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PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

sábado, 31 de maio de 2025

FRASES ILUSTRADAS

ESPADA EM OMBRO ARMA

Em 05/10/2024 o Respeitável Irmão João Jonas da Costa Junior, Loja Estrela do Rio Formoso, 3036, REAA, GOB-MS, Oriente de Bonito, Estado do Espírito Santo, apresenta a questão seguinte:

EMPUNHANDO A ESPADA

Ocupo o cargo de Cobr Int em minha Loja, estou com lesão crônica no ombro direito e não posso fazer movimentos de elevação do braço, o que impossibilita o sinal de ordem no grau 1; para evitar ausência nas sessões por esse motivo, é possível, nos momentos de ficar à ordem, permanecer em pé com a espada em punho? Aguardo a sua valorosa orientação.

CONSIDERAÇÕES:

Em face à sua lesão, vejo como viável que o Irmão possa se valer da espada em ombro arma para ficar à rigor nas oportunidades em que estiver em pé, destacando, no entanto, que esta é uma providência emergencial e temporária, nunca definitiva. 

Espada em ombro arma significa que a mesma deve ser empunhada pela mão direita, lâmina em riste na vertical, junto ao corpo, apontada para cima; mão direita junto ao quadril pelo lado direito, mantendo o braço e o antebraço direito afastados do corpo. Estando em pé e parado mantém-se o corpo ereto (a prumo), com os pés unidos pelos calcanhares formando uma esquadria aberta para a frente. 

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

MAÇONS FAMOSOS


BENJAMIN CONSTANT BOTELHO DE MAGALHÃES (Niterói, 1836 - Rio de Janeiro, 1891). Militar, engenheiro, professor e político brasileiro, cuja trajetória se entrelaça com momentos decisivos da história do Brasil. Formado em engenharia pela Escola Militar, participou da Guerra do Paraguai como engenheiro militar, período em que escreveu cartas críticas à condução do conflito. Sua carreira acadêmica foi marcante, lecionando em instituições como a Escola Militar da Praia Vermelha e a Escola Politécnica, além de ter sido o primeiro diretor da Escola Normal da Corte, hoje Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro (ISERJ).

Adepto das ideias positivistas, Benjamin Constant teve papel central na Proclamação da República em 1889, influenciando jovens oficiais do Exército. No governo provisório, foi Ministro da Guerra e, posteriormente, Ministro da Instrução Pública, promovendo uma importante reforma educacional que modernizou o ensino primário e secundário no Brasil. Reconhecido como fundador da República pela Constituição de 1891, faleceu no mesmo ano, de complicações decorrentes da malária.

Fonte: Facebook_Curiosidades da Maçonaria

DOCÊNCIA MAÇÔNICA

Ir.´. Marcelo Artilheiro

DOCÊNCIA MAÇÔNICA: DO CONTEÚDO CURRICULAR DAS LOJAS MAÇÔNICAS

A qualidade da formação dos maçons nas Lojas constitui um desses tópicos em que todos concordam com o diagnóstico pessimista e constrangedor, mas pouco se faz para corrigir.

Ao contrário do que se diz a maçonaria não é ou deveria ser apenas uma “escola de líderes”, mas sim de pensadores. Um “líder” que não pensa, apenas repete, não consegue liderar nem a si mesmo, pois um homem que não pensa por si mesmo, não pensa, logo, não lidera nem a si mesmo.

Para atuar e trabalhar de forma consistente e comprometida com as mudanças que passa o mundo e a maçonaria, o maçom, independente do seu grau, longe de um aplicador burocrático do ritual e das normas, ou simples repetidor de frases e leitor de trabalhos, precisa de uma formação adequada, que permita o diálogo com diversas culturas, ritos, ciências e grupos sociais e que não perca a sensibilidade e a percepção sobre o contexto maçônico, político e social em que se encontra e ainda sua ação na sociedade, maçonaria e em si mesmo.

Ao ingressar na maçonaria e ao longo de sua jornada de aprendizado, o Maçom não deve perder de vista a submissão à ordem ritualística, normativa e a ciência. A educação assume, assim, papel fundamental na definição da formação do Maçom, tornando-se relevante, inclusive, para a mudança deste, da sociedade e da maçonaria. Assim, com o escopo de fixar um conteúdo mínimo, no Grande Oriente do Brasil – GOB, o Regulamento Geral da Federação – RGF, fixou em seu artigo 96, o conteúdo pedagógico que deve ser abordado no processo de formação do maçom gobiano no qual fixou a necessidade da interdisciplinariedade, verbis:

Art. 96 – São deveres da Loja:

III – empenhar-se no aperfeiçoamento dos seus Membros nas áreas de Filosofia, Simbologia, História, Legislação Maçônica, Ética e Moral e promover o congraçamento familiar maçônico;

Logo, a formação maçônica é interdisciplinar, não apenas ritualística, portanto não pode apenas ficar restrita ao Ritual, como usualmente tratado, com notória ênfase (quando não só a estes) a temas como “pedra bruta”, “régua”, “esquadro” e etc., mas sim deve adentrar também em temas e conteúdos relacionados Filosofia, Simbologia, História, Legislação Maçônica, Ética e Moral.

As responsabilidades éticas da maçonaria são maiores do que as das demais instituições. A formação dos maçons é uma ação fundamental para gerar respostas não só a problemas da instituição, mas também aos problemas da sociedade e do próprio maçom, e não se consegue isto estudando apenas o Ritual.

Considerando o processo da formação maçônica, essa premissa nos leva a uma indagação: trata-se de uma crise na ou da educação maçônica?

Muitas Lojas infelizmente geram e formam apenas repetidores/copiadores e não pensadores “homens livres”; de bodes a papagaios. A educação maçônica não pode ser apenas a mera “transmissão de conhecimento”, mas sim a apropriação da cultura, visando o desenvolvimento maçônico, humanista, social e espiritual do maçom. Uma formação crítica e reflexiva, com senso de responsabilidade maçônica e social, gerando um compromisso com a cidadania.

Além da abordagem do conteúdo mínimo fixado no Regulamento Geral da Federação, cujo rol não é exaustivo, impõe-se reconhecer que a verdadeira aprendizagem não resulta da mera repetição do discurso verbal presente no Ritual, mas sim da relação de sentido que o Maçom é capaz de estabelecer entre o seu conhecimento prévio e o novo conteúdo/conceito, com o qual ele se depara em Loja. Durante seus estudos há que se fomentarem os processos interativos e cognitivos na construção do saber maçônico; a diferença entre repetição de conteúdo/ritual, gerando um pensamento crítico, uma educação maçônica voltada para a cidadania democrática e maçônica.

A educação, inclusive a maçônica, que não liberta, que não gera pensadores e não educa, torna prisioneiro o homem antes livre.

