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PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

terça-feira, 31 de março de 2020

PROCEDIMENTO NO ÁTRIO

PROCEDIMENTO NO ÁTRIO
(republicação)

Em 03/11/2015 o Respeitável Irmão Elisio Francelino, Delegado Litúrgico do REAA e Secretário de Orientação Ritualística do GOEB – GOB, Oriente de Salvador, Estado da Bahia, formula a seguinte questão: cel.francelino.dl@hotmail.com

Grande Secretário de Orientação, Irmão Pedro Juk: Na atualidade estou Delegado Litúrgico do REAA de Salvador e adjacência, acumulando com a função de Secretário de Orientação Ritualística do GOEB. Nesta ultima função, tenho sido consultado por alguns Irmãos e até Veneráveis sobre procedimentos no Átrio. Sabemos, segundo nossos Rituais, ali se formam os cortejos, se posta o Cobridor Externo (quando existe), coloca-se as Colunas J e B. Portanto, as sessões ali não se iniciam e sim quando adentramos ao Templo. Os questionamentos dos Irmãos sobre o Átrio têm sido quanto ao tipo de iluminação, de decoração, de preparativos para as sessões (meditação, concentração, etc.). Como o Ritual é omisso quanto a este questionamento, estimaria beber um pouco da sabedoria do nosso Grande Secretário, se podemos facultar o tipo de iluminação (incandescente, fria, de led, etc.), de decoração (cor branca, azul, etc.), de concentração (meditação) que não prejudique o cortejo, visto que nossa Lei Litúrgica (o Ritual) é omisso nestes quesitos e, segundo Princípio Geral de Direito, o que a lei não proíbe, permite e nosso Ritual é omisso, repito. Certo da valiosa colaboração que o irmão irá nos prestar, nossos agradecimentos antecipados, rogando ao GADU que o ilumine e guarde, bem como aos seus familiares e ente queridos.

CONSIDERAÇÕES:

POR QUE SE CHAMA "LOJA MAÇÔNICA"?

POR QUE SE CHAMA "LOJA MAÇÔNICA"?
Kennyo Ismail

Qual maçom nunca foi questionado por um profano do porquê do termo “LOJA”?

Muitos são aqueles que perguntam se vendemos alguma coisa nas Lojas, para justificar o nome.

Alguns, fanáticos e ignorantes, chegam a ponto de indagar que é na Loja que os maçons vendem suas almas!

Em primeiro lugar, precisamos ter em mente que, só porque “loja”, em português, denomina um estabelecimento comercial, isso não significa que o mesmo termo em outras línguas tem o mesmo significado. Vejamos:

“Loge”, palavra francesa, pode se referir à casa de um caseiro ou porteiro, um estábulo, ou mesmo o camarote de um teatro. Mas os termos franceses para um estabelecimento comercial são “magasin”, “boutique” ou “commerce”.

Da mesma forma, o termo usado na língua inglesa, “lodge”, significa cabana, casa rústica, alojamento de funcionários ou a casa de um caseiro, porteiro ou outro funcionário. Os termos mais apropriados para um estabelecimento comercial em inglês são “store” ou “shop”.

Já o termo italiano “loggia” significa cabana, pequeno cômodo, tenda, mas também pode designar galeria de arte ou mesmo varanda. Os termos corretos para um estabelecimento comercial são “magazzino”, “bottega” ou “negozio”.

Em espanhol, “logia”, derivada do termo italiano “loggia”, denomina alpendre ou quarto de repouso. As palavras mais adequadas para estabelecimento comercial são “tienda” e “comercio”.

Por último, podemos pegar o exemplo alemão, “loge”, que não tem apenas a grafia em comum com o francês, mas também o significado: um pequeno cômodo mobiliado para porteiro ou caseiro, ou um camarote. Já os melhores termos para estabelecimento comercial em alemão são “kaufhaus”, “geschaft” ou “laden”.

Com base nesses termos, que denominam as Lojas Maçônicas nas línguas francesa, italiana, espanhola, alemã e inglesa, pode-se compreender que as expressões referem-se a uma edificação rústica utilizada para alojar trabalhadores, e não a um estabelecimento comercial. Verifica-se então uma relação direta com a Maçonaria Operativa, em que os pedreiros costumavam e até hoje costumam construir estruturas rústicas dentro do canteiro de obras, onde eles guardam suas ferramentas e fazem seus descansos. Essas simples edificações que abrigam os pedreiros e suas ferramentas nas construções são chamadas de “loge, lodge, loggia, logia” nos países de língua francesa, alemã, inglesa, italiana e espanhola.

A palavra na língua portuguesa que mais se aproxima desse significado não seria “loja” e sim “alojamento”. Nossas Lojas Maçônicas são exatamente isso: alojamentos simbólicos de construtores especulativos. Isso fica evidente ao se estudar a história da Maçonaria em muitos países de língua espanhola, que algumas vezes utilizavam os termos “Alojamiento” em substituição à “Logia”, o que denuncia que ambas as palavras têm o mesmo significado.

À luz dos significados dos termos que designam as Lojas Maçônicas em outras línguas, podemos observar que a teoria amplamente divulgada no Brasil de que o uso da palavra “Loja” é herança das lojas onde os artesãos vendiam o “handcraft”, ou seja, o fruto de seu trabalho manual, além de simplista, é furada. Se fosse assim, os termos utilizados nas outras línguas citadas teriam significado similar ao de estabelecimento comercial, se seria usado em substituição às outras palavras que servem a esse fim.

Na próxima vez que você passar em frente a um canteiro de obras e ver à margem aquela estrutura simples de madeira compensada ou placas de zinco, cheia de trolhas, níveis, prumos e outros utensílios em seu interior, muitas vezes equipada também com um colchão para o pedreiro descansar à noite, lembre-se que essa estrutura é a versão atual daquelas que abrigaram nossos antepassados, os maçons operativos, e que serviram de base para nossas Lojas Simbólicas de hoje.

Fonte: www.noesquadro.blogspot.com

segunda-feira, 30 de março de 2020

SUBSTITUIÇÃO DO VENERÁVEL

SUBSTITUIÇÃO DO VENERÁVEL 
(republicação)

Em 18.06.2015 o Respeitável Irmão José Rinaldo de Melo e Silva, Loja Hermann Blumenau, 1.896, REAA, GOB-SC, Oriente de Blumenau, Estado de Santa Catarina, solicita o seguinte esclarecimento: jose.rms@terra.com.br

Mais uma vez, recorro ao Irmão para resolver uma questão, para mim até então inusitada. Durante a Ordem do Dia de uma Sessão no Grau 1, o Venerável de uma Loja pediu para cobrir o Templo temporariamente, uma vez que o assunto que se seguia era de seu interesse particular. De repente sem mais ou menos, o Orador da Loja solicitou que o 2º Vigilante ocupasse o lugar do 1º Vigilante e o Experto ocupasse o lugar do 2º Vigilante, procedimento correto se, por exemplo, em uma Sessão, o 1º Vigilante não estivesse presente. Em seguida, o Orador pediu ao Mestre de Cerimônias que conduzisse o 1º Vigilante até o Oriente para substituir o Venerável, com colar e tudo mais. Seguindo, o Venerável fora encaminhado a Sala dos Passos Perdidos e a Sessão continuou, agora sob a presidência do 1º Vigilante. Confesso que fiquei abismado com todas as manobras, por isso mesmo, gostaria que o Irmão fizesse um comentário a respeito da atitude do Orador.

CONSIDERAÇÕES:

QUEM É UM MESTRE?

QUEM É UM MESTRE?
(Desconheço o autor)

Ao longo de nossas vidas conhecemos alguns mestres. Os encontramos na professora dos primeiros graus, talvez em algum professor do nível médio, em algum poeta ou em homem qualquer que nos tocou profundamente com suas atitudes e palavras. Por que os recordamos? O que nos transmitiram, que nos fez guardá-los em nossa memória? Podemos dizer mui brevemente: NOS INCITARAM A CRESCER.

O que significa que um mestre incite a crescer? O que significa crescer? Crescer significa adquirir complexidade, quebrar as linearidades; uma mulher ou um homem crescem paralelamente ao enriquecimento do mundo e mestre é aquele que nos desperta a curiosidade de aparecermos para essa constante abertura da realidade. Mestre é aquele que deixa aprender, diz o pensador Martin Heidegger. É mais: o verdadeiro mestre não deixa aprender mais que o aprender, agrega. E isto tem a ver com a liberdade.

