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PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

terça-feira, 30 de junho de 2020

TRANSMISSÃO DA PALAVRA NA ABERTURA E NO ENCERRAMENTO

Em 21/02/2020 o Respeitável Irmão Marcos Marinho Monteiro, Loja Acácia do Agreste, 4.464, REAA, GOPE-GOB, Oriente de Tupanatinga, Estado de Pernambuco, solicita esclarecimentos para o que segue:

TRANSMISSÃO DA PALAVRA NA ABERTURA E ENCERRAMENTO.

São duas questões (dúvidas) relacionadas com o que diz no Ritual e o que é praticado em algumas Lojas. Me permita simplificar a máximo a minhas dúvidas.

1. A prática ao receber ou transmitir a Palavra Sagrada em algumas Lojas tem o costume de dar aquele famoso abraço entre os interlocutores. Essa prática procede?

2. Na abertura ou fechamento dos trabalhos, logo após ser transmitida ou recebida a Palavra Sagrada, as Luzes voltam a ficar a Ordem, Dúvida: qual é o momento exato para que as Luzes desfaçam o sinal de Ordem?
a) Imediatamente após transmitir ou receber a Palavra Sagrada dos Diáconos?
b) Simultaneamente Após o 2º Vigilante bater o malhete e afirmar que está J∴ e P∴ na Coluna do Sul?
c) Simultaneamente Após o 1º Vigilante bater o malhete e afirmar que está J∴ e P∴ em ambas as CCol∴?
d) Simultaneamente Após o Venerável Mestre desfazer e dá prosseguimento com abertura ou fechamento dos Trabalhos?
e) Nenhuma alternativa?

CONSIDERAÇÕES:

No REAA a transmissão da Palavra Sagrada como ato litúrgico, tanto na abertura como no encerramento, deve seguir algumas regras. Porém, antes de qualquer comentário a respeito, é bom que se diga que essa transmissão não deve ser tomada como ato de telhamento, até porque essas passagens litúrgicas se dão entre Mestres Maçons (Art. 229 do RGF - cargos são privativos de Mestres Maçons) e tem a finalidade de rememorar uma antiga prática que era exercida nos canteiros da Idade Média onde trabalhavam os nossos ancestrais.

Já comentei bastante sobre o porquê dessa transmissão, onde especulativamente são revividas práticas operativas do passado. Num breve relato, a respeito, destaco que na Maçonaria Operativa quando iniciava seus trabalhos nas velhas construções, por primeiro (procedimentos de abertura) eram erguidos os cantos da obra. Eram aprumados e nivelados para que a elevação das paredes viesse sair a contento - conforme as exigências da Arte, isto é, justos e perfeitos.

Ao final da etapa, antes do encerramento da jornada, o serviço era então examinado e do mesmo modo conferido com o nível e com o prumo. Se estivesse tudo a contento, ou seja, justo e perfeito, os operários eram então despedidos e merecidamente pagos pelo serviço prestado. Essa é uma das razões pela qual os Vigilantes especulativos têm até hoje como joia distintiva o Nível e o Prumo, respectivamente. 

Como na Maçonaria Especulativa os trabalhos são apenas simbólicos, no lugar das aprumadas e nivelamentos dos cantos e paredes, atualmente isso foi substituído pela transmissão de uma palavra. Se ela estiver correta na sua comunicação, subentende-se de imediato que tudo está justo e perfeito (simbolicamente nivelado e aprumado). Com isso, os trabalhos especulativos podem ser abertos ou encerrados. Superficialmente é esse o significado da transmissão da Palavra Sagrada que ocorre nessas ocasiões. Mais informações a respeito podem ser encontradas no Blog do Pedro Juk em http://pedro-juk.blogspot.com.br

No tocante ao item 01 da sua questão, não existe nenhum abraço ou coisas do gênero entre os interlocutores durante a transmissão da palavra – vide explicações detalhadas a respeito no Sistema de Orientação Ritualística do GOB em http://ritualistica.gob.org.br

Concernente ao item 02 da sua questão, explicações minudenciadas também se encontram no Sistema de Orientação Ritualística, cabendo, entretanto, o seguinte comentário: 

a) Abertura – no ato transmissão da palavra ninguém fica à Ordem porque a Loja ainda está em processo de abertura e não propriamente aberta. Lembro que salvo quando da verificação pelo(s) Vigilante(s) para que se saiba se todos os presentes são maçons, os sinais somente poder ser feitos se a Loja estiver formalmente declarada aberta. Assim, conforme o Ritual, durante a transmissão da palavra para a abertura dos trabalhos ninguém fica à Ordem no REAA.

b) Encerramento – quando ocorre a da transmissão da palavra para o encerramento, observe-se que a Loja ainda está aberta, portanto, os protagonistas da transmissão, quando em pé e parados frente a frente um do outro, ficam à Ordem. Estar à Ordem significa manter o corpo ereto, pp∴ em esq∴ compondo o Sin∴ do Grau. Vide explicações detalhadas no Sistema de Orientação Ritualística do GOB – http://ritualistica.gob.org.br

Concluindo, remeto o Irmão a consultar o site do GOB RITUALÍSTICA onde, reitero, as explicações se encontram bem detalhadas. Lembro que o Sistema de Orientação Ritualística está amparado pelo Decreto 1784/2019 do Grão-Mestre Geral e deve ser aplicado desde a sua publicação (Boletim Oficial do GOB nº 31 de outubro de 2019) sobre os rituais. Para acesso à plataforma o Irmão deverá ter às mãos o seu GOB-CARD, CIM e saber informar a Palavra Semestral.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br

AS REVOLUÇÕES MAÇÔNICAS

AS REVOLUÇÕES MAÇÔNICAS
José Maurício Guimarães

A frase é de Millôr Fernandes: "DESCONFIO DE TODO IDEALISTA QUE LUCRA COM SEU IDEAL."

Millôr Fernandes (1923-2012) foi jornalista, escritor, tradutor, desenhista, dramaturgo e poeta. Mas a geração dos anos 60 e 70 o consagrou como humorista notório por suas colunas em publicações da boa (e velha) imprensa brasileira (mais boa do que velha). Isso foi nos tempos que amarrávamos cachorro com linguiça e podíamos rir de tudo sem a censura do politicamente correto. Éramos incorretos e ponto final. Millôr Fernandes era humorista no sentido amplo: percebia e manifestava, criticamente, a comicidade da vida absurda que levamos na tentativa de agradar os que nos cercam e os que nos cerceiam. Como eu disse no artigo anterior, "Ridendo Castigat Mores" (através do riso corrigem-se os costumes), sentença do neolatino Jean de Santeuil.

Guimarães Rosa desconfiou de muita coisa ("Eu quase que nada não sei. mas desconfio de muita coisa") e o carioca Millôr desconfiou do idealista que lucra com o ideal.

Lucrar não é apenas auferir ganhos materiais ou dinheiro de uma atividade ou empreendimento; lucrar é também (e principalmente) a obtenção de vantagem ou proveitos – sejam posições ou condição de superioridade de alguém com relação aos outros.

Passados mais de cinquenta anos da época de ouro do humor inteligente no Brasil, pergunto-me se ainda há chance de corrigirem-se os costumes ou simplesmente rirmos das nossas próprias limitações. Estamos a cada dia mais sérios – não por virtude, mas porque o ideal está sendo negociado nas bolsas de valores. Assim o mundo ficou carrancudo e burro; ninguém mais sabe brincar. Todos os esforços assestam para posições ou condição de superioridade almejadas por gente de pouco ou nenhum valor. 

Por isso Millôr desconfiava desses idealistas. Eu nem chego a desconfiar; coloco-me antecipadamente de sobreaviso quando pressinto um discurso melífluo a escorrer como correnteza açucarada e empapuçada de lugares-comuns. Tenho lido tanta coisa açucarada na internet que meu computador ficou cheio de formigas doceiras.

O primeiro e maior desafio está em readquirirmos o bom-humor, voltarmos a achar graça nos enormes aparatos que criamos e que não servem para nada.

A virtude continua no meio: “nem tanto à terra, nem tanto ao mar”. Se o pessimismo paralisa, o otimismo a qualquer custo jogará todos no abismo.

Já dizia minha avó: “muito riso é sinal de pouco siso”.

NO CASO DA MAÇONARIA

Provoca-nos verdadeiro entusiasmo o recente surgimento de tantos maçons produzindo textos e desenvolvendo pesquisas. Há também brilhantes oradores − muitas vezes autodidatas – que se saem muito bem naquilo que se dispõem fazer. Esses bons escritores, oradores e pesquisadores todos sabemos quem são: as atenções das assembleias e nas reuniões das Lojas voltam-se para eles quando pedem a palavra, pois sempre têm qualidades a conferir numa discussão. Ao contrário dos impertinentes e da fala mansa, os bons construtores do Templo moldam palavras e conteúdos ao público a que se destinam; instruem sem pedantismo ou inflexões ríspidas de voz e gestos. Sabemos que o bom discurso não exibe conhecimentos de quem não os possui, nem ostenta elementos garimpados em obras alheias ou internet com o intuito dissimulado de humilhar os circundantes ou amedrontar iniciantes. Eu posso discernir com precisão de onde esses "novos sábios" copiam seus malabarismos e péssima literatura.

