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PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

domingo, 2 de novembro de 2025

FRASES ILUSTRADAS

SINAL DE COMPANHEIRO MAÇOM - REAA

Em 01.05.2025 o Respeitável Irmão Vinícius Almeida Oliveira, Loja Vasco Coutinho, REAA, GLMGO (CMSB), Oriente de Jataí, Estado de Goiás, apresenta a seguinte dúvida

SINAL DE COMPANHEIRO

Bom dia meu valoroso irmão Pedro Juk.

Gostaria de saber do Irmão sobre a origem do Sinal de Companheiro e a explicação sobre o cot∴ esq∴ colado ao corpo e não fazendo esquadria como muitas vezes vemos ser ensinado de maneira errada. Caso o irmão tenha materiais sobre ou a explicação textual sobre isso e puder me enviar, fico extremamente agradecido.

CONSIDERAÇÕES:

Originalmente, na composição do Sinal de Comp∴ Maçom do REAA não era usada a m∴ esq∴. Tradicionalmente usava-se apenas a m∴ d∴ s∴ o c∴, como deveria ser para todos os ritos maçônicos de origem francesa.

Segundo alguns autores, foi Oswald Wirth quem adotou o uso do br∴ e m∴ e∴como complemento do sinal pen∴ do 2º Grau. Acredita-se que Wirth o copiou dos ritos anglo-saxônicos que tradicionalmente usam o br∴ e m∴ esq∴ como preparação para um outro sinal subsequente.

No contexto da Maçonaria anglo-saxônica com seu viés teísta, o braço levantado refere-se a Moisés em uma passagem bíblica que relata uma batalha entre os israelitas e os amalequitas. A vitória nesta batalha dependia de Moisés manter seus braços erguidos. Assim, quando os seus braços estavam erguidos para o céu, Israel vencia, quanto ele os abaixava, os amalequitas venciam. Cansado, Moisés foi amparado por Arão e Hur, que seguravam os seus braços erguidos até o pôr do sol, o que garantiu a vitória de Israel.

Desse modo, Wirth via neste gesto algo apropriado e parecido para alguns ritos de origem francesa, dos quais o REAA.

À vista disso, essa indevida inserção acabou se consagrando e para não ficar tão visivelmente igual ao sinal anglo-saxônico, foi adotada uma forma uma pouco diferenciada para o gesto, como manter o cotovelo junto ao lado esquerdo do corpo e a m∴ aberta esp∴ para a frente.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

BREVIÁRIO MAÇÔNICO

O CASAMENTO

Trata-se de uma cerimônia universal e de tradição milenar; propriamente inexiste na liturgia maçônica.

O maçom que casa sente o prazer de apresentar a sua esposa aos seus coirmãos, e isso é feito em um cerimonial apropriado, que se denomina: "confirmação do casamento" ou "reconhecimento matrimonial". Durante a cerimônia, que é suave, romântica e emotiva, os nubentes repetem a intenção de se manterem fiéis um ao outro, durante toda a vida; a cerimônia é realizada dentro do templo.

Esse cerimonial não substitui a cerimônia civil ou religiosa; não é oficialmente reconhecido e não passa, portanto, de um ato social, levado a efeito na intimidade de uma Loja.

Nos dias atuais, o instituto do casamento sofre agressões impiedosas; a juventude afasta-se do cerimonial civil e religioso; há, apenas, um "acasalamento".

As separações e os divórcios crescem em escala geométrica, e tudo leva a crer que em breve o cerimonial do casamento passe a ser coisa do passado.

O maçom, contudo, deve manter o instituto e sobretudo a parte esotérica, qual seja, a mútua fidelidade em benefício da família; a confirmação maçônica reforça esse propósito que, sendo universal, deveria ser permanente.

Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 87.



CÂMARA DAS REFLEXÕES

A Câmara das reflexões não representa unicamente a preparação preliminar do candidato para sua recepção, mas é principalmente aquele ponto crítico, aquela crise interior, onde começa a palingenesia que conduz à verdadeira iniciação, à realização progressiva, ao mesmo tempo especulativa e operativa, de nosso ser e da Realidade Espiritual que nos anima, simbolizada pelas viagens.

A Câmara das reflexões, com seu isolamento e com suas negras paredes, representa um período de obscuridade e de maturação silenciosa da alma, por meio de uma meditação e concentração em si mesma, que prepara o verdadeiro progresso efetivo e consciente que depois tornar-se manifesto à Luz do dia. Por esta razão, encontram-se nela os emblemas da morte e uma lâmpada sepulcral, e acham-se sobre suas paredes, inscrições destinadas a pôr à prova a sua firmeza de propósitos e a vontade de progredir que tem de ser selada num testamento.

Ao ingressar neste quarto (símbolo evidente de um estado de consciência correspondente), o candidato tem de despojar-se dos metais que porta consegue e que o Experto recolhe cuidadosamente. Tem de voltar a seu estado de pureza original - a nudez adâmica - despojando-se voluntariamente de todas aquelas aquisições que lhe foram úteis para chegar até o seu estado atual, mas que constituem outros tantos obstáculos para seu progresso ulterior.