Fonte: https://artilheiro7.wixsite.com

sexta-feira, 30 de maio de 2025

FRASES ILUSTRADAS

REAA - USO DO CHAPÉU

Em 02.10.2024 o Respeitável Irmão Robert Nicholas de Araújo Marinho, Loja Pedro Germano Costa, 2349, REAA, GOB-RN, Oriente de Natal, Estado do Rio Grande do Norte, apresenta a dúvida seguinte:

USO DO CHAPÉU

Fui informado que, com as novas mudanças na ritualística do REAA do GOB, o Venerável fará uso do Chapéu tanto nas sessões ordinárias, quanto nas magnas, na hora da transmissão da Palavra Sagrada, procurei entrei na SOR e procurei nas orientações ritualísticas, e nada encontrei referente ao assunto, como sempre trabalho no cargo de M de CCer, por favor peço orientações sobre essa parte ritualística, para que possamos incluir nos trabalhos em nossa Loja. 

CONSIDERAÇÕES:

Inicialmente, eu gostaria de salientar que o uso do chapéu no REAA não é algo novo. Estamos sim resgatando costumes originais que foram retirados sem explicação - como é o caso do uso do chapéu.

Esta prática foi reintegrada e faz parte dos novos rituais vigentes do REAA, edição 2024. Neles constam todos os momentos em que há retirada e recolocação da cobertura pelo usuário.

A título de esclarecimento, o chapéu, sob o ponto de vista do misticismo religioso hebraico, que inegavelmente opera grande influência na Maçonaria, significa a submissão do homem diante da Divindade. Ilustra que acima da mente falível da criatura, está a Onisciência, Onipresença e Onividência do Criador. Sob o ponto de vista histórico, a cobertura é um elemento que exprime hierarquia e igualdade entre os pares. Em muitos casos, o chapéu negro de aba mole era um elemento que também servia para proteger a identidade, sobretudo na época em que muitos maçons estiveram engajados em lutas por conquistas sociais. Nesse caso, a aba mole e caída do chapéu ajudava a esconder a face do usuário, evitando o seu reconhecimento.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

JACQUES DE MOLAY

Jacques de Molay foi um sacerdote-militar, nascido em 1244 em Molay Haute-Saône, na França. Sua vida foi marcada por lutas, traições e mistérios. Há 700 anos, o homem fez parte de uma das ordens mais controversas da história da cristandade: os Cavaleiros Templários – quem jogou Assassin's Creed ou leu o “Código da Vinci” deve ter uma ideia sobre o que isso se trata.

Todavia, a história real é muito mais cruel e traiçoeira. Se na ficção eles são retratados apenas como vilões, na verdade há muitas conspirações e planos para derrubar o próprio grupo, sendo Jacques uma de suas principais vítimas.

O fim do mundo medieval

A queda do Acre (Israel), em 1291, foi uma das batalhas que definiram o fim da era medieval. Nela, assim que os mamelucos destruíram os portões da cidade, os 195 anos de cruzadas do cristianismo também chegaram ao fim. Quando as forças do sultão al-Ashraf Khalil sitiaram o local, a maioria dos nobres fugiu pelo mar, deixando apenas os templários e os civis para trás.

O grão-mestre dos templários foi morto em combate, obrigando Peter de Savery, um sênior da ordem, a se render ao sultão. Uma das condições era que os civis ganhassem passe livre para Cipre. Khalil concordou, mas, assim que os portões da cidade foram abertos, ela foi saqueada enquanto as mulheres e crianças acabaram sendo dizimadas.

Percebendo a situação, os templários fecharam a passagem e levaram os cidadãos restantes para os poucos barcos que sobraram depois do ataque. Após a partida, eles voltaram para enfrentar o inimigo. Se fazendo de arrependido, o sultão convocou de Severy para se desculpar, mas em vez disso o aprisionou.

Os templários tentaram resistir, mas foram derrotados. A cidade caiu, e a Terra Sagrada só aceitou as regras cristãs em 1917, quando a Grã-Bretanha e os impérios aliados conquistaram o local.

Não houve muitos sobreviventes após o ataque da cidade-fortaleza do Acre, porém Jacques de Molay estava entre eles. Depois de algum tempo, ele foi nomeado grão-mestre da Ordem. Para os cristãos latinos, os templários eram grandes heróis, mas a história mudou quando eles retornaram para a Europa.

A caça aos templários

Ao voltar para o Velho Mundo, Jacques encontrou o lugar transformado. O continente havia seguido em frente e as batalhas pelas quais seus amigos haviam morrido não faziam mais sentido. Além disso, os poderosos não se importavam com a causa dos templários, muito menos com os soldados.

Em 12 de outubro de 1307, em Paris, de Molay recebeu a honra de carregar o manto no funeral da imperatriz da Constantinopla, cunhada do rei Filipe IV de França. Mas, na noite seguinte – uma sexta-feira 13 –, o próprio monarca mandou capturar todos os templários do país, sendo que apenas alguns poucos escaparam. Algumas pessoas acreditam que esse é o principal motivo para que a sexta-feira 13 seja sinônimo de azar.

Filipe acusou os cavaleiros de ofensas perversas, visando assim denegrir a ordem perante o público. Entre os perjúrios, estavam cuspir no crucifixo, negar Cristo, idolatrar falsos deuses, blasfêmia e obscenidades.
Óbvio que Filipe havia inventado grande parte das acusações. Além disso, ele incentivou a população ao ataque e conseguiu chamar a atenção da igreja. Quando o papa Clemente V soube das prisões, ficou furioso, mas não pôde fazer nada. Portanto, em vez de enfrentar o rei, ele optou por manter o orgulho e tomar conta da situação com as próprias mãos.

Tortura e cativeiro

Durante um mês, os templários foram torturados impiedosamente. Muitos deles (incluindo de Molay) acabaram confessando as acusações feitas pela coroa. Levado pelo poder, Filipe escreveu para os outros monarcas da Europa e os incentivou a fazer o mesmo que ele.

Entretanto, o rei Edward II da Inglaterra não ficou nada feliz com a proposta, pois gostava de Jacques e reconhecia que os templários haviam prestado um bom serviço para o seu país. Portanto, ele atacou da mesma maneira: escreveu para que eles ignorassem o pedido de Filipe.

Enquanto isso, em sua tentativa de controlar a situação, Clemente criou a bula papal Pastoralis praeeminentiae. Ela exigia que todos os reis da Europa prendessem os cavaleiros em nome do papa.

No início, Edward tentou resistir, mas acabou cedendo à igreja. Porém, antes de cumprir a ordem, ele deu um aviso prévio de duas semanas aos templários. Todavia, os presos na Inglaterra foram alocados em celas mais confortáveis do que as francesas.

Na época, Clemente enviou dois cardeais para interrogarem de Molay e outro tenente importante. As acusações de Filipe terminaram sendo refutadas, os templários inocentados e as prisões interrompidas. Contrariado, o rei ameaçou o papa, reabriu os inquéritos e anunciou que o último julgamento seria feito em Vienne, em outubro de 1310.

