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PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

sábado, 8 de março de 2025

FRASES ILUSTRADAS

ESPADA FRATERNA E ESPADA CONDENATÓRIA

Em 16.08.2024 o Respeitável Irmão Iris Barzotto, Loja Vigilantes do Oeste, 2713, REAA, GOB-PR, Oriente de Cascavel, Estado do Paraná, apresenta a seguinte questão:

ESPADA FRATERNA E ESPADA CONDENATÓRIA

Repassando um antigo questionário usado para sabatinar Aprendizes antes de seu aumento de salário encontrei uma questão que não consegui decifrar nem no Ritual (2009) e nem no S.O.R.- Sistema de Orientação Ritualística (Decreto 1784/2019): a Espada Fraterna e a Espada Condenatória do Perjúrio. Além de não encontrar nada a respeito desses termos, o dito questionário ainda deixa claro que a Espada Fraterna é empunhada com a mão esquerda e a Condenatória com a mão direita. Pensei que aquela se tratava das espadas do "Faça-se a Luz" (páginas 133 e 134) e esta do momento em que se bate profanamente a porta do Templo (verificação de quem bate - página 100) mas nossas fontes oficiais não trazem esclarecimento nesse sentido. Essas denominações quanto ao uso da espada têm ligação litúrgica com o REAA praticado no GOB?

RESPOSTA:

 De minha parte, sem comentários sobre essa enorme bobagem.

Obviamente que nada será encontrado sobre esta matéria, pois é algo sem nenhum fundamento. 

Indiscutivelmente isso não existe no REAA. É pura invencionice, fruto de requintada imaginação.

Recomendo inutilizar esse questionário.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

MAÇONS FAMOSOS


KAMEHAMEHA V (1830-1872). Rei do Havaí de 1863 a 1872. Nascido como Lot Kapuāiwa, reinou como monarca do Reino do Havaí. Determinado, trabalhou diligentemente para o seu povo, reino e foi descrito como o último grande chefe tradicional. Foi o primeiro havaiano nativo a se tornar maçom. Era irmão de Kamehameha IV.

INICIAÇÃO MAÇÔNICA: 15 de junho de 1853 (Quarta-feira).

Loja: Hawaiian nº 21, Honolulu, Reino do Havaí.

Idade que foi iniciado: 23 anos.

Faleceu aos 42 anos de idade, vítima de asma crônica.

Fonte: Facebook_Curiosidades da Maçonaria

A MAÇONARIA E OS CAVALEIROS TEMPLÁRIOS


A Maçonaria e os Cavaleiros Templários são frequentemente associados devido a mitos, teorias e tradições que sugerem conexões entre as duas organizações. No entanto, elas têm origens e propósitos distintos, ainda que compartilhem alguns símbolos e narrativas históricas.

Os Cavaleiros Templários

Origem: Fundados no início do século XII, os Cavaleiros Templários eram uma ordem militar cristã criada para proteger peregrinos que viajavam à Terra Santa durante as Cruzadas.

Papel: Além de guerreiros, os templários também se destacaram por sua habilidade financeira, criando um sistema bancário primitivo na Europa medieval.

Dissolução: A ordem foi dissolvida no início do século XIV (1307-1312), após ser acusada de heresia e traição pelo rei Filipe IV da França. Muitos acreditam que essas acusações foram motivadas pelo desejo do rei de tomar suas riquezas.

Misticismo: Após sua dissolução, histórias e teorias conspiratórias surgiram, incluindo supostos segredos escondidos pelos templários, como o Santo Graal, a Arca da Aliança ou outros tesouros sagrados.

A Maçonaria

Origem: Surgiu oficialmente no início do século XVIII, mas remonta às guildas de pedreiros medievais da Europa. Inicialmente, a Maçonaria era formada por mestres pedreiros e construtores.

Natureza: A Maçonaria é uma organização filosófica e filantrópica que utiliza símbolos e alegorias, muitos deles ligados à construção, para promover valores como fraternidade, caridade e moralidade.

Simbologia: Inclui o esquadro, o compasso e a pedra bruta, usados como metáforas para o aperfeiçoamento pessoal e espiritual.

A Conexão Entre Eles

1. Teorias Conspiratórias: Algumas teorias sugerem que membros sobreviventes dos Cavaleiros Templários teriam se refugiado na Maçonaria após a dissolução da ordem. No entanto, não há evidências históricas concretas que confirmem essa ligação direta.

2. Influência Simbólica: Certos rituais e símbolos da Maçonaria moderna podem ter sido inspirados pelas tradições e mitos templários.

3. Ritos Maçônicos: O chamado Rito Escocês Antigo e Aceito, um dos sistemas de graus da Maçonaria, inclui o grau de "Cavaleiro Templário". Esse grau, no entanto, não reflete uma continuidade histórica, mas sim uma homenagem simbólica ao espírito dos templários.

4. Busca por Mistérios: Ambas as ordens estão cercadas por um ar de mistério, o que contribui para o fascínio popular e a criação de mitos que conectam as duas.

Conclusão

Embora não exista evidência histórica sólida de uma ligação direta entre os Cavaleiros Templários e a Maçonaria, as duas organizações compartilham histórias de sigilo, símbolos e inspiração mística. Essa relação é, em grande parte, uma construção posterior, alimentada pelo interesse em sociedades secretas e seus possíveis segredos.

Fonte:Facebook_Estrela de Davk

sexta-feira, 7 de março de 2025

FRASES ILUSTRADAS

MANTO DE VELUDO PARA O VENERÁVEL MESTRE

Em 15.08.2024 o Respeitável Irmão Frans Robert, Loja 9 Acácias, 3874, REAA, GOB-SP, Oriente de Rosana, Estado de São Paulo, apresenta as questões seguintes:

MANTO DE VELUDO NEGRO

Máximo respeito e admiração pela sabedoria do Irmão que compartilha seu conhecimento e faz tão bem a nossa Ordem.

Fiz a leitura da obra O Mestre Instalado de José Castellani, 1a edição, ed. A gazeta maçônica de 1989.

