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PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

sábado, 30 de novembro de 2019

REAA - MARCHAS. PASSOS E TRANSFORMAÇÃO DO SINAL

Em 16/11/2019 no 1º Encontro de Orientação Ritualística do Centro Sul Fluminense realizado no Oriente de Três Rios, Estado do Rio de Janeiro, o Respeitável Irmão Cláudio H. S. Martins, Lojas Cayrú, 1.437 e Novo Século, 322, REAA, GOB-RJ, apresentou a seguinte questão:

TRANSFORMAÇÃO DE MARCHAS

No Primeiro Grau o Aprendiz dá os pp∴ normais ou arrasta o p∴ d∴? 

No Segundo Grau, após ter dado a Macha do Aprendiz, para dar sequência da Marcha de Companheiro o correto é transformar o Sinal antes de dar o quarto p∴ (transformar diretamente o Sinal) ou depois do quarto p∴? 

Nos pp∴ do Companheiro esses são normais como os do Aprendiz?

CONSIDERAÇÕES:

A Marcha do Aprendiz no REAA∴ é dada com pp∴ normais avançando o p∴ e∴ e em seguida juntando o outro em esq∴ aberta para a frente. Não se arrastam os pp∴.

A Marcha do Segundo Grau se dá pelo acréscimo de mais pp∴ à Marcha de Aprendiz. Assim, primeiro, com o Sin∴ de Ord∴ do 1º Grau, faz-se a Marcha na forma e costume. Concluída essa parte, desfaz o Sin∴ de Ord∴ do 1º Grau pelo Sin∴ Pen∴ (Gut∴) e imediatamente passa para o Sin∴ de Ord∴ do 2º Grau, dando em seguida os demais pp∴ até completar a Marcha do Companheiro. Ao final desta é que se saúdam as Luzes pelo Sin∴ Pen∴ do Companheiro (Cord∴). Reitero: no 2º Grau a transformação do Sin∴ se dá no terceiro p∴, ou seja, depois de se ter "regularmente" desfeito o Sin∴ de Aprendiz. O vocábulo "regularmente" aqui significa desfazer o Sin∴ de Ord∴pelo respectivo Sin∴ Pen∴ e diretamente, sem ainda saudar as Luzes, compor o sinal subsequente. Todo Sinal de Ord∴ somente é desfeito pelo seu respectivo Sin∴ Pen∴, seja para saudar alguém, para desfazê-lo, ou ainda desfazê-lo para alternância de Sin∴. Isso significa que não se muda "diretamente" de um para outro Sin∴

A sequência dos pp∴ do Companheiro, se dá por pp∴ normais, tal qual de se deram os anteriores, porém agora com desvio e retorno.

Cabe esclarecer que no REAA∴ não existe o arrastar dos pp∴ durante as Marchas do Primeiro e do Segundo Grau, assim como é equivocado o levantar exagerado dos pp∴ no complemento dos passos para concluir a Marcha do Companheiro. 

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br - 24/11/2019

ORIENTAÇÕES PARA O REAA NO GOB-RITUALÍSTICA

O Respeitável Irmão Walter Vieira, Loja Torre do Médio Jequitinhonha, 2.306, Benfeitora da Ordem, REAA, GOB-MG, Oriente de Medina, Estado de Minas Gerais, solicita esclarecimentos:

ORIENTAÇÕES PARA O REAA NO GOB-RITUALÍSTICA

Teremos uma Iniciação em nossa Loja e estudando as instruções do GOB Ritualística para o REAA me deparei com 3 informações diferentes do que temos visto a vida toda durante as Iniciações que, quando forem feitas da forma agora descrita, tenho certeza que (...).

QUESTÕES E RESPOSTAS:

RITO MODERNO - À ORDEM VOLTADO PARA O ORIENTE

Em 12/08/2019 o Respeitável Irmão Marco Antonio Grecco, Loja Século das Luzes, 314, Rito Moderno, Grande Oriente Paulista, COMAB, Oriente de Araçatuba, Estado de São Paulo, apresenta a seguinte questão:

DE PÉ E À ORDEM – VOLTADO PARA O ORIENTE

Peço ajuda ao Irmão para o deslinde de uma questão surgida em Loja, com respeito ao tema “De pé e à Ordem”. Não obstante a redundância, tendo em vista que em Loja o Maçom, estando de pé, fica obrigatoriamente à ordem. Pois bem, no Rito Moderno, na abertura dos trabalhos, quando o Venerável determina a verificação da regularidade dos Irmãos pelos Vigilantes; os Irmãos postados nas Colunas do Sul e do Norte posicionam-se voltados para o Oriente e à Ordem. Ultrapassado esse momento entendo que não há mais necessidade de os Irmãos se posicionarem voltados para o Oriente, quer quando usam da palavra ou mesmo no encerramento dos trabalhos. No entanto, esse entendimento não é uniforme. Alguns ficam voltados para o Oriente, outros não, e acontecem os exageros, Irmãos que voltam totalmente o corpo para o Oriente, seja no uso da palavra e no encerramento dos trabalhos. Existem as excepcionalidades: compromissos nas iniciações, elevações, exaltações e homenagens, etc., e que são realizadas no Oriente, que poderiam justificar, em tese, a atitude de os Irmãos se voltarem para o Oriente. Solicito ajuda do Irmão para sanar essa dúvida e apresentar a possível solução aos Irmãos da minha Oficina.

CONSIDERAÇÕES:

A atitude de se voltar para o Oriente nas Colunas quando da verificação pelos Vigilantes deveria se dar apenas nessa ocasião (não sei o que o Ritual da sua Obediência menciona). 

Assim, a verificação nas Colunas para a abertura dos trabalhos se dá a partir daquele que estiver mais ao Ocidente, o que faz, em tese, que os demais não vejam o que se passa na sua retaguarda. No Oriente não existe telhamento.

Sob essa óptica, fora essa oportunidade, obreiros em pé se mantém colocados conforme a disposição do mobiliário que lhe serve de assento. Não há necessidade de que literalmente o protagonista se coloque voltado (de frente) para o Oriente. 

O que ele pode é voltar o seu olhar àquele que ele porventura esteja dirigindo a palavra. Nada mais do que isso.

P. S. – comentários alusivos ao Rito Moderno ou Francês.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br - 24/11/2019

PRECIOSIDADES MAÇÔNICAS


A MAÇONARIA ESPECULATIVA OU ATUAL

A MAÇONARIA ESPECULATIVA OU ATUAL

A atual Maçonaria Especulativa surge de um longo processo de aceitação de pessoas não ligadas à construção.

O marco da Maçonaria Especulativa foi a assembléia das quatro Lojas em atividade em Londres, que se reuniram na Goose and Gridiron Alehouse (Cervejaria do Ganso e da Grelha) no dia de São João Batista (24 de junho) de 1717, para eleger o primeiro Grão-Mestre da Grande Loja de Londres, Sir Anthony Sayer (1672-1742).

Estas quatro primeiras Lojas, que tinham o privilégio de se denominarem como “constituídas de tempo imemorial”, eram:

- Loja da Cervejaria da Coroa;
- Loja da Cervejaria do Ganso e da Grelha;
- Loja da Taverna da Taça e das Uvas; e
- Loja da Taverna da Macieira.