Os templários reagem

Depois de uma série de tramoias, o rei da França conseguiu subjugar a igreja, fazendo com que a corte papal mudasse para Avinhão. Na Inglaterra, Edward ainda não levava as acusações a sério e conseguiu evitar que os templários fossem torturados pelas forças francesas.

Na França, Clemente ainda queria questionar Molay, mas o grão-mestre estava muito fraco e não suportaria a viagem até a cidade. Logo, o papa mandou cardeais em seu nome, produzindo assim o Pergaminho de Chinon – um documento histórico descoberto entre os arquivos secretos do Vaticano em 2001.

Nele, os templários admitiram parte da culpa e confessaram um estranho ritual em que os novos membros da ordem deviam cuspir em uma cruz. Não é possível saber o quanto desse escrito é real ou forjado, porém é obvio que não foi visto com bons olhos pela igreja.

No ano seguinte, o grão-mestre negou todas as acusações, porém um dos membros da Ordem disse ter visto o ídolo Baphomet – uma divindade supostamente ligada aos templários na cidade de Montpellier. Até o fim de 1309, os templários revidaram, retiraram o que haviam sido obrigados a confessar e reagiram aos ataques, o que adiou o julgamento do caso.

O plano do rei

Em Paris, Filipe viu que a situação estava saindo de seu controle, logo, precisava fazer algo decisivo. Pensando nisso, ele convocou os bispos e os obrigou a reexaminar os templários. Depois que 54 deles persistiram na inocência, os cardeais os acusaram de serem hereges. O plano de difamação do rei deu certo, conseguindo assim queimar todos eles vivos no dia 12 de maio de 1310.

Em outubro de 1311, o conselho de Vienne realizou o julgamento final dos templários. Todos os que confessaram algo foram aqueles que estavam presos e sofreram torturas nas masmorras de Filipe. Dessa maneira, ele exigiu que Clemente desfizesse o grupo, mesmo com os protestos de que os cavaleiros não receberam chances de se defender.

Por fim, em março de 1312, o papa cedeu às vontades da coroa e proclamou a bula Vox in excelso, que dissolvia a ordem dos templários, removia o apoio da igreja e revogava os mandatos cedidos aos cavaleiros.

O fim dos templários

Após o abandono da igreja, os templários que confessaram se viram presos; já os que não disseram nada acabaram sendo enviados para outras ordens. Em 18 de março de 1312, para bater o martelo sobre o caso, os quatro maiores representantes do movimento foram levados para Paris. Em um tribunal montado em frente à Catedral de Notre-Dame, eles terminaram condenados à prisão perpétua.

Hugues de Pairaud e Geoffroy de Gonneville aceitaram a sentença em silêncio. Porém, Jacques de Molay e Geoffroy de Charney enfrentaram a multidão e insistiram na inocência perante os cardeais. O rei não ficou nada satisfeito com a afronta e ordenou que os dois cavaleiros fossem queimados sem demora.
A maldição de Jacques de Molay

Sem alternativas, Molay e Charney se viram presos e foram queimados vivos. Dizem que em suas últimas palavras Jaques lançou uma terrível maldição em seus algozes, convocando Filipe e Clement para encontrá-lo dentro de um ano e um dia perante Deus, para serem julgados por seus crimes.

Não demorou muito tempo para que os dois últimos maiores templários fossem vistos como mártires. Além disso, seja a lenda verdadeira ou não, no exato período descrito por Molay ambos os responsáveis pelo fim dos templários estavam mortos.

Mesmo que Filipe tenha brigado durante sete anos para provar seu poderio e mostrar que conseguia acabar com uma das organizações mais poderosas da igreja, ele não viveu muito tempo para aproveitar a vitória.

A Morte de Filipe

A morte de Molay não foi apenas a mera execução de um soldado de 72 anos. Na verdade, foi o resultado de um ato cínico, politicamente orquestrado por um rei impiedoso e um papa omisso. Se o templário entendesse um pouco mais sobre o sistema de governo e os jogos de poder, talvez ele pudesse salvar sua ordem.

No entanto, ele era apenas um monge e um soldado que confiava nas autoridades e na cadeia de comando cegamente – acreditando até o fim que o papa e a igreja viriam em seu auxílio. Assim como a maioria dos soldados, ele confiou que, ao voltar para casa, seus chefes o reconheceriam e respeitariam suas contribuições para a sociedade.

Fonte: Facebook_O Templo e o Maçom

quinta-feira, 29 de maio de 2025

FRASES ILUSTRADAS

SUBSTITUTOS LEGAIS

Em 02/10/2024 o Respeitável Irmão Rodney Oribes da Silva, Loja Ordem, Trabalho e Progresso, REAA, GOB-MS, Oriente de Naviraí, Estado do Mato Grosso do Sul, apresenta a seguinte questão:

SUBSTITUTOS

Li certa vez, não me recordando onde, mas acreditando que fosse um texto do Eminente Ir Pedro Juk, o seguinte: “Em uma Sessão ordinária em caso da falta do Ven M.'. esse será substituído pelo Ir 1º Vig e no caso da falta desse também, pelo M I mais novo da Loja”. 

Então, baseado nesse texto, sempre acreditei que o substituto natural do VenM (em caso esporádico e momentâneo, e, em Sessão Ordinária) é o Ir 1º Vigou, o Ven M mais recente. Daí pairou uma dúvida: No caso da falta do Ir 1º Vig quem seria seu substituto natural? E no caso do 2º Vig, quem seria o substituto natural?

Existe uma hierarquia de cargos dentro da Loja? No caso da falta do 4º cargo: o 5º o substitui, com o 6º ocupando o lugar do 5º e assim sucessivamente. Não é mais prático, quem tem o cargo de ofício permanecer em seu cargo e um outro Ir, sendo ele M M ou M I (sem cargo) ocupar o cargo do Ir.'. faltoso? Ao invés, de, p. ex.: Na falta do Ir 1º Vig, "subir" de cargo outros 3 IIr.'.? Espero ter feito me entender.

CONSIDERAÇÕES:

Conforme está previsto no RGF, a função do 1º Vigilante também é a de substituir o Venerável Mestre em suas eventuais faltas. Do mesmo modo, diz no Diploma Legal que o substituto do 1º Vigilante, na sua eventual ausência, é o 2º Vigilante.

Com base nisto, nas sessões ordinárias do REAA, faltando o Venerável Mestre, quem o substitui, emergencialmente, é o 1º Vigilante; por sua vez, quem substitui o 1º Vigilante é o 2º Vigilante. Assim, a vaga deixada pelo 2º Vigilante será preenchida pelo 2º Experto (ambos estão na mesma Coluna).

Vale ressaltar que o RGF não prevê que o 2º Vigilante seja substituto eventual do Venerável Mestre, mesmo que também não esteja presente o 1º Vigilante.

Se em uma sessão ordinária, ausentes estiverem o Venerável Mestre e o 1º Vigilante, o 2º Vigilante substitui o 1º Vigiante, ficando a vaga deixada pelo Venerável para ser preenchida pelo Mestre Instalado mais recente da Loja.