Volto a observar atentamente o momento que vivemos e aprofundo-me em reflexões sobre o que nos espera nos próximos meses deste 2020.

Levo em consideração os movimentos de Irmãos ou grupo de Irmãos que, distanciados de suas Lojas, buscam no mundo virtual alguma esperança, uma palavra amiga ou – quem sabe? – o socorro que esperam da fraternidade. Quase ouço o grito sufocado dos que se acham em situação de perigo, desamparo ou doença, gritos que se perdem no vazio de arengas enfadonhas e prolixidades sobre a "arte de bem viver", "os deveres do maçom" e discussões improdutivas sobre "sexo dos anjos" -- detalhes dispensáveis de instruções, formulários, listas, regulamentos e intermináveis beija-mãos.

Para quem desejava ver a maçonaria retomar sua vocação revolucionária, O MOMENTO CHEGOU. Não percam o trem da História, levantem a cabeça e reajam.

Apesar da luz que vem surgindo no fim do túnel, permanecemos mergulhados numa crise sanitária sem precedentes. Acossados por disputas políticas e vertiginosa queda na economia, ficamos expostos a um bombardeio do falso otimismo e de ilusórias expectativas. Na qualidade de maçons, somos uma organização de homens adultos, livres e inteligentes. Cada um deveria saber pensar por si mesmo, pois não precisamos de condutores, nem líderes, nem gurus. Nossa organização precisa de bons dirigentes – executivos e administradores de primeira linha – e isso já temos em nossas Potências e Obediências, graças ao voto livre. Mas o momento, repito, nos obriga repensar velhos conceitos de liberdade e igualdade. Grandes e pequenos, aprendizes e mestres, precisamos, mais do que nunca, exercitar FRATERNIDADE e solidariedade. Essa foi a promessa que fizemos na Iniciação; e esse foi o compromisso que a Ordem assumiu conosco naquele mesmo instante. 

Água-com-açúcar não vai resolver nada; flores mimosas e polidez afetada são dispensáveis; rapapés e mesuras são salamaleques inúteis até que nos reorganizemos − primeiro como pessoas; em seguida, como cidadãos e como pátria; e finalmente, como maçonaria – é nessa ordem que caminharemos bem no pós-pandemia.

A maior punição para quem se cala é ser dominado pelos que tagarelam nos desvãos das organizações. Desconfiemos, nós também, desses idealistas que vêm vestidos com peles de ovelhas, mas por dentro são lobos vorazes.

Não podemos ter medo de falar, questionar ou pedir. Se preciso for, um sonoro 'NÃO' será grito de liberdade.

segunda-feira, 29 de junho de 2020

PRONÚNCIA DA ACLAMAÇÃO. HUZZÉ OU HUZZÊ?

Um Respeitável Irmão da Loja Independência de Nova Friburgo, 2452, REAA, GOB-RJ, Oriente de Nova Friburgo, Estado do Rio de Janeiro, através do News GOB Net, solicita esclarecimentos para o que segue:

HUZZÉ OU HUZZÊ?

Realizo essa consulta com a finalidade de esclarecer pertinente dúvida oriunda da interpretação divergente de nosso Ritual. Praticamos o REAA. Contudo, alguns irmãos da Loja defendem que a Aclamação do Rito é HUZZÊ, com o acento circunflexo no e, conferindo uma tonicidade fechada à palavra. Porém, outros entendem que a pronúncia correta é HUZZÉ, com acento agudo no e, conferindo tonicidade aberta à palavra. Em pesquisas pela internet, encontramos teses que defendem ambas as interpretações. Em razão disto, conclamamos ao Eminente Irmão Secretário de Ritualística que nos esclareça qual a forma CORRETA de pronunciarmos a aclamação do REAA.

CONSIDERAÇÕES:

CONSENTIMENTO UNÂNIME

CONSENTIMENTO UNÂNIME

Consentir significa aprovar, permitir, concordar; nos primórdios da Maçonaria moderna, muito antes de 1723, o candidato proposto somente era aceito pelo consentimento unânime; nessa votação era empregada a fórmula secreta, porque uma única oposição bastava para que o proposto nunca mais encontrasse oportunidade de ingressar na Instituição.

Hoje prossegue a tradição, pois, por ocasião do escrutínio secreto a efeito através das esferas negras e brancas, quando são colocadas duas ou mais esferas, a repetição do ato deve aguardar o espaço de um ano; existem exceções, dependendo do que a legislação de cada obediência determine.

Quando surge apenas uma esfera negra, há possibilidade ou de uma nova votação ou de que quem votou em negro possa esclarecer de forma particular ao Venerável Mestre o porquê do seu voto negativo.

O Venerável Mestre tem o poder de transformar esse voto em aprovação, pois, frequentemente, a negativa depende de interpretação equivocada do votante.

O ato de votar é de suma responsabilidade; trata-se do recebimento na família de um novo membro.

No escrutínio, o maçom deve estar consciente do ato que pratica, não ser leviano nem exigente em demasia.

O equilíbrio é de todo necessário.

Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 101.

domingo, 28 de junho de 2020

FOTO MAÇÔNICA DE DOMINGO

Por Géplu

Na semana passada, publicamos uma foto de uma tumba de "três pilares" no cemitério Bonifacio. Esta semana é a foto de outra tumba com uma forte dimensão maçônica que Joël nos enviou:

Joseph Talvas, prefeito de Lorient, falecido em 1904, pedreiro da Loja "Nature and Philanthropy" (GODF) em L'Orient de Lorient, está enterrado civilmente sob uma pedra bruta no cemitério de Carnel em Lorient (Morbihan)

Se você também estiver perto de sua casa ou viajando, perceber um edifício, um objeto ou uma decoração maçônica ou evocar alvenaria, não hesite em nos enviar fotos com algumas explicações.

Esses "depoimentos" são muito populares entre os leitores de blogs. (Tradução livre)

Fonte: Blog hiram.be

PÍLULAS MAÇÔNICAS

QUEM FOI LEO TAXIL?

Qual era a ligação de Leo Taxil com a Maçonaria, na Europa?

Gabriel Jogang Pagés, francês nascido em 1854, com o pseudônimo de Leo Taxil, foi educado por Jesuítas e mais tarde se juntou a Maçonaria. Posteriormente, ele pediu demissão e retornou para a fé católica. Começou a escrever contra a Maçonaria dizendo que a mesma praticava cultos satânicos, acentuando a discordância entre esta última e o Clero.

De 1885 a 1897 ele publicou muitos livros anti-maçônicos e durante esse período perpetrou uma fraude enorme sobre a Igreja Católica Romana, que na época não se apercebeu de suas intenções. Essas suas atividades anti-maçônicas, eram altamente rentáveis para ele, financeiramente.

Além de seus livros anti-maçônicos, conseguiu ser recebido em audiência solene pelo Papa Leão XIII. Qualquer sugestão de ser um trote de Leo Taxil, era rebatida e compensada pelos depoimentos de altas autoridades da Igreja.

Seu esforço e embuste supremo foi a invenção de uma mulher "Diana Vaughan" acusada de ter nascido em 1874 como a filha do "Satã". Diana Vaughan, não existia, mas, através dele, foi uma escritora prolífica sobre assuntos anti-maçônico e recebeu grande publicidade e elogios entusiasmados dos chefes da Igreja Católica. 

Esse assunto foi questionado no Congresso anti-maçônico realizada em Trient em 1896, e um comitê foi criado para determinar a veracidade do mesmo de uma vez por todas. Taxil produziu, falsamente, uma "fotografia" da Miss Vaughan na Conferência.

Eventualmente, em 1897, numa reunião convocada por ele em Paris, Taxil informou diante de um imenso público, que ele havia conseguido perpetrar o maior embuste dos tempos modernos; que Diana Vaughan nunca havia existido e que, por 12 anos ele tinha enganado a Igreja Católica Romana, da maneira mais flagrante. Quase foi linchado e fugiu com proteção da polícia local.

De tempos em tempos, aparecem livros antimaçônicos, inspirados nas idiotices de Leo Taxil, ou de outro autor inspirado por ele.

Na Maçonaria norte americana, igrejas fundamentalistas encontram, nesses livros, material para suas campanhas..

Toda a história é completamente fantástica, existe em diversos livros, e vale a pena ser lida em detalhes.

Fonte: pilulasmaconicas.blogspot.com

ORÁCULO DE ELÊUSIS

ORÁCULO DE ELÊUSIS
Ir∴ Roberley Carlos Polycarpo - Pesquisa Ir.: Jaime Balbino de Oliveira

Em tempo imemorial aproximadamente 1600 A.C., uma colônia grega vinda do Egito trouxe, para a tranqüila baia de Elêusis o culto a grande Isis, sob o nome de Demeter ou Mãe Universal. Desde esse tempo Elêusis ficou conhecida como um centro de iniciação.

