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PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

SIGNIFICADO DAS COLUNAS

SIGNIFICADO DAS COLUNAS
(republicação)

Em 28/06/2016 o Respeitável Irmão Tristão Antônio Borborema de Carvalho, Orador da Loja Obreiros de Abatiá, REAA, Grande Oriente do Paraná (COMAB), Oriente de Abatiá, Estado do Paraná, formula as seguintes questões: 
tristaocajuru@gmail.com 

Minha dúvida é a seguinte: qual o motivo do Primeiro Vigilante estar na coluna B (norte) ter consigo a Pedra Bruta, ter como joia o Nível, como símbolo a força, a coluna ser Dórica e o Segundo Vigilante ter como joia o Prumo, a seu lado a Pedra Polida e a coluna ser Coríntia estar na coluna J (sul) significando a beleza? Quais as razões filosóficas desses significados e utensílios que estão ao seu lado e qual essa relação com Aprendizes e Companheiros das Colunas? Por que o Aprendiz vai do Nível ao Prumo. 

CONSIDERAÇÕES EM LINHAS GERAIS:

DESMONTE DA MAÇONARIA E DA SOCIEDADE

DESMONTE DA MAÇONARIA E DA SOCIEDADE 
Ir⸫ Charles Evaldo Boller 

Os efeitos das evasões na Maçonaria, independente de obediência e país, é resultado de gradual desmonte. As estatísticas demonstram que desde a década de 1950 a Maçonaria é desmontada à semelhança do hodierno Estado brasileiro. Em termos globais o número de obreiros da Maçonaria e os valores da sociedade crescem à semelhança de rabo de cavalo! Os grupos de poder infiltrados na Maçonaria e na política mundial conduzem as instituições ao sabor de suas insidiosas pretensões. No Estado brasileiro é só ler o PNDH-3 e outros projetos e leis para identificar ideologias perniciosas que contribuem ao desmonte da sociedade brasileira. Os valores culturais do brasileiro estão em risco. O legislativo gradativamente altera a ordem cultural brasileira submetido a escusos interesses de poder e economia alienígena. Sociedades como os Estados Unidos da América fenecem debaixo da degradação de valores e princípios. E quando os valores da educação e hegemonia familiar são prejudicados, ao olhar a história da humanidade, em todas as civilizações, esta degradação define desmonte, sobraram de cada civilização apenas resquícios que "mais se parecem com as colunas de um templo druida em ruínas, rude e mutilado em sua grandeza". Por analogia, e devido ao fato do maçom ser parte desta sociedade em dissolução, implica que a ordem maçônica segue o roldão.

domingo, 29 de novembro de 2020

FOTO MAÇÔNICA DE DOMINGO

Por Géplu
Nicole nos enviou esta foto:

No cemitério de Durfort (30), não muito longe da casa de infância de Frédéric Desmons.

É a única tumba maçônica neste lugar quase exclusivamente protestante. 

O esquadro e o compasso estão gravados ao lado do nome deste Irmão.

Se você também estiver perto de sua casa ou em viagem e observar um prédio, objeto ou decoração maçônica ou alvenaria, envie-nos fotos com algumas explicações.

Esses "depoimentos" são muito populares entre os leitores do Blog. (tradução livre)

Fonte: Blog hiram.be

QUESTÕES DE TELHAMENTO

QUESTÕES DE TELHAMENTO
(republicação)

Em 28/06/2016 o Respeitável Irmão Paulo Roberto de Paula Gomes, atual Orador da Loja Acácia de Guarapari, 2.066, REAA, GOB-ES, Oriente de Guarapari, Estado do Espírito Santo, solicita esclarecimentos para o que segue:
ipgl@uol.com.br

Valho-me dos seus conhecimentos para dirimir dúvidas que surgiram em Loja durante sessão para telhamento de 02 Aprendizes para serem Elevados ao Grau de Companheiro. A dúvida é com relação ao curso da sessão: ela teria inicio como Sessão de Aprendiz, para após os telhamentos ser transformada em sessão de Companheiro para votação da aprovação dos telhamentos. Durante a Sessão de Aprendiz, quando um for telhado, o outro deverá cobrir o Templo. E os outros Aprendizes presentes em Loja? Também deverão cobrir o Templo? Ou permanecem em Loja, uma vez que a sessão é de Aprendiz?

CONSIDERAÇÕES:

Não necessariamente os Aprendizes (quaisquer deles) precisem se retirar no momento (tenham o Templo coberto). Entenda-se que o procedimento serve inclusive como instrução para aqueles que no momento assistem o telhamento.

Outro aspecto é que entre Obreiros de um mesmo Grau não existe segredo entre eles, senão o fato de que uns são mais antigos do que os outros, o que se presume os mais antigos possuírem melhor preparo do que os mais novos. Ademais, não seria no momento do exame que o próximo aprenderia a lição.

Após o exame, se a Loja for deliberar sobre o resultado do mesmo, então sim, todos os Aprendizes terão o Templo a eles coberto já que a Loja irá ser transformada em outro Grau para a devida apreciação do teste aplicado. Assim, penso que é um excesso de preciosismo retirar os demais Aprendizes na hora do exame.

Penso que é oportuno o momento para também mencionar a aplicação correta do termo “cobrir”. Tomando por base a questão acima, o Obreiro que se retira do Templo não “cobre o Templo”, porém ele tem “o Templo coberto”. O termo cobrir e os seus derivados, em Maçonaria, significa que o local de trabalho é vedado às vistas e audição daqueles que não estiverem presentes. Isso se explica pelo Landmark do sigilo que permite a participação nos trabalhos maçônicos apenas dos iniciados e destes ainda, apenas aqueles que no mínimo possuam Grau suficiente.