Nas Sessões Magnas de Iniciação, Elevação e Exaltação, na falta do Venerável Mestre, dirige os trabalhos o Mestre Instalado (Ex-Venerável) mais recente da Loja.

O Ritual vigente de Aprendiz. 2024, do REAA, menciona ser o 2º Experto o substituto imediato do 2º Vigilante.

Exceto entre as Luzes da Loja, não há prevalência hierárquica de cargos entre as demais DDig e OOfic da Loja.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

SANDUSKY


Há uma teoria da conspiração que afirma que Washington D.C., capital dos Estados Unidos, foi elaborada com um design maçônico. Claro que isso é falso, mas existe uma cidade nos Estados Unidos que foi definitivamente traçada com a Maçonaria em mente. Trata-se de Sandusky, em Ohio.

Em 1818, Hector Kilbourne, agrimensor e primeiro Venerável Mestre da Loja "Master of Science Lodge nº 50", elaborou o plano original da cidade. O seu projeto apresentava uma grade de ruas com avenidas cortando diagonalmente para criar padrões que lembrassem os símbolos da Maçonaria, especialmente o Esquadro e Compasso.

A "Columbus Avenue", que corta o esquadro e compasso na diagonal, lembra um "livro aberto", com ruas alinhadas simetricamente. Este cuidadoso planejamento reflete a influência maçônica na construção da cidade, que parece ser a única no mundo originalmente construída com símbolos maçônicos. Muitas ruas de Sandusky recebem o nome de maçons famosos, como:

Washington Street
Monroe Street
Adams Street
Wayne Street
Hancock Street
Franklin Street
Tiffin Avenue
Hayes Avenue
Fulton Street

Fonte: Facebook_Curiosidades da Maçonaria

SE QUERES BEM EMPREGAR TUA VIDA, PENSA NA MORTE

Ir∴ Eduardo Neves - M∴M∴

A única certeza absoluta que podemos ter nas nossas vidas é a de que vamos morrer. O ser humano é o único animal deste planeta que tem a consciência de que seus dias estão contados.

Nossa civilização ocidental, seja por meio da religião ou da ciência, luta desesperadamente, não somente para evitar o momento de nosso último suspiro, mas especialmente para superá-lo. A maioria de nós crê em um tipo de vida após a morte, seja em um céu de tranqüilidade ou em um inferno de danações. Com as doutrinas orientais, aprendemos ainda a imaginar um lugar onde, após cerrarmos os olhos em definitivo, esperaremos uma próxima encarnação. Mesmo os ateus nutrem uma espécie de esperança graças à medicina, que tem conseguido prolongar a vida humana através de suas mais recentes descobertas.

Sem discutir os méritos ou as verdades particulares de nenhuma crença, o fato é que nós temos medo de morrer. A cruel incerteza sobre nosso futuro no além- túmulo – qualquer que seja ele – nos aterroriza, e nos faz evitar a morte mesmo em pensamentos. A saída para esse medo é não pensar mais nisso, é esquecer que um dia vamos morrer.

Aqui cabe um parêntese. Nós somos, em maior ou menor intensidade, seres controladores. Gostamos de planejar, de pensar no futuro. Trabalhamos com metas, traçamos objetivos – ainda que nem sempre consigamos atingí-los. Erramos, falhamos, mas começamos de novo, com outros métodos e novas tentativas. Não que essa busca pelo controle seja ruim. Se não forem obsessivos, o planejamento e a organização, sem dúvidas, nos trazem benefícios.

Entretanto, a morte talvez seja o único evento em nossas vidas que foge totalmente ao nosso controle. Podemos usar expedientes para evitá-la em determinados momentos, para adiá-la em certas circunstâncias, mas nunca para eliminá-la. Essa absoluta falta de controle que temos sobre a morte nos frustra terrivelmente. E nos apavora.

Acontece que a morte, como bem sabemos, é inevitável. E é essa inevitabilidade, justamente essa inexorabilidade, que deveria nos fazer viver uma vida mais plena, mais produtiva, mais feliz. Pensar na morte deveria nos fazer viver melhor.

Se formos conscientes de que nosso tempo é limitado, usaremos melhor nossas energias em prol do que realmente vale a pena. Em vez de ficarmos esperando, agiremos. No filme A Fantástica Fábrica de Chocolate, de 1971, o personagem Willy Wonka, interpretado por Gene Wilder, canta uma música, cuja letra diz assim: “If you want to view Paradise, just look around and view it” (Se você quiser ver o Paraíso, basta olhar em volta e enxergá-lo). Essa mensagem é muito profunda. Precisamos ser conscientes de que temos o poder para mudar nossas vidas, para transformar nosso mundo, e que nossa felicidade depende exclusivamente de nossos atos. O melhor momento não está por vir, o melhor momento é agora – o ontem já passou e o amanhã não existe. Portanto, por que não realizar um sonho hoje mesmo? Por que prolongar infelicidades, insatisfações? Por que não tomar já a decisão de fazer, de começar, de mudar?

Os maçons conhecem bem a frase que dá título a este texto. Faz parte do simbolismo da Ordem no mundo inteiro. Pois agora vos convido a deixar este símbolo tornar-se vivo em suas existências. Pensemos na morte, para aproveitarmos bem a vida. Pensemos que o Grande Arquiteto do Universo nos deu esse tempo limitado e recheado de incertezas para que pudéssemos tomar as rédeas do nosso destino, cometendo erros e acertos e, com isso, aprender e evoluir a partir de nossas próprias experiências. Façamos o hoje valer à pena, pois amanhã não estaremos mais aqui.

Sejamos felizes, vivamos!

Fonte: JBNews - Informativo nº 270 -- 25.05.2011

quarta-feira, 28 de maio de 2025

FRASES ILUSTRADAS

ORNAMENTAÇÃO DO TEMPLO EM CÂMARA DO MEIO

Em 02.10.2024 o Respeitável Irmão Valdiney Vila Verde de Assis, Loja Estrela do Sudoeste, 1645, REAA, GOB-GO, Oriente de Paranaiguara, Estado de Goiás, apresenta o que segue:

ORNAMENTAÇÃO DO TEMPLO

Gostaria que me tirasse uma dúvida. Participei de uma Sessão Magna de Exaltem uma Loja Jurisdicionada às Grandes Lojas de Minas Gerais, e para minha surpresa as paredes do Templo estavam cobertas por uma cortina p com alguns ssímb bbr, e como eu já tenho mais de 20 anos que faço parte da ordem e já visitei várias oficinas e nunca tinha presenciado uma situação igual.

Pergunto: é usual usar essa ornamentação.

CONSIDERAÇÕES:

Me estranha muito que o Irmão, com tanto tempo de Maçonaria, ainda desconheça deste artifício usado para ornamentar a Loja em Grau de M M em uma cerimônia de Exalt.

A Loja de M, ou Câm do Meio, como o Irmão sabe, a cerimônia de Exaltpossui uma decoração especial, cuja cor predominante é a p, para dar ao ambiente um clima de consternação.