Demeter e sua filha, Perséfona, presidiam aos pequenos e grandes mistérios, daí todo seu prestígio. Se o povo reverenciava a Céres a terra e a deusa da agricultura, fonte de abastecimento e alimentação, portanto símbolo da vida, os Iniciados nela viam a luz celeste, mãe das almas e Inteligência Divina. Seu culto era oficiado por sacerdotes pertencentes á mais antiga família sacerdotal da Àtica. Diziam-se filhas da Lua, isto é, nascido para serem mediadores entre a terra e o céu. Desde a origem sua função era “ cantar, neste abismo de misérias as delícias da celeste morada e ensinar os meios de encontrar-lhes o caminho”, ou seja, regeneradores da alma humana.

Os sacerdotes de Elêusis ensinaram sempre a grande doutrina esotérica que lhes vinha do Egito. Por uma arte sutil e profunda estes sacerdotes souberam utilizar-se das paixões terrestres para exprimir ideais celestes. Aproveitavam o atrativo dos sentidos, a grandiosidade das cerimônias e as seduções das artes para induzir a alma a uma vida melhor, e o espírito à compreensão das verdades divinas.

Os mistérios de Elêusis justapõem ao culto á deusa Demetér (Céres), que ensina os homens o cultivo do trigo e o culto á sua filha Perséfone, cujo estágio hibernal nos infernos, em virtude de ter sido raptada por Hades (Plutão para os romanos), simboliza o ciclo de nascimento, desenvolvimento e morte dos vegetais que, esotericamente, representa a eternidade e a imortalidade da alma. Os mistérios de Elêusis forneciam aos Iniciados os segredos da morte e da ressurreição, existindo grandes analogias com a mística maçônica, cujas provas, representando a morte física e seu renascimento, em um plano superior são representadas através do culto a Demetér e Perséfone nas Eleusinias.

Como uma teoria brilhante. Toda a Iniciação Eleusiana gira e desenvolve-se em torno da representação simbólica da alma, de sua descida na matéria, de seus sofrimentos nas trevas do esquecimento, depois sua reascensão e volta á vida divina.

Em Elêusis as Iniciações possuíam um sentido místico muito semelhante ao ato iniciático maçônico.

Os grandes mistérios só eram celebrados de cinco em cinco anos, no mês de setembro, em Elêusis. Essas festas carregadas de simbologias, duravam nove dias e foram descritas por Porfirio da seguinte forma: “ Coroados de Mirta entramos com os outros Iniciados no vestíbulo do templo, porém estávamos cegos ainda. O hierofonte (Sacerdote) que está no interior, vai logo abrir-nos os olhos. Mas primeiro, pois não se deve fazer nada com precipitação, nos lavarão na água sagrada, porque é com as mãos puras e o coração puro que devemos entrar no recinto sagrado. Levados diante do Hierofone ele nos leu um livro de pedra, onde contam coisas que não devemos divulgar, sobre pena de morte. Digamos somente que elas são adequadas ao local e às circunstâncias. Ouvíamos tudo com grande interesse e contemplando os símbolos revelados. Então, finalmente, a luz de uma maravilha celestial enche o Templo. Ouvimos o coro dos bem-aventurados. Aproximei-me dos confins da morte e tendo atingido o átrio, voltei, transpondo através de todos os elementos (espíritos elementares da terra, da água, do ar, do fogo). Nas profundezas da meia-noite, vi o sol resplandecente de uma luz esplêndida, ao mesmo tempo que vi os deuses superiores. E aproximando-me dessas divindades paquei-lhes o tributo de uma piedosa adoração”.

Naquele tempo os Iniciados nos mistérios de elêusis eram divididos em dois grupos, ou Graus, os mistos e os epóptas. Os mistos são comparados aos Aprendizes-Maçom, que durante um período de tempo determinado, limitavam- se a ouvir e aprender, não lhes sendo permitido falar. Já os epóptas, mais esclarecidos já se aprofundavam nos estudos acerca da origem do Universo e do homem, sobre o domínio da mente e sobre a espiritualidade, tendo como símbolo a espiga de milho, representando renovação (ressurreição), sendo estes comparados aos Companheiros Maçons.

Após a época de Alexandre, os mistérios de Elêusis foram atingidos, até certo ponto,pela decadência pagã, mas seu fundo sublime subsistiu e salvou- os da desgraça que se abateu sobre os outros Templos. Pela profundidade de sua doutrina sagrada, pelo esplendor de sua encenação, os Mistérios mantiveram-se durante três séculos, frente ao Cristianismo que crescia. Eles reuniam então aquela elite que, sem negar Jesus como manifestação da ordem heróica e divina, contudo não queriam esquecer a velha ciência e a doutrina sagrada, como já o fazia a Igreja da época. Foi necessário um édito de Teodósio, proibindo as cerimônias do Templo de Elêusis, para pôr fim àquele augusto culto, onde a magia da arte grega comprazia-se em incorporar as elevadas doutrinas de Orfeu, de Pitágoras, e de Platão.

Hoje, o asilo da antiga Demetér desapareceu sem deixar vestígios na baia silenciosa de Elêusis. E o golfo azulado nos dias de primavera, lembra que ali, outrora, a grande Exilada, a Alma humana, evocou os Deuses e reconheceu a sua eterna pátria.

Conclusão

Os Mistérios de Elêusis nos apresentam como uma experiência esotérica e iniciática fantástica, onde a maior Preocupação era apontar o caminho da virtude a seguir bem como a purificação da alma, através de atos iniciáticos, vislumbrando aos escolhidos a oportunidade de elevação espiritual e a paz interior.

Existe uma grande co-relação entre os Iniciados de Elêusis e os Obreiros de nossa Oficina, onde o ponto de intercessão deve ser o aprofundamento do estudo da arte real e a busca incessante da verdade através do amor, do zelo, da obstinação e sempre visando o aperfeiçoamento moral e espiritual, multiplicando os nossos conhecimentos maçônicos através dos tempos e ajudando o crescimento da nossa Ordem com a bênção do G∴A∴D∴U∴.

“ SE BRAVO PARA DEFENDER A VERDADE”
“ SE BRAVO CONTRA TUAS PRÓPRIAS FRAQUEZAS”

Fonte: http://www.cavaleirosdaluz18.com.br

sábado, 27 de junho de 2020

ESTÃO SATISFEITOS?

ESTÃO SATISFEITOS?
(republicação)

Em 06/10/2015 o Respeitável Irmão Clayton Costa, Loja Fonte de Luz, 114, REAA, GOB-CE, Oriente de Fortaleza, Estado do Ceará, formula a seguinte pergunta: claytonpimenta74@gmail.com

Quando acontece de um dos Irmãos, ao ser indagado se estão satisfeitos, levantar e dizer que não está satisfeito, qual deve ser o posicionamento do Venerável Mestre?

CONSIDERAÇÕES;

O termo foi muito usado em antigos rituais cujo procedimento fora haurido das construções do passado e a Francomaçonaria (Maçonaria Operativa).

De modo prático quando era concluída uma etapa da construção, geralmente antes do período do inverno, os operários recebiam os seus salários conforme a sua produção no canteiro. Assim o Mestre da Obra geralmente indagava a um dos seus auxiliares imediatos (atual Primeiro Vigilante), se todos os Obreiros haviam sido pagos e estavam satisfeitos. Se a resposta fosse afirmativa, então o Mestre da Obra autorizava o Vigilante a encerrar os trabalhos no canteiro e despedir os obreiros, recomendando, porém o retorno de todos na próxima estação (no inverno não havia trabalho) para a continuidade dos afazeres da construção.

Obviamente que se algum operário se sentisse injustiçado com o salário recebido ele declarava seu descontentamento e as contas eram averiguadas para que se processassem as justas remunerações.

Graças a esses costumes é que muitos rituais da Moderna Maçonaria reviviam essa prática quando o Venerável, antes do encerramento dos trabalhos, indagava simbolicamente ao Primeiro Vigilante se os Obreiros estavam contentes e satisfeitos. De modo simbólico ele assim afirma e então o Venerável mandava fechar a Loja.

Com a evolução de muitos rituais, atualmente essa reminiscência tem se apresentado apenas durante a abertura dos trabalhos quando o Venerável pergunta ao Primeiro Vigilante a razão dele ocupar aquele lugar no Ocidente. Em resposta o Vigilante profere que do mesmo modo como o Sol se oculta no Ocidente para terminar o dia, ali é colocado o Primeiro Vigilante para fechar a Loja, pagar os Obreiros e despedi-los contentes e satisfeitos.

Assim essa prática se tornou somente uma regra simbólica de usos e costumes e não de modo literal uma pergunta individual ou à coletividade da Loja, até porque na Maçonaria Simbólica se um Obreiro se sentir prejudicado, ele fará apelação na forma da Lei ao Venerável ou diretamente ao Orador da Loja, ou mesmo ao representante do Ministério Público Maçônico, conforme o Rito.

Desse modo e nas atuais circunstâncias, ninguém esperaria o encerramento dos trabalhos da Loja para manifestar seu eventual descontentamento que viesse prejudica-lo em seus direitos.

Finalizando; não está mais prevista no Ritual nenhuma pergunta objetiva nesse sentido, daí qualquer resposta relativa seria improcedente.