O autor destaca em Cam do Meio, os MM MM usarão balandrau negro e o Venerável Mestre um manto de veludo negro. A indicação histórica remete aos Collegia Fabrorum (Século VI a. C), antiga corporação de Ofício do período do apogeu Romano. 

Para a Maçonaria evolutiva e progressista de hoje caberia tais tradições?

Observei ainda que o Avental do Venerável Mestre para o Rito Adoniramita é de veludo negro. Seria seu resquício histórico? Caberia também para os demais ritos?

CONSIDERAÇÕES:

Caro Irmão Frans, é sempre um prazer atendê-lo.

No tocante ao manto de veludo negro e o balandrau, de fato eram indumentárias usadas pelos Collegia Fabrorum, corporação de pedreiros criada pelo lendário Imperador Numa Pompílio por volta do século VI a.C.

Os conquistadores romanos, sempre preocupados com a preservação da cultura, levavam com as suas legiões, corporações de construtores visando reconstruir tudo aquilo que a atividade bélica havia destruído na campanha pelas conquistas. Os Collegiati, que iam na retaguarda dos exércitos romanos, se distinguiam dos legionários guerreiros vestindo um hábito escuro (túnica) - provável ancestral do balandrau na Maçonaria. 

Essas corporações de ofício, consideradas como as primeiras associações organizadas de construtores, eram comumente dirigidas por mestre do ofício. Este artífice principal se distinguia dos demais operários por usar um elaborado manto escuro sobre a túnica, o qual, segundo alguns autores, era de veludo preto. 

Nesse sentido, é bastante provável que venha daí a referência ao tal “manto de veludo preto”.

Vale ressaltar que ao serem aqui mencionadas velhas corporações de ofício da época das conquistas romanas, não se está afirmando, sob nenhuma hipótese, que naquele período da história existia Maçonaria, muito menos ainda a existência do grau de Mestre Maçom. 

Mais tarde, por volta do século XVIII, já em plena era da Moderna Maçonaria (dos Aceitos), algumas Lojas francesas, principalmente, passaram a adotar o uso do manto preto para o Venerável Mestre, este estilo, no entanto, não era uma regra abrangente à toda a Maçonaria francesa.

Mediante a isso, com a evolução da moda, alguns ritos adotariam o uso do balandrau como uma veste confortável que dava um caráter de igualdade entre os membros da Loja, onde todos se vestiam iguais. 

A partir do século XX, por alguns costumes regionais e outros históricos, o terno preto veio aparecer com força na Maçonaria, principalmente a britânica, e acabou virando uma indumentária maçônica, conforme os ritos. 

Sob essa óptica, ambos os trajes, o terno e o balandrau, permaneceram como vestuário maçônico, enquanto que o manto de veludo não prosperou e acabou em desuso por parte daqueles que o haviam adotado.

Graças a isso esse manto de veludo não é mais cogitado como espécime de vestimenta maçônica.

Quanto ao avental Adonhiramita, eu não acredito que tenha a ver com o "manto de veludo", que outrora fora utilizado pelos Collegia Romanos.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

SESSÃO PÚBLICA - NÃO INICIADOS E AS LUZES EMBLEMÁTICAS

Em 14/08.2024 o Respeitável Irmão Marcio Carvalho, Loja Poço Grande do Rio Tubarão, 125, REAA, GOSC (COMAB), Oriente de Tubarão, Estado de Santa Catarina, apresenta a dúvida seguinte:

SESSÃO PÚBLICA E O LIVRO DA LEI

Irmão, lhe escrevo para ver a sua opinião sobre um assunto: quando houver ingresso de profanos no templo, como em sessões brancas, no REAA, o Livro da Lei pode/deve ser mantido aberto, com o esquadro e compasso posicionados no Grau de Aprendiz? Considerando que houve a abertura do mesmo antes do ingresso dos profanos.

CONSIDERAÇÕES:

Antes de mais nada, eu gostaria de salientar que o nome mais apropriado para sessões abertas com a presença de não maçons é Sessão Pública. 

Esse título, "sessão branca", dá margem para os nossos detratores e opositores a dizer pejorativamente que na Maçonaria existem" sessões negras", o que de fato não é verdade.

No tocante à sua questão, eu não vejo nenhum óbice de o Livro da Lei permanecer aberto e a Loja e as Luzes Emblemáticas compostas na presença de convidados não maçons. 

O que rigorosamente não é permitido revelar são os nossos sinais, toques e palavras (únicos e verdadeiros segredos).

T.F.A.
PEDRO JUK.
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

QUANDO OS MAÇONS TORNAM-SE E SÃO DESNECESSÁRIOS À NOSSA ORDEM

Uma das situações, talvez a mais dolorosa para um homem, é quando ele se conscientiza de que é totalmente desnecessário, seja, no ambiente familiar, no trabalho, na comunidade ou, principalmente, para nós maçons, na nossa Instituição.

Os maçons tornam-se desnecessários:

•Quando decorrido algum tempo de sua Iniciação ao primeiro grau da Ordem, já demonstram desinteresse pelas sessões, faltando constantemente, demonstrando não estarem comprometidos com a Instituição, apesar de terem aceitado a Iniciação e terem feito um juramento solene.

•Quando, durante as sessões, já “enturmados”, ficam impacientes com as instruções, com as palestras ou com as palavras dos Irmãos mais velhos, achando tudo uma chatice, uma bobagem que atrasa o ágape e a esticada.

•Quando, ao tempo da apresentação de trabalho para aumento de salário, não têm a mínima idéia dos assuntos dentre os quais podem escolher os seus temas. Simplesmente copiam alguma coisa de um livro e apresentam-no, pensando que ninguém vai notar.

•Quando, ainda companheiros, começam a participar de grupos para ajudar a eleger o novo Venerável e, não raro, já pensando seriamente em, assim que chegarem a Mestres, começarem a trabalhar para obter o “poder” na Loja.

•Quando Mestres, não aceitarem que ainda não sabem nada a respeito da Ordem e acharem que estudar e comparecer ao máximo de sessões do ano é coisa para a administração, para os companheiros e aprendizes.

•Quando Mestres, ao participarem das eleições como candidatos a algum cargo na Loja, principalmente para o de Venerável, e não forem eleitos, sumirem ou filiarem-se a outra Loja onde poderão ter a “honra” de serem cingidos com o avental de Mestre Instalado, que é muito mais vistoso do que o de um “simples” Mestre.