À vista disso, para as sessões do 3º Grau, as Lojas comumente se utilizam do mesmo recinto em que ocorrem as Lojas de Apr e de Comp, fazendo nelas as adaptações necessárias que requerem a decoração de uma Câm do Meio. Para isso, geralmente as paredes são cobertas por cortinas pp decoradas com ssímb de cor prat.

O mesmo ocorre com as toalhas que cobrem as mobílias, as quais são substituídas por toalhas pp com ggal pprat.

No GOB, as suas Lojas também se utilizam desse artifício, sobretudo nas cerimônias de Exalt - vide o Ritual do Grau do 3º Grau, título Disposição e Decoração do Templo.

Entenda-se que a decoração de uma Loja de M M, durante a cerimônia de Exalt, principalmente, é completamente diferente da decoração das Lojas do 1º e 2º Graus. Nas sessões ordinárias do 3º Grau esta decoração não é obrigatória, todavia em uma sessão magna de Exalt, é.

Economicamente não é viável se construir um Templo exclusivo para uso do 3º Grau, assim, tem sido bastante natural o uso de cortinas pp no intuito de se fazer a adaptação no espaço.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

PÍLULAS MAÇÔNICAS

nº 96 - Michelângelo Buonarotti

Caso único entre os artistas, Michelângelo é comumente tido como uma espécie de super homem. Quando a morte o alcançou, com a idade de 89 anos, ainda estava criando obras de arte. Suas pinturas e esculturas de figuras de homens e mulheres são quase sobre humanos em beleza, força e energia. Foi uma criação da Renascença, sendo arquiteto, poeta, pintor e escultor de suprema relevância. Não foi o único; diversos artistas de renome apareceram nesse período, mas sem dúvida foi o maior artista entre todos eles.

O “mundo” de Michelângelo foi bem pequeno, restringindo-se as cidades de Florença e de Roma, distantes 233 Km entre si. Percebe-se, pois, que os efeitos enriquecedores de viagens ao redor do mundo não foram o motivo de sua incrível genialidade.

Michelângelo Buonarotti nasceu em 06 de março de 1475, na cidade de Caprese, próximo à Florença e era filho de Lodovico di Leonardo di Buonarotti Simoni, que nessa cidade estava trabalhando quando do seu nascimento. Foi criado por uma governanta, cujo marido era mineiro e deve ter lhe passado as técnicas de, com um malho e cinzel, esculpir em pedra.

Em 1488, com treze anos de idade, foi aluno de um dos principais pintores da época – Guirlandaio, com técnica especializada em pintar e decorar paredes e tetos, em afresco. Depois de um ano e meio com Guirlandaio, foi notado por Lorenzo de Médici “O Magnífico”, o qual foi imediatamente surpreendido pela habilidade de Michelângelo em esculpir e levou-o ao seu palácio, que era o centro cultural de Florença. Lá, encontrou Bertoldo di Giovanni, sexagenário que havia sido aluno de Donatello, considerado o maior escultor do século XV.

Quando Lorenzo “O Magnífico”, morreu em 1492, Michelângelo voltou para a casa de seu pai, iniciando nessa época seus estudos sobre anatomia, através de dissecação de cadáveres. Deste modo, artistas como Leonardo da Vinci e Michelângelo, da Alta Renascença, podiam revelar, em suas obras, a musculatura por baixo das roupas porque haviam estudado os músculos debaixo da pele.

Em 1496, em contato com o Cardeal Riário, e devido seu talento, foi convidado a ir a Roma. O primeiro trabalho conhecido de Michelângelo foi o “Baco”, para um vizinho do Cardeal. Essa obra, de grande beleza e naturalidade, mostra de forma adequada a embriaguez do deus do vinho, Baco, que com as pernas semi dobradas, parece que está prestes a cair.

Em seguida fez um trabalho mais ambicioso, a “Pietá”, uma representação da tristeza da Virgem Maria, segurando Jesus crucificado, em seus braços. Peça esculpida com riquezas de detalhes e perfeições jamais vistas em outras obras de igual envergadura.

Michelângelo voltou para Florença em 1501 e encontra um bloco de mármore de 5,4m de altura, num quintal próximo da Catedral de Florença e seus serviços são encomendados para trabalhar o bloco, e a estátua, conforme combinado, deveria ser de Davi, o herói bíblico, em confronto com o gigante filisteu – Golias. A maravilha produzida mostra a imagem do jovem Davi, carregando no ombro a funda com a qual derrotará o filisteu Golias.

Em 1505 foi convocado pelo Papa Júlio II, para pintar a Capela Sistina e, em 1520, prepara a Capela dos Médici.

No final da Renascença, as cidades italianas tiveram as maiores realizações culturais e Florença era uma das mais poderosas cidades italianas, próspera no comércio de tecidos e sedas, tornando-se um centro financeiro internacional. Produziu a maioria das grandes figuras do início do Renascimento, começando com Cimabue e Giotto, terminando com Leonardo da VinciMichelângelo e Rafael, entre outros.

Florença era normalmente uma república, mas durante quase todo o século XV foi controlada por uma única família – os Médici. Suas principais propriedades eram um banco com filiais ou agências por quase toda Europa, e a habilidade política, tradição familiar. O banco trouxe enorme poder e prestígio, a habilidade política os induzia a evitar danos à vaidade florentina, controlando a cidade por detrás dos bastidores. O real fundador da dinastia, Cósimo de Médici, usou o poder por mais de trinta anos. Ele foi grande apreciador das artes, embora suplantado por seu neto Lorenzo “O Magnífico”.

Lorenzo foi, quando Michelângelo era adolescente, seu protetor e estimulador na arte de esculpir, levando-o a frequentar a escola por ele patrocinada, no palácio. Apesar de Lorenzo ter morrido em 1492, e Florença pensar estar livre da influência dos Médici, em 1494, após conflitos com a França, trouxeram o poder dos Médici de volta, mais acentuadamente em 1512, como veremos adiante.

Depois de 1505, já famoso por algumas de suas obras, Michelângelo foi trabalhar para o Papa Júlio II, em Roma. Esse personagem era, além de Papa, um notável guerreiro, tornando-se um governante poderoso, tanto leiga como espiritualmente. Apesar de ambos estarem sempre em atrito, Michelângelo pintou a Capela Sistina, tornando-se mais conhecido e mais famoso ainda.

Em 1513, o Papa Júlio II morre, no auge de seu poder. Como dissemos, os Médici se reinstalaram no poder e o Cardeal Giovanni de Médici, o segundo filho de Lorenzo “O Magnífico”, em 1514, foi inesperadamente levado ao trono papal como Papa Leão X, e os Médici viram-se no poder tanto em Florença, como agora em Roma, os “dois mundos” de Michelângelo.

Em 1520, o Papa Leão X, para celebrar a volta da família Médici ao poder, estava ansioso para erguer uma maravilhosa fachada na Igreja Médici de São Lorenzo, Florença. Entretanto, não houve entendimentos entre o Papa Leão X e Michelângelo, e nada foi feito.

