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PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

sábado, 5 de abril de 2025

FRASES ILUSTRADAS

TEMPLO E CÂMARA DO MEIO

(republicação)
O Respeitável Irmão Carlos Roberto Martins, Mestre Instalado, Secretário Estadual Adjunto para o Rito de York (Trabalho de Emulação) GOEG – GOB, Oriente de Goiânia, Estado de Goiás, formula as questões seguintes:
spencierecarlos@hotmail.com

Ha uns três ou mais anos quando o Irmão aqui esteve nos dando a honra de ser o palestrante e ter participado de um seminário e também de uma iniciação na Loja Estrela da Serrinha, onde também trabalhamos como "Experto". O respeitável Irmão solicitou minha participação em vários exemplos e demonstrações durante as perguntas, depois do SEMINÁRIO no domingo antes do nosso almoço, o convidei a conhecer no Templo do Rito de York (Emulação) e lá conversamos muito e até disse-lhe a seguinte frase "COLOCAI VOSSO PÉ ESQUERDO NO SENTIDO TRANSVERSAL DA LOJA E VOSSO PÉ DIREITO NO SENTIDO LONGITUDINAL E PRESTAI ATENÇÃO AO V.M∴, faço estas citações que guardo na memória com muito carinho e orgulho de poder ter tido a oportunidade única e pessoal de conversar com o Irmão. Mas vamos a minha pergunta: Estamos em Goiás mais especificamente em Goiânia na sede do GOEG, construindo uma CAMARA DO MEIO, ou seja, um Templo somente para o Grau 3 (três). Em função de praticarmos no Brasil todos os Ritos, pergunto:

1 - Câmara do Meio há divisão com BALUSTRADA no R.E.A.A?

2 – Por que em nossa concepção a forma de caminhar em todos os Ritos do Ocidente para o Oriente e a mesma, linguagem York (Emulação).

3 - O Templo é construído em um só piso e/ou se e obrigatório à colocação de degraus como adaptações, de acordo com alguns Ritos.

Sugestão: e se o Respeitável Irmão puder, envie-nos fotos ou orientações que facilitem a utilização e adaptações na construção do Templo para que todos os "Ritos" o utilizem.

CONSIDERAÇÕES:

Antes das considerações propriamente ditas, devo salientar que em se tratando de Rito Escocês Antigo e Aceito e os Trabalhos de Emulação (chamado de York no GOB), são distintos quanto à sua vertente. O Rito Escocês é filho espiritual da França e o Craft onde pertence o Trabalho de Emulação é de vertente inglesa. O objetivo maçônico é o mesmo – aprimorar o Homem, todavia as concepções doutrinárias se diferem entre ambos.

1 – No Rito Escocês ainda existe a divisão haurida desde as extintas Lojas Capitulares. Em princípio não havia essa divisão, entretanto para conciliação com o Capítulo no primeiro quartel do Século XIX elevou-se o Oriente e consequentemente o mesmo acabou sendo limitado pela conhecida “balaustrada”. Por motivos históricos houve tempo por volta de 1.810 em que o Grande Oriente da França “encampou” os graus escoceses até o Grau 18, sendo que o presidente do Capítulo (Athersata - governador) era também o Venerável do simbolismo – daí as Lojas Capitulares.

Por fim as coisas voltaram aos seus lugares e o Grande Oriente passou autenticamente a governar os três Graus Simbólicos e o Segundo Supremo Conselho readquiriu o governo dos outros Graus acima do simbolismo.

Infelizmente, mesmo assim, o Grande Oriente da França continuou permitindo a permanência da divisão do Oriente, bem como a sua elevação no simbolismo. Assim o costume acabou virando consuetudinário no simbolismo escocês, embora contrário ao que apregoava o primeiro ritual datado de 1.804.

Atualmente esse costume está enraizado nos Graus Simbólicos do Rito Escocês e dificilmente será extirpado, sobretudo aqui no Brasil.

Desse modo devo lhe responder que no Rito Escocês o piso do Oriente continua a possuir nível elevado, bem como a existência da balaustrada demarcatória conforme os atuais rituais em vigência e legalmente aprovados.

Já no sistema inglês (Craft) dos Trabalhos de Emulação não existe divisão do Oriente e nem mesmo este é elevado. Eleva-se por três degraus tão-somente o trono ocupado pelo Mestre da Loja (Venerável) e considera-se Oriente apenas a parede oriental e, por extensão, os lugares imediatamente colocados à sua frente.

2 – No Trabalho de Emulação não existe circulação, senão algumas perambulações por ocasião das cerimônias de Iniciação, Passagem e Elevação ou nas oportunidades em que se executam as procissões. A perambulação geralmente é feita de modo a se esquadrejar os cantos da Sala da Loja tendo como referência os cantos do Tapete Quadriculado. Nos outros procedimentos desse sistema não existe regra de ingresso e saída do Oriente já que entre ele e o Ocidente não existe separação.

Ao contrário, no simbolismo do Rito Escocês existe a obrigatoriedade da realização do giro horário no Ocidente quando se passa de uma para outra Coluna. Nessa concepção o Obreiro ingressa no Oriente passando obrigatoriamente pela Coluna do Norte e ao ingressar no quadrante oriental o faz pelo lado nordeste da sua entrada junto à balaustrada. 

Em retirada do Oriente o Obreiro o faz pelo lado sudeste junto à balaustrada, se deslocando em seguida pela Coluna do Sul. No Oriente não existe circulação.

Como se pode notar existe uma diferença significativa entre as duas vertentes maçônicas, por conseguinte também nesse particular – circulação e perambulação.

3 – Diferente do Craft, para o Rito Escocês como dito anteriormente, é obrigatório o desnível entre o Oriente e o Ocidente.