E essas Lojas ainda existem?

- A Loja da Cervejaria da Coroa, perto de Drury Lane, abateu colunas (encerrou suas atividades) entre 1736 e 1738. Em 1752 houve uma proposta para a sua restauração que foi rejeitada. Infelizmente não mais existe,

- A Loja da Cervejaria do Ganso e da Grelha, do pátio da Igreja de São Paulo, em 1760 tornou-se a Loja da Antiguidade, com o nº 2 da Grande Loja Unida da Inglaterra.

- A Loja da Taverna da Taça e das Uvas, em Channel Row, Westminster, chama-se agora Royal Sumerset House and Invernesse Lodge, nº 4.

- A Loja da Taverna da Macieira tornou-se a Fortitude and Old Cumberland, com o nº 12.

Excerto do livro Maçonaria para Maçons, Simpatizantes, Curiosos e Detratores – Irm∴ Almir Sant’Anna

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

INDUMENTÁRIA

Em 16/11/2019 no 1º Encontro de Orientação Ritualística do Centro Sul Fluminense, realizado no Oriente de Três Rios, Estado do Rio de Janeiro, o Respeitável Irmão José João Sales, Loja (nome inelegível), REAA, GOB-RJ, sem mencionar o nome do Oriente, Estado do Rio de Janeiro, apresenta a seguinte questão:

INDUMENTÁRIA

Temos assistido um absoluto desrespeito quanto à indumentária. 

Os rituais trarão isso?

CONSIDERAÇÕES:

Veja, todos os rituais já determinam o traje a ser usado pelo rito. Entenda-se que o previsto deve ser obedecido. Cabe ao Guarda da Lei, no caso do REAA o Orador, fazer valer o que determina a legislação.

Se existe desrespeito me parece que há conivência de quem deveria fiscalizar.

Assim, não se trata de se os rituais trarão essa determinação, pois a mesma já existe com bastante clareza. 

As orientações para o Ritual de Aprendiz do REAA colocadas na plataforma do GOB RITUALÍSTICA em http://ritualistica.gob.org.br/ , sob os números 16, 17, 18, 19 e 20, tratam de como e o quê deve ser utilizado. 

De resto é só cumprir o que está previsto.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br - 22/11/2019

O OFÍCIO DO MESTRE DE HARMONIA

Em 16/11/2019 no 1º Encontro de Orientação Ritualística do Centro Sul Fluminense, realizado no Oriente de Três Rios, Estado do Rio de Janeiro, o Respeitável Irmão Henrique Almeida Carneiro, sem mencionar o nome da Loja, REAA, GOB-RJ, apresenta a seguinte questão:

A COLUNA DE HARMONIA

Em quais momentos no Ritual deve, ou pode, o Mestre de Harmonia introduzir músicas? Exemplo: Saco de Propostas e Informações, Tronco de Beneficência, leitura do Salmo, leitura da oração no encerramento, entrada e saída no Templo, etc.

CONSIDERAÇÕES:

VAIDOSO ARROGANTE

VAIDOSO ARROGANTE

(a) Baixa auto-estima e complexo de inferioridade 
Nenhum ditador provocou ou vêm provocando tanto dano à Maçonaria quanto o Maçom vaidoso, este sapador inveterado, este Cavalo de Tróia que a destrói por dentro, sem o emprego de armas, grilhões, ferros, calabouços e leis de exceção. Ele é indiscutivelmente o maior inimigo da Maçonaria, o mais nefasto dos impostores, o principal destruidor de lojas. Ele é pior do que todos os falsos Maçons reunidos porque se iguala a eles em tudo o que não presta e raramente em alguma virtude.

Uma característica marcante que se nota neste tipo de Maçom, logo ao primeiro contato, é a sua pose de justiceiro e a insistência com que apregoa virtudes e qualidades morais que não possui. Isso salta logo à vista de qualquer um que comece a comparar seus atos com as palavras que saem da sua boca. 

O que se vê amiúde é ele demonstrar na prática a negação completa daquilo que fala, sobretudo daquilo que difunde como qualidades exemplares do Maçom aos Aprendizes e Companheiros, os quais não demora muito a decepcionar. 

Vaidoso ao extremo, para ele a Maçonaria não passa de uma vitrine que usa para se exibir, de um carro de luxo o qual sonha um dia pilotar. E, quando tem de fato este afã em mente, não se furta em utilizar os meios mais insidiosos para tentar alcançá-lo, a exemplo do que fazem nossos políticos corruptos. 

Narcisismo em um dos extremos, e baixa auto-estima no outro, eis as duas principais características dos maçons vaidosos e arrogantes. No crisol da soberba em que vivem imersos, podemos separá-los em dois grupos distintos, porém idênticos na maioria dos pontos: os toscos ignorantes e os letrados pretensiosos. 

A trajetória dos primeiros é assaz conhecida.

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

RITO ADONIRAMITA - A QUEM O COBRIDOR INTERNO PEDE A PALAVRA?

Em 16/11/2019 no 1º Encontro de Orientação Ritualística do Centro Sul Fluminense, realizado no Oriente de Três Rios, Estado do Rio de Janeiro, o Respeitável Irmão Gilmar Jorge Borsato, sem mencionar o nome da Loja, Rito Adonhiramita, GOB-RJ, apresenta a seguinte questão:

A QUEM PEDIR A PALAVRA

O Cobridor Interno fica no Rito Adonhiramita ao centro da porta, na mesma linha do Venerável Mestre. No interrogatório ele responde ao Venerável Mestre. Quando da Palavra a Bem da Ordem, a quem ele pede a Palavra, ao 1º ou ao 2º Vigilante.

CONSIDERAÇÕES:

Por uma questão lógica e seguindo o giro da palavra que no Rido Adoniramita segue Norte, Sul e Oriente (conforme Ritual do GOB), entendo que o Cobridor Interno, posicionado no eixo e entre as duas Colunas, deve se reportar ao Segundo Vigilante, ou seja, no lado por onde se inicia o giro da palavra.

Destaque-se que no Rito em questão o Segundo Vigilante fica no Norte e o Primeiro Vigilante ocupa o Sul.

Concluindo, apenas a título de ilustração, eu prefiro entender o nome do Rito como Adoniramita e não Adonhiramita, uma vez que o personagem donde se deriva o nome do Rito se chama Adoniram, não Adonhiram. Esse último nada mais é do que uma corruptela do nome original.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br - 20/11/2019

FRASES ILUSTRADAS


RADIOGRAFIA DO PODER DOS GRÃO-MESTRES

RADIOGRAFIA DO PODER DOS GRÃO-MESTRES
Hercule Spoladore - Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil”- Londrina

De todas as paixões que agitam a sociedade, a mais funesta e sanguinária é a ambição do poder. (Gonçalves Magalhães)