Ainda assim, ele de maneira nenhuma havia caido em desgraça com os Médici. Depois de certo tempo, envolveu-se em um novo projeto para a igreja de São Lorenzo. Na verdade eram diversos trabalhos e consistiam em projetar a Capela dos Médici. Além disso, deveria esculpir quatro túmulos para os Médici, e criar uma enorme biblioteca para a Igreja. Um dos túmulos seria destinado ao mais importante homem da geração anterior: Lorenzo de Médici “O Magnífico”, primeiro protetor de Michelângelo. O outro túmulo seria do Irmão de Lorenzo, Giuliano de Médici, que havia sido assassinado já a muito tempo, quando Michelângelo tinha três anos.

Na velhice de Michelângelo, a Arquitetura tomou lugar da Escultura, permitindo-lhe continuar a moldar rochas sem o duro esforço de esculpir, projetando diversas Praças.

E assim, na idade de 89 anos, morre um artista cuja magnitude jamais será suplantada.

Fonte: pilulasmaconicas.blogspot.com

DO ÁTRIO

Marcos Vinicius Costa Rodrigues – CIM: 263.179

Antes de iniciarmos o estudo direcionado do tema ora abordado, vejamos a seguir os vários aspectos da palavra átrio.

Do latim atrium, designa o vestíbulo que, nos palácios e outros edifícios, vai da entrada principal à escadaria; pátio; pórtico. Na arqueologia, é a peça principal que comanda a distribuição da habitação romana tradicional, iluminada por uma abertura quadrada (o complúvio) no arco da cobertura, ou ainda, a antecâmara fechada por pórticos colunados nas basílicas paleocristãs, acessível aos incrédulos e aos catecúmenos.

Na medicina, é o andar inferior da caixa timpânica, bem como termo utilizado para uma das duas cavidades situadas na parte superior do coração, acima dos ventrículos, com os quais se comunicam pelos orifícios atrioventriculares e auriculoventriculares. Na seara religiosa, a qual a seguir daremos maior destaque, é o nome dado ao conjunto de pátios concêntricos que circundavam o santuário no Templo de Jerusalém.

Pois bem. Ao adentrarmos na análise maçônica a que se propõe a presente peça de arquitetura, não podemos nos furtar a um retrospecto histórico-religioso do que vem a ser o Átrio.

Após enviar a Moisés, no Monte Sinai, os Mandamentos Sagrados em tábuas de pedra, ordenou o Senhor que Lhe construísse a Arca da Aliança (Êxodo 25: 10-16), para que ali fossem seladas as referidas tábuas, bem como o Tabernáculo (Êxodo 26), como Tenda da Consagração utilizada de maneira provisória para que ali fosse preservada a Arca e para que os Sacerdotes reunissem o povo de Israel até que chegassem à terra prometida, Canaã.

O Santuário foi dividido por um véu, ou cortina, pendente em duas câmaras. A primeira câmara, chamada Lugar Santo, contendo a Mesa, o Candelabro e o Altar do Incenso, onde somente os Sacerdotes tinham acesso. E a segunda câmara, chamada Santo dos Santos, na qual ficava a Arca da Aliança e à qual somente tinha acesso o Sumo Sacerdote e por uma única vez ao ano, no Dia da Expiação (Levítico 16: 29).

Era o Tabernáculo cercado por um Átrio (Êxodo 27: 9-19), este cercado por uma cerca, cuja moldura era feita de acácia coberta por prata e descansava numa base de bronze. Cortinas de linho cobriam essa moldura de fora. Elas eram penduradas em ganchos de prata de uma vara de prata. A entrada, na face leste do Átrio, era coberta por cortinas bordadas com cores, as cores azul, roxa e escarlate.

Tempos depois da chegada do povo hebreu à Terra Prometida, surge a figura do rei Davi, que sucedeu a Saul e, após inúmeras batalhas em Canaã conquistou Jerusalém, transformando-a na capital definitiva da nação israelita. Incumbiu, pois, o Senhor a Davi a construção de um Templo definitivo, em substituição ao Tabernáculo.

No entanto, por causa das guerras com que o envolveram seus inimigos, coube a Salomão, seu filho, a efetiva edificação do templo em nome do Senhor (Reis 5: 5). Temos, então, a expressão Átrio para designar genericamente os três grandes recintos do Templo de Salomão.

O primeiro era No Átrio dos Gentios, onde era permitida a entrada de qualquer um que fosse orar.

O segundo era o Átrio de Israel, onde somente os hebreus podiam penetrar (depois de haverem sido purificados) e o terceiro era o Átrio dos Sacerdotes, onde se erguia o altar dos holocaustos e os sacerdotes exerciam os seus mistérios.

Nesse esteio, concluímos que átrio é todo aquele recinto que antecede um templo, ideia essa adotada por nossa sublime instituição, percebida claramente em nosso Ritual, segundo o qual chama-se Átrio o recinto que precede o Templo, local onde os IIr.’. se revestem de suas insígnias e paramentos; é onde o M∴de CCer.’. organiza o cortejo para a entrada do Templo.

É, portanto, o local de transição entre o mundo profano e o maçônico, pois é neste lugar que os IIr.’. devem se recolher e se concentrar, em silêncio, antes de ingressar no Templo.

No átrio, o maçom deve meditar e promover uma auto-análise, reparar-se para a busca do propósito de aperfeiçoamento, mergulhar em um oceano de tranquilidade, deixando de para trás as energias e pensamentos negativos, os dissabores, as angústias e os problemas do cotidiano, abrindo seu coração para a fraternidade aos IIr.’.. Tal meditação deve ser inclusive, um exercício regular de auto-avaliação, pois é, também, o nosso corpo um templo do Senhor.

Assim, cada ir.’. transmitirá vibrações benéficas aos demais e em uníssono direcionamos nosso pensamento ao G.’.A.’.D.’.U.’. para que dirija nossos passos.

Dessa forma, qualquer perturbação a essa introspecção imediatamente anterior ao início dos trabalhos pode comprometê-los por completo, na medida em que desarmonizando o espírito de ao menos um dos IIr.’., pode-se desarmonizar, também, toda a sessão.

Bibliografia:

- Livro da Lei - Bíblia Sagrada;

- Ritual 1º Grau – Ap.’. M.’. – REAA;

- Rizzardo da Camino – Simbolismo do Primeiro Gral – Aprendiz;

- M. J. Outeiro Pinto – Do Meio Dia à Meia Noite – Compêndios Maçônicos do 1º Grau.

- Dicionário Maçônico.

- Grande Enciclopédia – Larousse Cultural.

Rio de Janeiro, 20 de Julho de 2011.