T.F.A. 
PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 2.053 – Melbourne (Vic.) segunda-feira, 16 de maio de 2016

AVENTAIS

Knight of the East or Sword Apron France - séc XIX

CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE RITUAIS - CONCEITUAÇÃO

CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE RITUAIS - CONCEITUAÇÃO
Autor: José Eduardo Stamato
M∴I∴ da ARLS Fraternidade Universitária de Santo André nº 3417  – GOSP – GOB

RITO – cerimônia ou conjunto de regras cerimoniais de uma religião; culto; seita; quaisquer cerimônias; procedimentos; transmitem instrumentos e ensinamentos esotéricos, toques, palavras para perfeita identificação e cultura maçônica fechados e de uso individual para cada grau.

RITUAL – relativo a ritos; cerimonial; livro que indica os ritos ou consigna as formas que se devem observar na prática de uma religião; formalismo previamente estabelecido.

RITUALISMO – conjunto de ritos; apego a cerimônias ou formalidades.

O que pretende um Ritual? Qual sua finalidade? O que é um Ritual?

Embora sempre demos uma conotação mágica a qualquer Ritual, na realidade sua função é permitir a compreensão de certas Leis Naturais utilizando procedimentos dinâmicos que por sua constante repetição acabam estimulando potencialidades latentes em nossa psiquê, despertando em nosso interior energias latentes, mas adormecidas.

Se retrocedermos historicamente nossas atenções a todos que se empenharam na criação de Rituais que pudessem preservar ideais e princípios que elevassem a humanidade a um grau de fraternidade e convívio superiores ao simples existir e a sobrevivência a qualquer custo, vemos que essa criação de sistemas, essa observância ritualística (artificial), está sempre subordinada à vida interior tendo como parâmetro a natureza e seus ciclos evolutivos. Portanto, a simbologia e os rituais foram organizados para chamar a atenção do homem para o ritmo cíclico de toda manifestação de vida no planeta, levando-o a compreender que há uma criação ordenada que se impõe, direcionando-o a um aspecto interior, espiritual da vida.

No passado, mentes brilhantes preocupadas em manter aceso o conhecimento que transcendia o comum das pessoas, e da própria época em que viviam, operacionalizaram essas verdades de uma forma que fixasse padrões de comportamento, expressões e atitudes, que pudessem ser transmitidos, revelados e fixados. Utilizaram-se de lendas, símbolos, sinais e palavras que pela sua força natural, não perderiam seu significado através do tempo e seriam compreendidos e assimilados interiormente.

Essa preservação das verdades maiores, da Tradição[1] expressa pela simbologia e rituais dependeu do grau de declínio de uma determinada época e pelas condições de vida dos grupos que constituíam seus ambientes.

O ritual e toda simbologia foram de tal forma elaborada e trabalhada, com tal arte e primor que seja qual for à dinâmica de ação, do Rito, em qualquer aspecto que se considere, traduz e procura representar ideais humanos a serem alcançados e espargidos para toda a humanidade. As Instituições exotéricas (constituídas) são “sinais” de realidades internas (esotéricas, íntimas). Toda Tradição é apenas o testemunho de verdades anteriores a livros e organizações. Se agruparmos as mais variadas Tradições, elas mostram (ou anunciam) uma analogia e constatam a existência de um tronco comum.

Historicamente, o que tem gerado a constituição e formação de modelos voltados à preservação de ideais nobres e comportamentos adequados ao convívio familiar e social, procurando manter um grau de fraternidade é:
lembrar aos homens que existe uma Fraternidade de Almas[2];
compreender que há sempre um fluxo evolutivo / involutivo de manifestação e uma permanência fixa e inalterável que gera esses ciclos;
manter um respeito para com aqueles que zelam, divulgam e preservam ideais e comportamentos nobres e elevados;
levar os homens a abandonar sua pretensão orgulhosa de querer transformar o Universo segundo sua comodidade pessoal e convencê-los a transformar sua própria personalidade voltando-se ao Todo, à noção de que há um Criador[3] e uma Humanidade a ser preservada.

A simbologia expressada em nossos Templos[4] tem sido modificada periodicamente. Isso se constitui um afastamento do que no passado nossos antecessores queriam representar, mostrando que as mudanças operadas refletem um grau de desconhecimento de história e dos símbolos. Presenciamos e praticamos os rituais, mas não o estudamos.

Toda a simbologia maçônica tem se constituído um meio de preservar nossos ideais, nossa filosofia, nossos princípios para as futuras gerações (hoje, nós!). Os símbolos indicam uma ordem, uma harmonia, a unidade do homem, do Universo, da Criação, a similaridade do macro e microcosmo. Essa herança esotérica-cultural tem sido transmitida pelas épocas e de uma região para outra, conseguindo carregar toda a carga cultural dos diversos períodos históricos sem perder sua identidade e filosofia. Sua filosofia não se adapta, é permanente, pois baseia-­se em princípios que constituem e mantém o homem em convívio permanente procurando elevar e dignificar a humanidade.

Todo Rito é carregado de sentido. A modernização – quando vem a ocorrer de um Rito, é um contrassenso: o “arcaísmo”, ao invés de ser um defeito, representa a garantia de um longo passado.

O ritual, a ordem, a disciplina, decorrem de atitudes internas e acabam emergindo no cotidiano. Como e.g., uma empresa, uma fábrica, um pequeno grupo de trabalho, que mantém um ritmo adequado de funcionamento (rotina), poderá gerar uma maior integração e rendimento que outro carente dessa sintonia. Para que tal aconteça, todos os integrantes ou participantes devem necessariamente engajar-­se no procedimento ritualístico.

Toda natureza nos mostra disciplina e ordem que podemos traduzir como “rituais”, pois são repetitivos. O percurso do Sol, as modificações estelares[5], as estações do ano, as migrações de pássaros e animais… nos mostra uma expressão da natureza, uma ordem universal, uma ritualística. Toda natureza segue um ritmo cósmico, apenas o homem –o único com livre arbítrio pode opor-­se a essa ordem. Quando segue esse ritmo, alimenta a disciplina espontaneamente convergindo sua existência a um equilíbrio maior, seguro e mais duradouro.

Toda instrução intrínseca nos Rituais e sua disciplina, em todas as etapas, são direcionadas (ou deveriam ser) à formação de um tipo de caráter[6] ou comportamento definido. Não importa quais sejam as diferenças ou variações na qualidade ou quantidade cultural de um aspirante à Maçonaria, o tipo de caráter ou comportamento que se deseja é sempre o mesmo em qualquer Rito. Isso tem marcado de maneira visível e impressiona pelo fato de que todos os detalhes ritualísticos são direcionados de uma forma inteligente e firme para uma mudança, e se assim não for, para uma profunda reflexão sobre nossa existência e o que estamos fazendo como seres temporários deste Planeta.

A Filosofia Maçônica é uma testemunha muito antiga de organizações (instituídas ou não) culturais, morais, filosóficas e espirituais, cujas raízes remontam a civilizações de um passado longínquo, sendo um acervo das descobertas e experiências humanas reconhecidas pelo intelecto em suas diferentes épocas. É importante observar que o assunto primordial não é a Ordem Maçônica, este ou aquele Rito, ou aquele grupo de estudos, mas a verdade que ela representa, e a capacidade do estudante em distinguir entre a Verdade, a verdade parcial e a falsidade.

As deficiências da sociedade refletem o estado de consciência das pessoas que a constituem. Os problemas não estão nas dificuldades materiais que o mundo externo nos impõe, mas nas limitações de nossa mente. Ao profano que ingressa na Ordem é esperado uma mudança no nível da consciência, no seu modo de encarar a vida, na moral, que será o resultado da vivência do Ritual levando-o a uma interiorização e não simplesmente da aceitação plena e tácita do sistema ou doutrina conceitual.

Compreendemos que os Rituais tem se perpetuado não por inércia, mas porque correspondem a uma exigência lógica e regulamentada ditada pela experiência. Vemos uma Maçonaria realmente construtora, pois, sua função é fundamentar os princípios morais para uma humanidade esclarecida, harmonizada com o Universo e suas Leis – pois somos o Todo e cada uma de suas partes. Esses princípios são baseados em Leis maiores[7], superiores que se tem manifestado aos homens, de formas diferentes através das épocas, e nos parece, apreendida conforme o grau de consciência vigente em seu período histórico.

Todo esse conhecimento e sabedoria, foi inserido com extrema habilidade pelos “artesãos da mente” no interior dos nossos Templos, através de toda simbologia expressa nos “ornamentos” do Templo e em nossos rituais. Como exemplo temos a Iniciação, que deriva do latim “initium” significando “começo”, um meio ou processo de compreensão. O candidato recebe uma perspectiva de novos conhecimentos e orientação de vida; pode se libertar de certas concepções e crenças falsas. Simbolicamente é guiado das trevas da ignorância e introduzido na luz maior da compreensão. É proporcionado um caminho pela introdução de um simbolismo tradicional que incorpora verdades universais, mostrando uma nova possibilidade de compreensão. É uma experiência íntima! A experiência por que passa e os pensamentos que teve durante a cerimônia, provocam uma expansão da consciência, uma profunda compreensão (nem sempre consciente) sobre a vida e os homens.

O símbolo fala ao interior e assim deve se compreendido. O uso da razão, por vezes, dificulta e restringe a compreensão de seu significado. Ela – a razão – é necessária no estudo simbólico, mas a interiorização, o conhecimento com consciência de seu significado é interior, aparece como um lampejo, é a certeza do saber.