Já se foi o saudoso tempo da Maçonaria Operativa em que não havia potências maçônicas. Havia maçons livres em lojas livres, e nem sequer existiam veneráveis. Existia o cargo de mestre da loja, que era oferecido ao operário mais capaz, mais humano, mais competente, mais versado na Arte da Construção e desta forma ele era o responsável por aquela corporação que futuramente passou a se chamar oficina e depois loja. Não existiam os famosos landmarques e estas corporações tinham um fundo religioso, o católico. Considerando-se a atual forma de liderança oficial dentro da Ordem, desde que foram criadas as potências, e mais modernamente dito em regime tido como democrático o que não ocorre em realidade, entende-se tecnicamente que o poder temporal de um grão-mestre emane do conteúdo legal de uma constituição daquela potência, e o de um resultado de uma eleição, onde ele seja sufragado pelas urnas e uma vez eleito seja diplomado por um tribunal eleitoral e também conforme as potências pela assembléia legislativa. Eis ai a origem do poder material e temporal maçônico no que se refere ao primeiro mandatário de uma potência. As constituições das mais variadas e inúmeras potências existentes, ditas regulares ou não, isto não faz diferença, diferem de forma irrelevante quanto ao poder que é conferido ao grão-mestre. Estas constituições têm mais ou menos a mesma redação e esse poder é quase absoluto no papel. Porem, se um grão-mestre entender, a Maçonaria não é um país, não é uma empresa comercial que gera empregos, não renumera os adeptos, não é uma religião com obrigações e dogmas, e maçom algum depende dela para viver, ou seja, ele poderá deixar a Ordem quando bem lhe convier. Ela é, antes de tudo, uma escola de vida, com profundo teor filosófico, mais voltada para o maçom em si e dentro dela nada se consegue, impondo, perseguindo ou alterando caminhos já traçados, porque o relacionamento humano na Ordem é diferente é especial, extrapola os raciocínios aplicados aos paradigmas de outras organizações. O poder de um grão-mestre deriva mais de seu carisma, personalidade, bondade, empatia, compreensão, enfim de uma série de qualidades que caracterizam um homem bom, sábio e justo. Ele terá a difícil missão, e a perspicácia de saber dirigir líderes.

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

SAUDAÇÃO EM LOJA - QUANDO E PARA QUEM?

Em 08/08/2019 o Respeitável Irmão Marcelo Felipe Moreira, Loja Oito de Dezembro, 2.317, REAA, GOB-SP, Oriente de Diadema, Estado de São Paulo, apresenta as dúvidas seguintes:

SAUDAÇÃO EM LOJA

Tenho algumas dúvidas referentes a algumas condutas da ritualística. Gostaria de algumas orientações:

1 - Quando cruzar a Loja da Coluna do Norte ao Sul, faz se a saudação ao Delta? Ou ao Venerável?

2 - Quanto da cobertura dos Aprendizes, os mesmos quando se deslocam da Coluna do Norte para o Sul afim de fazer o giro, ao passar em frente ao Oriente, se faz a saudação?

3 - Todas estas saudações entendo que seja com o sinal gutural, correto?

4- Entendo se tratar de simples saudação gutural e não reverência. (e qual a diferença entre elas vez que utilizamos o sinal gutural).

CONSIDERAÇÕES:

MINUTO MAÇÔNICO

ESPADA - 2º

1º - Empunhada pelo Irmão Terrível, ela indica a proteção que deve ser dispensada àquele que procura a Luz. 

2º - Nas mãos do Cobridor, ela simboliza a combatividade que ele deve ter na defesa do Templo. 

3º - Nas mãos do Porta-espada, ela simboliza que a igualdade constitui a vanguarda dos princípios maçônicos. 

4º - Quando empunhada pelas comissões de recepção, a Espada também significa a honra dispensada ao homenageado. 

5º - Empunhada com a mão direita, a Espada representa uma arma e simboliza ação física; por isso os Maçons a seguram, quase sempre, com a mão esquerda, pois assim, ela se transforma em instrumento de “transmissão” e de ação iniciática. 

Fonte: http://www.cavaleirosdaluz18.com.br

UM PAPA NA MAÇONARIA

UM PAPA NA MAÇONARIA

Dentre os Papas, destacou-se pelo ódio anticristão contra a Maçonaria, Pio IX. Mostrou-se rancoroso contra a Instituição depois de Papa. Pio IX chamava-se Giovanni Ferreti Mastai. Ele foi Maçon, tendo pertencido ao quadro de obreiros da Loja Eterna Cadena, de Palermo (Itália). Sob o número 13.715 foi arquivada, em 1839 na Loja Fidelidade Germânica, do Oriente de Nurenberg uma credencial de que foi portador o Irmão Giovanni Ferreti Mastai, devidamente autenticado, com selo da Loja Perpétua, de Nápolis. Como Irmão, como Maçon, Giovanni Ferreti Mastai foi recebido na Loja Fidelidade Germânica.

O Irmão Ferretti nasceu em 1792. Passou dois anos no Chile, servindo como secretário do vigário apostólico Mazzi; foi Arcebispo de Spoleto em 1827, bispo de Imola em 1832 e foi elevado a Cardeal, em 1840, e eleito Papa em 1846. Confrontando- se as datas, verifica-se que, em 1839, quando o Irmão Ferretti foi fraternalmente recebido na Loja Maçônica na Alemanha, já era Bispo. Ascendendo a Papa, Giovanni Ferretti Mastai traiu seu Juramento, feito em Loja Maçônica, com a
mão sobre o Livro da Lei e honrou a Maçonaria com o seu ódio, culminando com a publicação, em 08 de dezembro de 1864, do Syllabus, e em que amontoou todas as bulas papais e encíclicas contra a Maçonaria, de que fizera parte.

terça-feira, 26 de novembro de 2019

POSTURA DO SECRETÁRIO. EM PÉ OU SENTADO?

Em 06/08/2019 o Respeitável Irmão Davi Hackbart Covalesky, Loja Estrela do Sul, 84, sem mencionar o nome do Rito e Obediência, Oriente de Bagé, Estado do Rio Grande do Sul, solicita o seguinte esclarecimento:

POSTURA DO SECRETÁRIO

Gostaria de encaminhar uma dúvida com relação à postura do Secretário em seus procedimentos ritualísticos em Sessão Ordinária. Em que momentos deve, este Irmão, ficar em pé (e/ou a Ordem), ou tem a premissa de falar sentado?

1. Leitura de Balaústre - o ritual não indica a postura;

2. Leitura de Expediente - o ritual não indica a postura do Secretário (apenas destaca que o Orador faz leitura sentado, se pertinente);

3. Ordem do dia (apresentação dos assuntos) - o ritual também não indica a postura;

CONSIDERAÇÕES:

Em que pese não existir informação sobre o nome do Rito e Obediência, vou considerar a questão como pertinente ao REAA. Sem o nome da Obediência também não há como saber o que prevê o seu ritual, já que infelizmente há diferenças entre os rituais vigentes por aqui.

Cabe então uma consideração inicial. Em se tratando do REAA, originalmente o Orador e o Secretário por ocuparem lugar no Oriente e sendo Dignidades da Loja, ambos falam sentados, salvo nas ocasiões em que o Ritual determinar que eles falem em pé, portanto à Ordem. Ademais, é tradição no escocesismo simbólico que os ocupantes do Oriente falem sentados, salvo quando houver determinação contrária. Nessas condições, os que preferirem falar em pé devem permanecer à Ordem.

Às questões propriamente ditas: 

Leitura do Balaústre – o Secretário lê sentado. 

Leitura do Expediente – o Secretário lê sentado. Também o Orador assim procede quando lê no expediente documentos pertinentes ao seu ofício. 

