DESERÇÃO E BAIXA FREQUÊNCIA EM LOJA
(Desconheço o autor)
Os principais problemas de todas as Lojas são sempre os
mesmos de toda a Maçonaria: deserção e baixa freqüência dos IIr.:.
Entendo que o iniciado abandona a Ordem, porque teria sido
atingido por três males que, para simplificar, os identifico como: dois de
nascimento e um de crescimento.
De nascimento: o mal escolhido (o candidato foi indicado por
ser amigo do proponente e não por ter vocação; segue-se uma sindicância
imperfeita); e o mal iniciado (cerimônia com passagens bisonhas; gracejos;
visita a lugares estranhos).
De crescimento: o mal instruído (pobreza didática dos
instrutores; falta de leitura dos clássicos maçônicos; acesso a invencionices e
achismos). Este último item se agrava com a pressa na concessão de “aumento de
salário”. Ensinar “é transmitir conhecimento”. Dispensar interstício é, assim,
por demais prejudicial à formação do iniciado maçom.
Em relação à freqüência, ela tem uma forte vertente: as
motivações. O maçom deve ir à Loja por amor e não por obrigação. O Venerável
tem que ser um líder, que entusiasma seus obreiros.
A loja tem que ter projetos (metas e meios) que não só
tenham a ver com a formação de seus quadros, mas também se refiram à sua ação
filantrópica e social, em cuja execução todos se envolvam.
A monotonia é cansativa e estressante. Mas a reinvenção é
animadora e cativante. A maçonaria não é o ócio. É o fascínio da lapidação do
principal produto do Criador – o homem, tornando-o um “construtor social”.
A recomendação das sagradas escrituras é de que, em cada
dia, precisamos renascer. Pois a vida é ação. É trabalho. Quem se entranhou de
maçonaria sabe o quanto ela é superior dentre todas as organizações humanas.
Lutar pela permanência dos irmãos, freqüentes e em
atividade, no seio da Fraternidade, é uma missão relevante do maçom. Deixar de
fazê-lo, é “mais do que uma infidelidade. É um perjúrio”.
As realizações maçônicas não foram e não serão medidas pelo
número dos seus membros e sim pela capacidade que eles tiveram ou venham a ter
no domínio de forças fenomênicas, nem sempre visíveis ou sensíveis. Se uma
escada fosse composta pelas três formas do Conhecimento Humano, o degrau de
cima seria o da Filosofia, o do meio, o da Ciência e o primeiro, o da Tradição.
A Maçonaria independente do número de obreiros evoluiu por
essa escada e se perpetuou como tem evoluído e se perpetuado no tempo.
Exatamente porque exaltando a Tradição como a sua força propulsora, ganhou um
conhecimento maior e também um maior domínio das demais forças da Mãe Natureza,
possibilitadas que foram pelo Saber em todas as suas formas de Conhecimento.
A Tradição é o primeiro degrau a ser escalado. Foi assim no
começo com uns poucos e também poderá e deverá sê-lo por todo o sempre com
qualquer número, nada havendo, pois a temer em razão de vazios, desde que os
antigos costumes sejam respeitados e preservados.
"O maior prazer de um homem inteligente é bancar o
idiota diante do idiota que quer bancar o inteligente"