Assim a evolução histórica do termo é a de que os trabalhos são cobertos, o que significa vedados aos que pelo critério do sigilo (cobertura) não podem deles tomar conhecimento. Nesse sentido, quem cobre o Templo é o Cobridor que simbolicamente cuida da única porta existente na Loja (porta do Templo).

Tomado por esse prisma é que se diz em Maçonaria que quem cobre o Templo é o Cobridor e quem é convidado a se retirar por não poder permanecer no recinto é o que tem o Templo para ele coberto.

Entendo que muitos dos nossos rituais ainda insistem em usar termo de modo equivocado, entretanto já está mais do que na hora de extirparmos esse anacronismo (como muitos outros) do nosso convívio, até porque para todas as nossas ações, sem dúvida devem existir explicações. Afinal, se a comida estiver pronta, retira-se imediatamente a panela do fogo antes que ela queime.

T.F.A. 
PEDRO JUK –
jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 2.332– Florianópolis (SC), sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

PÍLULAS MAÇÔNICAS

SIMILARIDADE ENTRE TEMPLO MAÇÔNICO E O PLANETA TERRA

É sabido que no nosso planeta Terra, para se determinar com exatidão um determinado ponto sobre sua superfície, utilizamos de um sistema de coordenadas geográficas denominadas Longitude e Latitude. E, importante, considera o planeta como se fosse uma esfera perfeita.

Assim, existe uma rede de círculos que passam pelos dois pólos do planeta (longitudinais – são os meridianos) e outra rede de círculos paralelos ao Equador (latitude). Assim, a partir dele, o Equador terrestre, contam-se as latitudes (paralelos), em graus, em direção aos pólos.

Nas posições equivalentes a 23° e 27’ para o norte e para o sul, encontramos, respectivamente, o Trópico de Câncer e o Trópico de Capricórnio.

O Templo Maçônico, que simbolicamente, é representação da Terra, também possui essas linhas. As duas Colunas Vestibulares, J e B, no REAA, marcam a passagem, ao Norte (à esquerda de quem entra) do Trópico de Câncer e ao sul (à direita de quem entra) do Trópico de Capricórnio.

A linha central, da porta em direção ao Trono, é a Linha do Equador.

É costume no Rito citado acima que um Irmão quando cruza, no Ocidente, a Linha do Equador, fazer uma leve saudação com a cabeça ao “Delta Sagrado”, representação simbólica do GADU.

A saudação é feita ao GADU e não ao Venerável Mestre, ao contrário do que muitos Maçons pensam.

M∴ I∴  Alfério Di Giaimo Neto
CIM 196017

Fonte: pilulasmaconicas.blogspot.com

O SIMBOLISMO MAÇÔNICO DE PINÓQUIO

O SIMBOLISMO MAÇÔNICO DE PINÓQUIO

Carlo Collodi escreveu em 1882 um livro chamado As Aventuras de Pinóquio, no qual conta a história de um velho mestre artesão que construiu um boneco de madeira.

Essa história simples é salpicada com considerações de ordem moral e da evolução da pessoa, que faz da história um relato iniciático, em que Pinóquio se vai desprendendo de seus muitos defeitos até se tornar um verdadeiro ser humano, uma criança nesse caso. 

Poucas pessoas sabem que o Pinóquio, o boneco de madeira, saiu da mente e da criatividade do escritor italiano Carlo Collodi, não é um conto de fadas. Na verdade, é um romance, mas sua trama infantil suspeita é nada mais do que o veículo por meio do qual Collodi destina-se a entregar uma mensagem profundamente espiritual, iniciática, esotérica, de desenvolvimento pessoal.

sábado, 28 de novembro de 2020

FREQUÊNCIA E OCUPAÇÃO DE CARGOS

FREQUÊNCIA E OCUPAÇÃO DE CARGOS
(republicação)

Em 28/06/2016 o Respeitável Irmão Arilton Barreiros, Loja Cidade Azul, REAA, GOB-SC, Oriente de Tubarão, Estado de Santa Catarina, formula a seguinte questão:
arilton@radiosc.com.br

Na administração de uma Loja, os irmãos que não são eleitos, necessariamente, precisam ter frequência de 50% para ocuparem cargos ou não?

CONSIDERAÇÕES:

Entendo que essa não é só uma questão eletiva ou de ocupação de cargo, mas de obrigação de um maçom, já que aquele que sem justa causa deixar de frequentar os trabalhos da sua Loja pelo menos 50% das sessões nos últimos doze meses terá o seu direito suspenso – Artigo 76 do Regulamento Geral da Federação.

Assim, o Diploma Legal encerra a dúvida, já que sem essa frequência mínima instaura-se um processo para suspensão do Obreiro, por conseguinte, muito menos ele poderá assumir um cargo.

Note que nesse sentido, vosso questionamento é subjetivo (particular).

A propósito, cargos em Loja são privativos de Mestres Maçons.

Por fim, lembro que na questão dos cargos eletivos (Luzes, Dignidades mais o Tesoureiro e o Chanceler) existem regras específicas que devem ainda ser observadas nas devidas orientações legais específicas que regem a elegibilidade ou não de um candidato. Já os demais cargos, são passíveis de nomeação pelo Venerável, todavia por aqueles que têm no mínimo a frequência estabelecida nos regulamentos. O Orador da Loja deve ter discernimento para emitir o seu parecer pela legalidade, a lembrar de que essa Dignidade é o Guarda da Lei, portanto deve no mínimo o sistema legal da Obediência.