Se até agora – por viver na modernidade – considerávamos a liberdade como um atributo do ser humano, agora se faz necessário um estado de disponibilidade que chama os mestres ao progresso. Por isto, o mestre é quem põe em condições de aprender e não quem ensina. Porém, antes de tudo, aquilo que o mestre deve aprender é a converter-se ele mesmo em discípulo; é por isto que o mestre tem muito mais dúvidas do que os alunos.

Como é o ser humano que educa para o futuro? O que desenvolve uma fina sensibilidade para as mudanças, o que não se apega a sistemas de explicações, aquele que sabe – como ensinava Jorge Luiz Borges – que as razões são falíveis. Não se trata de abandonar a compreensão das coisas; se trata de abrir-se para outro tipo de inteligibilidade. Creio que os seres humanos que conservam a juventude em suas almas apreciam mais a quem os permitem aprender do que aqueles que pretendem fechar a realidade em explicações. Como num jogo, a estratégia deve ser a plasticidade; a partir de certas exigências mínimas, a realidade em geral e a vida humana em particular, são um desafio constante à criatividade e à mobilidade de critérios. 

Agora, nos confins da modernidade, “verdade” é a originalidade de toda verdade que, ao apresentar-se em forma de jogo, nos permite arriscar; arriscar a viver, a trabalhar, a saber, a amar e a saber morrer. Só nisto se fixa nossa esperança de liberdade e mestres são os que ajudam a ser livres.

domingo, 29 de março de 2020

FOTO MAÇÔNICA DE DOMINGO

Por Géplu

Robert nos enviou esta foto:

Se você estiver indo para Dinan na Côtes d'Armor, faça um desvio pela rue de la Mittrie. No número 14, você verá um frontão com seus símbolos visíveis.

Havia um templo maçônico lá em meados do século XIX. A loja que trabalhava lá era inglesa e recebeu muitos visitantes do outro lado do Canal que moravam em Dinan. "

Se você também estiver perto de sua casa ou viajando, perceber um prédio, um objeto ou uma decoração maçônica ou evocar alvenaria, não hesite em nos enviar fotos com algumas explicações.

Esses "depoimentos" são muito populares entre os leitores de blogs.

Fonte: Blog Hiram.be

SETE MAIS UM

SETE MAIS UM
(republicação)

Em 17.06.2015 o Respeitável Irmão Rivaldo Moreira Barroso, Loja Estrela dos Magos, 41, REAA, GLMERS, Oriente de Bagé, Estado do Rio Grande do Sul, solicita esclarecimento no que segue: rivaldobarroso@pop.com.br

Acompanho teu trabalho no JB News desde a edição de nº 1, aliás, uma colaboração maravilhosa. Há poucos instantes tentei acessar a ARLS Phoenix nº 70 Oriente de Porto Alegre e para lograr êxito (fins verificação se se tratava ou não de spam) tinha que responder a seguinte pergunta: "Quanto é sete mais um?" Respondi de várias formas e não obtive acesso. Poderia o caro Irmão melhorar os meus conhecimentos maçônicos a respeito? Sou Mestre Maçom desde 1992 e não tenho nenhum conhecimento sobre isso. Desde já agradeço e usando do ensejo envio meu T.F.A.

CONSIDERAÇÕES:

Devo salientar que é uma pergunta um tanto quanto vaga. Vejo que se ela se referir à idade simbólica s∴ aa∴ e m∴, talvez ela pudesse até ser considerada como resposta para a Câmara do Meio, ou mesmo uma Loja que seja justa, perfeita e regular que é regularmente composta no mínimo por sete Mestres ou mais deles.

Para essa questão o que me parece razoável seria “sete ou mais”, todavia “sete mais um” não me parece muito costumeiro nos jargões maçônicos.

Desculpe a minha ignorância sobre o dito, mas eu também não conheço esse termo em se tratando de Maçonaria. Sete mais um?...

T.F.A.
 PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.868 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 11 de novembro de 2015

PÍLULAS MAÇÔNICAS

O AVENTAL

Na Maçonaria o Avental é o símbolo do trabalho. Todos nós sabemos que sem estar vestindo o avental é proibido entrar em Loja Simbólica.

Na Maçonaria Operativa o Avental era de couro, sendo usado naquela época, pelos canteiros e talhadores de pedra das corporações de oficio medievais para proteção do corpo contra estilhaços de pedra. Cobria o peito, abdome e parte dos membros inferiores.

O Avental Maçônico entrou para a Maçonaria Especulativa como um legado da Maçonaria Operativa. Apesar de que, por ser a Maçonaria uma Instituição Iniciática, os simbolistas, principalmente os franceses, ligaram o Avental às sociedades iniciáticas do passado, nas quais o avental também era tido como um símbolo. Ligado a isso, o Avental tornou-se, ao mesmo tempo, o símbolo do trabalho constante e da pureza de suas intenções.

É um dos símbolos mais importantes da Maçonaria e é a primeira insígnia que o Aprendiz recebe quando é Iniciado. Ele é totalmente branco e essa cor alude à pureza, à candura e a inocência que deve possuir aquele a quem orna.

Como sempre afirmamos, a imaginação dos Maçons é extremamente fértil e o que criaram, ou melhor, inventaram sobre as interpretações do Avental, daria (e deu) para escrever diversos livros.

Para finalizar, conciliando os pensamentos de diversos escritores autênticos, como Theobaldo Varolli Filho, Nicola Aslan e José Castellani, sobre isso, temos:

“são ridículas e desprezíveis as interpretações em torno dos Aventais, feitas por Maçons apegados a fantasias e invencionices. Diversas bobagens se infiltraram lamentavelmente na Maçonaria, mas devem ser de todo repelidas pelos Maçons autênticos. Manifestações sectárias são desrespeitosas à consciência de Irmãos de outras crenças.”

Fonte: pilulasmaconicas.blogspot.com

sábado, 28 de março de 2020

RITUALÍSTICA PARA O MESTRE DE CERIMÔNIAS

RITUALÍSTICA PARA O MESTRE DE CERIMÔNIAS
(republicação)

Em 17.06.2015 o Respeitável Irmão Douglas Antonio de Moura, Loja Luz e Treva, 3.700, REAA, GOSC-GOB, Oriente de Sorocaba, Estado de São Paulo, formula as seguintes questões: suprimentos@gmic.com.br douglasa.moura@hotmail.com

Iniciei os meus trabalhos como Mestre de Cerimônias, e pode parecer simples, mas ate o caminhar na Loja é estranho. Mas estou feliz e aprendendo muito com esta nova função em Loja. Vamos as minhas dúvidas: 1. Quando o Venerável solicita que o Mestre de Cerimonias acompanhe um irmão ate o oriente ou que mesmo que coloque um Irmão entre Colunas, o Mestre de Cerimonias tem que estar com o bastão? 2. Quando por exemplo o Mestre de Cerimonias leva um documento, como a ata para assinar, ele sobe ao Oriente com as mãos vazias, é necessário fazer o Sinal do Grau? Estas são minhas dúvidas iniciais, de coração, antecipo meus agradecimentos.

CONSIDERAÇÕES:

1. Faz parte na obrigação de ofício do Mestre de Cerimônias ao conduzir alguém portar o bastão na forma de costume. O ato de conduzir alguém para qualquer lugar em Loja o Oficial portando o bastão vai sempre à frente do conduzido. 

2. Se o Mestre de Cerimônias por dever de ofício estiver conduzindo um objeto (livro, correspondência, ata, etc.) ele não porta bastão. Nesse caso ele conduz o objeto preferencialmente com a mão direita. 

Se for o caso dele ingressar no Oriente com a mão ou mãos ocupadas ele fará junto à linha da balaustrada apenas uma parada rápida e formal de frente para o Venerável sem inclinação do corpo ou maneios com a cabeça. 

O Mestre de Cerimônias adota a mesma atitude ao sair do Oriente se ainda estiver com a mão ocupada. O Sinal do Grau somente será feito nesse caso se o protagonista estiver com a mão, ou as mãos livres.