No tocante as adaptações topográficas entre uma Loja do Rito Escocês e a dos Trabalhos de Emulação, em linhas gerais há que se prever pelo menos o seguinte:

a) No Trabalho de Emulação não existe desnível do piso, talvez, dependendo do espaço, a Sala da Loja possa ocupar o recinto ocidental, colocando-se uma cortina azul para “esconder” o Oriente da Loja escocesa.

b) Nesse caso as mesas e os tablados devem ser móveis, para que se possa montar, por exemplo, a cátedra do Venerável com três degraus no ambiente ocidental.

c) O pedestal do 1º Vigilante no Craft fica no extremo do Ocidente, porém de frente para o pedestal ocupado pelo Venerável, enquanto que no Rito Escocês a mesa fica no lado noroeste de frente para a parede oriental.

d) Ainda sobre os Vigilantes, diferente do Rito Escocês, no Craft não existem degraus de acesso às respectivas cadeiras.

e) A mesa do Secretário, que geralmente fica junto com o Tesoureiro, se localiza no lado norte, porém de frente para o pedestal do Segundo Vigilante que fica no Sul ao meio-dia.

f) O lugar do Painel do Grau da Loja escocesa que fica no centro do Ocidente se diferencia do lugar da Tábua de Delinear inglesa – próxima ao lugar do Primeiro Vigilante e do Segundo Diácono.

g) A porta de entrada da Loja nos Trabalhos de Emulação se localiza na parede norte, mais precisamente no lado noroeste, enquanto que no Rito Escocês ela se acha no centro da parede ocidental.

h) Não existe Altar dos Juramentos no sistema inglês. Estes são tomados junto ao pedestal do Venerável onde fica o Livro da Lei Sagrada, porém há o banco de se ajoelhar.

i) O piso do Ocidente no Rito Escocês é inteiramente quadriculado de modo oblíquo, já nos Trabalhos de Emulação existe um tapete central quadriculado (xadrez).

Estas então são alguns tópicos que demandam de objetivas adaptações entre um e outro sistema maçônico. Se o espaço agregar essa disposição é possível atender aos procedimentos ritualísticos distintos.

Sugiro ao Irmão que faça uma melhor observação comparando os rituais em vigência, já que eles devem ser rigorosamente cumpridos e as adaptações somente serão aceitas se estas não ferirem os procedimentos distintos dos mesmos.

Finalizando, ainda algumas observações:

a) Craft é como se denomina o sistema inglês de Maçonaria. 

b) Na Inglaterra não se admitem ritos, senão “trabalhos”.

c) A referência aqui feita aos “Trabalhos de Emulação” é a mesma sobre a prática do Rito de York que, embora equivocada, assim se denomina no Brasil.

d) Rito Escocês Antigo e Aceito é filho espiritual da França, portanto faz parte da vertente latina da Maçonaria.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.227 Florianópolis (SC), sábado, 11 de janeiro de 2014

MAÇONS FAMOSOS


A Iniciação Maçônica do Filósofo Voltaire é considerada uma das mais famosas Cerimônias de Iniciação da História da Maçonaria. François Marie-Arouet (seu nome de batismo), foi conhecido pela sua perspicácia e espirituosidade na defesa das liberdades civis, uma das figuras do Iluminismo cujas obras e ideias influenciaram pensadores importantes tanto da Revolução Francesa quanto da Americana.

Sua Iniciação aconteceu em Paris, no dia 7 de abril de 1778 (uma terça-feira), na famosa Loja “Les Neuf-Soeurs”. Essa Loja era um verdadeiro celeiro cultural onde se destacavam figuras como Jérôme Lalande (que era o Venerável), Diderot, Fourcroy, Benjamin Franklin, Simon Laplace, D’alembert, Daubenton, Lamarck, além de vários poetas, escritores e intelectuais e representantes da Imperatriz Catarina, da Rússia, e do Rei Frederico II, da Prússia.

A cerimônia foi presidida pelo astrônomo Jérôme Lalande, na presença de 250 Irmãos. Voltaire, que estava com 83 anos e muito debilitado, adentrou no Templo amparado pelos Irmãos Benjamin Franklin (Experto) e Antoine Gebelin, sob os olhares atentos da plateia, seguida de uma chuva incessante de aplausos.

Não vendaram seus olhos nem o submeteram às provas de costume, dada a sua debilidade e fragilidade. Ele recebeu os 3 Graus Simbólicos na mesma sessão e ao fim, o Venerável desceu do trono abraçando-o profundamente. Ele foi revestido com o Avental que pertenceu a Claude Arien Helvetius, filósofo e literato francês, membro da Loja, e que fora cedido, para a ocasião, pela sua viúva. Comovido, Voltaire beijou o avental e logo em seguida, vários Irmãos pediram a palavra, com destaque para os discursos de Laplace, Diderot, o abade Cordier de Saint e do Venerável, que dissertou sobre a grande honra que estava tendo ao recebê-lo naquele Augusto Cenáculo e, por fim, o próprio Voltaire falou, de improviso, por quase duas horas.

A Sessão foi demorada, terminando quase meia noite e entrou para a História como uma das mais memoráveis Iniciações Maçônicas. Voltaire faleceu 53 dias depois, vítima de complicações pulmonares (com presença de hemoptise).

Fonte: Facebook_Curiosidades da Maçonaria

MAÇONARIA: UMA SÍNTESE

Na maçonaria, o termo "profano" refere-se a alguém que não foi iniciado na ordem e, portanto, não tem acesso aos seus ensinamentos e simbolismos. 

A visão maçônica enfatiza a importância da busca pelo conhecimento, reflexão e julgamento ponderado, enquanto o profano, por não estar inserido nesse contexto, pode interpretar as situações de maneira mais superficial ou sem considerar determinados princípios filosóficos.

Comparação de Ideias entre o Maçom e o Profano

1. Análise da Situação
Maçom: Busca entender profundamente antes de emitir juízo, valorizando a razão e o aprendizado contínuo.
Profano: Pode criticar com base em impressões imediatas ou sem reflexão aprofundada.