T.F.A. 
PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com 
Fonte: JB News – Informativo nr. 2.330– Florianópolis (SC), quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

PAINÉIS E TAPETES

 

CARTA DE LINCOLN AO PROFESSOR DE SEU FILHO

CARTA DE LINCOLN AO PROFESSOR DE SEU FILHO 
(colaboração: Ir∴  Laurindo Gutierrez, Londrina) 

Caro professor, 

Ele terá de aprender que nem todos os homens são justos, nem todos são verdadeiros, mas, por favor, diga-lhe que, para cada vilão, há um herói, que para cada egoísta, há também um líder dedicado; ensine-lhe, por favor, que para cada inimigo haverá também um amigo, ensine-lhe que mais vale uma moeda ganha que uma moeda encontrada, ensine-o a perder mas também a saber gozar da vitória, afaste-o da inveja e dê-lhe a conhecer a alegria profunda do sorriso silencioso, faça-o maravilhar-se com os livros, mas deixe-o também perder-se com os pássaros do céu, as flores do campo, os montes e os vales. 

Nas brincadeiras com os amigos, explique-lhe que a derrota honrosa vale mais que a vitória vergonhosa, ensine-o a acreditar em si, mesmo se sozinho contra todos. Ensine-o a ser gentil com os gentis e duro com os duros, ensine-o a nunca entrar no comboio simplesmente porque os outros também entraram. 

Ensine-o a ouvir a todos, mas, na hora da verdade, a decidir sozinho, ensine-o a rir quando estiver triste e explique-lhe que por vezes os homens também choram. 

Ensine-o a ignorar as multidões que reclamam sangue e a lutar só contra todos, se ele achar que tem razão. 

Trate-o bem, mas não o mime, pois só o teste do fogo faz o verdadeiro aço, deixe-o ter a coragem de ser impaciente e a paciência de ser corajoso. 

Transmita-lhe uma fé sublime no Criador e fé também em si, pois só assim poderá ter fé nos homens. 

Eu sei que estou pedindo muito, mas veja que pode fazer, caro professor. 

Abraham Lincoln, 1830 

Fonte: Informtivo JBNews nr. 072 - 11/11/2010

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

BOLINHAS NO AVENTAL

BOLINHAS NO AVENTAL
(republicação)

Em 28/06/2016 o Respeitável Irmão Antonio Carlos Cardoso, Loja Fraternidade Criciumense, 33, REAA, GLSC, Oriente de Criciúma, Estado de Santa Cataria, formula a seguinte questão: antonioccard@gmail.com

Li um artigo do Irmão sobre o avental do M∴I∴ e para mim não ficou claro o que simbolicamente representam as 7 bolinhas em nosso avental. 

O Irmão poderia me ajudar no esclarecimento?

CONSIDERAÇÕES:

Embora alguns autores tenham se esforçado para dar às ditas bolinhas um significado como as do tipo de “representam os sete planetas”, ou “lembram as Sete Artes e Ciências Liberais”, etc., entretanto, aos olhos da razão essas bolinhas não significam mesmo é nada, senão um conjunto decorativo.

São simplesmente adereços que procuram imitar costumes próprios de uns em outros ritos.

Na verdade essas bolinhas originalmente eram franjas, mas alguém, “procurando pelo em ovo”, inventou essa decoração ao ponto de dar no que deu.

Hoje as bolinhas presas às correntes são um hábito sacramentado entre nós, porém sem significado que venha contentar a realidade.

No que diz respeito às originais franjas no lugar das correntes e bolinhas como cadilhos que enfeitam e guarnecem os segmentos de fitas presos ao avental, o conjunto nada mais é do que a representação simbólica que faz lembrar os antigos aventais operativos que iam fixados à frente do corpo amarrados à cintura, cujos cordões que os prendiam tinham as suas pontas cruzadas às costas e amarradas pela frente (sobre o avental). Esses prendedores, normalmente pelo constante uso, tinham suas extremidades desfiadas, o que lhes dava um aspecto franjado. Nesse particular é que os aventais especulativos da Moderna Maçonaria fazem alusão á essa antiga prática quando imitam com franjas os dois segmentos de fitas fixadas à direita e esquerda pela frente do avental do Mestre. Infelizmente os inventores transformaram as franjas em bolinhas presas às correntes.

Aproveito o ensejo para comentar as “rosetas” do avental do Mestre. Sua origem nada mais é do que a representação dos botões que abotoavam o avental operativo junto ao vestuário (além do mesmo estar amarrado) no intuito de fixa-lo melhor durante os rigores do trabalho, lembrando que os aventais operativos cobriam inclusive a região peitoral do operário e servia literalmente para protegem o corpo no transporte e no desbaste da pedra.

Assim, no intuito de manter essa tradição, muitos aventais especulativos trazem essa simbologia que nada mais é do que uma lembrança dos idos tempos da Maçonaria de Ofício (mas sem bolinhas).

É bem verdade que também essas rosetas já serviram de inúmeras cogitações imaginosas que mais convieram para derramar rios de tinta sobre o papel do que propriamente trazer uma mensagem coerente.

Por fim essa é a história das bolinhas e das rosetas, sendo que essas últimas são substituídas pelo conjunto nível/prumo, vulgarmente chamados de “tau invertido”, no avental do Mestre Instalado.

T.F.A. 
PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 2.328– Florianópolis (SC), segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

VENDAR OS OLHOS - QUAL A FINALIDADE?