T.F.A. 
PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com 
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.866 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 9 de novembro de 2015

PRECIOSIDADES MAÇÔNICAS


USO DA PALAVRA EM LOJA

USO DA PALAVRA EM LOJA
Autor: Sérgio Quirino Guimarães

Quem fala muito atrapalha a reunião! Mas por que isso acontece? Por dois motivos: vaidade e ingenuidade.A vaidade é, facilmente, notada quando o locutor coloca os verbos na primeira pessoa; suas manifestações parecem testemunhos. Ele julga que, em todos os assuntos da Loja, os Irmãos devem escutar sua opinião e tem a capacidade de ocupar mais tempo do que o ritualizado para o Quarto de Hora de Estudos.A ingenuidade é aparente naqueles que saúdam as autoridades, visitantes e, ainda, dão as conclusões sobre a Sessão (funções do Orador). Também, sempre, manifestam-se sobre as Instruções (função das Luzes ou daqueles que o Venerável indicar); após a leitura do Balaústre, pedem a palavra, saúdam, nominalmente, todos os presentes e questionam o Secretário sobre qualquer questiúncula, o que deveriam fazer após a Sessão.

Devemos entender que qualquer reunião, ultrapassando duas horas, é cansativa e improdutiva; há Irmãos que trabalharam o dia inteiro e desejam, à noite, encontrar o grupo para serenar os ânimos e harmonizar-se com o Criador. Vivemos num tempo onde o perigo é uma constante e a abertura da porta de um lar após as 23h é um risco para toda a família.Observemos que, quando o Irmão falador pede a palavra, toda a Oficina “trava” e, assim, há uma quebra do Egrégora da Sessão. Por outro lado, quando aquele Irmão, que pouco se manifesta, pede a palavra, todos se voltam para ele com atenção e respeito.Devemos nos conscientizar de que, se quisermos contribuir para a formação dos Irmãos, deveremos fazê-lo pelo Exemplo, e não pela palavra! A verborreia é uma deficiência, um vício, que avilta o homem!

Quando formos visitar uma Loja, estaremos lá para aprender, e não para ensinar. O silêncio torna-se uma prece nas Sessões Magnas, compreensivelmente mais longas e, sempre, com a presença de outros visitantes; deixemos que o Orador nos apresente e fiquemos com o Sinal de Ordem, para dizer a toda a Oficina que somos o nominado e estamos de P∴ e à O∴.Dar os parabéns pelos trabalhos só é necessário para os que têm necessidade de lustro na vaidade. Se o Irmão quiser ocupar mais de três minutos (tempo mais que salutar), pode agendar com o Secretário sua participação no Quarto de Hora de Estudos ou na Ordem do Dia.No período, destinado à Palavra a Bem da Ordem em Geral e do Quadro em Particular, devemos priorizar, trazendo notícias dos Irmãos ausentes (não vale justificar a falta, pois deve ser feito por escrito pelo mesmo, acompanhado obrigatoriamente do óbolo) e louvando os feitos da Ordem.

O Livro da Lei nos ensina: “Pois o Reino de Deus não consiste em palavras, mas na virtude” (I Coríntios: 4,20). Lembremo-nos de que todos nós, independente do Grau ou de Cargos, somos responsáveis pela qualidade das Sessões Maçônicas.

sexta-feira, 27 de março de 2020

CIRCULAÇÃO E APRENDIZES OCUPANDO CARGOS

CIRCULAÇÃO E APRENDIZES OCUPANDO CARGOS
(republicação)

Em 15.06.2015 o Respeitável Irmão Rodrigo Coletti, Loja Verdade e Justiça, 3263, REAA, GOB-PR Oriente de Campo Mourão, Estado do Paraná, solicita esclarecimentos no que segue: colettiecintra@colettiecintra.com.br

O manual de procedimento ritualísticos do GOB/PR prevê que a circulação do tronco de beneficência será na seguinte ordem: Venerável Mestre, 1º e 2º vigilantes, Orador, Secretário e Cobridor Interno, Obreiros do Oriente, Mestres, Companheiros e Aprendizes. Surgiu um impasse em nossa Loja. Dois aprendizes desempenhavam cargos de arquiteto e bibliotecário. Quando circulava com o tronco de beneficência segui o que preceitua o manual, ou seja, colhi o produto do Venerável Mestre, 1º e 2º vigilantes, Orador, Secretário e Cobridor Interno, posteriormente dos demais obreiros do Oriente, após, dos mestres (coluna do norte e sul), companheiros e, derradeiramente, de todos os aprendizes, inclusive os que exerciam cargos na coluna do norte e sul. Houve correção. Nas palavras literais de dois obreiros mais antigos “o aprendiz, apesar de não poder exercer cargo em loja, deve ser considerado como mestre quando o está exercendo, portanto o produto do tronco de beneficência deve ser colhido junto com demais mestres da coluna do norte e do sul”. Eu discordei da informação, pois se seguirmos fielmente esta “regra” o aprendiz exercendo cargo poderia subir ao oriente, já que é igualado ao mestre. Afinal de contas, uma “norma” deve ter a mesma validade em situações diferentes. Se o aprendiz é considerado mestre na circulação do tronco, também deve ser considerado mestre para subir ao oriente. Assim a minha indagação é. Quando um aprendiz ou companheiro exerce cargo em loja, o produto do tronco de beneficência deve ser colhido junto com os demais irmãos mestres que estão desempenhando cargos ou segue-se literalmente o que preceitua o manual de procedimentos ritualísticos, colhendo-se o produto dos mestres, companheiros e aprendizes necessariamente nesta ordem? 

CONSIDERAÇÕES:

A MISSÃO DOS CONSTRUTORES

A MISSÃO DOS CONSTRUTORES 
(Autor desconhecido)

Nós construímos a nós mesmos como eles... Somos construtores!

Uns operários estavam picando pedras ao pé de um enorme prédio em construção. De repente, um visitante se aproximou de um deles e perguntou-lhe:

- O que vocês estão fazendo aqui?

Um dos trabalhadores olhou para ele com dureza e respondeu-lhe:

- Você não vê o que fazemos? 

Estou aqui picando pedras como escravo por um salário miserável e sem o mínimo reconhecimento.

Olhe você esse cartaz, tem os nomes dos engenheiros e arquitetos, mas nos nossos, nem sombra...

Nós estamos aqui de sol a sol deixando a pele nas pedras.

O visitante se aproximou então de outro dos operários e fez-lhe a mesma pergunta. 

Este trabalhador, menos resmungão respondeu:

- Pois aqui, como bem vê, picando pedras para levantar este enorme prédio.

O trabalho é duro e mal pago, mas o que lhe fazemos, não há de outra e é preciso levar o pão para os filhos.

O visitante aproximou-se de um terceiro trabalhador.

Fez a mesma pergunta, o que você está fazendo? 

O homem, com mais entusiasmo e alegria respondeu:

- Estamos levantando um grande hospital, o melhor do mundo. As gerações futuras vão admirá-lo e poderá salvar a vida de centenas, milhares de pessoas.

Talvez eu nunca possa usá-lo, mas eu quero fazer parte desta extraordinária aventura.

O mesmo trabalho, o mesmo salário, a mesma ausência de reconhecimento, a mesma realidade.

Mas há em cada trabalhador três maneiras diferentes de ver a mesma realidade, de vivê-la; um deles a vê como escravidão; o outro, como resignação e o último como uma apaixonante aventura e como um desafio para si mesmo.

Devemos, todos, viver com ilusão, aproveitar o nosso trabalho com paixão e sentirmo-nos parte das boas obras.

Nós construímos a nós mesmos com elas... Somos construtores!

Fonte: https://www.facebook.com/otemploeomacom/

quinta-feira, 26 de março de 2020

USO DO CHAPÉU E DAS LUVAS NO REAA

Em 28/01/2020 o Respeitável Irmão André Ricardo Ferraz Roque, Loja Barão do Rio Branco, 03, GOIPE (COMAB), REAA, Oriente de Arcoverde, Estado de Pernambuco, solicita o seguinte esclarecimento:

USO DO CHAPÉU E DAS LUVAS

Gostaria da orientação do nobre Irmão quanto ao uso do chapéu e das luvas em Loja. O chapéu deve ser usado por todos os Irmãos ou apenas pelos Mestres Maçons? Deve ser usado em sessões econômicas (Apr∴ Comp∴ e Mest∴) ou apenas nas sessões Magnas? As luvas elas devem ser usadas em toda e qualquer sessão ou apenas nas sessões magnas?

