradamente se legislasse em causa própria? Exposições abeiradas pela falta de bom-senso não deveriam ganhar guarida nos nossos meios.

    Já que estender o braço e o antebraço direito à frente com a respectiva palma da mão voltada para baixo é o modo pelo qual se aprova alguma coisa em Loja, elogios à parte, eu penso que é de péssima geometria aquele que aprova elogios para si mesmo, ou aprova publicamente o seu próprio nome quando citado.

    T.F.A.
    PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
    Fonte: JB News – Informativo nr. 1.223 Rio Branco (AC), terça-feira, 7 de janeiro de 2014.

    PÍLULAS MAÇÔNICAS

    nº 89 - A Paciência no desbaste da Pedra Bruta

    Esta Pílula é um “repeteco” do meu primeiro trabalho quando era Aprendiz, feito muitos anos atrás. É um trabalho curto e simples sobre a Paciência no desbaste da Pedra Bruta. Esta Pílula é dirigida, principalmente aos Aprendizes que estão se iniciando na realização espiritual e na condução ao aperfeiçoamento. Esse início é o despertar da consciência adormecida, da mente, das emoções e aprimoramento dos atos. É o amanhecer da consciência interior, que esteve até agora, adormecida ou inativa.

    Devemos nos descobrir e caminhar na direção da Luz sem preconceitos, ilusões, vaidades e com a mente clara e imparcial e, sobretudo, paciente pois há em cada ser humano uma ilimitada possibilidade de bem, de força e capacidade de desenvolver e manifestar as mais elevadas qualidades humanas.

    Paciência, é o elemento fundamental para nossa jornada na busca da evolução. Esta evolução é uma meta que somente será atingida com perseverança, constância, sinceridade de propósitos e, muita, muita paciência.

    Devemos, pois, Irmãos Aprendizes, desbastar a Pedra Bruta, que é a atual situação das nossas almas profanas para sermos instruídos nos mistérios da Ordem da Arte Real. Ela deve ser trabalhada com cuidado, com carinho e habilidade com o malho e o cinzel, para que chegue apresentar a forma de um paralelogramo. E este trabalho exige a virtude da paciência que por sua vez, está subordinada à fortaleza da alma, a retidão do caráter e ao controle dos vícios.

    Esta paciência, consiste também, na capacidade constante de encarar as adversidades, tolerando seus amargores. É a resignação de um lado, e perseverança tranquila, do outro.

    paciência é, sem dúvida, uma forma de persistência. É uma qualidade que, de modo geral, não associamos à vontade, mas é parte de uma vontade plenamente desenvolvida em nossa mente e em nossa alma, refletindo seus raios pelo nosso corpo. A paciência, o tempo e a perseverança, com seus valores extremados, nos habilitam a realizar muitas coisas. Essa ideia, Irmãos, é semelhante aquela já dita por alguns filósofos, aos quais a visão hermética lhes possibilitava tais coisas: “O trabalho da Pedra Bruta é um trabalho de paciência, tendo em vista a duração do tempo, do labor e o capricho necessário para levá-la ao formato de um paralelogramo perfeito”.

    Muitos abandonam este trabalho por cansaço e outros, desejando consegui-lo precipitadamente, nunca tiveram êxito.

    Na verdade, como está explícito nas linhas acima, é um trabalho árduo e paciente e este é um dos objetivos mais importantes da nossa Ordem Maçônica, e, muito provavelmente, o principal. Os impacientes não conseguem realizar este trabalho. E, finalizando, fica no ar uma frase para pensarmos e refletirmos:

    “A Paciência não é como uma flor que pode ser colhida. É como uma montanha, que passo a passo, deve ser escalada”.

    Fonte: pilulasmaconicas.blogspot.com

    O SANTO GRAAL

    O Santo Graal, dentro do simbolismo maçônico, é interpretado de forma ampla e metafórica, alinhando-se ao caráter esotérico e filosófico da maçonaria. 

    Embora o Graal tenha origens no cristianismo e nas lendas arturianas, ele simboliza, no contexto maçônico, a busca por perfeição, sabedoria e iluminação espiritual.

    Principais Significados do Santo Graal na Maçonaria:

    1. Busca pela Verdade Absoluta: O Graal é muitas vezes associado à procura pelo conhecimento supremo e pela verdade oculta. Para os maçons, essa busca está ligada ao aprimoramento moral e intelectual, ao autoconhecimento e à transcendência.

    2. Simbolismo da Pureza e da Renovação: O Graal, descrito como um cálice sagrado, remete à pureza e à capacidade de receber a graça divina. Na maçonaria, pode simbolizar a mente e o coração receptivos à sabedoria e à virtude.

    3. Trabalho Iniciático: Assim como os cavaleiros da Távola Redonda buscam o Graal enfrentando desafios, o maçom, em sua jornada iniciática, enfrenta provas e obstáculos para alcançar níveis mais altos de compreensão e espiritualidade.

    4. Conexão com o Divino: O Graal, por sua associação com o sangue de Cristo ou a última ceia, pode representar a união com o princípio criador ou divino, um objetivo espiritual que muitos maçons perseguem simbolicamente.

    Relação com a Lenda Arturiana:

    A maçonaria também utiliza referências às lendas arturianas, onde o Santo Graal é visto como a recompensa para aqueles que demonstram virtude, coragem e pureza de coração. Na jornada maçônica, esse mito pode ser interpretado como um paralelo à busca pela pedra filosofal, pela luz ou pela sabedoria.
    Embora o Santo Graal não seja um símbolo oficial em todos os ritos maçônicos, ele ressoa com os princípios da ordem: a busca contínua por iluminação e aperfeiçoamento. Essa busca, muitas vezes representada por mitos e símbolos, é central na filosofia maçônica.

    Fonte: Facebook_Estrela de Davi