VENDAR OS OLHOS - QUAL A FINALIDADE?
Denilson Forato 

Antes de explanar sobre o tema, levo ao conhecimento dos meus Irmãos que o texto abaixo é para que, definitivamente se interrompa a teimosia e a falta de compreensão. Ocorre que, antes mesmo do padrinho  entregar o candidato à Iniciação em nossos Augustos Mistérios aos cuidados do Irmão Terrível, costuma-se vendá-lo lá mesmo onde o encontrou, aí já começa o GRANDE ERRO. Levar o postulante já vendado ao Templo enfraquece e elimina o valor simbólico e toda a preparação para a recepção do candidato pelo Ir.'. TERRÍVEL, este sim o ÚNICO encarregado de vendar o candidato a Iniciação conforme irão perceber após a leitura do texto abaixo. 

A cerimônia da vendagem dos olhos tem enorme relevância, pois é o ponto de partida, ou melhor, o disparo da iniciação. Tem início com o chumaço de algodão branco a ser colocado sobre os olhos. 

A entrega do algodão tem o significado de uma grande doação, o Ir.'. Terrível auxiliado pelo Padrinho entrega ao Postulante, simbolicamente, a maciez, o conforto e a delicada acolhida como o próprio líquido amniótico. 

O branco simboliza a unidade com o GADU, sabedoria, pureza, alegria, reconciliação, regeneração, verdade etc. Contatar o branco como a suprema luz, ou como a marca lívida do cadáver é ter a oportunidade de experimentar a sensação de renunciar a nós mesmos. 

Ao postulante é determinado que coloque o dedo indicador sustentando o chumaço de algodão sobre os olhos. O dedo indicador simboliza aqui o dirigir-se a si mesmo, aquele que dá início ou partida a um acontecimento que visa o autoconhecimento por vontade própria; o dedo indicador relaciona-se com o estômago,órgãoresponsável pela digestão dos alimentos, esotericamente responsável pela digestão das sensações e informações captadas. É colocada a venda preta sobre o algodão. O preto simboliza a noite, que é o prelúdio de uma nova aurora, como o período de vida intra-uterina torna possível o nascimento. O preto e a noite lembram imagens da morte, que nos passam a idéia de mudança de estado, de reencarnação e de ressurreição. 

René-Lucien Rousseau afirma: "A exemplo da Natureza que tira a Aurora da Noite, o Mundo do Caos e a Primavera do Inverno, as religiões da Antigüidade impunham aos candidatos à iniciação provas que transcorriam durante a noite ou nos subterrâneos. Para se tornarem homens novos, para nascerem para a existência espiritual (o nome Renê, em francês, ou Renato, em português, não tem outra origem) era preciso passar por uma morte simbólica. Morrer para a vida de ilusão e das paixões e tornar-se digno, assim, de contemplar o sol resplandecente da verdade". 

O negro, esotericamente, significa mudança de estado. Os olhos correlacionam-se ao discernimento. 

Ao ser privado da luz exterior o Postulante é estimulado a voltar-se para sua própria luz interior, ver e rever seus valores, sobretudo enxergar com o coração, mais do que uma postura, passar a ter uma atitude esotérica, na busca da chama interior para iluminar sua mente. 

Platão em sua lógica magnífica descreve essa experiência por analogia na famosa cena da Caverna, em sua República. 

O beijo nas faces simboliza a bênção (ação do bem), ou seja, o desejo de sucesso na missão tanto no seu aspecto exotérico (exterior - provas - força - resistência) como no sentido esotérico (interior - conhecimento - aprendizado). 

Peço, encarecidamente aos Padrinhos, meus Irmãos que, de agora em diante não vendem seus afilhados antes do mesmo ser entregue a quem deverá fazê-lo, e peço principalmente aos Veneráveis de loja que observem este procedimento, não permitindo que os membros de sua Loja façam com que o candidato seja vendado na rua, em sua casa ou no local previamente acertado para o padrinho ir buscá-lo. 

Não permitam que o simbolismo e a ritualística sejam pisoteados!!!! 

Fonte: www.revistaartereal.com.br

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

EMPUNHANDO A ESPADA

Em 11/06/2020 o Respeitável Irmão Mário L. Caniato, Loja Francisco das Chagas Barros, 2.558, REAA, GOB-SP, Oriente de São Paulo, Capital, solicita a seguinte informação:

EMPUNHANDO A ESPADA

Estamos enfrentando uma dúvida de ritualística no ritual de Iniciação. Gostaria de saber se há alguma regra quando os Irmãos estiverem apontando as espadas ao recém-iniciado. Deverão estes portar a espada apoiada no antebraço esquerdo? Ou ficaria apenas apontando a espada ao recém-iniciado com o braço direito e o braço esquerdo colado no corpo.

CONSIDERAÇÕES:

O protagonista ao empunhar a espada em direção ao Iniciando, imediatamente após o Fiat Lux, deve fazê-lo do seu lugar (primeira fileira de cadeiras nas Colunas Norte e Sul) com a mão direita e respectivo braço e antebraço esticados para frente (direção do Iniciando). Nessa ocasião, quem empunha a espada (mão direita) mantém o braço e antebraço esquerdo estendido (caído) ao longo do corpo normalmente. 

Apontando a espada, o corpo o corpo deve se manter ereto, quer dizer, a prumo, e os pés em esq∴.

Como mencionado, os protagonistas ao apontarem as espadas o fazem do seu lugar, portanto não está prevista nenhuma formação semicircular diante do Iniciando.

Quanto ao gesto de apoiar a espada no antebraço esquerdo é pura invencionice e nada tem a ver com a solenidade do momento. 