•Quando já Mestres e até participando dos graus filosóficos não terem entendido ainda que o essencial para o verdadeiro maçom seja o seu crescimento espiritual, a sua regeneração, a sua vitória sobre a vaidade e os vícios, a aceitação da humildade e o bem que possam fazer aos seus semelhantes, e que, a política interna, a proteção mútua, principalmente na parte material, é importante, mas não essencial.

•Quando, como Aprendiz, Companheiro ou Mestre, não entenderem que a Loja necessita que suas mensalidades estejam rigorosamente em dia, para que possam fazer frente às despesas que são inevitáveis.

•Quando, como Veneráveis Mestres, deixam o caos se abater sobre a Loja, não sendo firme o suficiente para exercer sua autoridade; não tendo um calendário com programação pré-definida para um período; não cobrando de seus auxiliares a consecução das tarefas a eles determinadas, e não se importando com a educação maçônica, que é primordial para o aperfeiçoamento dos obreiros.

•Quando, como Vigilantes, não entenderem que, juntamente com o Venerável Mestre, devem constituir uma unidade de pensamento, pois em todas as Lojas nas quais um ou os dois Vigilantes não se entendem entre si e principalmente não se entendem com o Venerável, o resultado da gestão é catastrófico.

•Quando, como Guarda da Lei, nada sabem das leis e regulamentos da Potência e de sua própria Loja, e usam o cargo apenas para discursos ocos e intermináveis.

•Quando, como Secretários, sonegam à Loja as informações dos boletins quinzenais, as correspondências dos Ministérios e, principalmente, os materiais do departamento de cultura, que visam dotar as Lojas de instruções e conhecimentos que normalmente não constam dos rituais, e são importantes para a formação do maçom.

•Quando, como Tesoureiros, não se mostram diligentes com os metais da Loja, não se esforçam para manter as mensalidades dos Irmãos em dia e não se importam com os relatórios obrigatórios e as prestações de contas.

•Quando, como Hospitaleiros, não estão atentos aos problemas de saúde e dificuldades dos Irmãos da Loja.

•Quando constatamos que em grande número de Lojas, com uma freqüência média de vinte Irmãos, se recolhe um tronco de beneficência de R$ 10,00 (dez reais) em média, todos são desnecessários, pois a benemerência é um dever do maçom.

•Quando, como Chanceleres, não dão importância aos natalícios dos Irmãos, cunhadas, sobrinhos.

•Quando, em desacordo com as leis, adulteram as presenças, beneficiam Irmãos que faltam e não merecem esse obséquio.

•Quando a Instituição programa uma Sessão Magna ou Branca para homenagear alguém ou alguma entidade pública ou privada, constata-se a presença de um número irrisório de Irmãos, dando aos profanos uma visão negativa da Ordem, deixando constrangidos aqueles que se dedicaram e se esforçaram para realizar o evento à altura da Maçonaria.

Todos esses Irmãos indiferentes, que não comparecem habitualmente a essas sessões, são desnecessários à nossa Ordem.

Muito mais haveria para se dizer em relação aos Irmãos desinteressados da nossa Sublime Instituição.

Fiquemos por aqui e imploremos ao Grande Arquiteto do Universo que ilumine cada um de nós, pra que possamos agir na Maçonaria com o verdadeiro Espírito Maçônico e não com o espírito profano, e roguemos ainda, que em nenhuma circunstância, seja na família, no trabalho, na sociedade ou na Arte Real, tornemo-nos desnecessários, pois deve ser muito triste e frustrante para qualquer um sentir-se sem importância e sem utilidade no meio em que se vive.

Fonte: Obreiros de Irajá
Copilação: Grupo Memórias e Reflexões Maçõnicas
Adm.: Ir.´. Rogério Romani

quinta-feira, 6 de março de 2025

FRASES ILUSTRADAS

MESTRE DE CERIMÔNIAS USANDO A PALAVRA

Em 14/08/2024 o Respeitável Irmão Itamar Pereira, Loja Filhos de Salomão, 2311, REAA, GODF-GOB, Oriente de Brasília, Distrito Federal, apresenta a dúvida seguinte.

MESTRE DE CERIMÔNIAS E O USO DA PALAVRA.

Estou com uma dúvida e procurei no seu blog e não achei. Mas sei que já vi em algum lugar.

Pergunto: pode o Mestre de Cerimônias, durante a Palavra a Bem da Ordem e do Quadro em Particular, falar três vezes, mudando de colunas e se deslocar até o Oriente, aproveitando da condição de que ele tem livre circulação na Loja?

CONSIDERAÇÕES:

De forma nenhuma! O Mestre de Cerimônias não pode mudar de Coluna, ou se dirigir ao Oriente para fazer uso da palavra. A regra é que nas Colunas cada um fale do seu lugar, assim como os do Oriente também falam do seu lugar.

O Venerável diz na abertura dos trabalhos: "Desde agora a nenhum (o grifo é meu) Irmão é permitido falar ou passar para outra coluna sem obter permissão, e [...]".

Assim, está bem claro que "nenhum Irmão", dos quais também o Mestre de Cerimônias, podem mudar de lugar para pedir novamente a palavra.

Nas Colunas, caso algum Irmão queira usar da palavra novamente, ele a pede ao respectivo Vigilante. Este, por sua vez, a solicita ao Venerável Mestre.

Se o Venerável Mestre resolver concedê-la novamente, obrigatoriamente a palavra deverá fazer o giro completo, isto é, ficará livre a partir da Coluna do Sul. 

Nesse particular, o Venerável Mestre deverá ser assaz criterioso para conceder o retorno na palavra, não devendo concedê-la senão mediante premente necessidade.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

LEITURA E APROVAÇÃO DA ATA EM LOJA

Em 13/08/2024 o Respeitável Irmão Angelo Carlos Kondlatsch, Loja Fé e Trabalho, 635, REAA, GOB-PR, Oriente de Rio Negro, Estado do Paraná, apresenta a dúvida seguinte:

ATA

Atualmente sou o Orador da Loja, e desde que fui iniciado, nunca houve a leitura da Ata em Loja Aberta, somente o envio por e-mail e a posterior aprovação pelos presentes em Sessão.