2. Símbolos e Significados
Maçom: Aprecia a simbologia e os ensinamentos ocultos por trás das aparências.
Profano: Pode enxergar apenas o aspecto literal, sem compreender os significados mais profundos.

3. Conduta e Ética
Maçom: Preza pela moral, fraternidade e aperfeiçoamento pessoal.
Profano: Pode não seguir os mesmos princípios estruturados, dependendo de sua formação e valores.

4. Busca pelo Conhecimento
Maçom: Está sempre em busca da luz do conhecimento, aperfeiçoando-se continuamente.
Profano: Pode não ter esse compromisso ou sequer estar ciente dessa jornada.

Em resumo, a principal diferença entre o maçom e o profano está na forma de interpretar e agir no mundo. O maçom, tendo passado por iniciações e estudos, tende a ser mais cauteloso e reflexivo em suas análises, enquanto o profano pode agir com base em percepções superficiais ou preconceitos.

Fonte: Facebook_Estrela de Davi

sexta-feira, 4 de abril de 2025

FRASES ILUSTRADAS

DÚVIDAS

(republicação)
Recebi de um Respeitável Irmão as questões que seguem: 1) Na página 42 (da circulação) – “Na circulação deve seguir a ordem: Ven∴, 1º e 2º VVig∴, Orad∴, Secr∴, CCobr∴” Deve-se entender que a coleta será dos dois Cobridores, ou foi erro de digitação? 2) Na página 54 no item 2.3 Leitura e Destino do Expediente; Após a leitura do mesmo quem recolhe e encaminha ao Venerável Mestre? Justificativa!

CONSIDERAÇÕES:

1 – Se foi erro de digitação ou não eu não posso lhe afirmar, entretanto o procedimento está equivocado. Na abordagem que se refere à circulação pelo respectivo Oficial é apenas o Cobridor Interno. A explicação para tal está em que uma Loja será aberta no mínimo com sete Mestres – Venerável, Vigilantes, Orador, Secretário, Cobridor Interno e o Mestre de Cerimônias.

2 – Em qualquer situação que demande encaminhamento ao Venerável, o Mestre de Cerimônias (sem portar o bastão) é o responsável pela missão. Alguns Veneráveis ainda confundem e atribuem esse ofício ao Primeiro Diácono. 

Nesse sentido cabe então uma explicação. Os Diáconos estão presentes no Rito Escocês simbolicamente como transmissores de ordens que se fazem presentes na Moderna Maçonaria revivendo os canteiros operativos que transmitiam ao Mestre da Obra as ações de esquadrejamento, nivelamento e aprumada da obra. Daí existir a transmissão da Palavra, entre o Mestre (Venerável) e os Vigilantes (auxiliares) que simboliza esse antigo costume operativo. 

Em resumo isso significa que antes de começar os trabalhos no canteiro os auxiliares (wardens – zeladores) marcavam os cantos da construção.

Perfeitamente adequada à ação, eles comunicavam ao Mestre por intermédio de um mensageiro, que tudo estava pronto para o início dos trabalhos – origem do termo “Justo e Perfeito”. Assim estando nos conformes, o Mestre determinava o início laboral. Cumprida a etapa, os auxiliares verificavam a qualidade produtiva e informavam ao Mestre que tudo estava correto (Justo e Perfeito) e, por assim ser, os trabalhos eram encerrados e os Obreiros eram despedidos contentes e satisfeitos.

Essas etapas construtivas geralmente eram iniciadas, medidas e encerradas por ocasião dos solstícios e em algumas situações dos períodos equinociais. A ponte entre o Mestre da Obra e os seus auxiliares imediatos (hoje os Vigilantes) era feita através desses mensageiros que, posteriormente e por influência da Igreja, assumiriam o título de Diáconos na Maçonaria.

O Rito Escocês pelo seu caráter “Antigo” como componente do seu título distintivo, embora de vertente francesa, revive essa prática através da transmissão da Palavra Sagrada de modo especulativo, já que literalmente os Vigilantes não nivelam nem aprumam a construção, todavia verificam a qualidade correta da palavra transmitida que, estando esta de acordo, declaram que tudo está “Justo e Perfeito”, tanto para abrir os trabalhos simbólicos quanto para encerrá-los. 

Note que inclusive que quem fecha a Loja é o Primeiro Vigilante. Também há que se notar que a origem das respectivas joias – o Nível e o Prumo – aludem às antigas práticas operativas. É nesse sentido que os Diáconos são os mensageiros e, no Rito em questão, têm apenas essa função específica.

É também oportuno salientar que a grande maioria dos ritos de vertente francesa possui nos seus quadros de Oficiais o Mestre de Cerimônias, enquanto que o Craft (inglês), apesar da existência da figura do Diretor de Cerimonial, este não tem a mesma função daquela prevista nos trabalhos originários na França. 

Os Diáconos, por exemplo, nos Trabalhos Ingleses assumem inúmeras funções, sobretudo nas oportunidades iniciáticas do Franco-Maçônico básico, enquanto que na vertente latina muitas dessas atribuições são relegadas ao Mestre de Cerimônias e Expertos (estes últimos também inexistentes no costume inglês).

Assim, pela característica do simbolismo escocês oriunda do primeiro ritual elaborado em 1.804 na França por maçons procedentes das Lojas Azuis norte-americanas que praticavam o costume “antigo” (desconhecido na França) influenciaria diretamente um rito de vertente latina, cujas acomodações ritualísticas viriam se consolidar paulatinamente nos anos seguintes. 

Nesse contexto, o Rito Escocês traria na sua também vertente anglo-saxônica a disposição do Segundo Vigilante ao Meio-Dia e a inclusão dos Diáconos como mensageiros e integrantes da alegoria da transmissão da Palavra, inclusive permanecendo a dialética antiga (hoje existente no ritual) como modo de preservar a tradição e não especificamente da sua prática literal.