Se essa postura grotesca (apoiar a espada no antebraço esquerdo) estivesse prevista, certamente ela estaria descrita no Ritual e no Sistema de Orientação Ritualística (Decreto 1784/2019 do Grão-Mestre Geral), contudo isso não é mencionado em lugar nenhum.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

FRASES ILUSTRADAS

 

LEVANTAR COLUNAS

LEVANTAR COLUNAS

Quando uma Loja maçônica cessas suas atividades administrativas e litúrgicas, diz-se que “abateu colunas”. Um maçom é sempre maçom, não só _ad vitam_, mas eternamente; nada fará com que um maçom deixe de sê-lo; nem sequer a autoridade conseguirá destruir o “novo nascimento” vindo da Iniciação.

A Loja “abatida” poderá, no entanto, reerguer as suas colunas, basta que sete membros se reúnam e solicitem o reerguimento ao poder central, podendo retomar seu antigo nome.

O nome de uma Loja, depois de registrado no cartório de Registro Civil Especial, passa a pertencer ao grupo fundador, ninguém poderá o nome, mesmo se a Loja tiver abatido colunas.

O maçom que se afasta não perderá a condição de Iniciado; será um membro irregular.

“Abater colunas” significa também o desinteresse para com a sua Loja e o seu grupo de Irmãos.

A todo o momento, o maçom poderá tornar a filiar-se, conservando todas as suas antigas prerrogativas.

O “abater colunas” constitui um ato negativo e repudiado por todos, e por esse motivo é que isso não deve, em hipótese alguma, acontecer.

O maçom é, por si só, UMA COLUNA do Templo, e se essa coluna ruir, significará a sua morte.

Fonte: Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 219.

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

INSÍGNIAS NA RECREAÇÃO

INSÍGNIAS NA RECREAÇÃO 
(republicação)

Em 27/06/2016 o Respeitável Irmão Paulo Assis Valduga, Loja Luz Invisível, REAA, GORGS (COMAB), Oriente de São Borja, Estado do Rio Grande do Sul, solicita o seguinte esclarecimento: paulovalduga@gmail.com 

Sobre a vossa consideração sobre a Loja em Recreação, publicada em JB NEWS 2.095, faço a pergunta: as Luzes e Oficiais permanecem com suas joias? Pela vossa resposta creio que permanecem com suas joias, ficando abolidos apenas os sinais de reconhecimento, no entanto, por estas bandas, é costume nas ditas Sessões Brancas retirarem as joias. Quando fui VM não me utilizei nem do "tempo de recreação", tampouco da transformação da sessão em "sessão em família", apesar de nossos rituais (GORGS) trazerem em seu bojo, e caso os assuntos mereciam uma discussão mais aprofundada, com réplicas, tréplicas e "coisa e tal", marcava uma Sessão Administrativa para que a matéria fosse tratada de forma ampla e informal, o que me levou a tomar cacetadas por todos os lados. 

Tomo a liberdade de enviar alguns traçados sobre a egrégora, sobre a qual tenho tantas dúvidas como meu Irmão. 

CONSIDERAÇÕES:

Não existe a mínima necessidade das Luzes, Dignidades e Oficiais da Loja se despirem das suas joias numa situação dessas. Isso é mero excesso de preciosismo e não serve para nada. Aliás, serve sim, porém para engordar o cardápio dos enxertos que assolam a nossa Maçonaria. 

No que diz respeito ao tempo de recreação, sem dúvida que o melhor mesmo é não apressar os fatos. Ideal mesmo é uma Sessão Administrativa previamente marcada. Nesse sentido indubitavelmente se dá melhor andamento para as discussões (sem a formalidade ritualística). A praxe nesse é levar o resultado pronto desses debates para uma Sessão Ordinária (em outro dia) para a competente aprovação do assunto já esmiuçado (sem mais discussões). 

Sobre a tal “egrégora”, penso que todos conhecem a minha opinião a respeito. Não discuto aquilo que não conheço e não quero conhecer. Defini-la então, não dá mesmo, já que o termo nem mesmo faz parte do idioma vernáculo. A propósito, essa dita egrégora é assunto que me parece não fazer parte da racionalidade maçônica. Mesmo assim, respeito às opiniões de outrem, porém não me obrigo a dela compactuar. 

T.F.A. 
PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com 
Fonte: JB News – Informativo nr. 2.325– Florianópolis (SC), sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

MINUTO MAÇÔNICO

PLANO DE TRABALHO

1º - Como se sabe, o ensino maçônico no simbolismo, comporta três degraus:

2º - A Aprendizagem, durante a qual o Maçom procura alcançar um profundo conhecimento de si mesmo.

3º - O Companheirismo, em que o Maçom empreende o conhecimento do mundo exterior e de suas atividades.

4º - O Mestrado, isto é, o emprego dos conhecimentos adquiridos para contribuir ao bem comum, participando fraternalmente com a integração Universal.

5º - Este é o plano de trabalho que deve ser organizado pelas Luzes da Oficina, plano que deve ser posto em ação de maneira razoável, gradativa e sábia.

Fonte: http://www.cavaleirosdaluz18.com.br

MINUTO MAÇÔNICO

TRABALHO

1º - É o nome que se dá em Maçonaria, a toda obra, exercício ou ocupação, a toda atividade de seus membros, dedicada à Instituição, na Loja ou fora dela. Dá-se também este nome para designar os escritos ou discursos maçônicos.

2º - A Loja é simbolizada por uma Colméia, sendo o Avental o símbolo do trabalho, do labor, pois lembra que um Maçom deve ter sempre uma vida ativa e laboriosa.