Na Ordem do Dia – tanto o Secretário, como o Orador falam sentados. 

Eram essas as considerações pertinentes.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br - 20/11/2019

CARGOS EM LOJA

CARGOS EM LOJA 

VENERÁVEL MESTRE

A jóia do quadro é o Esquadro. Sendo o Esquadro o símbolo da Retidão, como jóia distintiva do cargo de Venerável, indica que ele deve ser o Maçom mais reto e mais justo da Loja que preside.

Como símbolo da retidão, todo maçom deve subordinar suas ações. Como símbolo da virtude, devemos retificar nossos corações. O Esquadro é materialmente o instrumento empregado nas construções. Simboliza para o Venerável, a grandeza, a sabedoria de seus julgamentos e ensinamentos aos membros da Oficina. É dessa sabedoria e discernimento da Justiça que devem brotar seus julgamentos, suas sentenças.

Pelo Venerável se conhece a Oficina, isto é, sendo ele o resultado da vontade dos Irmãos do Quadro, é constitucionalmente o responsável direto e indireto pela atividade ou inatividade, pelo brilho ou pela mediocridade, pela participação ou desunião, pela igualdade ou complexo, pela prepotência ou pelo ambiente de harmonia, enfim pelo fracasso ou pelo retumbante sucesso.

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

REAA - QUESTÕES RELATIVAS ÀS PRÁTICAS RITUALÍSTICAS

Em 16/11/2019 por ocasião do Primeiro Encontro de Orientação Ritualística do Centro Sul Fluminense, realizado no Oriente de Três Rios, Estado do Rio de Janeiro, organizado pela Loja Regente Feijó II, me foram apresentadas as seguintes questões.

REAA – QUESTÕES PARA PRÁTICA RITUALÍSTICA

1. O Venerável fica à Ordem e segurando o Ritual?

R – Nos seus lugares, as Luzes da Loja ao se colocarem à Ordem deixam os seus respectivos malhetes e compõem o Sinal com a(s) mão(s) na forma de costume. Se porventura delas, alguém estiver em pé e segurando o Ritual, que então o faça segurando-o com a mão direita, ou mesmo com as duas mãos. Nessa postura (mão ocupada) não se compõem o Sinal de Ordem.

HOMENS LIVRES E DE BONS COSTUMES

HOMENS LIVRES E DE BONS COSTUMES
Ir∴  Valdemar Sansão

O homem de bons costumes edifica sua vida sobre a rocha, pois ao identificar-se com o bem, terá sempre a força da prática dos bons costumes.

Livre e de bons costumes – Na concepção maçônica ser LIVRE E DE BONS COSTUMES implica que, apesar de todo homem ser livre na acepção da palavra, pode estar preso a entraves sociais que o privem de parte de sua liberdade e o torne escravo de suas próprias paixões e preconceitos. Assim é desse jugo que se deve libertar, mas, só o fará se for de Bons Costumes, ou seja, se já possuir preceitos éticos (virtudes) bem fundamentados em sua personalidade.

O Maçom é um homem virtuoso, “Livre e de Bons Costumes”, possuidor da faculdade de estabelecer julgamentos morais dos atos realizados; que pauta o seu comportamento pela ética e deve ter a consciência moral, que traça o seu comportamento pela ética e deve ter a noção de que ser honrado não é o mesmo que receber honrarias. 

Receber depende dos outros, concessão, nem sempre meritória. Ser necessário deve, sem constrangimento, trocar ou negar algo de histórico ou tradicional que se deteriorou e precisa ser substituído, se os Bons Costumes e as práticas assim recomendam.

domingo, 24 de novembro de 2019

FOTO MAÇÔNICA DE DOMINGO

Por Géplu

Yves nos enviou esta foto tirada em Les Islettes, no coração de Argonne.

Esse enxaimel obviamente evoca um esquadro e um compasso.  

Gesto deliberado, ou mera casualidade? ...

Se você também estiver perto de sua casa ou em uma viagem, perceber que está construindo um objeto ou uma decoração ou alvenaria maçônica, não hesite em nos enviar fotos com algumas explicações.

Esses "depoimentos" são muito populares entre os leitores do blog. (Tradução livre)

Fonte: Blog Hiram.be

A MORTE NO GRAU DE APRENDIZ

Em 04/08/2019 o Irmão Carlos Fernando Moccelin, Loja Fidelidade, 1.883, REAA, GOB-PR, Oriente de Londrina, Estado do Paraná, apresenta a seguinte questão:

A MORTE NO GRAU DE APRENDIZ

Sou recém iniciado, e meu trabalho de Grau de Aprendiz é sobre o simbolismo da morte no Grau de Aprendiz. Tenho procurado sobre o assunto morte relacionado a maçonaria e tudo remete a grau mais elevado que o meu. Tendo posto isso, peço a gentileza, se possível, indicar biografias que possa encontrar tal assunto.

CONSIDERAÇÕES:

PÍLULAS MAÇÔNICAS

ERRO NÃO! TENTATIVA E ACERTO

Na Maçonaria, os Aprendizes, por alguns meses ficam calados, quietos na sua Coluna, absorvendo os modos e maneiras de se comportarem em Loja de acordo com o Rito usado, e isso é totalmente normal.

Entretanto, com o passar desses meses, esses Aprendizes devem se liberar da inibição inicial e começar a expressar suas opiniões sobre Peças de Arquitetura, que são os Trabalhos apresentados por outros Aprendizes. Além do mais, devem apresentar também suas Peças de Arquitetura, além daquelas exigidas pelo regulamento da Loja.

O que ocorre é que, muitas vezes, com medo de errarem e de serem criticados, esses Maçons se retraem e geram uma auto castração da criatividade e da iniciativa, na participação dos trabalhos da Loja. Ficam como passarinhos na muda das penas: quietos e calados!

Entretanto, existe uma diferença muito grande em “errar” deliberadamente e “fazer uma tentativa de acerto”. Ninguém gosta de cometer erros ou de fazer trabalhos inadequados. Entretanto, quando fazemos algo de modo bem intencionado, convicto de estarmos certo e, assim mesmo, ficar provado que algo era inverídico, isso não deve ficar caracterizado como um erro, mas como uma tentativa de acerto. Devemos aprender com as nossas tentativas de acerto. Com as dos outros, também! É por isso que estudamos História. Para aprendermos, ou deveríamos aprender, o que não deve ser repetido e como não deve ser repetido.

Se encararmos o “erro” como uma “tentativa de acerto” veremos que, mesmo ocorrendo fatos ou trabalhos inadequados, nossa auto estima e confiança aumentam, fazendo com que continuemos trabalhando, tomando decisões, dando opiniões.

Temos que ter em mente que é humanamente impossível “acertarmos” todas as vezes. Portanto, essas “tentativas de acerto” devem ser como uma aprendizagem. Em cada “tentativa de acerto” faremos cada vez melhor o que foi proposto. Thomas Edson falava e fazia exatamente o que está descrito acima.

É isso que a vida, em geral, nos tem mostrado. As grandes descobertas não foram realizadas de uma única vez, mas, passo a passo, aprendendo com falhas anteriores e, inclusive, falhas dos outros.