Não está aqui se afirmando que no Craft existe a transmissão da Palavra, porém a existência do cargo de Diácono que tem função diferenciada daquele que porventura venha existir em algum rito latino.

Ao longo dos tempos muitos ritualistas elaboraram rituais sem se aperceber a existência “palpável” das duas vertentes maçônicas principais – a inglesa e a francesa. Nesse particular houve a generalização de atos e ações que, embora muitas vezes presentes nas duas vertentes, não seriam devidamente explicadas. Nesse mesmo contexto, muitos outros acabariam também por enxertar procedimentos e símbolos que não se coadunam com o arcabouço doutrinário relacionado à sua tradição.

Finalizando essa questão, embora de modo abreviado, o Mestre de Cerimônias é o serviçal direto do Venerável, enquanto que os Diáconos (embora a dialética preservada) se fazem presentes no Rito apenas como parte integrante da transmissão da Palavra que objetiva rememorar uma ação operativa que possui alto significado simbólico na Moderna Maçonaria, particularmente ao Rito Escocês Antigo e Aceito.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.225 Florianópolis (SC), quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

PORQUE É QUE OS HOMENS (REALMENTE) SE TORNAM MAÇONS

Nenhum homem aderiu à Maçonaria porque George Washington era Maçom. O mesmo se aplica a Truman, um presidente dos EUA e orgulhoso Maçom. Os seus legados podem inspirar admiração, mas esses nomes, por si só, não estimulam o coração de um homem a entrar pelas portas da Maçonaria.

E o mesmo se pode dizer dos muitos heróis maçónicos que marcaram a nossa história. Embora os honremos legitimamente e contemos as suas histórias, ninguém se junta à Maçonaria porque pensa que isso fará dele uma réplica desses grandes homens.

A Maçonaria não tem a ver com se tornar famoso ou alcançar uma grandeza histórica…

Trata-se de algo muito mais pessoal, baseado na vida quotidiana dos homens que conhecemos e admiramos.

E o incrível trabalho de caridade?

A Maçonaria é amplamente conhecida pela sua filantropia que ajuda os mais necessitados.

No entanto, nenhum homem se associa apenas para doar dinheiro. Não é preciso ser Maçom para doar generosamente para caridade.

Também não são os pormenores dos nossos rituais, por mais belos e profundos que sejam, que trazem os homens às nossas portas. Antes de se juntarem, a maioria dos homens tem pouco ou nenhum conhecimento da profundidade dos nossos rituais ou dos registos cuidadosos que mantemos.

O funcionamento interno de uma Loja, os seus procedimentos, actas e exactidão cerimonial, são estranhos aos que estão fora dela. Por conseguinte, o nosso ritual também não é a razão pela qual os homens procuram ser membros.

Então, porque é que os homens aderem à Maçonaria?

A resposta é simples: são inspirados por alguém que conhecem. Pode ser um pai, um avô, um amigo próximo ou mesmo um colega. Pode ser o vizinho do fundo da rua que sempre pareceu comportar-se com uma dignidade tranquila ou o mentor que deu conselhos sábios na altura certa.

Quem é a pessoa não importa tanto quanto o que ela representa.

O que importa é que o indivíduo é alguém para se admirar, um homem cuja vida incorpora valores que valem a pena ser imitados.

Esse exemplo é o que desperta o desejo de um homem de aderir. Ao longo de gerações e continentes, esta admiração pessoal tem sido o maior recrutador.

Milhões de homens aderiram à Maçonaria devido a uma relação que tiveram com um Maçom cujo carácter falou mais alto do que quaisquer palavras.

É a integridade, a bondade, a sabedoria e a força silenciosa dos maçons quotidianos que ilumina o caminho para que outros os sigam.

Se quisermos assegurar o futuro da Maçonaria, temos de nos concentrar em ser esse tipo de homem.

Alguém que vive os valores da Ordem, tanto nas grandes como nas pequenas formas. Alguém cuja conduta, em público e em privado, reflecte os ensinamentos da Maçonaria.

Ao vivermos estes princípios, oferecemos aos outros um exemplo tangível do que a Maçonaria representa e porque é importante.

E aqui está a coisa mais bonita… Quando vivemos desta forma, alguém vai reparar. Quer seja um filho, um vizinho, um colega ou um amigo, alguém será atraído pela luz que transportamos. Eles vão querer entender o que nos faz ser quem somos. Quererão saber o que nós sabemos.

Em última análise, o crescimento da Maçonaria está enraizado em algo tão intemporal como a ligação humana. Ela prospera quando nós, como maçons, vivemos autenticamente.

Ao sermos homens dignos de admiração, tornamo-nos os exemplos vivos que inspiram outros a se juntarem a esta grande e antiga fraternidade.

A próxima geração de maçons virá não por causa dos nossos rituais, da nossa caridade, ou mesmo dos nossos heróis, mas por causa de quem somos e de como vivemos.

PS: Um nosso estudo recente mostra que a maioria dos homens são atraídos para a Maçonaria mais tarde na vida, muitas vezes inspirados por alguém que admiram – um pai, mentor ou amigo.

Tradução de António Jorge, M∴ M∴

Fonte: freemason.pt

    quinta-feira, 3 de abril de 2025

    FRASES ILUSTRADAS

    AUSÊNCIA DAS LUZES DA LOJA

    (republicação)
    Em 05/07/2018 o Respeitável Irmão Elierto da Silva Carvalho, Loja Libertas, 1.365, REAA, GOB-RJ, Oriente de Miracema, Estado do Rio de Janeiro, pede o seguinte esclarecimento:

    AUSÊNCIA DAS LUZES DA LOJA


    Na ausência do Venerável Mestre, 1º e do 2º Vigilantes, quem assume a direção dos trabalhos numa sessão ordinária?

    CONSIDERAÇÕES:

    Bem meu Irmão, numa situação dessas o melhor mesmo seria que não houvesse sessão, pois as três Luzes faltando não é caso precário, é uma anomalia.