Deve cessar de depositar sua confiança e cobiça nos valores puramente exteriores do mundo, para poder encontrar em si mesmo, realizar e tornar efetivos os verdadeiros valores, que são os morais e espirituais. Deve cessar de aceitar passivamente as falsas crenças e as opiniões exteriores, com o objetivo de abrir seu próprio caminho para a verdade.

Isto não significa absolutamente que tem de despojar-se de tudo o que lhe pertence e adquiriu como resultado de seus esforços e prêmio de seu trabalho, mas, unicamente, que deve deixar de dar a estas coisas a importância primária que pode torná-lo escravo ou servidor delas, e que deve pôr, sempre em primeiro lugar, sobre toda a consideração material ou utilitária, a fidelidade aos Princípios e às razões espirituais. Este despojo tem por objetivo conduzir-nos para sermos livres dos laços que de outra forma impediriam todo nosso progresso futuro. Trata-se, portanto, em essência, do despojo de todo apego às considerações e laços exteriores, com a finalidade de que possamos ligar-nos à nossa íntima Realidade Interior, e abrir-nos à sua mais livre, plena e perfeita expressão.

A Câmara de reflexões, como o seu nome o indica, representa antes de tudo aquele estado de isolamento do mundo exterior que é necessário para a concentração ou reflexão íntima, com a qual nasce o pensamento independente e é encontrada a Verdade. Aquele mundo interior para o qual devem dirigir-se nossos esforços e nossas análises para chegar, pela abstração, a conhecer o mundo transcendente da Realidade. É o "gnothi seautón" ou "conhece-te a ti mesmo" dos iniciados gregos e hindus, como único meio direto e individual para poder chegar a conhecer o Grande Mistério que nos circunda e envolve nosso próprio ser. “Isto, e a cor negra do quarto, trazem-nos à mente a antiga fórmula alquímica e hermética do Vitríolo: “Visita Interiora Terrae, Rectificando Invenies Occultum Lapidem”, Visita ao interior da Terra: retificando encontrarás a pedra escondida”. Isto é: desce às profundezas da terra, sob superfície da aparência exterior que esconde a realidade interior das coisas e a revela; retificando teu ponto de vista e tua visão mental com o esquadro da razão e o discernimento espiritual, encontrarás aquela pedra oculta ou filosofal que constitui o Segredo dos Sábios e a verdadeira Sabedoria.

A representação da Verdade final e fundamental por uma pedra, não demonstra nada de estranho se imaginar que deve constituir a base sobre a qual descansa o edifício de nossos conhecimentos, que se transformará na Igreja ou Templo de nossas aspirações, e o critério ou medida sobre a qual, e a cuja imagem, deve enquadrar-se ou retificar-se todos os nossos pensamentos.

Os ossos e as imagens da morte que se encontram representadas nas paredes da câmara, além de indicar a morte simbólica que é pedida ao candidato para que complete seu novo nascimento, mostram os fragmentos esparsos e desunidos da Realidade morta e dividida na aparência exterior, cuja Vida e Unidade ele deverá buscar e encontrar interiormente, reconhecendo-a sob a aparência e dentro dela.

Fonte: O Templo e o Maçom

sábado, 1 de novembro de 2025

FRASES ILUSTRADAS

CIRCULAÇÃO DA BOLSA

(republicação)
O respeitável Irmão Aécio Speck Neves, Orador da Loja Nereu de Oliveira Ramos, 2.744, GOBSC, REAA, sem declinar o nome da Cidade (Oriente), Estado de Santa Catarina, apresenta a questão seguinte: aeciospeckneves@hotmail.com

Ontem tive a oportunidade de ler no JB News as dez questões que o Grão-Mestre do GOB-SE lhe formulou, com as sua esclarecedoras respostas, em Sessão Ordinária de Aprendiz Maçom. Na questão 10 "A circulação do Saco de Propostas assim como do Tronco de Beneficência quando vai ao altar do Venerável Mestre apresenta a todos do Altar ou somente ao Venerável para depois retornar?"

Sua resposta foi "O Oficial circulante com a bolsa, cumpre primeiramente a regra dos seis primeiros cargos que é tradicional nos ritos que assim procedem”. “Primeiro os três detentores do malhete, posteriormente a Dignidade do Orador e do Secretário e por fim desse ciclo, o Cobridor Interno. Ato seguido há a colheita no Oriente e, nesse particular havendo a presença de alguém ao lado do Venerável, inicia-se o procedimento por aquele, ou aqueles, que estiverem posicionados ao lado do Venerável. ... "

Aí é que mora o perigo. O GOB-SC instrui as Lojas jurisdicionadas a colher do Venerável Mestre e dos que o ladeiam na mesma oportunidade. O Venerável Mestre pega o Saco ou Tronco do Oficial circulante, e ele mesmo colhe dos demais que o ladeiam. Após, devolve a sacola.

Fui instruído pelo nosso VM a consultar o GOB-SC bem como o Respeitável Mestre Pedro Juk, para esclarecer tal diferença. Por favor, dê sua abalizada opinião sobre isso.