Entendo que a ritualística "manda" ler a Ata em Loja, passando posteriormente a palavra pelas Colunas e então a votação pela aprovação ou não.

O Orador pode "impor" que a leitura seja realizada em Loja ou cabe ao Venerável Mestre essa decisão?

CONSIDERAÇÕES:

Inicialmente eu gostaria de dizer que recebo, por mês, mais de uma centena de questionamentos, tornando-se praticamente impossível eu lembrar individualmente de todos os queridos Irmãos que me escrevem. Fica mais fácil quando o consulente se identifica e oferece de pronto o nome da sua Loja, rito, Obediência, Oriente e Estado da Federação. Isto me poupa tempo antes de procurar dados arquivados.

Dito isto, quando a sua questão, os rituais vigentes do REAA (2024) são bem claros quando mencionam em negrito: “Impreterivelmente a Ata deve ser lida em Loja”. 

À vista disso, não atender ao que prescreve o ritual é desobedecer a Lei. Vale afirmar que não existe nenhum Ato ou Decreto do Grão-Mestre Geral citando que as Atas não precisam ser lidas, discutidas e aprovadas "em Loja". Ao contrário, os rituais informam que a Ata seja lida em Loja.

Assim, o Orador é o Guardião da Lei e representante do Ministério Púbico Maçônico na Loja, portanto, antes de tudo ele deve preservar e fazer cumprir a lei. Neste caso, a sua obrigação é alertar o Venerável Mestre sobre o descumprimento do Ritual, exigindo, portanto, que ele seja descumprido como está.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

D. PEDRO I DO BRASIL


D. Pedro I do Brasil teve uma vida maçônica extremamente curta. Nasceu no Palácio de Queluz, Portugal, em 1798 e faleceu na mesma cidade e no mesmo quarto em que nasceu, em 1834.

Iniciado na Maçonaria no Brasil, na Loja "Comércio e Artes"(Rio de Janeiro) no dia 02 de agosto de 1822, com 24 anos de idade, adotou o Nome Simbólico de "Guatimozim". Três dias depois, foi promovido ao Grau de Mestre, e depois foi sagrado Grão-Mestre, apenas 2 meses mais tarde, numa sessão presidida pelo Grão-Mestre Adjunto, Joaquim Gonçalves Ledo (Diderot).

Como Grão-Mestre, exerceu a função por apenas 17 dias. Em 21 de outubro (uma semana após a aclamação como imperador), mandou fechar e investigar as Lojas que o haviam ajudado a proclamar a Independência.

4 dias mais tarde, sem que as investigações sequer tivessem começado, determinou a reabertura dos trabalhos maçônicos com força e vigor, mas os acontecimentos políticos impediram esta reinstalação, sendo o Grande Oriente do Brasil, fechado em 25 de outubro de 1822 e só ressurgindo em 1830.

Após quase nove anos como Imperador do Brasil, Dom Pedro I abdicou do trono no dia 7 de abril de 1831, em favor de seu filho Pedro de Alcântara, então com cinco anos de idade, o futuro imperador Dom Pedro II.

Em Portugal, faleceu logo depois, com apenas 35 anos de idade, vítima de tuberculose.

Fonte: Facebook_Curiosidades da Maçonaria

OS QUATRO ELEMENTOS

Na Maçonaria, os quatro elementos (Terra, Água, Ar e Fogo) possuem um profundo significado simbólico, relacionados à construção do templo interior do maçom e ao desenvolvimento espiritual. Eles também estão presentes em diversas tradições filosóficas e esotéricas.
1. Terra
Representa a estabilidade, firmeza e base sobre a qual o maçom deve construir sua vida.
Simboliza o trabalho, a disciplina e a resistência.
Associada à Pedra Bruta, que precisa ser lapidada para alcançar a perfeição.
Relacionada ao quadrado maçônico, que representa retidão e equilíbrio.
2. Água
Representa a pureza, adaptação e fluidez.
Simboliza a sabedoria e a busca pelo conhecimento, pois a água sempre encontra seu caminho.
Ligada ao batismo iniciático e à purificação espiritual.
Em algumas lojas, pode estar representada pela taça ou pelo jarro de água.
3. Ar
Representa o intelecto, a comunicação e o sopro da vida.
Simboliza o pensamento elevado e a necessidade de buscar a verdade e o conhecimento.
Relacionado ao compasso, que orienta o espírito e traça o caminho do aprimoramento.
Está presente na respiração e no verbo, fundamentais para o progresso humano.
4. Fogo
Representa a paixão, iluminação e transformação.
Simboliza a busca da luz e o fervor maçônico na caminhada pelo aperfeiçoamento.
Ligado à tocha, ao sol e à chama do conhecimento.
Relacionado à força da vontade e ao espírito de superação.
Na Maçonaria, esses quatro elementos são fundamentais para a construção do Templo Interior, refletindo as diferentes forças da natureza e do ser humano que devem ser harmonizadas no caminho iniciático.

Fonte: Facebook_Estrela de Davi

quarta-feira, 5 de março de 2025

FRASES ILUSTRADAS

USANDO A PALAVRA E CONVOCAÇÃO PARA SESSÃO

Em 13/08/2024 o Respeitável Irmão Arimar Marçal, Loja Santo Graal, 4690, REAA, GOB-RS, Oriente de Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul, apresenta as questões que seguem:

USANDO A PALAVRA E CONVOCAÇÃO

Sempre com o objetivo de aprender e transmitir ensinamentos de forma correta, recorro novamente ao Grande Secretário de Ritualística do GOB.

Nossa rotina nas Sessões é sempre mesclada com opiniões divergentes e, entendo como positivas pois proporcionam a possibilidade de debatermos, sempre em busca do aprendizado eficiente. Do contrário, corremos o risco de aprender de forma errada se formos instruídos somente pelas opiniões pessoais dos Obreiros.

AS DÚVIDAS:

1. O Orador eleito ou o seu Ad Hoc tem o direito de falar como Obreiro no momento que a Palavra circula nas Colunas (depois no Oriente)?