Por isso, meus Irmãos Aprendizes, façam Trabalhos, participem, colaborem com suas idéias e opiniões pois, não trabalhar, não participar e ficar calado é improdutivo e menos gratificante.

Pessoas que não tentam fazer ou falar algo, com medo de errar, não se desenvolvem!

Todos os Aprendizes bem intencionados devem parar de pensar que podem estar cometendo “erros” e, sim, pensar que estão fazendo “tentativas de acerto”.

Fonte: pilulasmaconicas.blogspot.com

OS PUNHOS MAÇÔNICOS

OS PUNHOS MAÇÔNICOS
Kennyo Ismail

Parte integrante da vestimenta maçônica, conhecida por todos os maçons, em especial aqueles que já experimentaram o desconforto do uso, os punhos fazem parte dos paramentos utilizados pelo Venerável Mestre, Primeiro e Segundo Vigilantes em muitos ritos e rituais, e também é adotado pelos cargos correspondentes de algumas Obediências. Sempre em conformidade com o colar e o avental, os punhos completam a vestimenta ritualística desses principais Oficiais.

Mas se todos os Oficiais de uma Loja utilizam colar e avental, por que apenas os Vigilantes e o Venerável Mestre utilizam os punhos? Aliás, qual a origem dos punhos? Por que existem? Qual sua simbologia, significado? Quem deve usar, como e quando? 

São milhares de maçons utilizando os punhos sem saber as respostas, de Vigilantes a Grão-Mestres. Para que você não continue utilizando (e odiando) esse acessório sem conhecê-lo, pelo simples fato da falta de uma literatura maçônica decente no Brasil, este artigo responderá tais perguntas.

Esses braceletes que chamamos de “punhos” são conhecidos nos países de língua inglesa como “gauntlets”. Gauntlets podem ser considerados como luvas de cano longo que cobrem a mão e parte do antebraço, usadas para atividades manuais, com intuito de proteger o punho. Esse tipo de luva é muito comum na construção civil e é conhecido por alguns como “luva de raspa”, por ser geralmente feito de raspa de couro.

Além dos punhos, qual o outro utensílio comum entre os Vigilantes e o Venerável Mestre, utilizado apenas por esses três Oficiais? O malhete. Porém, nos primeiros anos de Maçonaria Especulativa, os maçons não tinham templos e utensílios próprios para as reuniões. Eles se reuniam em tavernas e utilizavam os utensílios da Maçonaria Operativa. Assim, em vez de belos malhetes trabalhados, utilizavam rústicos maços, e em vez de belas e finas luvas, utilizavam as mesmas luvas grossas e compridas usadas nas construções.

No início, todos os Oficiais costumavam usar tais “luvas de pedreiro”, rústicas e de manga longa. Mas com o tempo, apenas aqueles que portavam os maços continuaram a adotá-las, como herança da Maçonaria Operativa, enquanto que os demais passaram a usar luvas mais “sociais”. Entre o ano de 1717, quando da fundação da 1ª Grande Loja da Inglaterra, até, pelo menos, o ano de 1813, quando da fusão que originou a Grande Loja Unida da Inglaterra, os dirigentes das Lojas adotaram modelos em que a luva e o punho eram uma única peça. É a partir dessa época que se há os primeiros registros indicando que essas luvas, já feitas em diferentes cores e com bordados nos punhos que identificavam os cargos e Lojas, começaram a surgir em modelos com punhos separados do restante, como se vê atualmente.

Esse desenvolvimento se deu de forma livre e o uso manteve-se baseado na tradição até 1884, quando a Grande Loja Unida da Inglaterra incluiu os punhos como paramento oficial no Livro de Constituições, regulamentando seu uso: combinando com colares e aventais dos Grandes Oficiais, punhos na cor azul escuro com detalhes dourados para os dirigentes da Grande Loja, uso obrigatório; e combinando com colares e aventais dos Oficiais das Lojas, punhos na cor azul claro com detalhes prateados para os dirigentes das Lojas, uso opcional. E, em 1971, a Grande Loja Unida da Inglaterra tornou os punhos também opcionais aos Grandes Dirigentes.

Pela falta de regulamentação apropriada dos paramentos maçônicos por boa parte das Obediências Maçônicas brasileiras, não existe uma padronização no tamanho, cores, desenhos, detalhes e principalmente no uso dos paramentos. Por esse motivo, ninguém é obrigado a seguir qualquer conduta de uso. Porém, se observada a origem e simbologia dos punhos, os Veneráveis e Vigilantes deveriam usá-los sempre com luvas brancas e apenas em suas Lojas, onde portam malhetes. Já no caso dos Grandes Dirigentes, o uso em toda a Jurisdição estaria correto, mas também sempre acompanhado de luvas.

De qualquer forma, é importante saber o que se usa (e às vezes incomoda), principalmente quando se trata de um importante resquício de nossa origem operativa.

Fonte: https://www.noesquadro.com.br

sábado, 23 de novembro de 2019

SAGRAÇÃO DO TEMPLO

Em 02/08/2019 o Respeitável Irmão Miguel Ricardo Bezerra, Loja Mestres do Delta, 1.862, Rito de York, Oriente de Teresópolis, GOB-RJ, Estado do Rio de Janeiro, solicita o seguinte esclarecimento.

SAGRAÇÃO DE TEMPLO

Meu caro Pedro, tenho uma grande dúvida quanto ao tema sagração de templo. Para realizar as atividades e praticar o ritual de Emulação no GOB RJ é obrigatório o uso de um templo que tenha sido sagrado? Se tivermos um local que atenda aos requisitos do Rito podemos realizar sessões ritualísticas sem que tenha sido realizada a cerimônia de sagração? 

CONSIDERAÇÕES:

O termo mais apropriado seria o de "consagração" de Templo, já que que o substantivo feminino "sagração" significa o ato ou efeito de sagrar por meio de uma cerimônia religiosa, o que não é o caso para a Maçonaria. Sem nenhuma conotação religiosa, em Maçonaria consagração, nesse caso, é o ato dar dignidade por uma cerimônia especial a um espaço que abrigará a realização dos trabalhos maçônicos.


No caso, o Grande Oriente do Brasil possui um ritual de consagração em vigência desde 2016 que serve para todos os Ritos praticados pela Obediência, não existindo nenhuma determinação especial que permita um rito de trabalhar em ambiente não consagrado (sagrado).

Em que pese esse ritual intitulado por Sagração de Templo carecer de revisão para melhor atender as particularidades dos Ritos, indiscutivelmente ele é o único que se encontra em vigência conforme Decreto 1506/2016 que trata dos Rituais Especiais do GOB, portanto é obrigatória a sua observação.

Dado ao exposto, o recinto de trabalho maçônico que destina a um Templo ou uma Sala da Loja, independente do rito que se pratique no GOB, precisa primeiro obter dignidade passando pela cerimônia que consta in Rituais Especiais 2016, página 77 e seguintes. No GOB não há exceção para nenhum rito.