CONSIDERAÇÕES:

Bem, embora eu siga a tradição, cumpro também o que está escrito no Ritual em vigência (GOB) no que preceitua na página 42. Está bem claro e absolutamente correto: “Na circulação deve seguir-se a ordem: Ven, 1º e 2º Vig (...)”. Assim não está escrito que o Venerável toma a bolsa às mãos e recolhe dos que porventura estiverem sentados ao seu lado.

Em princípio há duas razões para tal. Primeiro é porque o Venerável não deve suprir o ofício do oficial circulante (Mestre de Cerimônias ou Hospitaleiro). Na circulação quem detém a bolsa é apenas o que cumpre a missão. Apenas o Cobridor é que auxilia o oficial para que ele próprio possa depositar na forma de costume no final da circulação. Além do que o oficial ao oferecer a bolsa estará sempre em pé assumindo a postura conhecida. Segundo é porque os que detêm os respectivos malhetes são o dirigente da Loja e os seus auxiliares (isso é um Landmark), não importando a presença de autoridades ao seu lado. 

Há que se notar também que o próprio Ritual prevê após a entrega do malhete para o Grão-Mestre, este ao chegar ao Altar o devolve ao Venerável. Além do mais os seis primeiros cargos devem ser respeitados em alusão ao mínimo de sete Mestres para a abertura de uma Loja – os seis mais o oficial circulante.

T.F.A.
PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com
JB News – Informativo nr. 1.277 Florianópolis (SC) – sábado, 1º de março de 2014.

ALEXANDER FLEMING


Sir Alexander Fleming nasceu em East Ayrshire, Escócia, em 6 de agosto de 1881 e é mais conhecido por ter descoberto a Penicilina, que ainda é usada para tratar infecções bacterianas hoje. Mudou-se para Londres aos 13 anos e, mais tarde, formou-se com distinção em Medicina (1906) e iniciou pesquisas na Faculdade de Medicina do Hospital St. Mary, na Universidade de Londres, sob a orientação de Sir Almroth Wright, um pioneiro na terapia com vacinas.

Pequena Cronologia:

1881 - Nasceu na Escócia.
1909 – Iniciado na Sancta Maria Lodge No. 2682 (Londres) aos 27 anos.
1911 – Filliou-se à Loja "London Scottish Rifles nº. 2310" (Londres).
1922 – Primeiro Vigilante na Sancta Maria Lodge No. 2682
1924 – Venerável-Mestre da Sancta Maria Lodge.
1925 – Filiou-se à Loja "Misericordia nº 3288" (Londres).
1934 – Condecorado com o London Grand Rank (honraria maçônica da GLUI).
1935 – Eleito venerável-Mestre da Loja "Misericordia nº 3288".
1942 – Nomeado Grande Diácono Sênior pela GLUI.
1944 – Recebeu o título de "Sir" do Rei George VI por contribuições à Ciência.
1945 – Premiado com o Nobel de Medicina.
1948 – Nomeado Grão-Primeiro-Vigilante da Grande Loja Unida da Inglaterra.
1955 – Oriente Eterno (73 anos). Infarto fulminante.

Fonte: Facebook_Curiosidades da Maçonaria

CUIDADO COM OS CURIOSOS E INTERESSEIROS

A Arte Real não é um caminho de curiosidade ou de proveito material. Ela é uma senda de luz, de busca interior, de construção de um templo que não se ergue em pedras, mas no coração do homem. Por isso, todo aquele que dela se aproxima sem propósito legítimo, mas por ambição ou vaidade, deve ser afastado antes que contamine a pureza da corrente.

O curioso busca apenas satisfazer a mente inquieta. Quer espiar, saber “os segredos” e depois sair dizendo que já conhece a ORDEM. Este nunca constrói, apenas consome. Ao invés de se alinhar ao silêncio e ao trabalho, ele transforma a Ordem em espetáculo.

Mais grave ainda é o interesseiro: aquele que imagina que os trabalhos da Loja lhe trarão benefícios financeiros, influência social ou favores pessoais. Este não busca luz, mas sombra. Não busca servir, mas ser servido. Sua presença é um veneno que enfraquece os elos da corrente.

Cabe a cada um de nós zelar pela pureza da Obra. O maçom verdadeiro não admite atalhos falsos, convites interesseiros ou propostas espúrias. A iniciação não é moeda, não é vitrine, não é palco para vaidades. É compromisso com o Grande Arquiteto do Universo.

Se colocamos um curioso ou interesseiro entre nós, não fortalecemos a corrente, mas a enfraquecemos. Pois um só elo corroído pode comprometer toda a cadeia.

Sendo assim meus irmãos, assim como o Mestre nos ensinou que uma boa árvore não pode dar maus frutos, também a Ordem só florescerá se for composta de homens sinceros e de boa vontade. Que a nossa vigilância seja firme e constante: não convidar, não aceitar, não permitir que os curiosos e interesseiros manchem a pureza da senda.

“Os bodes não se misturam com raposas.”

Fonte: Facebook_Átrio do Saber