3º - Não sendo nem um partido nem uma casta, a Maçonaria apela para todos os homens livres e de bons costumes que acreditam na perfectibilidade das instituições humanas e que nelas queiram trabalhar livremente.

4º - Os trabalhos ritualísticos formam realmente a base essencial da obra de ensino das nossas Lojas.

5º - O Trabalho Maçônico concretiza-se de certa maneira pela educação e pela instrução do adepto, a fim de que ele possa a seu modo, desenvolver-se intelectual e moralmente.

Fonte: http://www.cavaleirosdaluz18.com.br

MAÇONARIA "TÓXICA"?

MAÇONARIA "TÓXICA"?

Naturalmente que quem ler o título da publicação de hoje por certo ficará reticente com o que poderá encontrar nela pelo facto da afirmação escrita por mim ser um tanto forte. Mas desengane-se o leitor, uma vez que, aquilo que o título poderá encerrar não será na verdade o mais correto, apesar de ser uma assunção que para alguns detratores da Ordem Maçónica seria o quanto bastaria um maçom fazer para que todas as opiniões e ideias que têm da Maçonaria serem as "verdadeiras". O que não é o que pretendo com a afirmação que fiz nem é a constatação da realidade em que vivemos.

Quando eu falo em Maçonaria “tóxica” naturalmente que não posso afirmar tal sobre uma tão proba e augusta Ordem como o é na realidade a Maçonaria. Abordo sim, os seus elementos, os maçons. Pois uma coisa é a Instituição Maçónica em si, outra coisa totalmente diferente são os membros que a compõem; Homens com as suas virtudes - e que na sua larga maioria é gente que as tenta enaltecer e potenciar-, mas também com os seus defeitos próprios e naturais. O que importa realmente é o que fazer com estes últimos que citei…

Todavia, não querendo eu efetuar uma análise extensiva sobre o assunto em si mas apenas abordando a toxicidade existente na Maçonaria num sentido lato, quero eu dizer e reafirmando o que atrás disse, a Maçonaria nunca poderá ser tóxica na sua vivência nem na sua praxis, mas antes sim, os seus membros. E esta sua toxicidade - dos seus obreiros - apenas poderá porvir do seu carácter, da sua conduta, da sua forma de viver e estar…

Parece que fiz uma afirmação austera demais e inglória?!

Não!

Disse apenas o que se pode constatar na realidade.

Se a Maçonaria é formada por pessoas com vários caracteres e feitios, existem os “bons maçons” mas infelizmente também, existem aqueles maçons cuja forma de estar intoxica a Ordem que os acolheu e que em última instância acabarão por (tentar) intoxicar os demais. 

Quando falo em maçons “tóxicos”, estes são aqueles maçons que não trabalham em prol da Ordem, não aprendem nem desejam aprender, nem estão sequer motivados para tal; não se comprometendo com nada e se o fazem, fazem-no por "obrigação" e os resultados dessas ações serão por demais evidentes; não praticam os ensinamentos ou os ideais da Maçonaria tanto na sua vida pública como no seu foro privado, que se abstêm de comparecer nas sessões ordinárias da sua Respeitável Loja; que a sua conduta é diferente daquilo que dela tanto propalam, mas que também para além disso, nas suas condutas profanas geralmente são pessoas que envenenam as suas relações profissionais, familiares e fraternais - isto, se as tiverem (!) - E se os há…

Uns sentem-se tão cheios de si, empertigados pelos seus “pedestais” e “medalhas”, outros falando por boca alheia sem meditar no que estão a dizer, cedendo o seu melhor bem que é o seu “pensamento” a outrem, preferindo ser instrumentalizados como “marionetas” a bel-prazer de quem melhor possa atribuir encómios à sua pessoa ou até mesmo se submeterem a aqueles a quem possam retirar qualquer tipo de benefício ou dividendo para si próprios, manipulando a longa lista de contatos a que podem ter acesso pelo simples facto de terem entrado numa Ordem universal e com elevado número de membros.

Estes serão aqueles que geralmente se diz que "entraram na Maçonaria, mas que ela nunca entrou neles..."
Os tais afamados "erros de casting"!

Mas apesar destas situações que confirmo a sua existência – nada que não seja natural nas várias instituições ou grupos sociais que o Homem integre; a Maçonaria é o “espelho” da sociedade em que se insere (!) – “não podemos tomar o todo por alguns” e a maioria suplanta amplamente esses poucos que o tempo sempre se encarrega de extirpar – quais cancros sociais – e são esses - a maioria - que no fundo fazem e refazem as instituições por onde passam, limpando e renovando a imagem que por vezes se torna imunda, pelas atitudes que de lés-a-lés são tornadas públicas, por gente que, talvez, nunca deveria ter sido cooptada pela Ordem.

O que se pode concluir é que a toxicidade existente na Maçonaria não é uma toxicidade "química" mas antes um certo tipo de toxicidade social e comportamental de uma parte ínfima dos seus obreiros.

E que estas pessoas que intoxicam a Instituição Maçónica acabam por dar algum eco e razão aos detratores da Ordem, pois não poderemos nós nunca olvidar que os maiores inimigos da Maçonaria são e serão sempre os Maçons, disso tenho eu a certeza .

E o que fazer com estes “seres tóxicos” que deambulam por uma tão Augusta Ordem?

Dar-lhes “corda” suficiente para se “enforcarem”?

Entregar-lhes o “combustível” e o “detonador” necessário para se “queimarem”?

Deixá-los "caminhar até à ponta do precipício e incitá-los a saltar"?