Nos diversos Ritos prega-se um pragmatismo[8] – por vezes exagerado – da busca pessoal não levando em consideração as diferenças individuais das personalidades, da cultura pessoal, da formação familiar ou profissional, do ambiente em que vive e se relaciona, forçando o estudo e pesquisa pela própria conta do Irmão, deixando de lado todo um acervo de conhecimento e orientação, objetivos e simbólicos, acumulados no tempo pelos “artesãos da mente”, pois, se esse acervo fosse organizado e compilado em forma didática, seriam elementos auxiliadores que facilitariam a compreensão da verdade e sua utilidade prática como queremos em todos os Ritos.

Todo momento resume o passado com todo seu conteúdo e contém a linha do futuro com todos os desdobramentos decorrentes. Manter o equilíbrio alcançado é continuar a evolução do indivíduo, da qual ele é a primeira e a mais sólida base para a evolução da coletividade.

Todos os Ritos dão plena liberdade de pensamento e expressão, liberdade esta que citando Teócrito de Corinto, filósofo grego do século II da era vulgar, “que podem privar um homem de seus sentidos, mas o direito de pensar está acima das violências e das repressões“. Não há abuso mais abominável do que o desejo de controle sobre o pensamento, já que não se caracteriza como um crime contra a pessoa, mas sim contra uma espécie, uma vez que o pensamento é o atributo distintivo da espécie humana. É um crime que ficou sempre no terreno das tentativas e pelo fato de não se consumar, não quer dizer que não se caracterize a criminalidade. Só na hipótese de se tentar sufocar o pensamento de um semelhante, o autor comete um crime contra todos e contra si mesmo, porque em primeiro lugar, tolhe uma oportunidade de expressão e em segundo, pode bloquear uma verdade pelo motivo de que talvez não venha a lhe agradar.

Encerramos este ensaio com um conto de Chuang­ Tzu, escritor taoista cuja existência se deu por volta de 350 a.C., “O Duque de Hwan e o Fabricante de Rodas”:

“O mundo valoriza os livros, e acha que, assim fazendo, está valorizando o Tao. Mas os livros apenas contem palavras. Apesar disso, algo mais existe que valoriza os livros. Não apenas as palavras, nem o pensamento das palavras, mas sim algo dentro do pensamento, balançando-o numa certa direção que as palavras não podem apreender. Mas são as próprias palavras que o mundo valoriza quando as transmite aos livros: e, embora o mundo as valorize, estas palavras são inúteis enquanto aquilo que lhes der valor não é honrado.

O que o homem apreende pela observação é apenas forma e cor externas, nome e som; e ele crê que isto o colocará de posse do Tao. A forma e a cor, o nome e o som não atingem a realidade. Daí a explicação de que: “Aquele que sabe não diz, aquele que diz não sabe”. Como irá o mundo, então, conhecer o Tao por meio de palavras?”

O Duque Hwan, de Khi, o primeiro da dinastia, sentou-se sob o pálio lendo filosofia;

E Phien, o carpinteiro de rodas, estava fora, no pátio fabricando uma roda. Phien pôs de lado o martelo e a entalhadeira, subiu os degraus, e disse ao Duque Hwan:

– Permiti-­me perguntar-vos, Senhor, o que estais lendo?

Disse-­lhe o Duque: 

– Os peritos. As autoridades.

E Phien perguntou-­lhe:

– Vivos ou mortos?

– Mortos há muito tempo.

– Então, estais lendo apenas o pó que deixaram atrás.

Respondeu o Duque: 

– O que sabes a seu respeito? És apenas um fabricante de rodas. Seria melhor que me desses uma boa explicação, senão morrerás.

Disse o fabricante: 

– Vamos olhar o assunto do meu ponto de vista. Quando fabrico rodas, se vou com calma, elas caem, se vou com muita violência, elas não se ajustam. Se não vou nem com muita calma, nem com muita violência elas se adaptam bem. O trabalho é aquilo que eu quero que ele seja. Isto não podeis transpor em palavras: tendes apenas de saber como se faz. Nem mesmo posso dizer a meu filho exatamente como é feito, e o meu filho não pode aprender de mim. Então, aqui estou, com setenta anos, fabricando rodas, ainda! Os homens antigos levaram tudo o que sabiam para o túmulo. E assim, Senhor, o que ledes é apenas o pó que deixaram atrás de si.” 



Notas

[1] – Tradição – …transferência; ato de conferir; recordação; memória; rotina; notícia de fatos puramente históricos de acontecimentos de qualquer natureza transmitidos através do tempo e que, por vezes, sem alguma prova autêntica se tem conservado. Do latim “traditio” : ação de entregar. Fenômeno pelo qual os grupos humanos transmitem de geração em geração seu patrimônio cultural. Pode ser um obstáculo ao progresso; o apego a formas tradicionais que se tornaram obsoletas pela própria evolução da vida, esteriliza a capacidade criadora e o espírito de renovação, que são também fatores decisivos de progresso. Da mesma forma rejeitar alguma coisa unicamente porque é tradicional, também é uma atitude irracional. Muitas coisas se perpetuam não apenas por uma simples inércia social, mas porque correspondem a exigências permanentes do grupo.

[2] – Fraternidade de Almas – consideramos o termo Alma como sendo aquela essência (ou partícula) que vivifica todo ser humano tornando-­se parte inseparável dele e devido a essa unidade, todos os seres humanos são essencialmente idênticos entre si apesar da imensa diversidade de sua condição exterior. Disso deriva a necessidade do altruísmo, amor, tolerância, concórdia que deverá reinar em todos os membros da grande família humana, formando uma Fraternidade de Almas.

[3] – Criador – essência única que possibilita a formação, o aparecimento das partículas primárias que dão origem a todas manifestações objetivas que conhecemos.

[4] – Templo – maçonicamente é o edifício onde se reúnem as Lojas ou trabalham os irmãos em Loja. Local onde a interiorização e a harmonização são facilitadas e onde a “verdade” é buscada. Constitui um elemento quase permanente dos grupos humanos surgindo através da história com as características de cada cultura. Acabam sendo uma fonte primordial para o conhecimento dos respectivos povos que o erigiram como os egípcios, assírios, babilônios, fenícios, judeus, persas, gregos, etruscos e tantos quantos existiram. Sua arquitetura acompanhou o progresso da cultura em geral. Loja – em suas origens a palavra designava o local onde os maçons operativos se reuniam fora do canteiro de obras, formando um agrupamento de maçons de um determinado canteiro. Oficina – termo genérico designando qualquer agrupamento maçônico: loja, capítulo, conselho filosófico… Na linguagem corrente, todavia, a palavra tornou-­se sinônimo da palavra Loja.

[5] – Tendo-­se como parâmetro nossa observação feita da superfície do planeta.

[6] – do grego “character” de charássein significando gravar. Etimologicamente quer dizer “coisa gravada”. Pode ter dois sentidos diversos: 1º – como conjunto de disposições psicológicas e comportamentos habituais de uma pessoa, isto é, a personalidade concreta. 2º – relacionada à vontade, e nesse caso conota as idéias de energia, honestidade e coerência; é nessa acepção que falamos em homem de caráter. Os elementos do caráter são passíveis de variação, evoluindo. O caráter pode ser alterado mediante o poder que o indivíduo tem sobre seus hábitos: o meio e a profissão podem ser modificados, e o próprio regime da imaginação pode sofrer mudanças através de novas experiências. O homem de vontade é, precisamente, aquele que sabe criar para si um caráter e que, por esse caráter, orienta sua própria conduta. (Peq. Encicl. Moral e Civismo – MEC)

[7] – Uma dinâmica revelada através de nossa percepção consciente.

[8] – Pragmatismo – doutrina filosófica que adota como critério da verdade a utilidade prática, identificando o verdadeiro com o útil.

Bibliografia
A Gnose de Jung – Stephan A. Hoeller – Ed. Cultrix
A Teia da Vida – Fritjof Capra – Ed. Cultrix A Via de Chuang Tzu – Thomas Merton – Ed. Vozes
Dicionário da Franco-­Maçonaria e dos Franco­-Maçons – Alec Mellor – Ed. Martins Fontes
Dicionário de Maçonaria – Joaquim Gervásio de Figueiredo – Ed. Pensamento
Glossário Esotérico – Trigueirinho – Ed. Pensamento
Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo – MEC
Ritual do Grau de Aprendiz – Rito Moderno

Fonte: https://www.banquetemaconico.com.br

sexta-feira, 26 de junho de 2020

POSIÇÃO DO COMPASSO

POSIÇÃO DO COMPASSO
(republicação)

Em 03/10/2015 o Irmão Luiz Felipe Mello, Loja Floriano Peixoto, 39, sem declinar o nome do Rito, GLMERJ, Oriente de Realengo, Estado do Rio de Janeiro, formula a questão seguinte: lfmello79@gmail.com

Seguindo meu caminho na busca pela Verdade, me deparei com o seguinte questionamento no blog do Irmão: 

"Com mais de 35 anos de Ordem me deparei com uma duvida, isso após a pergunta de um Mestre recente sobre a posição do esquadro e compasso na Loja de Companheiro. E que a descrição no ritual dá a entender diferente do que eu aprendi então eu tive duvidas se mudou algo e eu não havia me atentado. Bom eu aprendi assim: A posição do aprendiz - Compasso em baixo do esquadro. A posição de Mestre - Compasso em cima do esquadro. A minha duvida é a seguinte: A posição do Companheiro: Compasso com a sua haste esquerda em cima do esquadro, ou seja, é o lado que os companheiros se assentam em Loja o lado sul do Templo. Estando o Orador de frete ao livro da lei como em um espelho e o lado da mão direita do Orador, assim como mostra no Painel de Loja de Companheiro publicado no ritual? O posto está errado e em algumas literaturas antigas diz ser loja fechada. Sabendo que serei atendido desde já agradeço." 