CONSIDERAÇÕES:

Chapéu negro e desabado - Em se tratando do REAA∴ nos graus de Aprendiz e Companheiro o uso do chapéu fica restrito ao Venerável Mestre, enquanto que no Grau de Mestre, todos usam o chapéu. Rigorosamente o uso do chapéu não é apropriado apenas às sessões magnas, mas de acordo com o acima exposto, em qualquer sessão, seja ela econômica (ordinária) ou magna.

É bem verdade que os rituais lamentavelmente nem sempre seguem essa regra, assim é preciso antes consultar o ritual em vigência para conferir o que ele preconiza. Mais informações a respeito do uso do chapéu na Maçonaria podem ser encontrados no Blog do Pedro Juk em http://pedro-juk.blogspot.com.br – vide última publicação a respeito em 26/02/2020.

Luvas – Nesse caso também é preciso consultar o que prevê o ritual em vigência em relação à indumentária que o maçom deve utilizar nas sessões em Loja.

A bem da verdade, no REAA as luvas são entregues ao maçom quando da sua iniciação apenas como símbolo da pureza que deve doravante o acompanhar. 

O emblema o alerta para o afastamento das águas lodosas do vício. No Rito em questão há ainda um par de luvas femininas que o iniciado recebe para entregar àquela que lhe causar maior estima (esposa, mãe, filha, madrinha, etc.). Como lição de liberdade, a entrega dessas luvas não sofre nenhuma imposição por parte da Maçonaria. O critério de escolha, sem interferência, é apenas e tão somente do Iniciado.

Desse modo, os pares de luvas são apenas objetos alegóricos e não peças de vestuário para serem literalmente utilizados. 

De qualquer modo, reitero a necessidade de seguir o que prevê o ritual, pois embora desnecessário, adquiriu-se, principalmente na Maçonaria Latina, o costume de calçar luvas em situações formais. Originalmente é sabido que isso não existe, mas como, segundo alguns parece que é o hábito que faz o monge, então não dá para ser laudatório.

A respeito das luvas, também no Blog do Pedro Juk podem ser encontradas mais informações.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br - 25/03/2020

FRASES ILUSTRADAS


SETE MAÇONS OU SETE MESTRES?

SETE MAÇONS OU SETE MESTRES?
Autor: Sérgio Quirino Guimarães

A grande dúvida surge na própria grafia dos rituais. Não há um consenso nas regras de aplicação de siglas aos vocábulo maçônico. Teoricamente a regra é que devemos escrever a palavra até a consoante que antecede a segunda vogal. SECRetario; HOSPitaleiro; VIGilante; PALavra SEMestral. Mas encontramos MAÇ∴ (Maço ou Maçonaria?); Comp∴ (Compasso ou Companheiro?); BAL∴ (Balandrau ou Balaústre?) E para complicar ainda tem as siglas das siglas. Venerável Mestre é grafado por Ven∴ M∴ ou V∴M∴ e para economizar tinta: VM.

Por conta desta falta de uniformização é que encontramos nos rituais as mais diversas formas de responder a pergunta: – O que se torna preciso para a abertura dos trabalhos? Já encontrei:
  • …….no mínimo sete IIr∴ MM∴ …….
  •  …….no mínimo sete IIr∴ M∴M∴ …….
  • …….no mínimo sete IIr∴ MM∴ MM∴ …….
  • …….no mínimo sete IIr∴ M∴M∴M∴M∴ …….
Nunca entendi a dificuldade em escrever “…….no mínimo sete Irmãos Mestres…….”.

Não pode ser “…….no mínimo sete Irmãos Maçons…….”, porque Aprendiz e Companheiros também são Maçons, mas não podem circular em Loja ou subir ao Oriente.

Mas estando apenas SETE MESTRES em Loja, que cargos devem ser ocupados? 
  • Venerável, preside a reunião e é o responsável pelo Oriente. 
  • Primeiro Vigilante, é o responsável pela Coluna do Norte. 
  • Segundo Vigilante, é o responsável pela Coluna do Sul. 
  • Orador, é o responsável pelas Leis e é ele que faz a conclusão dos trabalhos. 
  • Secretario, toda reunião tem que ter seu registro (balaustre). 
  • Mestre de Cerimônias, é ele que fará todo o trabalho de circulação em Loja. 
  • Guarda do Templo, afinal os trabalhos necessitam de proteção. 
E os outros cargos? O Orador acumulará a função de Tesoureiro, o Secretário a função do Chanceler, o Mestre de Cerimônias as funções do Hospitaleiro e dos Diáconos.

Observem que destaquei a palavra função para deixar bem claro que não se acumula cargo. Deixando bem claro: só usamos um colar. Já imaginaram que falta de bom senso o Mestre de Cerimônias com seu colar e ainda os dois de diáconos?

Não há o que reclamar se houver apenas sete Mestres na Loja, o problema está na ausência de Aprendizes e Companheiros. É muito mais salutar à Ordem Maçônica uma Loja com 03 Aprendizes, 05 Companheiros e 07 Mestres do que uma Loja com 15 Mestres sem Aprendizes e Companheiros.

Os labores maçônicos não são apenas os desenvolvidos em Grau 1, 2 e 3. Os trabalhos transcorrem justos e perfeitos não por conta da ritualística ou pelo número de presentes, mas pelo propósito da reunião. Para que nos reunimos? Para combatermos a tirania, os preconceitos e os erros. Glorificar o Direito, a Justiça e a Verdade, trabalharmos em prol do bem da Pátria e da Humanidade, não precisamos estar em grande número.

Mais vale 7 comprometidos do que 77 dispersos.

Fonte: https://www.banquetemaconico.com.br


quarta-feira, 25 de março de 2020

COBRIR O TEMPLO

COBRIR O TEMPLO 
(republicação)

Em 13.06.2015 o Respeitável Irmão Ruy Mar Nunes, Loja Amor é Luz IV, 1.159, REAA, GOB, Oriente de Pires do Rio, Estado de Goiás, pede esclarecimento: ruymarnunes@yahoo.com.br

Boa tarde estimado irmão! Gostaria que o irmão nos auxiliasse na seguinte questão: um Irmão Aprendiz deve cobrir o Templo para que os demais Irmãos possam manifestar sobre a prévia do candidato profano que é Irmão sanguíneo do referido Aprendiz para evitar possíveis constrangimentos? Se a resposta for sim, quando o Aprendiz retornar ao Templo ele tem o direito de manifestar sobre o referido candidato que é seu irmão sanguíneo?

CONSIDERAÇÒES:

Isso fica a critério da Loja, levando-se em conta que, salvo assuntos que não digam respeito ao Grau, todos têm o direito de ouvir e opinar.

Mesmo sendo irmão sanguíneo de um obreiro, este tem o direito de manifestação. Não existe nenhum impedimento nesse assunto. 

Como eu tenho repetido - tudo é uma questão de bom senso. Se houver algum motivo que leve ao constrangimento, discretamente esse assunto pode ser ventilado entre os Irmãos da Loja previamente ao processo ser apresentado na Loja. 

Nunca é demais lembrar que existe antes de tudo uma prévia de apresentação. Se for o caso, resolvem-se questões e pendengas antes da oficialização do processo. 

A propósito, o Obreiro que porventura precise se retirar da sessão não cobre o Templo, porém esse tem o Templo para ele coberto. Quem cobre o Templo é o Cobridor.

T.F.A. 
PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com 
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.861 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 4 de novembro de 2015

MINUTO MAÇÔNICO

O LIVRO

1º - A sua evolução é uma realidade incontestável, prancheta de barro, pergaminhos em rolo, papiros, e hoje o temos em vídeo em nossos computadores. 

2º - Mencionar nominalmente os tipos de livros que se tem conhecimento seriam necessárias algumas páginas. 

3º - Na Ordem conhecemos alguns livros: Livro da Lei, de Arquitetura, das Constituições, dos Regulamentos, dos Estatutos, dos Rituais, o Negro, de Presença, de Eloqüência, do Tesouro; e por certo mais alguns. 

4º - Toda Loja deve possuir a sua biblioteca, proporcionando aos seus obreiros a oportunidade da busca para produzirem os seus trabalhos. 