Fonte: https://focoartereal.blogspot.com

terça-feira, 27 de maio de 2025

FRASES ILUSTRADAS

CORES NO REAA - SIMBOLISMO

Em 25.09.2024 o Irmão Fábio Heinzen, Loja Cavaleiros de Aço 265, REAA, GLEB (CMSB), Oriente de Salvador, Estado da Bahia, apresenta a dúvida que segue:

CORES NO REAA

No nosso templo, aventais e demais paramentos, a cor utilizada é o azul. Entretanto já li no seu blog e em outros locais, bem como já visualizei imagens de outras lojas do mesmo rito que usam a cor vermelha. Conversando com meu Venerável Mestre, este comentou que em outra potência do Estado da Bahia, a cor utilizada é a vermelha. Após esta breve conversa, ele me solicitou para elaborar uma Peça de Arquitetura tentando explicar essas diferenças, e se possível a cor certa de acordo com a ritualística do REAA.

Poderia me ajudar, esclarecendo porque temos diferenças nas cores utilizadas, a cor certa, se possível citando as fontes para que eu possa aprofundar meu estudo, ao invés de simplesmente reproduzir a resposta do Querido Irmão?

CONSIDERAÇÕES:

Esta não é uma resposta tão simples de se dar. Sugiro que o Ir perscrute as seguintes tópicos: o Conselho de Lausanne de 1875, os elementos constitutivos do primeiro Ritual para o simbolismo do Rito na França em 1804; veja também o séquito dos Stuarts na França a partir de 1649 (o escocesismo e o catolicismo); pesquise a história das Lojas Capitulares e a Loja Geral Escocesa, entre 1804 e 1816; o Discurso de Ramsay, o Capítulo de Clermont, o Conselho dos Imperadores do Oriente e do Ocidente, o Rito de Heredon dentre outros.

Estes são alguns dos documentos básicos do escocesismo sugeridos para se criar uma grade de pesquisas a partir de elementos primários.

Quanto a cor predominante no REAA, ela é de fato vermelha. Assim o GOB a utilizou até 1965. Infelizmente, a partir daí passou a azular os aventais, cor que nada têm a ver com o escocesismo. De tudo, o vermelho é que é o correto. Avental azul no simbolismo do REAA é enxerto de outros ritos. A origem da decoração encarnada está no catolicismo, praticado pelos Stuarts. A cor vermelha é a cor utilizada pelos cardeais na Igreja Católica. Esses elementos religiosos, por tabela, acabariam influenciando a decoração do escocesismo, Leia “REAA – História, Doutrina e Prática” do saudoso Ir José Castellani – esse livro traz uma riquíssima bibliografia par aqueles que se interessam pela história do escocesismo na França.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

MAÇONS FAMOSOS


LEOPOLDO LUGONES (1874–1938) foi um escritor e jornalista argentino, considerado um dos principais expoentes do Modernismo na literatura hispano-americana. Nascido em Córdoba, iniciou sua carreira no jornal "La Montaña" e logo se destacou em Buenos Aires. Sua obra inclui "La guerra gaucha" (1905), além de poesias e ensaios influenciados pelo Simbolismo e Parnasianismo. Ao longo da vida, transitou do socialismo ao conservadorismo, chegando a apoiar o golpe militar de 1930 na Argentina (Já sendo um maçom com mais de 30 anos de iniciado).

Seus últimos anos foram marcados por crises pessoais e isolamento. Em 1938, profundamente deprimido, tirou a própria vida ingerindo cianureto no balneário de El Tigre.

Fonte: Facebook_Curiosidades da Maçonaria

ABREVIATURAS MAÇÔNICAS

Dicionário de Termos Maçônicos – José Castellani
Colaboração do Ir José Carlos Lopes
Para que os rituais e os impressos maçônicos não sejam entendidos pôr profanos, é costume fazer abreviaturas, através da apócope de palavras escritas, colocando, logo depois do corte na palavra, os três pontos em formato de delta, ou seja, ocupando os três ângulos de um triângulo equilátero.

Evidentemente, existe um certo número de palavras que, abreviadas, são entendidas pelos Maçons; o que não se pode fazer é chegar ao excesso de abreviar, indiscriminadamente, qualquer palavra, numa prática que, lamentavelmente, tem sido muito seguida, tornando incompreensíveis certos rituais, até para os próprios Maçons do rito.

Para formar as abreviaturas, existem duas regras fundamentais:

1 – O corte das palavras deve ser feito, sempre, entre uma consoante e uma vogal; pôr exemplo: Or∴  =Oriente. A única exceção a essa regra, é a palavra Irmãos, cuja abreviatura costumeira é Ir∴ Alguns autores costumam citar, também, como exceção, a palavra Aprendiz, cuja abreviatura seria Ap∴, ocorre, entretanto, que essa forma é errada, pois a abreviatura correta e mais usual é Apr∴

2 – O plural das palavras é feito através da repetição da letra inicial; por exemplo: OOr∴ = Orientes; VVig∴ = Vigilantes; IIr∴ = Irmãos.

Existe, todavia, uma outra forma, menos costumeira, mas é usada por algumas Obediências européis e que consiste em repetir a palavra abreviada, para indicar o plural; exemplos: Or∴ Or∴ = Orientes; Vig∴ Vig∴; Ir∴Ir∴ = Irmãos.

As principais abreviaturas usadas, em Maçonaria, são:

Ac∴ Acácia

A∴ ou Alt∴ = Altar

A∴ dos JJur∴ =  Altar dos Juramentos

A∴ dos PPer∴ = Altar dos Perfumes

Apr∴ = Aprendiz 

Aters∴ = Atersata

Aum∴ de Sal∴ = Aumento de Salário

Av∴ = Avental

Bal∴ = Balaústre

Bat∴ =  Bateria

Cad∴ de Un∴ =  Cadeia de União

Cam∴ de Refl∴ = Câmara de Reflexão
 
Chanc∴ = Chanceler

Cobr∴ = Cobridor

Col∴ = Coluna

Col∴ Grav∴ = Coluna Gravada

C∴ = Companheiro

Comp∴ = Compasso

Compasso

Cons ∴de Fam∴ = Conselho de Família

Delt∴ Rad∴ = Delta Radiante

Diac∴ = Diácono

Entr∴ CCol∴ = Entre Colunas

Esp∴ = Espada

Esp∴ Flam∴ = Espada Flamejante

Esq∴ = Esquadro

Estr∴ = Estrela

Estr∴ Flam∴ = Estrela Flamejante

Exp∴ = Experto

FF∴ dd∴ VV∴ = Filhos da Viúva

G∴ d∴ L∴ =  Guarda da Lei

G∴ d∴ T∴ =  Guarda do Templo

Gr∴ = Grande, ou grão

Gr∴ M∴ = Grão Mestre

Gl∴ = Glória

Hosp∴ = Hospitaleiro

Hospit∴ = Hospitalaria

In∴ = Iniciação

Ir∴ ou Irm∴ = Irmão

J∴ e  P∴ =  Justo e Perfeito

Livr∴ ou L∴ = Livro (L∴ sozinho é mais para indicar a Luz)