2. No encerramento da Sessão, como suas últimas palavras, o Venerável Mestre CONVOCA os Obreiros para a Sessão seguinte (normalmente para 7 dias após). Pode o Venerável Mestre “convocar os Obreiros” sem dizer o Grau da Sessão seguinte?

3. Entendo que a “convocação” precisa obedecer ao intervalo mínimo de 7 dias e sim, indicar em qual Grau será a Sessão seguinte.

4. Após a convocação em Grau 1 (respeitando os 7 dias) pode a Administração MUDAR (no meio da semana, 4 dias antes da Sessão) o Grau da Sessão originalmente convocada em Grau 1?

Como sempre, agradeço e exalto os ensinamentos prestados pelo Poderoso Irmão.

CONSIDERAÇÕES

No que se refere ao Orador falar como obreiro, obviamente que sim, pois ele, além de ser o Guardião da Lei, é também um membro regular do quadro. Assim, durante a Palavra a Bem da Ordem ele naturalmente pede a palavra ao Venerável Mestre para dela fazer uso (como membro da Loja).

O que o Orador não deve fazer é falar como obreiro do quadro quando lhe é dada a palavra para as “conclusões finais”. Neste instante ele deve falar apenas como representante do Ministério Público maçônico, devendo, por dever de ofício, saudar os visitantes e declarar os trabalhos justos e perfeitos.

É oportuno lembrar que o Orador, por ocupar lugar no Oriente, fala sentado, a não ser nas ocasiões em que o ritual determine que ele fale em pé.

Com respeito à convocação feita pelo Venerável, saliento que esse não é bem um assunto de ritualística. Nesse sentido, deixo aqui apenas as minhas colocações, lembrando que elas sejam laudatórias. 

Deste modo, eu entendo que o Venerável Mestre deve seguir o calendário elaborado pelo Chanceler e aprovado em sessão pela Loja. Este calendário pode ter a duração de seis meses ou um ano. Assim, segue-se o calendário aprovado e não o Venerável convocar ao seu critério. 

Nesse contexto, entendo que qualquer mudança no calendário aprovado e vigente, essa mudança deve seguir os trâmites legais para as devidas alterações

O Venerável pode convocar, fora do calendário, sessões extraordinárias, como, por exemplo, de Finanças, Administrativa, etc. Devem ser convocadas por edital com antecedência regulamentar, que pode variar de 15 a 30 dias.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

APONTAMENTOS RITUALÍSTICOS - REAA

Em 12/08/2020, o Respeitável Irmão Robson Lopes, Loja Mestre Hiran, REAA, GOB-RJ, Oriente de Nova Iguaçu, Estado do Rio de Janeiro, apresenta a seguinte questão:

APONTAMENTOS RITUALÍSTICOS – REAA

Aproveito para realizar novos questionamentos, acerca do REAA:

1.    No Grau 02, durante as viagens da Elevação, é possível inserir sonoplastia, como sons de construção ou música de fundo, ou é estritamente necessário que se preserve o silêncio?

2.    Acerca da abóbada Celeste, diz-se que a mesma representa o céu do hemisfério norte, no dia 21 de março. Entendo que seja o início do percurso solar no signo de Áries, além de marcar aproximadamente o equinócio de primavera. Contudo, seria possível indicar a fonte que informa que a abóboda representa exatamente esta data? Ou foi algum argumento que se convencionou e incorporou-se na lógica do Rito?

3.    Existe algum planejamento a longo prazo, no GOB, para retornar ao avental vermelho encarnado e a abertura do Livro da Lei em João 1, como originalmente no REAA?

Grato pela atenção, meu irmão.

RESPOSTAS:

1. Não está previsto no ritual nenhuma atividade para a Coluna de Harmonia durante as viagens na cerimônia de Elevação. Assim, a liturgia indica silêncio.

2. A estrutura doutrinária do REAA, rito nascido no hemisfério Norte, aponta para esta afirmativa. Ao Norte a primavera ocorre em março e a coluna zodiacal de Áries encontra-se no topo do Norte; o ápice da Luz se dá em Câncer, que também se localiza no Norte. 

Logo, a abóbada só pode ser setentrional e a sua disposição astronômica provavelmente entre a primavera e o verão. Por todos os elementos que constroem a abóbada, creio que seja o suficiente para se chegar a esta conclusão. 

Nem tudo necessariamente precisa estar escrito. Por si só, o simbolismo da abóbada revela a sua observação banda setentrional.

3. Futuramente, acredito ser grande esta possibilidade.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

PÍLULAS MAÇÔNICAS

 nº 85 - Carater Social na Maçonaria

Neste artigo, vou transmitir para todos aquilo que o Irmão Mestre Albert Gallatin Mackey afirma na sua “Encyclopédia of Freemasonry – vol 2”:
A Francomaçonaria atrai nossa atenção como uma grande Instituição Social.
Deixando de lado, dentro da Loja, as artificiais distinções de posição e riqueza que são, contudo, nececessárias no mundo para o progresso normal da sociedade profana, os seus membros reunem-se em suas Lojas tendo em comum um nível de fraternidade e igualdade.
Somente as virtudes e os talentos constituem títulos e merecem preeminência, sendo o grande objetivo de todos o esforço para poder trabalhar melhor e colaborar ao máximo com todos.
A forte amizade e a afeição fraternal são incultadas ativamente e são assiduamente cultivadas e, tendo estabelecido este grande vínculo místico, distingue de maneira peculiar a sociedade alí formada.
E é por isso que Washington declarou que o benevolente propósito da Instituição Maçônica é de alargar a esfera da felicidade social e de promover a felicidade da raça humana.

NOTA: Albert Gallatin Mackey, americano, foi um dos maiores historiadores maçônicos. Grande pesquisador da Ritualística e da Simbologia maçônica. Ele nasceu em Charleston, Carolina do Sul, em 12 de março de 1807, falecendo em 1881.