5º - O Maçom dedicado a leitura obtém o conhecimento necessário para sua formação intelectual, útil para que compreenda o intrincado sistema filosófico maçônico.

Fonte: http://www.cavaleirosdaluz18.com.br

A PEDRA BRUTA E A PEDRA CÚBICA


A PEDRA BRUTA E A PEDRA CÚBICA
Rodrigo de Oliveira Menezes 

Entre os símbolos apresentados, escolhi para o atual trabalho o símbolo da pedra.

Na minha vida secular, toquei, trabalhei, mudei e, finalmente, dei-lhe uma função útil. Sem afrouxar qualquer simbolismo possível de meus atos ou no próprio material. Com um pouco de retrospectiva, a pedra bruta recebe uma redução de suas dimensões, mas tanto ela quanto a pedra cúbica são apenas símbolos.

O trabalho da Pedra é um trabalho longo, meticuloso e preciso, é emocionante porque requer análise e reflexão constantes sobre o assunto. Assim como o homem, ao ser trabalhado a pedra evolui. E a dificuldade reside em ser capaz de criar o elemento perfeito, sem destruir sua própria natureza.

Assim como na vida e na vida maçônica, as ferramentas serão a chave para este trabalho e serão diferentes dependendo dos estágios. O malho deixará espaço para o martelo, mais preciso e menos pesado. Isso permite um trabalho mais refinado, direcionado, mas ainda assim relaxante. 

E, assim como na vida, tudo passa por um aprendizado, mas um aprendizado real: a transmissão de conhecimento de maneira quase tácita, sem influência fundamental, para não distorcer o espírito e levar ao progresso por si mesmo.

É como um artesão que inicia a construção de seu templo interior. Mas deixo pergunta interessante: é possível impor uma única orientação a um artista sem frustrá-lo? Eu acho que não. No entanto, ele sempre precisará progredir em sua arte para dominar ferramentas mais precisas e, especialmente, novas fontes de inspiração. 

A coluna norte, a coluna dos aprendizes, vive nas sombras, sob a lua. Governada pelo irmão 2º Vigilante (na França), tem essa inspiração para o incentivo à reflexão e o progresso, para que nosso trabalho possa um dia produzir obras de arte. 

Talvez seja por isso que a linha de prumo esteja associada a ela?

O 2º Vigilante orienta a construção em vários níveis no trabalho da Pedra:

– Define o fruto a ser dado às obras para que não corram o risco de colapso prematuramente, mas também remove as asperezas muito pronunciadas que desnaturam o ser, para que o aprendiz entenda que ele ainda pode melhorar seu trabalho e progresso.

– O trabalho dos aprendizes será permitido quando a linha de prumo florescer com as pedras sem a toque em toda a altura do trabalho. 

A PEDRA BRUTA

Talvez o espelho do homem. Escondendo inúmeras qualidades naturais, que apenas um trabalho profundo poderia ressurgir. Ele não está ciente disso. Até ver a luz.

Segue uma longa jornada, cada pedra é diferente e terá uma função que será transparente para o maçom; de acordo com suas predisposições inatas, e todas são úteis!

Qualquer pedra, todo homem é dotado de certas predisposições que o levarão a ter um papel específico no que ele pode servir e explorar, melhorar suas habilidades para si e para os outros.

A pedra tem uma “veia” que é favorável ao tamanho do ângulo e terá sua função adquirida dentro da grande obra, assim todo aquele com uma veia diferente terá seu papel diferente, mas igualmente importante. Todo homem tem seu lugar favorável na sociedade.

Mas a Pedra Bruta é modificada por necessidade, porque escolhemos torná-la uma atriz de uma peça de teatro muito maior, tornando-a útil. Assim como o homem tem que trabalhar em si mesmo para ser útil à sociedade e à humanidade.

Mas pergunto-lhes: a pedra muda por si mesma ou é modificada por outros? Ambos podem ser? 

O homem nasce, cresce, mas uma vez que se torna útil, ele tem que resistir a elementos externos. O vento, a chuva, as provações da vida que lhe darão a experiência, mesmo assim ele ainda precisa encontrar seu lugar final perto das outras pedras.

É difícil estar ciente de ser uma pedra bruta, estar ciente de suas muitas falhas e perceber que é possível melhorar, em uma sociedade onde frequentemente somos tentados a nos fazer acreditar que é fácil encontrar nosso lugar, já que somos todos parecidos e perfeitos.

Sem pedras, mas blocos de fábrica. Entendo apenas que a Pedra sofre inúmeros golpes antes de revelar sua verdadeira beleza e seu uso final, o bloco geralmente é oco e se quebra se você tentar esculpir. Além disso, é de alguma forma falsa ou egoísta, pois é revestida, pintada e decorada para sempre esconder sua verdadeira natureza na realidade sem alma.

Pela minha parte, escolhi ser um aprendiz de maçom e desbastar minha pedra porque me recuso a ser ator de uma construção que teria sido imposta. Porque descubro que, de alguma forma, podemos nos livrar do trabalho se é bem dirigido e não escravizado.

Se o trabalho da pedra bruta é obra do homem, achei interessante para tentar vincular nossos princípios humanos a esse símbolo:

Princípio de Liberdade: Se o homem é a pedra, seu trabalho pode ser eterno e ele decidirá seu próprio limite no resultado. 

Princípio da Igualdade: Se o homem é a pedra, “cortada”, “educada”, ele precisará estar ciente de que a pedra britada, queimada, que não pode ser usada na fachada, é hoje o elemento permitindo que seja de uso duradouro (quer dizer, tão importante quanto, com seu lugar próprio).

Princípio da Fraternidade: Se o homem é a única pedra, ele é limitado em suas possibilidades. Mas ligado a outras que, como ele, asseguram suas funções distintas e naturais com o mesmo objetivo de progresso. A empresa se torna possível.

Princípio da Solidariedade: pelo todo útil e perfeito que constitui as pedras de um edifício sustentável é o resultado da ligação de elementos totalmente diferentes que se apoiam mutuamente um ao outro.

Alcançar a Pedra Cúbica será fruto de uma obra de paciência. Trabalho cuidadoso, preciso, algo que o homem decidirá interromper ou não sozinho, já que uma pedra poderia de fato, ser trabalhada até o infinito. 

Redimensionada. Polida. Renovada. Até ficar perfeita em todos os aspectos. Mas a perfeição de um elemento por si só não é igual à força de um todo útil. O homem não pode ser realmente perfeito, mas ele faz o seu melhor desenvolvendo suas capacidades para contribuir para uma evolução positiva.

Aprendendo a dominar novas ferramentas para realizar um projeto pessoal na medida do possível, ele talvez possa estar em perfeita harmonia consigo mesmo e com os outros com sinceridade e durabilidade.

A pedra bruta pode tornar-se cúbica por força de trabalho, mas e o homem? Pode ele se tornar perfeito? E quais seriam esses critérios de perfeição?

Eu acredito no resultado do trabalho do homem em si mesmo, não existe perfeição. Mas cabe ao homem perseverar em sua empresa para que o fruto de seu trabalho seja de certa forma uma consciência profundamente benéfica para si mesmo, seus entes queridos e a humanidade. 

Finalmente, ao perceber o quão difícil o trabalho do homem em si mesmo poderia ser longo, mas tão emocionante e benéfico, eu diria que ele é gratificante. Provavelmente é mais fácil viver uma vida de cinzas de fábrica, mesmo que menos gratificante.

Fonte: http://ritoserituais.com.br

terça-feira, 24 de março de 2020

ASSENTO NAS CADEIRAS DE HONRA

Em 07/01/2020 o Respeitável Irmão Luiz Antônio Silva, Loja Vinte de Agosto, 2.670, REAA, GOB-MS, Oriente de Dourados, Estado do Mato Grosso do Sul, apresenta a questão que segue:

ASSENTO NAS CADEIRAS DE HONRA

Considerando o decreto 1469/2016/GMG, pergunto:
1) Grão Mestre Estadual (ou Geral) e Grão Mestre Adjunto Estadual (ou Geral) podem ser assentados à direita e à esquerda do Venerável em uma mesma sessão?

2) Autoridades que não sejam Mestres Instalados podem ocupar uma das cadeiras ao lado do Venerável?

