Em 16/12/2019 o Respeitável Irmão Maurício Américo, Loja Guardiões da Arca da Aliança, 4.167, REAA, GOB-SP, Oriente de São Paulo, Capital, solicita esclarecimentos.
LOJA COMPOSTA POR SETE MESTRES.
Tenho uma dúvida: outro dia fui Mestre de Cerimônias em uma Loja e trabalhamos com sete mestres, porém o Venerável Mestre trocou o Irmão Secretário pelo Irmão Cobridor e quando fui fazer a circulação, não fui na mesa do Secretário, pois não havia um Irmão lá. Fui corrigido pelo Primeiro Vigilante, que eu deveria mesmo não tendo Irmão ir lá na mesa, pois deve fazer a estrela. Eu pergunto: estou errado? Como deve proceder?
CONSIDERAÇÕES:
Mesmo com número reduzido de sete Mestres, no REAA é imprescindível que os cargos de Venerável Mestre, Vigilantes, Orador, Secretário, Cobridor Interno e Mestre de Cerimônias estejam preenchidos (sete Mestres). Conforme seu relato, eu não sei que troca foi essa que o Venerável fez do Secretário pelo Cobridor. Posso dizer apenas que ela é equivocada.
Como existe a liturgia da transmissão da Palavra para a abertura e encerramento dos trabalhos no REAA, na hipótese de haver apenas sete Mestres, então preenchem momentaneamente os cargos dos Diáconos o Mestre de Cerimônias (faz o 2º Diácono) e o Secretário (faz o 1º Diácono). Reitero, nesse caso, os cargos dos Diáconos somente são ocupados provisoriamente, isto é, apenas no momento da transmissão da Palavra, voltando, imediatamente após, cada substituto à titularidade do seu cargo (Secretário e Mestre de Cerimônias). Nesse sentido, os sete cargos imprescindíveis ficam devidamente preenchidos e a circulação, quando da coleta, ocorre passando pelos seis primeiros cargos sem a ausência de nenhum titular no seu lugar.
O que nós precisamos é acabar com essa história de "formação de estrela" para justificar a abordagem durante a circulação das bolsas. Ora, tenho incansavelmente dito que isso não existe, inclusive tenho mencionando que a estrela de seis pontas – formada por dois triângulos equiláteros - nem faz parte do corolário simbólico do REAA. Assim, sem nenhuma justificativa "estrelar", a questão apenas é a dos cargos que devem ser por primeiro abordados.
Ainda no tocante a essa "estrela hexagonal" - inexistente no Rito em questão - é preciso fazer muito esforço de imaginação para dar forma de estrela a uma hipotética figura desenvolvida conforme o trajeto que os oficiais fazem no templo para coletar dos seis primeiros cargos. O máximo que se pode chegar é a uma figura completamente disforme e tosca (basta tentar esboça-la seguindo a posição dos cargos na Loja para ver o resultado).
O que de fato precisamos é deixar de lado esses anacronismos e explicar a liturgia maçônica com fundamento e razão. As vezes chega ser inacreditável que alguém imagine o Mestre de Cerimônias ou o Hospitaleiro oferecendo a bolsa de coleta a uma cadeira vazia para "fazer a estrela" (sic). Como dizia Eça de Queiróz, essa é mesmo d'escrachar.
T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br - 04/03/2020
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