Por fim, cabe salientar que esses Rituais Especiais em breve também passarão por uma revisão para que se possa corrigir, adequar e orientar de modo mais satisfatório o seu conteúdo ritualístico. Tão logo seja possível, orientações a eles pertinentes, juntos com outros rituais, estarão na plataforma do GOB RITUALÍSTICA atendendo o Decreto 1784/2019 que trata da aplicação do SOR – Sistema de Orientação Ritualística.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br - 14/11/2019

PRECIOSIDADES MAÇÔNICAS


A LOJA DOS ESPÍRITOS

A LOJA DOS ESPÍRITOS
(Uma Sátira dos Irmãos que fizeram nossa História)
(Um alerta aos Irmãos que fazem a nossa História)

O silêncio sepulcral na sala dos passos perdidos intriga o Mestre de Cerimônias:

- Já é meio dia em ponto. É hora de iniciarmos nossos trabalhos. Onde estarão os irmãos? Talvez seja meia noite, vou bater maçonicamente à porta do templo...

Ao levantar a espada para dar as pancadas na porta, de súbito começam a cair os quadros da galeria de ex-veneráveis, o chão treme, os lustres balançam, as luzes piscam e a porta do templo se abre num rangido.

Assustado, o Mestre de Cerimônias olha o interior do templo e, incrédulo, vê o pavimento mosaico com uma enorme rachadura. Através dela brota um homem magro, bigode retorcido, nariz adunco, olhar brilhante, face pálida e lábios arroxeados: sintomas típicos da anóxia crônica provocada pela tísica que lhe consumia os pulmões.

O Mestre de Cerimônias reconhece o grande poeta, mas antes que pudesse pedir-lhe um autógrafo para seus filhos, é interrompido por ele. O baiano Castro Alves, poeta dos escravos, o mais entusiasta dos abolicionistas, estudante da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, amante apaixonado da atriz Eugênia Câmara, coloca-se à ordem (apesar das dificuldades pela falta de seu pé direito amputado) e brada:

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

RETIRAR VALORES DO TRONCO DURANTE A CIRCULAÇÃO

Em 02/08/2019 o Respeitável Irmão Washington Teixeira da Silva, Loja Paz, Harmonia e Concórdia, 297, REAA, Grande Oriente de Minas Gerais – COMAB, Oriente de Guaranésia, Estado de Minas Gerais, apresenta a seguinte questão:

RETIRAR VALORES DO TRONCO

Parabéns e obrigado pelas explicações em seu blog. Gostaria de lhe perguntar sobre o "Tronco de solidariedade" O gesto de se depositar o óbolo na bolsa e ao retirar a mão, a faz com a palma aberta. Me foi explicado que este ato simboliza que nada foi retirado. E aí está minha pergunta: É PERMITIDO ALGUM IRMÃO RETIRAR VALORES DO TRONCO, QUANDO DO SEU TRAJETO? 

CONSIDERAÇÕES:

A retirada da mão aberta apenas simboliza que o óbolo foi depositado. O obreiro cumpriu com a sua obrigação. 

É bem verdade que o gesto de se colocar a mão direita fechada é muito mais simbólica do que a retirada da respectiva mão aberta. A mão fechada implica em demonstrar a caridade sigilosa, sem ostentação e sem que ninguém saiba o que cada um pode dar, ou mesmo aquele que porventura nada pode dispor naquele momento.

Essa história de que um Irmão necessitado pode retirar alguma coisa durante a coleta é uma ideia ultrapassada e uma das maiores bobagens que eu já vi. Isso nunca aconteceu, senão na cabeça de inventores do passado que trouxeram esse absurdo para a Maçonaria. Imagine se um Irmão necessitado iria às cegas "pescar" donativos no interior da bolsa. Isso simplesmente não existe. Ora, sabemos perfeitamente que os que por justa necessidade passam pelos revezes da vida, podem simplesmente pedir ajuda em Loja ou mesmo ao Hospitaleiro e não ficar fazendo peripécias para sorrateiramente retirar numerário durante a circulação.

Se o Irmão ouviu, ou talvez venha até a ouvir que um necessitado pode retirar algo da bolsa durante a coleta para o tronco, não acredite nessa história. Isso é mera ilação.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br - 14/11/2019

O GUARDIÃO DO MOSTEIRO

O GUARDIÃO DO MOSTEIRO
(Desconheço o autor)

Certo dia, num mosteiro zen-budista, com a morte do guardião, foi preciso encontrar um substituto.

O grande Mestre convocou, então, todos os discípulos para descobrir quem seria o novo sentinela.

O Mestre, com muita tranquilidade, falou:

Assumirá o posto o monge que conseguir resolver primeiro o problema que eu vou apresentar. 

Então ele colocou uma mesinha magnífica no centro da enorme sala em que estavam reunidos e, em cima dela, pôs um vaso de porcelana muito raro, com flores de extraordinária beleza a enfeitá-lo.

E disse apenas:

- Aqui está o problema! 

Todos ficaram olhando a cena: o vaso belíssimo, de valor inestimável, com as maravilhosas flores ao centro!

O que representaria?

O que fazer?

Qual o enigma? 

Nesse instante, um dos discípulos sacou a espada, olhou o Mestre, os companheiros, dirigiu-se ao centro da sala e ...ZAPT!... destruiu tudo, com um só golpe. 

Tão logo o discípulo retornou a seu lugar, o Mestre disse: 

- Você é o novo Guardião.

Não importa que o problema seja algo lindíssimo.

Se for um problema, precisa ser eliminado. 

Um problema é um problema, mesmo que se trate de uma mulher sensacional, um homem maravilhoso ou um grande amor que se acabou.

Por mais lindo que seja ou tenha sido, se não existir mais sentido para ele em sua vida, deve ser suprimido. 

Muitas pessoas carregam a vida inteira o peso de coisas que foram importantes no passado, mas que hoje somente ocupam espaço - um lugar indispensável para criar a vida. 

Os orientais dizem: 

- Para você beber vinho numa taça cheia de chá, é necessário primeiro jogar o chá para, então, beber o vinho. 

Ou seja, para aprender o novo, é essencial desaprender o velho. 

Limpe a sua vida, comece pelas gavetas, armários até chegar às pessoas do passado que não fazem mais sentido estar ocupando espaço em sua mente.

Vai ficar mais fácil ser feliz.

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

PELA ORDEM DOS TRABALHOS

Em 02.08.2019 o Respeitável Irmão Eduardo Selio, Loja Fraternidade e Amizade, 4.516, REAA, GOB-SP, Oriente de Santo André, Estado de São Paulo, solicita esclarecimento para o que segue.

PELA ORDEM

Tenho pesquisado e não achei resposta sobre o assunto. Quando se deve interceder PELA ORDEM em sessão. Pelo que sei, ocorre em casos de irregularidades de ritualística ou conduta indevida. Pode ser solicitada pelo Orador, 1º ou 2º Vigilante ou por Mestre Instalado.

CONSIDERAÇÕES:

A expressão "pela ordem" se refere à ordem dos trabalhos em Loja, ou alguma coisa que possa feri-la e está passando despercebida do Orador. A conduta ritualística, por exemplo, é um caso se ela estiver afrontando o ritual ou transgredindo a ritualística. Pode ser também a inconveniente colocação para debate de assuntos que não digam respeito à Ordem em geral e nem ao Quadro em particular, etc.

Contudo, qualquer situação em que se venha usar da expressão "pela ordem", ela deve antes vir fundamentada e seguida de bom-senso. Interrupções intempestivas e mal avaliadas só tendem a trazer discórdia, nunca solução. Pedir a palavra "pela ordem dos trabalhos" não deve ser conduta vulgar.