Ou tentar lhes demonstrar que o caminho que por ora seguem é um caminho para o “abismo”, possivelmente sem retorno, e que se tomado de forma inadvertida ainda poderá ter regresso ao trilho correto?

Algumas vezes pensei que a última sugestão/possibilidade seria a mais certa. Mas hoje em dia começo a ficar titubeante com a decisão a tomar. Se devo tomar a decisão que se suporia como sendo a mais correta ou se aquela que melhor me servirá…

De facto todos na nossa vida pessoal e em situações extremas, temos sempre uma atitude de “sobrevivência” e por isso mesmo temos a tendência de olharmos para o nosso “umbigo” e esquecer por breves instantes o bem comum. - O que não deveria acontecer, mas como humanos que somos, tal é sempre mais forte. Não podemos negar a nossa natureza e existência animal ! 

Queira eu por isso e principalmente com o auxílio do Grande Arquiteto, com a sua Luz e Sabedoria, tomar sempre as melhores decisões que possa tomar em qualquer momento e agir de forma a que os meus pares, principalmente os que me reconhecem e que eu reconheço como tal - eles saberão por certo quem serão - nunca se sintam envergonhados pela minha conduta, seja esta demonstrada através de ações, omissões e/ou palavras... Porque se por vezes é necessário se falar e muito dizer (nem que seja para criar certo "ruído de fundo"), noutras situações será preferível não o fazer sequer.

Aliás sempre retive para mim que o "poder" do silêncio reside não quando nada se diz, por nada se ter para falar; mas antes sim, quanto muito temos para dizer e preferimos conscientemente nos manter calados...

Quanto aos seres tóxicos que por aí deambulam, esses, terão de fazer por eles…
Até porque se afirmam que também nem sabem ler nem escrever, alguns até mesmo dificilmente conseguiriam soletrar... até mesmo a sua língua materna!

Fonte: http://a-partir-pedra.blogspot.com.br

terça-feira, 24 de novembro de 2020

SINAL DE SOCORRO

SINAL DE SOCORRO 
(republicaçÃO)

Em 24/06/2016 o Respeitável Irmão Igor Diehl Porto, Loja Obreiros da Pedra, 118, GLRGS, Oriente de Canoas, Estado do Rio Grande do Sul, solicita a seguinte informação: igordp@beckerediehlporto.com.br 

Procurei na literatura, inclusive em suas respostas algo acerca do sinal de socorro do Mestre Maçom, mas encontrei pouca literatura. O Irmão poderia informar qual a origem de tal sinal e sua exegese? 

CONSIDERAÇÕES:

Sinais Maçônicos têm sido na Moderna Maçonaria tratada como um segredo inviolável para o Maçom, até porque um não iniciado de posse do seu conhecimento poderia ter acesso aos trabalhos maçônicos que são passíveis de cobertura. 

A origem dos Sinais maçônicos está no período do Ofício quando as guildas de construtores medievais da pedra calcária, precursoras da Francomaçonaria, os seus membros eram instruídos com métodos de reconhecimento, já que, sob a proteção da Igreja-Estado da época, os artífices podiam se deslocar livremente para a contratação e execução de obras. Em síntese, um obreiro regular de uma guilda de construtores de posse de Sinais, Toques e Palavras podia ser reconhecido sem ter que passar horas e horas no desbaste de uma pedra para provar a sua habilidade. 

É verdade, porém, que havia na época uma enorme quantidade de Sinais, o que pode ser averiguado através dos Manuscritos – conhecidos como Antigas Obrigações – e também nas revelações contidas nas obras espúrias, a exemplo do Masonry Dissected de Samuel Prichard datado de 1.730. 

Não raras vezes, as confrarias de construtores possuíam suas particularidades regionais, de tal modo que muitos dos Sinais se diferenciavam entre uns e outros, embora na sua grande maioria sempre estivessem nos seus movimentos relacionados aos instrumentos do ofício (Esquadro, Nível e Prumo). 

Assim, ao longo dos anos, muitos procedimentos acabaram por se perder e outros evoluíram junto com a Ordem, desde o seu período Operativo (de Ofício), ao Especulativo e por fim na Moderna Maçonaria, sendo que nessa última, os Ritos absorveram e qualificaram os Sinais de acordo com a quantidade dos seus Graus. 

Na questão prática e genérica, os Sinais de reconhecimento sempre foram pautados pela discrição, de modo que não pudessem ser facilmente percebidos e interpretados pelos Cowans. O termo Cowan se deriva de um dialeto no norte da Escócia e significa “aquele que constrói muros de pedra sem argamassa” e se refere ao construtor picareta, sem qualificação, já que sem o cimento para ligar o assentamento, as pedras só empilhadas simplesmente se constituem numa parede frágil e sujeita à fácil destruição – em tese, na atual Maçonaria seriam os não iniciados (profanos). 

À bem da verdade, os Sinais sempre fizeram parte dos segredos da arte de construir na Sublime Instituição e alguns deles, além do reconhecimento pessoal, serviam também para pedir ajuda nas necessidades prementes, sobretudo quando um membro do ofício estivesse em perigo e precisasse ser conduzido a porto de salvamento. 

Assim o Sinal de Socorro também foi muito utilizado pelos integrantes da Ordem nas conquistas sociais, sobretudo nos movimentos libertários que envolviam vez por outra escaramuças armadas e sentenças de morte – vale a pena conferir que não raras vezes maçons estiveram presentes em ambos os lados da contenda, a exemplo do que aconteceu na Revolução Francesa. 