Eu com minhas pesquisas e um pouco de raciocínio lógico mesmo sendo Aprendiz Maçom já consigo entender que em cada grau simbólico o esquadro e compasso ficam em posições diferentes. O que me chamou atenção, foi que o Irmão citou que em algumas literaturas antigas diz ser loja fechada a posição do Grau de Companheiro Maçom, li sua resposta meu Irmão Pedro e tenho outras dúvidas sobre a posição de "Loja Fechada". 

Já ouvi de tudo e nenhum irmão crava uma resposta. Esta é uma dúvida porque, já fui orientado que a posição do esquadro e compasso no Painel Alegórico de Aprendiz determina Loja Fechada. Apenas a título de lembrança a posição nestes painéis é invertida, ou seja, de "cabeça para baixo". Já reparei que em alguns adesivos e estandartes de lojas a posição do Esquadro e Compasso está como do Grau de Companheiro Maçom. Quando eu pergunto me dizem serem questionamentos de graus superiores. Eu na minha humilde ignorância achava que a posição quando em "público" deveria ser sempre a de Aprendiz Maçom.

CONSIDERAÇÕES:

LAS VIRTUDES MASÓNICAS

LAS VIRTUDES MASÓNICAS

La Masonería desde el primer grado de Aprendiz nos va revelando su filosofía, ese secreto que vamos entendiendo poco a poco. Los íntimos secretos de la Mas.·. son fundamentales para el desarrollo armónico de la humanidad.

En los grados simbólicos, los conocimientos se basan en símbolos, alegorias y parábolas, considerando que la capacidad de entendimientio es retardada o nula por fideismo, doctrina según la cual “la razón no es capaz por sí sola de alcanzar a comprender algunas verdades y aquel que logra entenderlas no las comparte por egocentrismo”.

La doctrina Mas… “El Secreto”, “La Verdad”, “El Sendero”, “La Palabra”, etc… se empieza a descubrir cuando se pregunta ¿Qué entendéis por masonería? El estudio de la Filosofia Moral para conocer y practicar las virtudes. Pero ¿cuáles son esas virtudes que debemos estudiar y practicar?.

La virtud tiene muchas acepciones: “Estado de una cosa que constituye su excelencia propia y la capacidad para realizar bien su función”. Hábitos de la voluntad ordenados por la “razón” o “Capacidad de una cosa para producir un determinado efecto”, “eficacia para curar o conservar la salud”. Disposición interna que nos incita a obrar “bien” “Hábito y disposición del alma para obrar en conformidad con la ley moral”. Pero en Mas.·. Virtud es “El esfuerzo que domina las pasiones”.

La Mas.·. no es una Escuela de Filosofía. De las diferentes ramas de la filosofía (amigo del conocimiento), la Mas.·: únicamente se avoca a la Filosofia Moral, o sea “El bien como obra que realizar”. Para realizar esta obra, debemos estudiar y practicar las virtudes.

Tampoco es una Escuela de Moral. No hay que confundir las virtudes con La Moral, Pues esta también tiene muchas acepciones “De las costumbres o formas de comportamiento” “el estudio de la adecuación de las conductas humanas “Adecuación de la conducta a pautas socialmente aceptadas” “Ciencia o doctrina de la conducta y de las acciones humanas en orden a su Bondad o malicia”, etc. Pero en ninguna obliga al individuo a “Hacer el bién”, pues el sólo hecho de no hacer el Mal, no es hacer el bien. No hay que confundir tampoco con las cualidades pues estas son solamente “cualquiera de los caracteres o circunstancias por las que se distingue una persona o cosa” que nada tienen que ver con el esfuerzo para dominar las pasiones. A continuación una aportación sobre el tema.

Las Virtudes
  • La Humildad (Orgullo) – Virtud de asumir y reconocer los errores propios;
  • La Diligencia (Pereza) – Virtud de actuar con rapidez, de obrar en forma concienzuda y minuciosa;
  • La Paciencia (Ira) – Virtiud que nos enseña a sufrir y a soportar los ios infortunios;
  • La Larguesa (Avaricia) – Virtud que nos enseña a desprendernos de nuestros bienes en forma magnánima y generosa;
  • La Caridad (Envidia) – Virtrud que actúa como extrema sensibilidad a los sufrimientos ajenos;
  • La Templanza (Gula) – Virtud que modera los apetitos y las pasiones, es obrar con moderación, sobriedad y continencia.
También son Virtudes:
  • La Perseverancia – Una valiosa virtud que nos enseña que con una labor tesonera podremos alcanzar grandes emoresas;
  • La Lealtad – Una virtud necesaria para lograr la igualdad de las acciones;
  • La Sensatez – Virtud que nos obliga a la cordura y al buen juicio;
  • La Serenidad – Virtud que nos hace expresar nuestro pensamiento sin disfraz, realmente, sin fingir;
  • La Sencillez – Virtud que nos lleva a obrar con naturalidad, con afabilidad, sin artificios ni adornos superfluos;
  • La Franquesa – Virtud que nos coloca en la elegancia y bizarría. Es la libeal y abierta expresión de nuestros pensamientos y dadivoso de nuestros actos;
  • La Equidad – Virtud que nos anima a la ecuanimidad, a la imparcialidad y a la igualdad de ánimo y de acciones
  • La Moderacion – Virtud que nos mantiene en los extremos, con comedimiento y mesura;
  • La Fidelidad – La exactitud de cumplir con nuestros compromisos, constancia y seguridad en el cariño y en las relaciones con nuesatros semejantes;
  • La Misericordia – Virtud que inclina a compadecerse y a tener piedad, filia, cariño, lástima, respeto y compación a la humanidad doliente e ignorante y a las dificultades y miserias ajenas. A abrir el corazón a las necesidades, angustias y penurias de sus hermanos, los hombres;
  • La Rectitud – Virtud que nos hace vivir de conformidad con los prncipiois de la sana razón;
  • La Imparcialidad – Virtud que nos forja el carácter para juzgar excentos de prevencón, con igualdad;
  • La Clemencia – Virtud que nos modera el rigor de la justicia. La mas bella señal del Universo para conocer al hombre piadoso, benigno, completo y libre;
  • La Constancia – Virtud que nos lleva a continuar lo empezado, a mantenernos firmes en un propósito, a la persistencia, a la firmeza de ánimo;
  • La Beneficencia – Virtud de hcer el bien a otro, remediar las necesidades del prójimo.
También son las cuatro Virtudes Cardinales:
  • La Templanza – (que ya hablamos arriba);
  • La Prudencia – Virtud que hace prevenir y evitar las faltas y peligros, la que nos hace actuar con mesura, discreción, moderación y previsión;
  • La Fortaleza – Virtud con que vencemos las dificultades que obstaculizan el cumplimiento de un deber u obligación;
  • La Justicia – Virtud que nos hace dar a cada quién lo que le corresponde, lo que debe hacerse de acuerdo con el derecho y la razón, La Justicia es el apoyo del mundo y la injusticia es el orígen y manantial de todas las calamidades que le afligen. Es la Principal y más Importante Virtud de la Masonería.
Las Virtudes Teologales son tema aparte, en otro trabajo.

Como véis, conociendo, practicando y enseñando esta Verdad al mundo, con el ejemplo, seremos realmente libres y satisfechos porque conocemos esta disposición del espíritu para obrar de conformidad con la Luz de la Filosofia Moral, rama de la filosofía, doctrina que estudia la Masonería.

Autor: Eduardo Ramírez Garza

Fonte: Masoneria en Menorca

quinta-feira, 25 de junho de 2020

A IMPORTÂNCIA DOS GRAUS FILOSOFICOS NOS DIAS DE HOJE

A IMPORTÂNCIA DOS GRAUS FILOSOFICOS NOS DIAS DE HOJE

No mundo de hoje, muitos não sabem seu real significado e acreditem que a Filosofia em nada serve.

Nascida na Grécia antiga entre os séculos VII e VI a.c a Filosofia ainda é de sendo em verdade uma forma de aprender a pensar, já que pensar nos leva a refletir, a raciocinar despertando assim o nosso senso crítico o que nos auxilia na construção de uma visão mais ampla do mundo.

A Filosofia nos leva a quebrar as barreiras do conhecimento e aumenta nosso poder de argumentação que é outra importante característica dessa ciência, além de nos ajudar a esclarecer a história da nossa existência.

A Filosofia estimula consciência e nos ajuda na formulação de nosso caráter moral.