Para que isso não aconteça, a Loja deve programar instrução sobre esse tema, até porque para se respeitar regras é preciso antes aprendê-las.

No tocante a quem pode interceder pedindo a palavra pela ordem dos trabalhos durante a sessão, pode-se dizer que é de direito de qualquer Irmão do Quadro, desde que ele seja Mestre Maçom (plenitude de direitos). Obviamente só se o Guarda da Lei, ou mesmo o Venerável Mestre não tenham antes se apercebido de algum ato, atitude ou prática que verdadeiramente esteja ferindo a legalidade dos trabalhos maçônicos.

Para concluir, devo destacar que é equivocado o costume de se interromper o andamento da sessão pedindo a palavra "pela ordem" apenas com o escopo de utiliza-la em momento inadequado. Assim, "pela ordem dos trabalhos" é uma expressão que serve de alerta para ser usada convenientemente contra sérias anomalias litúrgicas que eventualmente possam ferir os trabalhos maçônicos em Loja aberta. 

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br - 14/11/2019

FRASES ILUSTRADAS


SÃO JOÃO, PADROEIRO DA MAÇONARIA. MAS QUAL JOÃO?

SÃO JOÃO, PADROEIRO DA MAÇONARIA. MAS QUAL JOÃO?
Por Tiago Oliveira de Castilhos

São vários o João que acusam na história como Santos e Padroeiros de alguma entidade ou Instituição, no entanto, esta variedade não é tanta quando se trata do possível padroeiro da Maçonaria. Há três vertentes sobre o verdadeiro padroeiro da Maçonaria e por conta disso a dificuldade de se definir ao certo qual dos João é o padroeiro da Sublime Ordem. Tenho a minha preferência, e essa é a tônica dos artigos pesquisados, e após estudo na rede internacional de computadores é o que parecer ser a tônica das pesquisas, ou seja, a fonte de opção de qual dos João é o verdadeiro padroeiro dos maçons passa por uma escolha mais de ordem pessoal do que praticamente científica.

Corrobora com esta minha análise o que ensina o Ir∴ José Roberto Cardoso da Augusta e Regular Loja Simbólica Estrela D’Alva, n. 16, das Grandes Lojas Maçônicas do Distrito Federal, que publicou em seu Blog interessante artigo abordando a escassez de material na nossa cultura ocidental sobre o Patrono da Maçonaria ser, como cem por cento de certeza, São João Esmoler, ou de Jerusalém, como preferirem porque é a mesma pessoa.

Ressalta o autor que “No hemisfério sul há carência de documentos, obras literárias e científicas bem fundamentadas sobre a Arte Real para serem manuseadas e analisadas.”

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

CALENDÁRIOS UTILIZADOS NOS PRIMÓRDIOS DA MAÇONARIA BRASILEIRA

Em 02/08/2019 o Respeitável Irmão Mário Amaral, Loja Alvorada da Serra, 2.505, REAA, GOB-SP, Oriente de Taboão da Serra, Estado de São Paulo, apresenta a questão abaixo:

CALENDÁRIO MAÇÔNICO 

Por favor. Estou confuso quanto a correta data de início para adequação, ou contagem inicial do Ano da V∴L∴ de 5841.
Transcrevo o Art. 395 da Const. do GOB., de 13 de dezembro de 1841, (23º dia do 10° mês do Ano da Verdadeira Luz de 5841) (sic): “Feito no recinto do socego, e da paz, Lugar occulto e coberto aos 23 do 10° m∴ do An∴ da V∴ L∴ 5841 - 13 de Dezembro de 1841, era vulgar”.

Anexo PDF da publicação original.

Considerações:

MINUTO MAÇÔNICO

ESPADA - 1º

1º - A Espada divide-se em três partes principais, e cada uma tem o seu simbolismo: a empunhadura, a cruz e a lâmina, ou folha. 

2º - No seu aspecto mais vulgar, é a arma da vigilância por meio da qual o iniciado procura defender os nossos augustos mistérios de toda intromissão violenta do mundo profano. 

3º - O seu uso dentro dos templos maçônicos, em um determinado período histórico, isto é, no século XVIII, serviu para nivelar os homens, pois, antes da Revolução Francesa, só os fidalgos podiam usá-la. 

4º - A interpretação moral do simbolismo da Espada é, que na luta constante entre os dois princípios, o Bem e o Mal, existe, para este último, reservado um castigo, que é o fogo destruidor da consciência. 

5º - A Espada além de simbolizar a Honra e o Valor é a insígnia do poder e do mando, por isso, cada irmão deve possuir a sua, durante as cerimônias das Lojas, que, neste caso, relembra-lhes, constantemente, o dever que têm de proteger-se contra os opressores e a tirania. 

Fonte: http://www.cavaleirosdaluz18.com.br

terça-feira, 19 de novembro de 2019

REAA - PRÁTICAS RITUALÍSTICAS QUE ENVOLVEM SINAIS

Em 01/08/2019 o Respeitável Irmão José Ronaldo Gonçalves, sem mencionar nome da Loja, Rito, Obediência, Oriente e Estado da Federação solicita informações.

PRÁTICA RITUALÍSTICA – SINAIS

Gostaria de algumas respostas, através de seus conhecimentos.

- Após efetuar o S∴ de Ord∴, o obreiro desfaz ou efetua e desfalecimento, como estivesse com a g∴c∴, informo isso que já observei várias lojas usarem essa pratica;

- Sinal de Aprov∴ é sentado com o braço em 90º grau ou em pé, da mesma maneira quem não estava presente na sessão;

- O mestre de cerimonias portando seu bastão ao entregar qualquer objeto as luzes, fica a ordem, transpassando o bastão a mão esquerda ou não é necessário.

CONSIDERAÇÕES:

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

CIRCULAÇÃO NA MESMA COLUNA

Em 02/08/2019 o Respeitável Irmão Olavo Sabino Carlos, Loja Fênix do Alto Parnaíba, 2.552, REAA, GOB-MG, Oriente de Patos de Minas, Estado de Minas Gerais, apresenta a seguinte questão:

CIRCULAÇÃO NA MESMA COLUNA

Estimado Ir. Pedro Juk, sobre a circulação em Loja, fiquei meio em dúvida quando diz que nas Colunas do Norte e do Sul não tem circulação, o que isto significa? 

CONSIDERAÇÕES:

Significa que não existe circulação (dextrogiro) na mesma Coluna. 

Em se tratando de circulação, na verdade o que existe é uma regra para se transitar quando de passa de uma para outra Coluna, enquanto que na mesma Coluna não existe regra alguma. 

Assim, vou repetir o que já escrevi, creio que mais de uma centena de vezes: no Ocidente, quem do Norte precisar se deslocar para o Sul, mantém o ombro direito voltado para o centro do Ocidente (onde se coloca o Painel) e atravessa o eixo longitudinal (equador) pelo espaço que fica entre o limite com o Oriente e a retaguarda do Painel. 

Do Sul para o Norte, passa cruzando o eixo pelo espaço que fica entre a frente do Painel e a porta de entrada do Templo. 