Fonte: pilulasmaconicas.blogspot.com

A HISTÓRIA DA MAÇONARIA NA INGLATERRA (PARTE I)

A HISTÓRIA DA MAÇONARIA NA INGLATERRA SEGUNDO WILLIAM PRESTON (PARTE  I)
LucianoRodrigues

Amados irmãos e leitores do blog O Prumo de Hiram, eu como um curioso e apaixonado pela história da maçonaria estou sempre buscando nos livros antigos, informações sobre os primórdios de nossa querida ordem. Esta matéria será focada nas obras de William Preston, importante escritor e palestrante maçônico, que descreve a sociedade dos pedreiros conforme documentos que tinha acesso no final do século XVIII. Material este que foi perdido devido as guerras ocorridas na Europa e perseguições que assolaram a maçonaria durante o passar dos anos.

O que é citado como Maçonaria, na verdade não é a ordem no formato como conhecemos atualmente e sim uma fraternidade ou organização de construtores.

Como o material é muito vasto, as postagens estarão divididas por períodos, conforme a obra em questão.

Introdução da Maçonaria na Inglaterra. Relatos dos druidas. O progresso da Maçonaria na Inglaterra sob os romanos.

terça-feira, 4 de março de 2025

FRASES ILUSTRADAS

CONSAGRAÇÃO DE TEMPLO - REFORMA DA LOJA

Em 11/08/2024 o Poderoso Irmão Pedro Rodrigues Bueno Junior, Secretário de Orientação Ritualística do GOB-SP, São Paulo, Capital, apresenta a dúvida seguinte:

ESPAÇO NÃO CONSAGRADO

Espero que este o encontre bem e na mais perfeita saúde.

Mais uma vez venho solicitar o auxílio do Irmão a fim de sanar uma dúvida.

Estou como Secretário de Ritualística do GOB-SP e recebi uma consulta que, mesmo consultando nossos Rituais, nossa Legislação e, também, o SOR não encontrei a resposta, razão pela qual lhe envio este e-mail: Uma Loja (que pratica o RER) está com seu Templo em reforma e por isso está utilizando uma sala próxima com as devidas adaptações para realização das sessões, porém, eles desejam fazer uma Sessão de Recepção (Iniciação). A dúvida é: é permitido realizar esse tipo de sessão num "local adaptado/improvisado" ou somente deve ser feito em Templo já Sagrado (ou Consagrado, que creio seja o termo mais adequado).

A orientação para o caso acima, também, se aplique aos demais Ritos? Posso considerar, também, para sessões de Elevação/Exaltação?

Obrigado pela valiosa ajuda, assim oriento a Loja de forma correta.

 CONSIDERAÇÕES:

No meu entendimento, uma Loja constituída com mais de sete Mestres Maçons e que possui Carta Constitutiva regular e definitiva deve trabalhar ritualisticamente em recintos consagrados para os trabalhos maçônicos, mesmo que o recinto seja de outro rito, ou emprestado de outra Loja.

Entendo assim porque no GOB há um ritual oficial de Sagração de Templo in Rituais Especiais, Sessões Exclusivas, 2016 em vigência

Isso significa que o ambiente destinado ao trabalho maçônico precisa antes ter sido inaugurado ritualisticamente, isto é, ter sido consagrado.

No caso da sua questão, a Loja que passará por reformas precisa emprestar, ou alugar, o espaço de uma Loja em atividade, que certamente já tem o seu templo consagrado.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

DO MEIO DIA À MEIA NOITE - UMA EXPRESSÃO INICIÁTICA

Em 10/08/2024 o Respeitável Irmão Warley Pompeu Marques, Loja Major Adolfo Dourado, 2196, REAA, GOB-PA, Oriente de Belém, Estado do Pará, apresenta a dúvida seguinte:

MEIO DIA À MEIA NOITE

Gostaria saber onde, como e qual Ritual aparece a primeira menção aos termos: Meio-Dia e Meia-Noite? 

CONSIDERAÇÕES:

Para responder a vossa questão, eu teria antes que montar uma grade de pesquisas com elementos primitivos relativos às centenas de rituais maçônicos que já foram escritos ao redor da Terra, até hoje. Isto, desde já lhe adianto, não tenho como fazer no momento. 

À vista disso, seguem alguns apontamentos, que reputo importantes, sobre o conteúdo iniciático da Maçonaria dentro desta alegoria solar.

Do meio-dia à meia-noite” se trata de uma expressão iniciática que possui grande valor para a estrutura doutrinária da Moderna Maçonaria.

Genericamente, é possível se dizer que esta alegoria procura ensinar ao maçom que ele deve se dedicar ao trabalho - em prol do seu aperfeiçoamento e em favor da humanidade - desde a sua juventude até o final da sua vida. Nessa conjuntura, “meio-dia” simboliza a juventude e “meia-noite” a idade senil do iniciado (idades iniciáticas da vida e morte).

Historicamente, “do meio-dia à meia-noite” é uma alegoria creditada a Zoroastro (Zaratustra), um profeta e um mestre dos antigos mistérios. Fundou o Masdeísmo, ou Zoroastrismo – em grego menciona aquele que é um contemplador de astros (Astrologia/Astronomia). 

Acredita-se que Zoroastro viveu em algum período, por volta do século II a. C. Lendariamente é contado que ele reunia os seus discípulos ao meio-dia e os despedia à meia-noite, após um ágape fraternal. 

Assim, a Astrologia, precursora da Astronomia, evidencia-se no Zoroastrismo (contemplador de astros). A Lua em quarto crescente (primeiro quarto) é parte desta alegoria, pois a Lua nesta fase desponta ao meio-dia, quando o Sol está no zênite, e chega ao seu ocaso à meia-noite, no auge da escuridão. Aqui um exemplo da dualidade e dos opostos: luz e escuridão; dia e noite, nascimento e morte, etc.

Consequentemente, a Maçonaria, uma instituição eclética e iniciática, infinitamente mais nova do que o Zoroastrismo, acabou adotando, como um dos seus tantos elementos doutrinários, esta antiga alegoria da Luz haurida dos cultos solares da Antiguidade. 