CONSIDERAÇÕES:

1. Conforme prevê o Decreto 1469/2016 em estando desocupada a cadeira, a sua ocupação se dará pela ordem de precedência que menciona o Regulamento Geral da Federação no seu Art. 219, § 2º e Incisos seguintes. No tocante à sua questão sobre esse tópico, tudo vai depender de quais autoridades estejam presentes na sessão, lembrando de que os Grão-Mestres Gerais Adjuntos, Estadual e Geral, detém a 3ª e 5ª faixa respectivamente. 

2. No Rito em questão, o 1º Vigilante, que é o substituto imediato do Venerável Mestre, não precisa, para ser 1º Vigilante, um Mestre Instalado. Assim, na condição de substituto precário, ele dirige os trabalhos mesmo não sendo Mestre Instalado.

Essa condição, de Mestre Instalado, também não atinge a nenhum ocupante das cadeiras de honra. Quem é instalado para o exercício do mandato é o Venerável que ocupa por ofício o Trono. As duas cadeiras, da direita e da esquerda respectivamente, nada tem a ver com esse título distintivo. Lembro que trono só existe um, o destinado ao Venerável Mestre.

Assim, no meu entender não há obrigatoriedade para que o ocupante da cadeira de honra seja um Mestre Maçom Instalado, até porque muitas autoridades podem até mesmo nem possuir esse título distintivo, porém continuam autoridades - Deputados, por exemplo.

Cabe mencionar que nas Sessões Magnas de Iniciação, Elevação e Exaltação, o substituto legal do Venerável aí sim precisa ser um Mestre Instalado da Loja, preferencialmente mais recente. Isso se dá não por uma questão de trono ou lugar, ou ainda de instalação, mas devido a liturgia da sagração que envolve o uso da Espada Flamejante.

Eram as considerações, porém por oportuno gostaria de mencionar que essas não são regras iniciáticas. Infelizmente nossos rituais às vezes ficam condicionados a regras que estão muito distantes dos verdadeiros propósitos e tradições da Sublime Instituição, dos quais deles é o de exercer a humildade. Poderíamos perfeitamente estar livres dessas condicionantes de títulos e distinções se as duas cadeiras de honra, por exemplo, servissem apenas aos Grão-Mestres quando estes se fizessem presentes, caso contrário as mesmas deveriam ficar vazias, ou mesmo seriam retiradas. É bom que se diga que as outras autoridades, como é sabido, já têm destinado seu lugar no Oriente, porém, abaixo do sólio, fato que parece infelizmente trazer insatisfação para alguns. 

Dado a isso, desafortunadamente a liturgia iniciática, que é sem dúvida a mais importante de todas, acaba ficando legada a um segundo plano. Essa é a minha opinião. Como diz um dito popular castelhano: "Yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay".

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br - 23/03/2020

A TOLERÂNCIA

A TOLERÂNCIA
(Adaptado de autor desconhecido)

A nossa Sublime ordem exige dos seus Iniciados o cumprimento de sérios deveres e enormes sacrifícios.

A Maçonaria proclama nos seus princípios gerais "que os homens são livres e iguais em direitos e que a tolerância constitui o princípio cardeal nas relações humanas, para que sejam respeitadas as convicções e a dignidade de cada um".

A nossa Sublime ordem proclama a TOLERÂNCIA entre os seus Iniciados. 

O vocábulo TOLERAR não significa apenas ser indulgente, ser condescendente, ser transigente, ser permissivo, mas acima de tudo significa saber suportar.

No mundo atual, praticar a tolerância a cada dia exige muito de nós, pois a conturbação social e a pressão psicológica exercida sobre o homem, torna-o mais que nunca exigente, imprudente, agressivo e até inconsequente.

É nesse contexto que tolerar assume importância fundamental entre os homens.

Se o profano se sente desobrigado de praticar a tolerância, o Maçom não: TOLERAR É UM DEVER. Este princípio está intrinsecamente ligado a um dos fins supremo da Sublime Ordem: A FRATERNIDADE

O Salmo 133 da Bíblia Sagrada é o elogio da concórdia e união fraterna, quando diz: "Ó quão bom e quão suave é que os Irmãos vivam em união! É como o óleo precioso, derramado sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Aarão, e que desce sobre a orla de suas vestes, É como orvalho do Hermon, que desce sobre o monte de Sião, porque ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre".

A cada dia, nós Maçons temos por obrigação exercitar a prática da tolerância, o que facilita de sobremaneira todo o relacionamento entre os Irmãos, ampliando o espírito fraterno que existe no seio da nossa entidade milenar.

A partir da Iniciação o Maçon é uma pessoa diferenciada, porque se abrem as portas da verdadeira amizade. A fraternidade que passa a existir entre os Irmãos é a exteriorização concreta da felicidade de ser Maçon.

A tolerância do Maçon não pode se limitar apenas ao relacionamento com o próximo. Há que ter também paciência no desenvolvimento das etapas, que permite o crescimento e o progresso individual em todos os aspectos.

Não é fácil ser Maçon; relacionar-se exige paciência e tolerância, fazer progresso na Maçonaria exige muito mais.

Entrar na Maçonaria é uma coisa, fazer progressos na ordem é outra. Manter-se motivado é fundamental para o crescimento interior do Obreiro, o que lhe dá um prazer imensurável de ser Maçon.

Não raramente, Iniciados deixam a Instituição logo após o seu ingresso. A verdade é que esses Irmãos não buscam a LUZ, pelo que assim, não conseguem ver o seu brilho e muito menos descobrir a sua direção. Para os que buscam o crescimento, o caminho é longo, contínuo e às vezes áspero - é preciso perseverar.

No seio da Ordem, é necessário querer progredir, tolerar, estudar, buscar a verdade para que haja a transformação do homem que renasceu para o mundo.

O homem profano perde-se nas solicitações mundanas. O consumismo, a falta de interiorização deixa-o esquecido de si mesmo. A sua convivência com os vícios, acaba por fazê-lo infeliz. Nessa alienação passa a buscar a felicidade fora de si mesmo, nas drogas, no fanatismo religioso e tudo o mais que foge à própria pessoa, numa fuga do seu mundo vazio. A Maçonaria é o oposto de tudo isso, daí a dificuldade em buscar o crescimento no seu seio.

Acostumados que fomos à vida profana, às vezes perdidos na busca de objetivos vãos, encontramos dificuldades para alcançar a plenitude Maçônica. É por isso que alguns desistem. Contudo, o estudo contínuo propicia o aperfeiçoamento, pois através dele há uma constante evolução de conhecimentos.

A Iniciação de novos valores fortalece cada vez mais a nossa Instituição, porque vêm somar forças para a construção da sua grande obra - O BEM DA HUMANIDADE. 

Fonte: http://jamilkauss24.blogspot.com

segunda-feira, 23 de março de 2020

DIÁRIO DE UM MAÇOM EM QUARENTENA

DIÁRIO DE UM MAÇOM EM QUARENTENA

Dia 1 - Não sinto falta alguma da loja. Acho que a Maçonaria estava até pesando e eu não sabia.

Dia 2 - Já assisti todos os vídeos de Maçonaria no Youtube. Hora de começar a reprise.

Dia 3 - Tenho ouvido a aclamação mesmo sozinho em casa e batidas de malhete no sótão. Será que estou enlouquecendo?

Dia 3 - Iniciei meu cão e meu gato. Foi uma belíssima cerimônia. Vendar o gato foi meio difícil, estou todo arranhado! Mas o cão colaborou bastante. Agora temos um triângulo.

Dia 4 - O gato apresentou prancha dizendo que a Maçonaria teria surgido dos deuses felinos egípcios. O cão protestou, dizendo que isso era esquizoterismo. Quase saiu briga na loja. Encerrei a sessão no golpe de malhete.

Dia 5 - O cão e o gato discutiram sobre se nossa loja era do REAA ou do York. Para agradar a ambos, elevamos o cão e fizemos a passagem do gato. Agora ambos são Companheiros e poderão ajudar nos cargos da loja.

Dia 6 - O entregador do Uber Eats deu a batida ritualística... Será que ele é Irmão?

Dia 7 - Alarme falso: O entregador do Uber Eats estranhou quando tentei lhe aplicar o telhamento e me deu avaliação negativa. De repente, ele pode ser de Potência espúria. 