É simples, do Norte para o Sul passa-se próximo ao Oriente, enquanto que do Sul para o Norte passa-se mais próximo da porta no extremo do Ocidente. 

Destaco assim que a regra existente é só essa, ou seja, ela se dá quando alguém precisa atravessar de um para outro hemisfério. 

Já no mesmo hemisfério (mesma Coluna) não existe regra, pois não é necessário que se [PJ1] uma volta ao mundo para parar no mesmo lugar. Por exemplo: o Mestre de Cerimônias, se por dever de ofício necessitar ir até o Cobridor Interno, ao retornar ele volta diretamente ao seu lugar, sem passar para a Coluna Norte para retornar à Coluna do Sul onde ele já estava. Assim se da com qualquer situação que envolva deslocamento em qualquer uma das Colunas. 

É oportuno salientar que também não existe a inventiva e grotesca circulação em torno das mesas dos Vigilantes. Isso não existe. A única regra para eles é que os mesmos sejam sempre abordados pelos seus lados direitos (ombros direitos). Não se passa por trás dos Vigilantes na tentativa de justificar giros e voltinhas inexistentes.

Onde também não existe circulação é no Oriente. A única regra para o espaço oriental é a de que quem nele ingressa, obrigatoriamente o faz pelo lado nordeste da balaustrada (próximo ao lugar do Orador e do Porta Bandeira) e, quem dele sai, o faz sempre pelo lado sudeste da balaustrada (próximo ao lugar do Secretário e do Porta-Estandarte).

Dando por concluído, reitero que qualquer obreiro em deslocamento pela mesma Coluna, anda normalmente, isto é, sem circulação (vai e volta sem giros e voltinhas desnecessárias).

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br - 13/11/2019

A VAIDADE

A VAIDADE
Irm∴ Almir Sant’Anna Cruz

Muito se fala que devemos reprovar a Vaidade, confundindo-a geralmente com um dos 7 Pecados Capitais, a Soberba, que é o Orgulho, a Arrogância e a Vaidade desmedidas.

A Vaidade em excesso devemos, sim, combater, mas quem não tem “um pingo de Vaidade” é um relapso, uma pessoa que não cuida da sua aparência, que não se valoriza.

Todos nós, em maior ou menor escala, somos Vaidosos, e a mulher comumente é mais que o homem. E apreciamos isso nelas.

Muitos casamentos são desfeitos justamente por uma mudança de comportamento, seja da mulher ou do homem, que durante a fase de namoro e noivado procuravam se mostrar de uma forma, e passados alguns anos de convívio deixaram de lado a Vaidade.

E nós, os Maçons? Não somos Vaidosos?

Alguns ingressam nos nossos Quadros com o único intuito de poderem se vangloriar de serem “Maçons”, como se isso acrescentasse algo ao seu status e não percebem que continuam sendo meros “Profanos de Avental”.

Outros, para demonstrar uma erudição, real ou imaginária, por mera Vaidade, se apresentam em Loja para fazerem longos discursos, enfadonhos e muitas vezes sem qualquer conteúdo.

E parece que a Maçonaria, sem se aperceber, estimula essa Vaidade desmedia, com diplomas disso, medalhas e comendas daquilo, aventais coloridos diferenciando os Mestres, seja por seu Grau ou por ocuparem cargos em sua Alta Administração.

E os chamados Graus Filosóficos, cursados por muitos que mal conhecem os Graus Simbólicos, criam inúmeros “pavões vaidosos”, com seus títulos pomposos, com uma infinidade de Graus que nem são iniciáticos, que se recebem por comunicação, mas com uma profusão de diplomas e aventais coloridos para afinal os Vaidosos poderem estufar o peito e dizer “sou 33”.

Portanto, meus IIrm∴ devemos nos policiar. Todos somos Vaidosos, mas o que não devemos é extrapolar, a Vaidade Desmedida deve ser combatida diuturnamente dentro de cada um de nós.

Fonte: https://www.facebook.com/simbologiamaconica.dospaineis

domingo, 17 de novembro de 2019

FOTO MAÇÔNICA DE DOMINGO

Por Géplu



Eric nos enviou esta foto:

Durante uma viagem à Baía de Somme, passando por Saint Valery sur Somme, descobri esse trabalho na entrada do Museu Picarvie.

O que ela quer dizer? ...

Eric

Se você também estiver perto de sua casa ou em uma viagem, perceber que está construindo um objeto ou uma decoração ou alvenaria maçônica, não hesite em nos enviar fotos com algumas explicações.

Esses "depoimentos" são muito populares entre os leitores do blog. (Tradução livre)

Fonte: Blog Hiram.be

O MESTRE DE HARMONIA FICA À ORDEM?

Em 01/08/2019 o Respeitável Irmão André Pepino, Loja Cavaleiros de Salomão, 2.355, REAA, GOB-PR, Oriente de Curitiba, Estado do Paraná, apresenta a seguinte questão:

MESTRE DE HARMONIA NO REAA

Após ler o seu seguinte artigo (http://iblanchier3.blogspot.com/2018/04/mestre-de-harmonia-sentado.html?m=1) me veio à pergunta: antigamente o Mestre de Harmonia era músico - em seu exemplo, violinista - e dedicava seu conhecimento musical à harmonia da abóbada maçônica do templo. No entanto, como se dava na prática? Imagino todos os Irmãos ficando à ordem, mas seria impossível para o Mestre de Harmonia ficar à ordem enquanto executa uma obra. Como isso ocorria, então? O Irmão poderia ficar apenas em pé? Ou havia algo que pudesse fazer para representar o Sinal do Grau enquanto tocava?

CONSIDERAÇÕES:

A minha referência feita no trabalho mencionado, sobre o Mestre de Harmonia ficar à Ordem, se dá em se aludindo à atualidade, pois é sabido que hoje em dia quase não existe mais a prática instrumental ao vivo, senão sua execução por meio de equipamentos eletrônicos modernos com controle remoto que substituem o antigo exercício instrumental.

Quando no passado o(s) músico(s) trabalhavam na Quinta Ciência executando música ao vivo em Loja com violinos, violoncelos, órgãos de tubo, etc., obviamente que a situação era adequada àquela época e, nos ritos que exigiam fica à Ordem, a Coluna da Harmonia era dispensada dessa obrigação por motivos óbvios – não dava para assoviar e chupar cana ao mesmo tempo.

Nem sempre existiu a obrigatoriedade de se ficar à Ordem no REAA. Esse costume seria acrescentado paulatinamente na medida em que se aperfeiçoavam os rituais no final do século XIX até o primeiro quartel do século XX. Há quem diga que ficar à Ordem, além do que o termo literalmente representa (estar pronto; estar à disposição de, etc.), também foi um meio encontrado por alguns ritos para disciplinar a postura irreverente dos latinos em Loja.

Cabe comentar também que na Europa os ritos e trabalhos maçônicos de origem anglo-saxônica não adotam o costume irrestrito de se ficar à Ordem quando se estiver em pé, destacando que na Inglaterra, Irlanda e Escócia, principalmente, o ofício maçônico relacionado à harmonia (música) é muito respeitado, inclusive sendo comum nesses costumes o canto de hinos e canções maçônicas, obviamente sem que ninguém precise ficar à Ordem nessas ocasiões.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br - 10/11/2019