Observação: esta abordagem não induz ninguém a imaginar existência de Maçonaria no século II a. C. Por seu caráter eclético, vale destacar que a Ordem Maçônica, com aproximados 800 anos de história documentada, construiu seu arcabouço doutrinário se valendo também de muitas manifestações religiosas e culturais advindas das antigas civilizações.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

OS SINAIS DA MAÇONARIA PRESENTES EM OBRAS ARTÍSTICAS

3 Livros Sagrados – Larysa Kalinichenko

Introdução

A Maçonaria, na sua filosofia trata da essência, propriedade e efeitos das causas naturais. Investiga as leis da natureza e relaciona as primeiras bases da moral e da ética pura. Não tem por princípio obter lucro pessoal de nenhuma classe, ao contrário, as suas arrecadações e os seus recursos servem ao bem-estar do homem – seu semelhante, sem distinção de nacionalidade, sexo, religião ou raça. Buscando a elevação espiritual e a tranquilidade de consciência, assim afirma Nut-sa-Tefnut, 2001, p.1. A pesquisa, objecto deste artigo tem como objectivo, o conhecimento dos sinais maçónicas em obras de arte e o significado dos mesmos. O Símbolo Maçónico utiliza a arte para transmitir as suas mensagens com a interpretação coerente, lógica, e inspiradora de lições morais. “Dissemos ‘inspiradora’, porque iniciação é inspiração e não simples ensinamento ou pregação” (VAROLI FILHO, 2000, p.17-18)

Desenvolvimento do trabalho

O quadro denominado “O arquitecto”, é uma obra da artista Camem-Lara que utiliza a técnica mista sobre uma tela de dimensões 90×60 (cm). O mesmo, encontra-se na obra de Vagner Veneziani Costa denominado: Maçonaria: Escola de mistérios – A antiga tradição e os seus símbolos

Figura 1: O arquitecto

Wagner Veneziani Costa na sua obra denominada Maçonaria – Escola de Mistérios – A Antiga Tradição e os seus Símbolos, escreve sobre a obra acima:

Esta é a real iniciação: Tornar-se uno na sua mente.
A Geometria é a quinta das 7 artes liberais, dos 7 ofícios.
Geometria significa medida da Terra
Geo – Terra
Metrona – medida
(…) que todas as artes só existem
Por causa da Geometria (…)
(…)
Ora, a proporção é medida
E a ferramenta ou instrumento
É a Terra,
Se a geometria é
Medida da Terra,
Podemos dizer que todos os homens
Vivem pela Geometria.
(…)


Figura 2: A criação de Adão por Michelangelo – http://metalberserk.blogspot.com.br

Nas figuras 2 e 3 surgem com clareza a letra M que representa a Maçonaria, sociedade secreta, ricas na disseminação de segredos e que possui mais de cinco milhões de integrantes. Os dedos do meio de Deus e Adão são mantidos juntos e os dedos indicador e mindinho são separados.


Figura 3 – Pintura de Michelangelo: Detalhe dos dedos de Deus e Adão – http://midiailluminati.blogspot.com.br/


Figura 4 – Escultura de Uma Cariátide – http://liberdadeeamorcassia.mvu.com.br/site/maconaria-nas-

Cariátide era uma guardiã do portal do Ministério da Agricultura, em Madrid. Na obra, ela segura na mão direita o maço ou malhete, insígnia do Venerável Mestre e da autoridade, e na mão esquerda o esquadro, símbolo da rectidão maçónica.

” (…) Embora a Maçonaria não seja uma religião e nem seja uma ordem mística, ela utiliza, nos seus rituais, na sua simbologia e na sua estrutura filosófica e doutrinária, os padrões místicos de diversas seitas, associações e civilizações antigas, principalmente os relativos às religiões e às ordens iniciáticas de cunho religioso daqueles povos que representaram o alvorecer das civilizações e que concentravam, desde o século V a. C., em torno dos rios Tigre e Eufrates e do Mar Mediterrâneo. (…) [A Maçonaria] nascida na sua forma moderna, nas asas das aspirações liberais e libertárias dos povos subjugados pelo poder real absoluto e pelos privilégios do clero, é também, liberal e libertária, evolutiva e adaptável às épocas, racional e democrática. Para armar, todavia, a sua doutrina moral, ela buscou o simbolismo nascido da mística de civilizações perdidas na noite dos tempos; e o simbolismo, fonte de espiritualidade oculta, será, sempre, por mais que a cibernética e a materialidade dominem o mundo, uma LUZ no caminho da humanidade (…)” (CASTELLANI: 1996. p.92).

A Estátua da Liberdade, localiza-se na entrada do porto de Nova Iorque e foi construída pelo escultor Alsaciano Fréderic Auguste Bartholdi. Os símbolos maçónicos que estão presentes na obra são: a tocha, o livro na mão esquerda e o diadema de sete espigões em torno da cabeça. O significado da estátua é: A Liberdade iluminando o mundo.

Há 25 janelas na coroa, simbolizando as pedras preciosas encontradas na terra e os raios celestes brilhando sobre o mundo. Os sete raios da coroa simbolizam os sete mares e continentes. A placa que carrega na mão esquerda tem escrito 4 de Julho de 1776 em algarismos romanos (JULY IV MDCCLXXVI). O significado da tocha é a iluminação dos caminhos.


Figura 5 – Estátua da Liberdade https://www.google.com.br/estátua

Na foto abaixo tirada na Igreja de são Francisco de Assis da cidade de São João Del Rei, destaca-se o Ostensório de ouro com a rosa e o sol.

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Figura 6 – Ostensório com o Sol e a Rosa. Foto de Adriano Santos Figueiredo

Esta obra fica na Igreja de São Francisco de Assis e na Igreja de São João Del Reis em Minas Gerais. O Sol ou representação do Deus Mitra. Sempre que o sol está com um rosto é também conhecido como Velho rosto de Bronze. Mitra era comparado com Jesus, também o deus de Zoroastro e dos Gregos, Romano, sendo a data de nascimento 25 de Dezembro.

Desde os mais remotos tempos, o Sol símbolo da Luz. Para a Maçonaria a Luz é a do Conhecimento, do esclarecimento mental e intelectual. No topo do ostensório a rosa como a simbologia de Maria Madalena e de Silencio. Maria Madalena era da cidade de Magdala antiga capital da Etiópia, descendente de família nobre muito culta, sabia ler e escrever, sendo considerada por estudiosos com uma discípula de Cristo, segundo Historiadores escreveu o evangélico apócrifo Maria Madalena, conta em relatos também apócrifo do evangélico de Felipe, estes apócrifos foram encontrados em jarros escondidos numa caverna no ano de
1945.