    Por óbvio, se alguma das Luzes não estiver presente, cada rito até dispõe de um substituto, mas faltando todas as Luzes, me parece que alguma coisa de anormal está acontecendo na engrenagem administrativa da Loja. Sem dúvida, numa situação dessas algo não vai bem.

    Não vejo como recomendável, mas possível, é que se isso acontecer e existirem Mestres Instalados suficientes, talvez eles possam, dependendo da circunstância, preencher precariamente os cargos inerentes às Luzes da Loja, entretanto eu não saberia dizer se, sob o ponto de vista legal, poderia existir alguma deliberação na Ordem do Dia.

    Agora, sob o ponto de vista prático, seria inadmissível que os três principais membros “eleitos” da diretoria de uma Loja não comparecessem à sessão. Aliás, haveria que se questionar a promessa por eles feita na ocasião das suas respectivas posses.

    T.F.A.
    PEDRO JUK - jukurm@hotmail.com
    Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br

    BAPHOMET


    O escritor e ocultista francês Eliphas Levi, em seu livro de 1855, "Dogma e Ritual de Alta Magia" discutia o personagem Baphomet. O agora clássico desenho de Levi, mostra uma criatura com a cabeça de um bode com barba e chifres, seios femininos, cascos fendidos, asas e um pentagrama sobre sua testa. Uma mão feminina aponta para o sol, e a masculina, para baixo, para a lua escura, uma ilustração do dito hermético "o que está em cima é como o que está embaixo" e um símbolo do bem e do mal.

    O bastão empertigado com duas cobras enroladas subindo no seu colo é símbolo da vida eterna. Baphomet também contém antigos elementos alquímicos da Terra (ele está sobre um globo), como fogo (chama da inteligência ardem sobre sua cabeça), ar (ele tem asas) e água (escamas cobrem o corpo).

    O nome "Baphomet" veio do julgamento dos Templários durante o início do século XIV, quando foram acusados de adorar essa criatura demoníaca. Levi encontrou gárgulas nos edifícios templários nos quais baseou seu desenho, porém Levi não considerava Baphomet como Satanás.

    Ele descreveu esta entidade peculiar como a personificação ilustrada de todas as forças do Universo, pois, como pode se ver, é uma figura conceitual carregada. Infelizmente, para Levi, muitas pessoas olham a imagem e dizem: "Satanás!" Graças ao desenho, as cartas de Tarô que apresentam o Diabo, mostram uma figura muito parecida com Baphomet.

    E QUAL A CONEXÃO DISSO COM A MAÇONARIA? Na realidade, ABSOLUTAMENTE NENHUMA, mas isso nunca impediu uma boa lenda urbana.

    Fonte: Facebook_Curiosidades da Maçonaria

    AS COLUNAS E AS ORDENS DE ARQUITETURA

    Capitéis da Antiguidade Clássica: Entenda a diferença entre as ...

     Autor: Dermivaldo Collinetti*

    Em nossa Ordem, e nos mais variados ritos, são consideradas cinco ordens de arquitetura, sendo três de origem grega e duas de origem romana, sendo no REAA, as que prevalecem são as de origem grega, que são originais, sendo que as demais são derivadas destas.

    As Ordens de arquitetura, são uma combinação peculiar de três elementos arquitetônicos: base, coluna e entablamento.

    Na nossa Ordem, esses estilos arquitetônicos clássicos, são utilizados em vários dos Graus maçônicos, e valem por seu simbolismo.

    São cinco as ordens conhecidas:

    • De origem grega: Ordens Jônica. Dórica e a Coríntia, sendo esta última uma variação da Ordem Jônica
    • De Origem romana: Ordens Toscana e Compósita.

    Apesar de não serem de origem grega, eles, os gregos a remodelaram e a tornaram a que são hoje.

    Assim, faremos um pequeno resumo das ordens de arquitetura e seu simbolismo, lembrando que pelo ritual, as colunas ficam próxima ao altar da três luzes e as colunetas miniatura das mesmas, ficam no altar dessas mesmas luzes.

     Ordem Jônica:  A Ordem Jônica também é conhecida como a Ordem de Atenas, sendo de origem Assíria, sendo seu lugar no Oriente próximo ao Venerável Mestre. Dai ela representar a Sabedoria. Ela é posterior a Ordem Dórica.  Nota-se que a coluneta no trono fica sempre de pé, indicando que a Sabedoria deve estar sempre alerta, seja no trabalho ou no descanso. Ela vem dos Jônios que era um povo vindo da Ásia, e que fundaram várias cidades na Grécia antiga, inclusive a cidade de Atenas, de onde se originou os grandes pensadores gregos, como Sócrates, Platão e Aristóteles.

    A lenda nos conta que Íon, um líder grego dos Jônios, foi enviado à Ásia, onde construiu templos em Éfeso, dedicados a deuses gregos. Íon então, observou que as folhas de cortiça, colocadas sobre os pilares para evitar infiltração de água e amortecer o peso das traves, com o tempo, cedendo à pressão, contorciam-se em forma de ornamento em espiral, que imitavam os fios de cabelo de mulher, sendo essa  a principal característica da Ordem Jônica. Um dos exemplos da arquitetura Jônica encontra-se na Acrópole de Atenas. Representa ainda em nossa ordem o Rei Salomão.

    – Ordem Dórica: Ela é a mais rústica das três gregas, e a mais antiga, priorizando a robustez, em confronto com a beleza, sendo que na Grécia antiga, ela ornamentava os deuses masculinos, sendo que sua origem é do Egito. Daí estar relacionada a FORÇA (Hercules), estando na Coluna do Norte que é governada pelo Primeiro Vigilante. Suas colunas não possuem base e seus capiteis são simples, lisos e sem qualquer ornamento. A coluneta é erguida durante os trabalhos, quando é necessária força para a execução dos mesmos (do meio dia à meia noite). Seu nome vem de Dorus, filho de Heleno, rei da Acaia e do Peloponeso. Os Templos mais importantes da Grécia antiga tinham colunas da desta ordem. Dos Dóricos, originaram-se os Espartanos, grandes guerreiros e combatentes. Como símbolo da força, nos anima e sustenta perante as nossas dificuldades, lembrando que nunca estamos sozinhos. Representa Hiram Rei de Tiro.