L∴ da L∴ =  Livro da Lei

L∴das SS∴ EE∴ =  Livro das Sagradas Escrituras

Loj∴ = Maç 

Maç∴ = Maçom

Loja Maçom

Maçon∴ = Maçonaria

Maçon∴ Fil∴ = Maçonaria Filosófica

Maçon∴ Simb∴ = Maçonaria Simbólica


M∴ de CCer∴ = Mestre de Cerimônias

M∴ de Harm∴ = Mestre de Harmonia

M∴I∴ = Mestre Instalado

M∴M∴ = Mestre Maçom

N∴ = Nível

Ob∴ = Obediência

Of∴ = Oficina

Ofic∴ = Oficial

Ord∴ = Ordem

Or∴ = Oriente

Orad∴ = Orador

Orat∴ = Oratória

Oc∴ = Ocidente

Pain∴ = Painel

P∴ de P∴ = Palavra de Passe

P∴ S∴ = Palavra Sagrada

P∴ Sem∴ = Palavra Semestral

P∴ M∴ = Past Master

P∴ M∴I∴ Past Master Imediato (mais recente)

P∴ Mos∴ = Pavimento Mosaico

Peç∴ de Arq∴ = Peça de Arqutetura

Pot∴ = Potência

Pr∴ = Prancha

Pranch∴ = Prancheta 

Prof∴ = Profano 

Prop∴ = Proposta

Perp∴ = Perpendicular

Q∴P∴ = Quite-Placet 

Reg∴ = Régua

Rit∴ = Ritualística

Rit∴ e Lit∴ = Ritualística e Liturgia

Sagr∴ = Sagração

Sal∴ dos PP∴ PPerd∴ = Sala dos Passos Perdidos

Seren∴ =  Sereníssimo

Sess∴ Br∴ = Sessão Branca

Sess∴ Econ∴ = Sessão Econômica

Sess∴ Esp∴ = Sessão Especial

Sess∴ Magn∴ = Sessão Magna

Simb∴ = Símbolo

Secret∴ = Secretaria 

Secr∴ = Secretário

Sin∴ - Sinal 

Sin∴ de Ord∴ = Sinal de Ordem

Saud∴ = Saudação

Sin∴ Gut∴ = Sinal Gutural

Sin∴ Cord∴ = Sinal Cordial

Sin∴ Ventr∴ = Sinal Ventral

Sin∴ Pen∴ = Sinal Penal

Sob∴ =  Soberano

Sob∴ Gr∴ Com∴ = Soberano Grande Comendador

Subl∴ Ord∴  Sublime Ordem

T∴ de Del∴ ou T∴ de D∴ = Tábua de Delinear

Telh∴ = Telhar

Telhad ∴ = Telhador

T∴ de J∴ = Templo de Jerusalém

Tr∴ = Tronco

Traç∴ = Traçado 

Tr∴ de Benef∴ = Tronco de Beneficência

Tr∴GGr∴LL∴EEmblem∴ = Três Grandes Luzes Emblemáticas 

Tr∴ Fr∴Abr∴ = Tríplice Fraternal Abraço

Triang∴ = Triângulo

Tr∴ de Sol∴ = Tronco de Solidariedade

Trolh∴ = Trolhar

 Un∴ = Universo

V∴S∴P∴V∴T∴ = Vos saúdo por três vezes três.

V∴M∴ =  Venerável Mestre

Vig∴ = Vigilante

Além dessas palavras, rigorosamente de acordo com a regra número um, para abreviaturas, existem certas locuções que, embora em desacordo com a referida regra, foram consagradas pelo uso, tais como:

G∴A∴D∴U∴ = Grande Arquiteto do Universo; o correto seria Gr∴A∴ do Un∴. Antigos impressos maçônicos registram Gr∴ Arch∴ do Un∴ (na ortografia antiga, e de maneira absolutamente correta; mais modernamente é que surgiu a forma incorreta).

À∴G∴D∴G∴A∴D∴ À Glória do Grande Arquiteto do Universo; a abreviatura é duplamente incorreta: primeiramente, porque coloca os três pontos depois da “`a”, onde não houve corte de palavra; e segundo, porque a abreviatura correta de Glória é Gl∴ (assim como de Grande é Gr∴). Desta maneira, o correto seria: À Gl∴ do Gr∴ A∴ do U∴ ou  À∴ Gl∴ do Gr∴Arq∴do Un∴

ARDO AB CHAO – a Ordem saída do Caos – é um divisa especificamente maçônica. O Caos, a matéria-prima, é organizada pelo Maçom. As pedras tiradas da mina são talhadas e servem para construir edifícios. Por outro lado, o homem comum, o profano, é o “caos”, até que se receba a Iniciação, até que se ingresse na Ordem.

T∴F∴A∴  Tríplice e Fraternal Abraço; a abreviatura é incorreta, pois o certo seria Tr∴ e Fr∴ Abr∴ (abreviatura A∴ mais utilizada para Altar).

A∴R∴L∴S∴ = A Augusta e Respeitável Loja Simbólica; a abreviatura é duplamente incorreta, porque elimina o “e” e porque faz o corte da palavra “Augusta” entre duas vogais. Assim, o correto seria Aug∴ e 
Resp∴ Loj∴ Simb∴ (esta última é mais certa, já que o “S” é mais reservado para “Sul” e “L” para “Luz”).

Outras locuções, além de algumas já citadas na relação inicial, totalmente corretas são:

S∴ F∴ U∴ = Saúde, Força, União.

A∴V∴L∴ = Ano da Verdadeira Luz (embora o certíssimo fosse A∴ da V∴L∴).

A∴L∴ = Anno Lucis. (Ano da Luz)

E∴V∴ = Era Vulgar.

T∴S∴ = Taça Sagrada.


A∴R∴ = Arte Real.

R∴E∴ A∴ A∴ = Rito Escocês Antigo e Aceito (embora o certíssimo fosse R∴E∴ A∴ e A ).

L de S J = Loja de São João (alguns grafam L∴ S∴ J∴ , forma não corretíssima, pela falta do “de”).

L∴ J∴ P∴ R∴ = Loja Justa, Perfeita e Regular (o correto seria L∴J∴P∴ e R∴)

Q de O = Quadro de Obreiros.

T∴ J∴ e P∴ = Tudo Justo e Perfeito.

De N a S , do Or∴ ao Oc, do Z ao N∴= De Norte a Sul, do Oriente ao Ocidente, do Zênite ao Nadir.

MMIIrCTMR∴= Meus Irmãos como tal me reconhecem (Pode-se usar no singular).

C M∴= Câmara do Meio.

L I Fr∴= Liberdade, Igualdade, Fraternidade (a forma L∴I∴F∴ é errada).

T R S∴= Templo do Rei Salomão

S∴ F∴ B∴ = Sabedoria, Força, Beleza.

S∴S∴S∴  = Salus, Sapientia, Stabilitas (locução latina, que significa Saúde, Sabedoria e Firmeza, ou Estabilidade). Não é como muitos pensam, dizem e praticam, “Saúde, Saúde, Saúde”.

Fonte: JBNews - Informativo nº 270 -- 25.05.2011