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Figura 7 – Profeta Oséias retratando Domingos Vital Barbosa (um dos membros da Inconfidência Mineira) Basílica do Bom Senhor do Matosinho – Foto de Adriano Santos Figueiredo

Os profetas são considerados obras-primas de Aleijadinho e as esculturas dos Doze Profetas de Congonha do Campo em Minas Gerais, retratam também os inconfidentes mineiros. Os pés do apóstolo são esculpidos em forma perpendicular, simbolizando o esquadro. O esquadro une a linha vertical com a linha horizontal e é considerado na Maçonaria como símbolo de rectidão e da acção do homem.


Figura 8 – Profeta Ezequiel, retratando Inácio Alvarenga Peixoto (outro membro da Inconfidência Mineira) Basílica do Bom Senhor do Matosinho Foto de Adriano Santos Figueiredo

A posição do braço representa o grau de companheiro na Maçonaria.


Figura 9 – O Homem Vitruviano Foto do vitral lateral da Catedral da Sé em São Paulo. Foto de Adriano Santos Figueiredo

Na obra de Leonardo Da Vince, o Homem Vitruviano forma com as mãos e pés uma estrela de cinco pontas (Estrela Flamígera ou flamejante. Esta estrela é o símbolo de grau de Companheiro.

Homem Vitruviano é um pentagrama, que é um símbolo estelar de cinco pontas representando o homem e a sua relação também com os quatro elementos (terra, água, ar e fogo) que por sua vez tem relação com os quatro corpos da Personalidade e a cabeça como o elemento racional da Tríade que traz o poder de discernimento adquirido pela obtenção de conhecimento.

Na figura 9, o Homem Vitruviano está dentro de um círculo e de um quadrado que tem relação com a numerologia sagrada, o círculo como símbolo da divindade e o quadrado símbolo da manifestação na matéria a partir da divindade.

A figura humana está totalmente integrada à esta figura geométrica, demonstrando a relação do homem com o universo, o macrocosmo aqui como o universo e o microcosmo como o homem totalmente integrado.

As figuras na posição de braços abertos longitudinais ao corpo formam uma cruz latina, símbolo da verticalização do homem em busca do sagrado com um trabalho na matéria (horizontal).


Figura 10 – Virgem Maria Igreja Nossa Senhora do Carmo/MG. Foto de Adriano Santos Figueiredo


Figura 11 – Virgem Maria e a flor de Liz Igreja Nossa Senhora do Carmo/MG Foto de Adriano Santos Figueiredo

As figuras 10 e 11 retratam a Virgem Maria e a Flor de Liz. É o símbolo da pureza, realeza, sabedoria e da humanização de Cristo. A Flor de Liz representa a Virgem Maria e é representada por três pétalas, o que faz dela um símbolo da Trindade. Para a Maçonaria, significa: a ponta da lança, dando a orientação e o rumo a seguir.

 

Figura 12 – O Braço da Virgem Maria faz um ângulo de 90 graus – Foto de Adriano Santos Figueiredo Igreja: Catedral da Sé em São Paulo


Figura 13 – O detalhe no alto do quadro representa um anjo em forma de triângulo equilátero (perfeição). Foto de Adriano Santos Figueiredo

Conclusões

De acordo com Bondarik, R. cada vez que se analisa um símbolo referente à Maçonaria, esta análise por mais que seja baseada em outras tantas já publicadas, será normalmente original. A visão que se possui sobre um símbolo é sempre pessoal e intransferível. São estas múltiplas visões que dão a Ordem Maçónica o carácter dinâmico e de adaptação aos novos tempos e as novas ideias que constantemente surgem: repassar os seus diversos princípios aos seus.

As obras aqui apresentadas são parte do grande acervo que contem simbologias maçónicas que tanto interesse despertam em todos os apreciadores das artes e seus significados. Neste artigo fica, portanto, uma pequena colaboração desejando que o mesmo desperte novas pesquisas que enriqueçam o nosso conhecimento.

Maria do Carmo Jampaulo Plácido Palhaci [1], Luiz Antonio Vasques Hellmeister [2], Ricardo Nicola [3], Carmem Francisca Lourenço Pinto Hellmeister [4]
Notas

[1] Maria do Carmo Jampaulo Plácido Palhaci – Professora Doutora – Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho – Departamento de Artes e Representação Gráfica da FAAC – Faculdade de Arquitectura, Artes e Comunicação, Campus de UNESP -Bauru, SP, Brasil, palhaci@faac.unesp.br

[2] Luiz Antonio Vasques Hellmeister – Professor Doutor – Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho – Departamento de Artes e Representação Gráfica da FAAC – Faculdade de Arquitectura, Artes e Comunicação, Campus da UNESP – Bauru, SP, Brasil, hellmeister@faac.unesp.br

[3] Ricardo Nicola – Professor Doutor – Universidade Estadual Julio de Mesquita Filho – Departamento de Comunicação da FAAC – Faculdade de Arquitectura, Artes e Comunicação, Campus de UNESP -Bauru, SP, Brasil, midia.press@uol.com.br

[4] Carmen Francisca Lourenço Pinto Hellmeister – Professora Doutora – Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho – Departamento de Engenharia de Produção da FEB – Faculdade de Engenharia de Bauru, Campus da UNESP – Bauru, SP, Brasil, carmenfl@feb.unesp.br
ReferênciasCOSTA, Wagner Veneziani. “Maçonaria – Escola de Mistérios – A Antiga Tradição e seus Símbolos” – Madras Editora Ltda. 2006
NUT-SA-TEFNUT, Soror. Introdução à Maçonaria. 2001, p.1’
BONDARIK, Roberto ( bondarik@cp.cefetpr.br), M∴ M∴, ARLS Cavaleiros da Luz, nº 60 – Grande Loja do Paraná – Brasil.
VAROLI FILHO, Simbologia e Simbolismo da Maçonaria. Londrina: A Trolha, 2000.

Fonte: fremason.pt