Dia 8 - O cão está tendo dificuldades com a função de M. CC. Ele ainda não entendeu que deve correr atrás da bolinha apenas no sentido horário. O gato vai bem como cobridor, só não foi melhor porque entendeu que era para aterrar e não enterrar a espada.

Dia 9 - Estamos planejando a iniciação do papagaio. O gato ficou revoltado com o uso do pano preto sobre a gaiola, dizendo que no rito dos Antigos não tinha isso.

Dia 10 - Dia de Festa! O papagaio ficou muito emocionado com a iniciação. Estou pensando em adquirir um hamster, dois porquinhos da índia e um lagarto pra obter nossa carta constitutiva definitiva.

Dia 11 - A polícia interrompeu a sessão, a pedido da minha esposa, que está preocupada com o tempo que passamos no porão. Felizmente, o policial era Irmão. Prometeu não nos incomodar, em troca de certificado de presença, já que está difícil obter um por esses dias.

Dia 12 - O banquete ritualístico foi um sucesso. Porém, a cunhada teve uma crise nervosa porque eu, o cão, o gato e o papagaio comemos juntos na mesa de jantar. 

Dia 13 - Sessão acalorada! O papagaio propôs que a loja se tornasse mista, pra incluir a cunhada e a minha filha. O cachorro, que cumpre o cargo de tesoureiro, topou na hora, mas eu e o gato não queremos perder a regularidade.

Dia 14 - Mais confusão! O cachorro solicitou cadeia de união em prol de um amigo Husky Siberiano. O gato o acusou de ser comunista e saiu no meio da sessão. Temo pelo futuro da loja.

Dia 15 - A sessão de hoje foi cancelada. Teríamos trabalho sobre egrégora, mas o cachorro comeu o Breviário Maçônico e não conseguimos encontrar outra fonte sobre o assunto.

Dia 16 - Sessão do Tribunal Maçônico com denúncia de perjúrio contra o papagaio. Por fim, apurou-se que ele estava apenas chamando o Zé, zelador do prédio e não fazendo a aclamação em público. A paz voltou a reinar em nossas colunas.

Dia 17 - Perdemos nossa corda de 81 nós, depois que o cachorro roeu a metade e o gato desfiou a outra metade com as unhas. A cunhada segue chorando todas as noites, abraçada ao travesseiro, dizendo que perdi o juízo.

Dia 18 - O cão fez xixi nas colunas zodiacais e o gato empurrou a espada flamígera do altar. Creio que não teremos outra alternativa senão migrar pro Ritual de Emulação.

Dia 19 - Preocupados com a cunhada, os membros pediram uma câmara do meio. Na câmara do meio, decidiu-se chamar o Conselho de Mestres Instalados. No Conselho de Mestres Instalados, decidiu-se acionar o Conselho da Família. No Conselho da Família, foi questionado porque o Irmão Hospitaleiro não cumpriu seu papel. Foi criada uma comissão, que encaminhou seu parecer à câmara do meio. Voltamos a questão à câmara do meio para discutir o papel do Irmão Hospitaleiro, que pediu para falar ao Conselho de Mestres Instalados. Faremos nova reunião amanhã, para decidir quando nos reuniremos novamente para falar sobre o agendamento das próximas reuniões a fim de deliberar sobre a pauta reunião subsequente.

Dia 20  - Não foi possível realizar a Cerimônia de Exaltação, pois o gato teimou que Hiram tinha ido apenas atrás de alguma gata no cio e já voltava. Acabamos fazendo a Exaltação do cão e do papagaio e a Elevação do gato apenas por aclamação.

Dia 21 - Apresentação da chapa para a próxima eleição! O papagaio insinuou fraude, mesmo sendo ele o único candidato ao Veneralato. Cão e gato reagiram criando um grupo só deles no WhatsApp e criticaram a próxima gestão, que ainda não assumiu.

Dia 22 - Regularizamos entregador do Uber Eats na nossa oficina. Ele segue sem entender bem os nossos procedimentos e rezou um Pai Nosso quando foi trazido entre colunas. Provavelmente deve ser do RER.

Dia 23 - A loja rachou! O cão viu o avental verde-água da cunhada e disse que era do York. O gato ficou full pistola e pediu o Quite na hora. Levou o hamster e também o periquito, que era nosso novo Aprendiz. Agora as lojas se reúnem em dias alternados. Estou filiado a ambas.

Dia 24 - Dia de sessão na loja do gato e do hamster. Chamaram os irmãos da loja antiga de profanos de avental. 

Dia 25 - Dia de sessão na loja do cão e do papagaio. Insinuaram que a loja nova não é Maçonaria e que são todos primos.

Dia 26 - Após muito diálogo, decidimos fundar uma Grande Loja para cuidar dos assuntos afins. Apesar de sua pouca experiência, o periquito foi eleito primeiro Grão-Mestre, por ter demonstrado muita competência. O fato dele ser de linhagem real é mera coincidência.

Dia 27 - O cão convocou o primeiro protesto dos delegados regionais das lojas contra o Grão-Mestre por má gestão e por interferir em assuntos locais. 

Dia 28 - Sob aplausos calorosos, o papagaio declarou a loja desfiliada da Grande Loja. Foi criado um Grande Oriente Local, que promete ser muito diferente. 

Dia 29 - Guerra entre o Grande Oriente e a Grande Loja nas redes sociais. As demais pessoas da casa questionam se isso é Maçonaria. Um grupo acusa o outro de trair seu juramento.

Dia 30 - Cansei dessa briga. Decidi pedir o Quite e adormecer! As lojas lamentaram minha saída, mas seguem nas reuniões, dizendo que eu nunca deixei a Maçonaria entrar em mim.

Dia 31 - Mais um dia sem Maçonaria... Cochilei e sonhei com uma sala cheia de incenso... Será que o peixe já pensou em ser irmão?

Fonte: Memes maçônicos (fb.com.memesmaconicos)

CORONAVÍRUS

Sabemos todos que os quadros da Ordem Maçônica contam com um grande número de irmãos que fazem parte do chamado "grupo de risco". Por esta razão achei pertinente divulgar este vídeo.

FAIXA DE MESTRE E A ESPADA

FAIXA DE MESTRE E A ESPADA 
(republicação)

Em 12.06.2015 o Respeitável Irmão Juliano Francisco Martinho, Loja Igualdade, 1.647, REAA, GOSP – GOB, Oriente de Monte Alto, Estado de São Paulo, solicita o seguinte esclarecimento: juliano.martinho@wegcestari.com

Gostaria de alguma orientação sobre a faixa de Mestre Maçom e o uso da espada. Li em dois artigos de sua autoria, explicações sobre o uso da espada e me surgiu uma duvida: - Se somente os Mestres portam espadas, e se a faixa de Mestre deve ser utilizada para embainharmos a mesma, então, os Mestres deveriam utiliza-la em todas as sessões correto? E quando ocupam cargo e utilizam a joia fixada no colar? Deveriam manter a faixa por baixo do colar correto? Como exemplo, o Cobridor utilizando somente o colar não teria onde embainhar a espada, portanto, deveria estar também com a faixa. Aproveitando, e se possível, gostaria de conhecer a origem do uso da faixa de Mestre e sua historia. Ou mesmo, indicação de onde conseguiria pesquisar esta informação. 

CONSIDERAÇÕES:

PRIMEIROS PASSOS, VALIOSAS EXPERIÊNCIAS

PRIMEIROS PASSOS, VALIOSAS EXPERIÊNCIAS
Geraldo Ribeiro da Costa Jr.
ARLS “Cavaleiros da Justiça”
Oriente de Vitória, Espírito Santo

Recentemente iniciado na Ordem Maçônica, hoje sou Companheiro Maçom, tenho tido uma experiência única muito além das expectativas que imaginava.

Oriundo de uma família de numerosos Maçons que me servem de espelho, (meu bisavô iniciou na Loja Progresso, Oriente de Campos dos Goytacazes, no final do século XIX) percebi de pronto que fiz a opção certa ao aceitar o honroso convite para conviver entre os homens livres e de bons costumes. Orientado pelos Irmãos mais experientes procurei através da literatura maçônica aprender o significado dos símbolos e a importância dos Ritos no crescimento do meu ser como homem, pai de família, profissional e partícipe da vida política, mesmo que apartidária, do meu país.