     Ordem Coríntia: É a mais bela de todas, daí representar a Beleza (Afrodite ou Vênus), estando próxima ao Segundo Vigilante. Ela é uma evolução da Ordem Dórica. Ela é esbelta e graciosa. Sua denominação refere-se a cidade de Corinto; Quando do início dos trabalho em loja, a coluneta é abaixada. O templo de Zeus é melhor exemplo desta arquitetura.

    A lenda nos conta que uma ama levou uma cesta, contendo brinquedos à sepultura da criança que cuidava, cobrindo-a com uma velha telha, por causa das chuvas. Ao iniciar-se a primavera, um pé de acanto germinou e cresceu, transformando-se em formosa árvore. Folhas de acanto, cesta e telha teriam produzido um belíssimo efeito ao crescer a planta. Essa cena foi capturada pelo escultor Calímaco, que talhou um pilar de rara beleza, com o capitel copiado daquela cena. Representa Hiram Abiff.

    Às essas três Ordens de Arquitetura, acrescentam-se às vezes a ordem Compósita, e a ordem Toscana, que não devem ser levadas em conta no simbolismo maçônico. 

    Conclusão

    Nosso edifício espiritual repousa sobre estas Ordens e colunas simbólicas, sendo que a Sabedoria organiza o caos, criando a ordem. A Força executa o projeto, seguindo instruções da Sabedoria, e a Beleza ornamenta nossa vida. Assim, sendo Sábio temos a Força, para lutar e combater as vicissitudes da vida e temos a Beleza permanente na construção de nosso edifício humano.

    *Dermivaldo é Mestre Maçom da ARLS Rui Barbosa, Nº 46 – GLMMG – Oriente de São Lourenço e, para nossa alegria, um colaborador do blog.

    Referências

    As Ordens Arquitetônicas na Maçonaria – Kennyo Ismail – Blog No esquadro.

    WWW.MACONARIA.NET – As três colunas, Eduardo Silva Mineiro, ARLS Acácia Castelense, nº 4 – Castelo do Piauí – Piauí – Brasil.

    Decálogos do grau de aprendiz – Reinaldo Assis Pellizzaro – 1 Ed. 1986.

    A Simbólica Maçônica – Jules Boucher – 1979.

    Fonte: https://opontodentrocirculo.com

    quarta-feira, 2 de abril de 2025

    FRASES ILUSTRADAS

    QUESTÕES DE PROCEDIMENTOS

    (republicação)
    O Respeitável Irmão Antonio Gouveia, Secretário da Loja Serra do Roncador, 2.240, GOB, REAA, sem declinar o nome do Oriente (Cidade) e estado da Federação, formula as questões seguintes:
    antoniomaiagouveia49@hotmail.com

    1) Primeiramente, gostaria de esclarecer uma dúvida sobre “A Palavra a Bem da Ordem em Geral e do Quadro em Particular”. Podemos seguir a orientação de voltar à palavra nas Colunas novamente, no caso de um Irmão precisar se manifestar após a circulação da palavra, para acrescentar algo importante e relevante ao assunto em pauta? Ou existe outra forma?

    2) Segundo alguns Irmãos mais antigos, a P∴S∴ deve ser passada pelo V∴ no Or∴ pelo lado Norte ao 1º Diácono e este irá passá-la ao 1º Vig∴ também no lado Norte ou à esquerda deste. Até aqui, tudo bem. Porém, alguns afirmam que o 2º Diácono deve receber a P∴ S∴ do 1º Vig∴ no lado Norte e passá-la ao 2º Vig.´. também no lado Norte. Aqui fica complicado, porque o lado Norte do 2º Vig∴  fica em frente a sua mesa, o que tornaria impraticável esta passagem da P∴ S∴. Então, ela pode ser passada, como sempre foi à esquerda (ou ocidente) do 2º Vig∴? Ou deverá ser passada de outra forma?

    3) Muitos Irmãos antigos fazem um sinal levantando o braço direito quando querem agradecer alguma referência a eles, ou de forma geral, para expressarem algum tipo de agradecimento. Está certo este sinal, ou sinal de agradecimento é feito com o Sinal de Ordem?

    CONSIDERAÇÕES:

    01 – O retorno da Palavra é um critério do Venerável Mestre caso o assunto seja realmente relevante ao ponto de merecer atenção o seu retorno. Se assim proceder, o Venerável, não importando onde estiver situado o suplicante, reiniciará o giro da Palavra partindo da Coluna do Sul (a Palavra fará o giro completo).

    02 – O giro e abordagem na transmissão da Pal∴ Sagr∴: O Primeiro Diácono aborda o Venerável pela sua direita (norte do Altar). Ato seguido o mensageiro sai do Oriente pelo Sul, cruza o eixo (equador) entre o Painel da Loja e a porta do Templo e aborda o Primeiro Vigilante pela sua direita (ombro direito do Vigilante). De retorno o Primeiro Diácono passa pelo Norte e ingressa no Oriente novamente até o seu lugar em Loja. Ato seguido o Segundo Diácono aborda o Primeiro Vigilante do mesmo modo como fizera o Primeiro Diácono. Em seguida o mensageiro passa pelo Norte, cruza o eixo (equador) entre o Painel da Loja e a entrada do Oriente, ingressa no Sul e aborda o Segundo Vigilante também pela sua direita (ombro direito do Segundo Vigilante). Cumprida a missão o Segundo Diácono retorna passando do Sul para o Norte entre o Painel da Loja e a porta do Templo até o seu lugar em Loja.