A verdadeira importância da Filosofia está no efeito que a mesma causa sobre as pessoas tornando-as mais livres, por esses e outros motivos a Filosofia ainda é tão importante ao mundo atual ajudando-nos a desenvolver uma visão mais humanística.

A filosofia traz ao homem o desejo do conhecimento de si próprio, faz refletir sobre a sua posição no universo, sempre buscando a verdade e almejando uma utopia, está disponível para todos, mas poucos a usufruem, como é definido entre o sábio e as massas.

É conveniente para o homem moderno afastar-se da filosofia, pois, em meio de uma falsa democracia a qual vivemos, além de corrupta, tem seu domínio não mãos de poucos que determinam a linha de vida política, econômica e social de muitos, objetivando só e exclusivamente o poder, ficando cegos para o que realmente acontece em seu meio.

Assim, cria-se uma tranquilidade infinita, do pressuposto que o seu amanhã será igual ao dia hoje, só com visões de melhoria socioeconômicas, não vendo que a nossa verdade hodierna tende a uma consequente extinção de toda a vida terrena, já que fingindo não ver, seguidas construções de maquinas para aniquilações, bombas, conflitos, poluições, armas e doenças químicas, terrorismo com atos cada dia mais hediondo, manipulação da radioatividade, violência e mortes nas cidades e estradas mundiais, alterações na natureza modificando irresponsavelmente o meio ambiente e afetando seu ciclo natural e seu equilíbrio, escassez de viveres, violência entre os semelhantes, e tudo isso se passa por despercebido como normal e cotidiano sem a preocupação de onde nos levará.

Os convido a viver esta plenitude como Homens signo a servir a Grande Criador dos Mundos.

Delegacia Litúrgica do Supremo Conselho do Grau 33 REAA - GOPA - São Paulo.

Fonte: Facebook

CADEIRAS AO LADO DO TRONO

CADEIRAS AO LADO DO TRONO
(republicação)

Em 03/10/2015 o Respeitável Irmão Ferranti (não declinou o seu nome completo), Loja Sol da Liberdade, 3.437, GOSP/GOB, REAA, Oriente de Ribeirão Preto, Estado de São Paulo, solicita esclarecimentos para o que segue: 
ferrantineto@gmail.com 

Seu contato foi me passado pelo Irmão Guilherme deste Oriente, tomo a liberdade de contata-lo diretamente. Tenho uma duvida, apesar de ter efetuado varias pesquisas, existem manifestações diversas. Assunto - sobre sentar ao lado do Venerável Mestre - à direita e a esquerda. Quem esta habilitado? Em que situações? Pode me ajudar? Tenho meu entendimento, mas prefiro não externar antes de suas orientações. Por favor, quando oportuno, me retorne dirimindo esta duvida se possível inclusive com a legislação. Caso necessário, estou à disposição para completar o meu pensamento sobre.

CONSIDERAÇÕES:

Eu tenho comigo seguir o que prevê o Ritual em vigência. Embora ao longo desses últimos anos tenham se apresentado Diploma Legal objetivando diversas ocupações dessas cadeiras, até onde eu sei, houve acórdão de inconstitucionalidade do STJM∴ sobre outras ocupações e outros acréscimos desses lugares.

Assim, o Ritual prevê apenas “duas” cadeiras de honra colocadas à direita e à esquerda do lugar ocupado pelo Venerável. A da direita é restrita ao Grão-Mestre Geral ou, na sua ausência, ao Grão-Mestre Geral Adjunto, ressaltando-se que se ambos estiverem ausentes, a cadeira não será ocupada, salvo pelo Delegado do Grão-Mestre Geral nas Lojas jurisdicionadas à sua Delegacia. Na cadeira da esquerda ocupa somente o Grão-Mestre Estadual a que estiver a Loja jurisdicionada ou, na sua ausência, o seu respectivo Grão-Mestre Adjunto e, na ausência de ambos, o Ex-Venerável mais recente da Loja, destacando-se que se nenhum dos três estiver presente, a cadeira permanece vazia (veja a página 15 do respectivo Ritual de Aprendiz em vigência).

No meu modo de entender o ideal mesmo seria que nem o Ex-Venerável ali tomasse assento, já que as duas cadeiras de honra são destinadas aos Grãos-Mestres. Infelizmente essa “revolução das cadeiradas” vem se estendendo de há muito, talvez para alimentar certos “egos” que adoram ter suas figuras destacadas na Loja. 

Ratifico que essa é a minha opinião (Ex-secretário Geral Adjunto para o REAA).

T.F.A. 
PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 2.048 – Melbourne (Vic.) quarta-feira, 11 de maio de 2016

FRASES ILUSTRADAS


quarta-feira, 24 de junho de 2020

ORDEM DO DIA SESSÃO EM FAMÍLIA E ADMINISTRATIVA

ORDEM DO DIA SESSÃO EM FAMÍLIA E ADMINISTRATIVA
(republicação)

Em 02/10/2015 o Respeitável Irmão Paulo Assis Valduga, Loja Luz Invisível, REAA, GOERS (COMAB), Oriente de São Borja, Estado do Rio Grande do Sul, apresenta o que segue: 
paulovalduga@gmail.com 

Em virtude de vossa consideração sobre a Ordem do Dia, Informativo JB 1828, de 02/10/2015, embora perfeita e didaticamente explicada, faço uma pergunta, quiçá idiota, mas que me ocorreu na leitura: tendo em vista que no REAA não existe o "Período de Recreação", tampouco "Sessão em Família", para discutir algum assunto polêmico, seria possível transformar uma Sessão Ordinária em Sessão Administrativa e, após a discussão e a chegada de uma conclusão, retornar para Sessão Ordinária? Ou deveria ser marcada uma Sessão Administrativa em outra data e colocar em pauta em nova Sessão Ordinária? 

É uma pergunta, reconheço cabotina, tendo em vista que o ritual do REAA do GORGS em vigência trás como ritualística a sessão em família para discussão sem se preocupar com a devida ritualística que deve imperar em uma Sessão; isso entre outras "barbaridades", e, segundo o Grande Procurador do Ministério Público do GORGS, o ritual é SOBERANO (inclusive ao RGO) e, se pode ser, de acordo com o Ritual, instituída uma sessão em família, mesmo contrariando a "soberania" do ritual porque não pode, assim, ser transformada em Sessão Administrativa e, após, retornar para uma Sessão Ordinária? 

Não estaríamos desta forma, "burlando" a sessão em família em proveito de outro erro, quiçá mais palatável? 

Por favor, não me puxe às orelhas, não tenho tanta culpa assim... São os sábios ritualistas e autoridades do GORGS que estão me tornando um perfeito tanso. 

CONSIDERAÇÕES:

Se a Sessão Administrativa estiver prevista no Regulamento da Obediência e dela não emanar nenhuma recomendação de que a mesma não possa ser aberta por transformação, eu não vejo nenhum empecilho. Obviamente que o ideal, dependendo do assunto, o melhor mesmo seria marca-la com antecedência regimental, do que usar o artifício da transformação. 

Quanto à soberania do ritual é um assunto bastante discutível, já que antes de tudo o correto seria uma criteriosa observação antes da aprovação dos respectivos (ritual e regulamento) para que entre eles não hajam choques e contradições entre os seus respectivos procedimentos.

T.F.A. 
PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com
Fonte: JBNews – Informativo nr. 2.046 – Melbourne (Vic.) segunda-feira, 9 de maio de 2016

MINUTO MAÇÔNICO

A RÉGUA 

1º - A invenção deste instrumento remonta a mais ou menos oito séculos antes de Cristo. Os gregos a atribuíram a Rhycos, célebre arquiteto construtor do labirinto de Samos. 

2º - Em linguagem figurada, a Régua representa os princípios, as máximas, as leis, as regras, enfim tudo o que, numa palavra, serve para dirigir e alude às regras de moral, do dever, da urbanidade, da Justiça, dos usos e costumes e das normas estabelecidas pelas leis humanas. 

3º - A régua figura em todas as Lojas simbólicas entre os utensílios alegóricos da Maçonaria como emblema de perfeição. 

4º - A régua pode ser considerada como emblema da disciplina fraternal, livremente consentida por cada um de nós e que só pode produzir os seus frutos pelo respeito escrupuloso dos nossos ritos. 

5º - Unida à linha reta nascida da Régua, ideal suscetível de ser prolongado ao infinito nos dois sentidos, concorre para simbolizar o absoluto e o relativo”.

Fonte: http://www.cavaleirosdaluz18.com.br

ALÉM DO AVENTAL

ALÉM DO AVENTAL
 Bruno Oliveira

O que te faz maçom além do avental que usas?

Discussões dantescas a respeito de quando nos tornamos especulativos e deixamos de ser operativos são travadas por celebrados escritores. Nas origens e etimologia da palavra “pedreiro”, em grego “tekton” [1], é aquele profissional que se empenhava na transformação de materiais em construções diversas com variados materiais, veja bem, não se limitando a pedra.

Chamo a atenção pelo motivo de que às vezes nos achamos pensadores especulativos e na verdade deveríamos estar trabalhando em algo. Em quê?
A filosofia já cuida da mente. A ordem criado por Baden-Powell, das medalhas que usa sobre vosso peito que me lembram mais escoteiros que qualquer outra coisa. Os Clubes de serviço, da caridade. A política dos cursos das nações. O que resta a você como maçom?