Isso em nada influenciou minhas convicções religiosas e, muito pelo contrário, fez crescer a minha fé em Deus, o criador de todos os mundos, o Grande Arquiteto do Universo, com seus infinitos elementos cósmicos perfeitamente equilibrados por Sua força divina e poderosa. Estou aprendendo, de forma racional, a respeitar as muitas e complexas diferenças entre os iguais em todos os níveis da vida em sociedade, sem sectarismo religioso ou político, abominando qualquer tipo de preconceito e hipocrisia, me sinto mais útil e cooperativo. Ao contrário do que possa supor, ou afirmarem, os adversários da Maçonaria, não obtive qualquer ensinamento ou aconselhamento no sentido contrário ao da harmonia, da concórdia, do amor, da fé, da caridade e da esperança, virtudes que devemos, a todo custo, buscar dentro de nós mesmos em prol de uma comunidade mais justa e menos imperfeita.

Estimulado por aqueles que vivenciam há mais tempo que eu a nossa Instituição, estou frequentando, com certa assiduidade, Lojas coirmãs, de outros Orientes e de Ritos diferentes também, e tenho percebido que a essência dos preceitos maçônicos são os mesmos.

Tenho sido recebido, sem distinção, com muita fidalguia e consideração em todas as oportunidades que me faço presente, seja dentro de Loja ou no jantar (ágape) que sempre nos é servido, conhecendo e nos fazendo conhecer não apenas como novos Irmãos, mas, principalmente, como grandes amigos.

Aliás, essa é outra característica peculiar da Maçonaria: os laços de amizade e companheirismo se fazem de forma sólida, com muita facilidade e espontaneidade, extensivo às nossas esposas e filhos, que passam a conviver num ambiente salutar e respeitoso, ganhando assim muitos cunhados e sobrinhos; é a FAMÍLIA Maçônica.

Através das visitas, consegui entender também que, quando fui Iniciado, não passei a fazer parte somente da minha Loja-Mãe, mas da Maçonaria Universal. Entendi que posso ser útil na minha Loja e também em qualquer Loja Maçônica, buscando sempre somar, vivendo em harmonia com os demais Irmãos e com as forças cósmicas construtivas emanadas pela Egregora da Ordem. 

Tenho a plena consciência que estou dando os primeiros passos de uma longa caminhada e de uma nova vida no sentido de conhecer a verdade e de enriquecer o meu espírito, mas as valiosas experiências que tenho vivido me mostram que estou no caminho certo. Devo utilizar os instrumentos que a Sublime Ordem dispõe a meu favor, para, sendo pedreiro de mim mesmo, poder construir o meu Templo Interior, da melhor forma e devolver para o próximo um ser humano melhor do que eu era antes de Iniciar na Arte Real. Estou dando o meu melhor e, em troca, estou recebendo muito mais que esperava. Estou mais forte, justo, prudente e agindo com mais temperança. Graças à pura Maçonaria.

Fonte: https://martinlutherking63.mvu.com.br

domingo, 22 de março de 2020

FOTO MAÇÔNICA DE DOMINGO

Por Géplu














Patrick nos enviou esta foto da fachada da loja Luz del Sur, de Cienfuegos, Cuba. Já tínhamos publicado uma foto dessa loja em 1º de março de 2015 (veja abaixo), mas mais antiga porque o prédio estava um pouco triste e dava a impressão de abandono.

A foto de Patrick é datada de 7 de março de 2014. A árvore à esquerda da foto de Patrick não existia na foto antiga que, dado o crescimento da árvore, atrasa pelo menos 5 anos entre as duas fotos. Talvez mais. Quanto ao transeunte, é o mesmo que remonta ao outro lado, um pouco mais velho alguns anos depois? ... 


A




Patrick também enviou a nós duas fotos do interior do templo, uma em direção ao leste (onde vemos o altar e o teto refeitos em concreto. Obviamente, o trabalho não era apenas pintura), e o outro em direção ao oeste.














Se você também estiver perto de sua casa ou em uma viagem, perceber um prédio, um objeto ou decoração maçônica ou evocar alvenaria, não hesite em nos enviar fotos com algumas explicações.
Esses "depoimentos" são muito populares entre os leitores do blog. (tradução livre)

Fonte: Blog Hiram.be

COLUNA DA HARMONIA III

Em 27/12/2019 o Respeitável Irmão Jorge Antônio Vieira Gonçalves, Loja Estrela de Davi, REAA, GOB-SE, Oriente de Aracaju, Estado de Sergipe, apresenta a questão abaixo:
javgdbg@gmail.com

COLUNA DE HARMONIA

Bom dia, ilustre irmão. Gosto muitos dos seus artigos e gostaria primeiramente de lhe agradecer pelos brilhantes textos. Se possível, gostaria da sua orientação, veja o texto abaixo:

"Quero afirmar aqui, pela experiência que adquiri durante a minha vida maçônica, que qualquer música pode ser tocada, desde que vibre o ser humano para uma elevação. Agora há de se respeitar as sensibilidades alheias, e ter bom senso, como por exemplo, não colocar uma música sacra com a presença de vários Irmãos de religião que não seja, por exemplo, a católica. Mas para tudo exige sensibilidade e equilíbrio." (a) Juarez de Oliveira Castro, Mestre Maçom Instalado, Loja Alferes Tiradentes, 20, GLMESC.

Estou pesquisando sobre harmonia nas sessões maçônicas para fazer uma apresentação em minha loja. O ilustre irmão, poderia disponibilizar textos para me ajudar? Existe alguma norma que proíba a música cantada nas sessões?

COMENTÁRIOS:

PÍLULAS MAÇÔNICAS

A IMPORTÂNCIA DO MAÇOM ACEITO

Como já visto em artigo anterior (vide Pílula Maçônica nº 66), o termo “Aceito” aparece muitas vezes nos documentos atuais da Maçonaria Simbólica e, obviamente, é de total interesse dos Maçons.

Lá é mencionado, também, entre outras coisas, que os membros da “Companhia de Maçons de Londres” e da antiga “Companhia da Cidade” foram “aceitos na Ordem” e considerados e mantidos como Maçons nas Lojas. Após essa “Aceitação”, homens se tornavam Maçons, conforme anotações na seção de procedimentos das citadas companhias. O primeiro deles, parece ter sido John Boswell (Lord Auchinleck), em Edimburgo, Escócia. Robert Murray (1641) e Elias Ashmole, por exemplo, também foram “Aceitos”.

O Maçom Aceito do século XVII na Inglaterra, era essencialmente diferente de um membro operativo, e talvez até, mais importante. Nessas companhias de Maçons deveria ter, nessa época, maçons operativos, juntamente com os “aceitos”, que eram homens que nunca haviam tocado numa ferramenta de trabalho em toda sua vida. Eram aristocratas, cavalheiros, que foram admitidos devido seu patrimônio ou pela gentileza dos demais sócios. Mas, o Maçom Aceito era, originalmente, tanto em caráter, como para todos os propósitos práticos, um Maçom como qualquer outro.

Mestre Raimundo Rodrigues relata em “Cartilha do Mestre” – Editora Maçônica “A TROLHA” Ltda: 
“os rosacrucianos, ao lado de nobres, religiosos, hermetistas, intelectuais, alquimistas, ingressando nas lojas da Escócia e Inglaterra, proporcionaram mudanças tais que fizeram com que a nova Maçonaria adquirisse normas e formas completamente diferentes de tudo aquilo que formava a Maçonaria Operativa, até pelos idos do século XVI.....aliás, a maçonaria adotou normas, princípios filosóficos não só dos rosacrucianos, mas de uma série de organizações, algumas mais antigas, como Steinmetzen, dos alemães, Guildas, Compagnonage, Templários, Essênios, etc. Sabe-se com absoluta certeza que a Ordem Maçônica formou todo seu arcabouço doutrinário por meio da adoção de todos aqueles sadios princípios abraçados por Instituições sérias, de grande conteúdo moral e ético.” 
Existem documentos e relatos que comprovam que, após a “Reforma Religiosa”, houve uma escassez de obras, provocando a decadência dos Operativos. 

Com a entrada dos “Aceitos”, em crescente número de príncipes, lordes e homens de cultura, houve uma forte modificação nos hábitos e na maneira de agir dos Operativos. 

Surgindo, em seguida, a Maçonaria Especulativa.

Fonte: pilulasmaconicas.blogspot.com