    Outras observações no caso:

    a) O Venerável ao ser abordado pelo Diácono vira-se e fica de frente para ele. Assim também se posicionam os Vigilantes ao serem abordados pelos Diáconos.

    b) As Luzes da Loja são sempre abeiradas pelas suas direitas (lado dos seus respectivos ombros direitos).

    c) Não existe nenhuma circulação (giro) ao redor das mesas ocupadas pelos Vigilantes. Abordados os Vigilantes, os Diáconos dali partem diretamente ao seu destino na forma anteriormente explicitada.

    03 – Não existe “sinal de agradecimento” no REAA. Aliás, tradicionalmente esse procedimento é inexistente na Maçonaria. Alguns confundem com a prática de alguns costumes como resposta ao contentamento quando batem com as palmas das mãos sobre o Avental manifestando-se que estão satisfeitos. Ratificando: essa prática é inexistente no Rito Escocês – tanto de agradecimento como de contentamento.

    Infelizmente “inventaram” outra prática eivada de mau-gosto, pela qual um Obreiro ao ser mencionado, ou parabenizado, o mesmo estende o braço à frente do mesmo modo pelo qual tradicionalmente manifestam-se os Obreiros que aprovam pelo sinal de costume.

    Ora. Não seria deselegante alguém aprovar um elogio para si próprio? Eticamente seria este um procedimento desejável? Não seria o mesmo que figuradamente se legislasse em causa própria? Exposições abeiradas pela falta de bom-senso não deveriam ganhar guarida nos nossos meios.

    Já que estender o braço e o antebraço direito à frente com a respectiva palma da mão voltada para baixo é o modo pelo qual se aprova alguma coisa em Loja, elogios à parte, eu penso que é de péssima geometria aquele que aprova elogios para si mesmo, ou aprova publicamente o seu próprio nome quando citado.

    T.F.A.
    PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
    Fonte: JB News – Informativo nr. 1.223 Rio Branco (AC), terça-feira, 7 de janeiro de 2014.

    PÍLULAS MAÇÔNICAS

    nº 89 - A Paciência no desbaste da Pedra Bruta

    Esta Pílula é um “repeteco” do meu primeiro trabalho quando era Aprendiz, feito muitos anos atrás. É um trabalho curto e simples sobre a Paciência no desbaste da Pedra Bruta. Esta Pílula é dirigida, principalmente aos Aprendizes que estão se iniciando na realização espiritual e na condução ao aperfeiçoamento. Esse início é o despertar da consciência adormecida, da mente, das emoções e aprimoramento dos atos. É o amanhecer da consciência interior, que esteve até agora, adormecida ou inativa.

    Devemos nos descobrir e caminhar na direção da Luz sem preconceitos, ilusões, vaidades e com a mente clara e imparcial e, sobretudo, paciente pois há em cada ser humano uma ilimitada possibilidade de bem, de força e capacidade de desenvolver e manifestar as mais elevadas qualidades humanas.

    Paciência, é o elemento fundamental para nossa jornada na busca da evolução. Esta evolução é uma meta que somente será atingida com perseverança, constância, sinceridade de propósitos e, muita, muita paciência.

    Devemos, pois, Irmãos Aprendizes, desbastar a Pedra Bruta, que é a atual situação das nossas almas profanas para sermos instruídos nos mistérios da Ordem da Arte Real. Ela deve ser trabalhada com cuidado, com carinho e habilidade com o malho e o cinzel, para que chegue apresentar a forma de um paralelogramo. E este trabalho exige a virtude da paciência que por sua vez, está subordinada à fortaleza da alma, a retidão do caráter e ao controle dos vícios.

    Esta paciência, consiste também, na capacidade constante de encarar as adversidades, tolerando seus amargores. É a resignação de um lado, e perseverança tranquila, do outro.

    paciência é, sem dúvida, uma forma de persistência. É uma qualidade que, de modo geral, não associamos à vontade, mas é parte de uma vontade plenamente desenvolvida em nossa mente e em nossa alma, refletindo seus raios pelo nosso corpo. A paciência, o tempo e a perseverança, com seus valores extremados, nos habilitam a realizar muitas coisas. Essa ideia, Irmãos, é semelhante aquela já dita por alguns filósofos, aos quais a visão hermética lhes possibilitava tais coisas: “O trabalho da Pedra Bruta é um trabalho de paciência, tendo em vista a duração do tempo, do labor e o capricho necessário para levá-la ao formato de um paralelogramo perfeito”.

    Muitos abandonam este trabalho por cansaço e outros, desejando consegui-lo precipitadamente, nunca tiveram êxito.

    Na verdade, como está explícito nas linhas acima, é um trabalho árduo e paciente e este é um dos objetivos mais importantes da nossa Ordem Maçônica, e, muito provavelmente, o principal. Os impacientes não conseguem realizar este trabalho. E, finalizando, fica no ar uma frase para pensarmos e refletirmos:

    “A Paciência não é como uma flor que pode ser colhida. É como uma montanha, que passo a passo, deve ser escalada”.

    Fonte: pilulasmaconicas.blogspot.com

    O SANTO GRAAL

    O Santo Graal, dentro do simbolismo maçônico, é interpretado de forma ampla e metafórica, alinhando-se ao caráter esotérico e filosófico da maçonaria. 

    Embora o Graal tenha origens no cristianismo e nas lendas arturianas, ele simboliza, no contexto maçônico, a busca por perfeição, sabedoria e iluminação espiritual.

    Principais Significados do Santo Graal na Maçonaria:

    1. Busca pela Verdade Absoluta: O Graal é muitas vezes associado à procura pelo conhecimento supremo e pela verdade oculta. Para os maçons, essa busca está ligada ao aprimoramento moral e intelectual, ao autoconhecimento e à transcendência.