O quê foi construído desde que iniciaste, além da evolução oriunda de qualquer ser humano que tem consciência cívica de melhorar a cada dia?

Os ritos e rituais em seu cerne almejavam ser o método do obreiro. E hoje se resume a ser discutido em termos e posições geográficas ou disposição de artefatos, perdendo-se a essência e finalidade de sua existência. Ou você acredita que foram criados para serem manuais de procedimentos simplistas? O ritual é uma parte do laço místico. Como ou por que o homem deve fazer rituais e aprendê-los, amá-los, preservá-los, é tão misterioso quanto qualquer coisa na vida – mas sempre foi assim. Há algo profundo dentro de nós que exige uma forma definida de expressão: podemos dizer o pensamento de mil maneiras, mas nós o dizemos em uníssono e de uma maneira especial. E isto é verdade seja a Maçonaria, a Igreja ou a vida cotidiana que é preenchida com um ritual. [2]

A pedra somos nós mesmos. Mas tendemos a cinzelar a pedra alheia. Isso é demagogia se você não trabalha em sua própria pedra. Mudar de grau não é evoluir, não passando de procedimento administrativo se não foi trabalhada a lição que o traz, por mais pomposo e ornado que sejas o avental quer agora usas.

Recentemente, em um grupo de comunicação Maçônica e DeMolay, soltei um texto que tirava da zona de conforto e indagava a todos sobre seus deveres, resultado? Silêncio por horas. Quando o assunto é o dever, o trabalho, todos tendem a fingir que não é consigo mesmo, quando pensamos assim, de fato é conosco mesmo o problema.

O filósofo Marcuse em seu Livro “Eros e civilização “retrata essa gana da atual sociedade em satisfazer seus desejos às vezes maquiados em boas intenções”. “O que você faz quando ninguém te vê fazendo ou o que faria se ninguém pudesse te ver” diz uma música. Maquiavel é ridiculamente estudado e utilizado como manual por jovens que creem aprender politica com práticas traiçoeiras e vis.

O que a mão esquerda faz a direita não fique sabendo é ignorado por publicidade desmedida. O que te faz Maçom além do avental, são os “nãos” que você tem firmeza pra dizer aos seus próprios impulsos e não o avental ou jóia que usa.

Uma vez me foi dito, rasgue a “procuração” de quem faz mal. Indaguei sobre a indisposição criada. E me foi dito, se não tem vergonha de fazer o mal será você a ter por dizer ?

Infelizmente constatamos que, atualmente, adaptada aos novos tempos, a Ordem é uma sociedade iniciática, mas social/recreativa/religiosa congregando seres humanos comuns que se ajudam mutuamente. Concluindo, esta reflexão, inquirimos se, modernamente, em nossas Lojas: Realmente erguemos templos as virtudes?! [3]

Uma máxima em engenharia diz que não controlamos o quê não medimos. Além de suposições, qual o método que usas para te nortear na mudança de si mesmo? Ter consciência dos defeitos e falhas não passa mera reflexão feita por qualquer profano. Renascer para uma nova realidade por si só já é conceito do batismo de varias religiões em variadas culturas.

Um método interessante de trabalharmos em nossa própria pedra, a cada semana escrevemos uma virtude em nossas anotações, que queremos melhorar e intensificar, e ao findar o dia relatamos como nos saímos, e oque dificultou de praticarmos a tal virtude. Isso é um exercício fantástico, e nos estimula a ficarmos vigilantes como prega nossos rituais. Alguns vão dizer, já faço isso de cabeça. Será ?

E você meu irmão qual método utiliza?

A corrupção não esta em Brasília no planalto, mas nos nossos espíritos corrompidos que se calam…, o cantor Renato Russo disse, “ vivemos entre monstros de nossa própria criação” mas não temos medo da escuridão, o maçom hoje, teme a própria luz, por conta da aceitação social. Discutir maçonaria é falar sobre as dificuldades da prática de alguma virtude e por ae se aprofundar, e não erros de gráficas, datas de fundação ou algum fator que qualquer historiador não iniciado poderia fazer e já fazem. Não que não seja importante, mas isso é demasiadamente simplório se comparado ao que realmente é a Arte Real.

Aos outros, a tolerância de serem como quiserem. A nós, a obrigação de sermos cada dia melhores.

Ir∴ Bruno Oliveira – ARLS Loja Amizade, Trabalho e Justiça Nº36 GOP-PARANÁ.




Fonte: http://ritoserituais.com.br

terça-feira, 23 de junho de 2020

SETENTRIÃO

SETENTRIÃO
(republicação)

Em 01/10/2015 o Respeitável Irmão José Ailton de Oliveira, Loja Sete de Setembro, nº 07, REAA, GLEAC, Oriente de Rio Branco, Estado do Acre, pede esclarecimento para o seguinte:
jose.ailton@torkms.com.br

Acompanho a vossa participação no JBNEWS e tenho aprendido muito, mas, desta vez, gostaria de contar com os valiosos conhecimentos do Irmão no sentido de esclarecer onde se localiza em Loja o setentrião, visto que, pude constatar que existem opiniões diversas a respeito do assunto em minha Loja.

CONSIDERAÇÕES:

Setentrião – substantivo masculino, originário do latim septentrione – as sete estrelas da constelação Ursa Menor, visível no hemisfério celestial Norte. É nesta constelação que se localiza a Estrela Polar, sobre o polo celeste Norte.

Assim o termo se refere ao polo Norte; é o mesmo que as regiões do Norte. Os antigos o definiam como vento do norte.

Na Loja maçônica, setentrião é o lado onde se localiza parede da Coluna do Norte, também conhecida como Topo da Coluna do Norte. Sua extensão (à direita de quem entra) vai do canto com a parede ocidental (próximo ao Primeiro Vigilante) até a grade do Oriente.

Junto ao Topo da Coluna do Norte (parede Norte) estão as primeiras seis Colunas Zodiacais que marcam as constelações do Zodíaco de Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão e Virgem. Contíguo à parede Norte, em toda a sua extensão, localizam-se os lugares destinados aos Aprendizes.

T.F.A. 
PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com 
Fonte: JB News – Informativo nr. 2.043 – Melbourne (Vic.) sexta-feira, 6 de maio de 2016

VAMOS MUDAR!

VAMOS MUDAR!

Há sempre mais gente para comer o bolo do que gente para fazer o bolo. E às vezes aqueles que só comem bolo reclamam do gosto, mas continuam comendo e não ajudando. Sempre há mais gente para almoçar e menos gente para lavar a louça. Mais gente para assistir e reclamar do espetáculo do que gente para montar a sala, carregar as cadeiras, varrer, limpar, organizar etc.

Se hoje há sombra e fruto é porque alguém plantou uma árvore e o ato de plantar implica um ato de fé, acreditar que vai nascer, que vai crescer e que vai dar frutos. Alguém precisar cavar a terra, plantar, enfim dá trabalho. Hoje temos a sombra. Mas há sempre mais gente para sentar e usufruir da sombra e dos frutos do que gente para plantar. Precisamos de gente para plantar, gente para ajudar a fazer a bolo, gente para lavar a louça e para montar o espetáculo. Veja bem: SE VOCÊ QUER PARTICIPAR DOS RESULTADOS, ENTÃO AJUDE A PENSAR, AJUDE A MELHORAR AS COISAS ai na sua empresa, no seu setor, no seu bairro, na sua família.

Ajudar a pensar é ver as coisas como sua. Sim. Sentir-se dono. Como podemos melhorar o atendimento, como podemos diminuir os custos, como podemos aumentar a produtividade. Sentir-se dono e pensar. Trazer idéia, sugestões e comprometer-se para que essas idéias funcionem. Há pessoas que infelizmente só usam os braços, a voz e os dedos dentro da empresa. Mas não usam a mente, não usam a inteligência. Aqueles que só usam os braços logo logo serão substituídos por uma máquina. Logo irão inventar uma máquina que fará o trabalho dele. Mas aquele que pensa o trabalho, aquele que traz idéias para melhorar, aquele colaborador que está comprometido e empenhado para ajudar a trazer os resultados para sua empresa, a esse, máquina nenhuma irá substituí-lo. Esse cresce, aprende, desenvolve-se. Aprender é um processo de elaboração e acontece de dentro para fora, ou seja, com aquelas pessoas que pensam, que testam e aplicam aquilo que pensam e por isso aprendem. É preciso envolvimento, comprometimento, PENSAR-SENTIR E AGIR. Há muita gente sentada na arquibancada da vida vendo as coisas acontecerem, reclamando das coisas que não acontecem e querendo participar das coisas, mas não entram em campo para jogar, não pensam e não ajudam o time a ganhar.

VOCÊ MEU PREZADO AMIGO, que tipo de pessoa é. Ajuda? Colabora? Pensa? Dá o melhor de si? Ajuda a fazer o bolo ou é daquelas pessoas que senta na mesa e fica esperando alguém lhe servir uma fatia? Construa, acrescente. Você é capaz.

Um abração.

Adroaldo Lamaison

Fonte: http://jamilkauss24.blogspot.com