    2. Simbolismo da Pureza e da Renovação: O Graal, descrito como um cálice sagrado, remete à pureza e à capacidade de receber a graça divina. Na maçonaria, pode simbolizar a mente e o coração receptivos à sabedoria e à virtude.

    3. Trabalho Iniciático: Assim como os cavaleiros da Távola Redonda buscam o Graal enfrentando desafios, o maçom, em sua jornada iniciática, enfrenta provas e obstáculos para alcançar níveis mais altos de compreensão e espiritualidade.

    4. Conexão com o Divino: O Graal, por sua associação com o sangue de Cristo ou a última ceia, pode representar a união com o princípio criador ou divino, um objetivo espiritual que muitos maçons perseguem simbolicamente.

    Relação com a Lenda Arturiana:

    A maçonaria também utiliza referências às lendas arturianas, onde o Santo Graal é visto como a recompensa para aqueles que demonstram virtude, coragem e pureza de coração. Na jornada maçônica, esse mito pode ser interpretado como um paralelo à busca pela pedra filosofal, pela luz ou pela sabedoria.
    Embora o Santo Graal não seja um símbolo oficial em todos os ritos maçônicos, ele ressoa com os princípios da ordem: a busca contínua por iluminação e aperfeiçoamento. Essa busca, muitas vezes representada por mitos e símbolos, é central na filosofia maçônica.

    Fonte: Facebook_Estrela de Davi

    terça-feira, 1 de abril de 2025

    FRASES ILUSTRADAS

    SINAL E SUBSTITUIÇÃO DO VENERÁVEL

    (republicação)
    O Respeitável Irmão Leniro Almeida, Secretário da Loja João Vieira Chagas, 2.467, GOB, REAA, Oriente de União dos Palmares, Estado de Alagoas, apresenta a questão abaixo:
    leniroalmeida@hotmail.com

    Sou assinante da Revista A Trolha a qual gosto muito, principalmente suas respostas que são de muito valor para o nosso aprendizado. Tenho uma duvida a qual sempre vejo em Loja, é a questão do Venerável Mestre e os Vigilantes ficaram à Ordem com o respectivo Malhete sobre o lado esquerdo do tórax. Vejo como uma pratica que vai de encontro ao Ritual do REAA, pois em nem uma pagina cita tal procedimento. Outra duvida é quanto à substituição do Venerável Mestre por outro Irmão da Loja, mesmo o Venerável estando presente na Sessão. Tal decisão é justificada a titulo de aprendizado, pois assim todos os membros da Oficina passarão pelo Trono de Salomão.

    CONSIDERAÇÕES:

    A questão do malhete – Essa prática está arraigada na nossa Maçonaria e de modo despercebida muitos ainda a praticam, embora o procedimento de modo generalizado seja incontestavelmente equivocado.

    Os que portam malhetes em Loja aberta ao ficarem em pé deixam os respectivos e compõem o Sinal como qualquer Obreiro (com a mão, ou com as mãos dependendo do caso). Essa prática de manter o malhete no lado esquerdo do peito somente se dá quando o Venerável, ou o Vigilante necessite se ausentar do seu lugar empunhando o malhete. Todavia, indiscriminadamente muitos dos componentes das Luzes da Loja não têm observado esse critério. Essa atitude também não pode ser confundida com o Sinal, já que ninguém faz Sinal usando o instrumento de trabalho para fazê-lo. Como dito, Sinais são feitos com a mão.

    A questão da substituição – Esse procedimento não tem qualquer cabimento e não se justifica mesmo a título de aprendizado. O substituto de modo precário, isto é, se ele estiver ausente da sessão, é o Primeiro Vigilante. Agora o Venerável estando presente deixar o seu cargo para outro Irmão é qualquer coisa de anormal. O Guarda da Lei deveria coibir essa aberração e não ser conivente com a situação.

    T.F.A.
    PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
    Fonte: JB News – Informativo nr. 1.221 Rio Branco (AC), domingo, 5 de janeiro de 2014.

    A SOMBRA

    A sombra - o lado oculto da personalidade, o reino do inconsciente - é um tema recorrente na obra de Jung e uma presença constante, por vezes sutil, em reuniões maçônicas.

    Jung descreve a sombra como o inconsciente que habita em cada um de nós, tanto o pessoal quanto o coletivo. É um "problema moral", desafiando a totalidade da personalidade do Eu. Reconhecer a existência da sombra exige firmeza moral, um ato fundamental para o autoconhecimento.

    Na psicoterapia e na Maçonaria, o trabalho com a dialética do Eu e do inconsciente reflete a máxima "conhece-te a ti mesmo". É um processo longo, exigente e apaixonante, guiado pela compreensão das sombras interiores.

    A sombra não é apenas o mal; é também o recalcado, contendo qualidades que podem enriquecer a existência humana. No entanto, confrontá-la é um desafio, um duelo entre o analisado e seu lado sombrio.

    A jornada para integrar a sombra é essencial tanto na psicologia quanto na Maçonaria. É um processo de reconciliação consigo mesmo, de revelação para identificação e discernimento.

    Aceitar e compreender a sombra é libertador. Ela personifica o que o sujeito se recusa a reconhecer, e sua confrontação é crucial para a cura da alma.

    Em última análise, a sombra permanece como o ponto central da busca pela verdadeira essência, tanto para o analisado quanto para o maçom especulativo. É um território desconhecido, uma peregrinação iniciática em busca de autoconhecimento e integração.

    A obra de Jung continua a inspirar e desafiar, convidando-nos a explorar os mistérios da alma e a confrontar nossas próprias sombras em busca da verdade e da realização pessoal.

    Vale lembrar que Jung era neto de Maçom, mas nunca foi iniciciado.

    Por Jean-Luc Maxence (in JUNG é a Aurora da Maçonaria O Pensamento Junguiano na Ordem Maçônica, Madras 2004).

    Fonte: Facebook_Curiosidades da Maçonaria