Atualmente, conservando também a tradição iniciática, a Maçonaria adota os Sinais, Toques e Palavras de reconhecimento como prática haurida dos nossos ancestrais operativos. Nesse interim, muitos Ritos mantém a prática de ensinar aos seus membros que alcançaram a plenitude maçônica (Grau de Mestre) um Sinal que serve para pedir ajuda numa real necessidade. No caso do REAA∴ temos um gesto dos mais tradicionais (além da sua variação), cuja postura e forma de proceder envolvem discrição e atenção, já que o maçom que pede ajuda, também deve estar atento e pronto ao perceber pedido de socorro de um Irmão necessitado. 

No que diz respeito à interpretação do Sinal de Socorro no REAA∴, bem como a sua variação (S∴, C∴ e J∴, ambos são hauridos da Lenda do Terceiro Grau e de uma antiga lenda noaquita (Noé e seus três filhos). À bem da verdade essa relação está na alegoria da Natureza e a morte do Sol que deixa a mãe Terra viúva uma vez por ano (a m∴ oo∴ ff∴ da v∴). É uma relação deísta e iniciática que sugere um Sinal de Aflição que é dado em caso de perigo de morte. 

Conforme Allec Mellor in Dictionaire des Franc-Maçons et de La Franc-Maçonnerie, muitos autores citam casos em que maçons puderam salvar suas vidas desta forma diante do inimigo ou de uma insurreição. 

Quanto a sua exegese, o Sinal de Socorro denota simbolicamente um gesto de pavor e desespero diante de uma situação. 

Concluindo, remeto-o a uma competente Peça de Arquitetura de autoria do Respeitável Irmão Hercule Spoladore com o título de “Sinais Maçônicos Antigos”, cujo escrito segue anexo para auxiliá-lo na compreensão do fato. 

T.F.A. 
PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com 
Fonte: JB News – Informativo nr. 2.323– Florianópolis (SC), quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

A MAIS SUBLIME CERIMÔNIA

A MAIS SUBLIME CERIMÔNIA 
Ir∴Valdemar Sansão 

O progresso dentro da Maçonaria exige dos seus membros a passagem por tantas outras cerimónias de admissão nos graus; há contudo uma cerimónia que está acima da concessão de qualquer grau, e a mais sublime de todas elas, é a Cerimónia de Instalação. 

Instalação é o acto pelo qual se dá posse de um cargo ou de uma dignidade: Investidura. Chama-se Instalação somente aquela que concede o direito de exercer privilégios de um ofício. Em Maçonaria, diz-se do acto que inaugura uma Oficina devidamente autorizada e na qual é instalada a sua primeira administração. Os Oficiais de uma Loja, depois de sua eleição e antes de poderem exercer as suas funções, devem ser instalados. É, principalmente, a cerimónia pela qual os Grãos-Mestres e os Veneráveis são colocados no trono da sabedoria.

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

ABSTENÇÃO NO ESCRUTÍNIO

ABSTENÇÃO NO ESCRUTÍNIO
(republicação)

Em 02.08.2016 o Respeitável Irmão Amir Heinrichs, Loja Aliança do Ocidente, 3.684, sem mencionar o nome do Rito, GOB-PR, Oriente de Santa Helena, Estado do Paraná, formula a seguinte questão:
assistel@yahoo.com.br

Em qual momento o Irmão pode abster-se de uma votação. Pois, o que ocorreu na nossa Loja em sessão Econômica de Aprendiz Maçom em função da votação para a entrega de proposta de admissão a um profano um Irmão quis abster-se de votar, porém no Procedimento Ritualístico do 1º Grau na página 35 onde trata do escrutínio, diz que nenhum Irmão pode abster-se de votar.

Porém o Irmão disse que iria pedia ao Venerável Mestre para cobrir o templo e ficar na sala dos Passos Perdidos até passar a votação em pauta. Está certo isso?

Qual seria a melhor forma de fazer a votação para a entrega da proposta de admissão a um profano sem que o proponente, fique chateado em caso de negação do profano. Pois quando o Venerável recebe a previa e a lê na próxima sessão, onde por 30 dias fica afixado no mural da Loja vem a votação para a entrega da proposta e aí que surge o problema. Gostaria que dentro do seu tempo nos auxilia-se.

CONSIDERAÇÕES:

DIÁCONO

DIÁCONO 
Ir∴ Fernando de Faria 

Em termos meramente etimológicos, Diácono é o que se coloca a serviço de alguém, "aquele que serve". Genericamente todo cristão é um Diácono de Deus (servidor, ministro). Assim, Paulo, o Apóstolo, se autodenomina e a todos que servem a Deus ou a Cristo. Mencionam-se nas Sagradas Escrituras: "Timóteo, Ministro de Deus" (I Tessalonicenses 3:2); "Apolo e Paulo, Servos do Senhor" (I Coríntios 3:5); "Epafras, Ministro de Cristo" (Colossenses 1:5). Servo ou Ministro, em grego bíblico, apenas Diáconos. 

Ordenação de Diácono
Raramente no feminino, em linguagem arcaica o vocábulo diakonos ligava- se ao verdo diakoneõ – "trabalhar como criado, servir". Embora possa parecer palavra composta do prefixo dia = através – não há essa composição. Na realidade, origina-se do micênico kasikonos = "trabalhador, companheiro". Mais tarde, no grego clássico, teria o sentido de "servidor, mensageiro" e no grego helenístico, especializando-se, seria relacionado a "servidor de um Templo"

Na comunidade de Jerusalém, ainda no primeiro século cristão, o nome Diácono identificava um determinado cargo comunitário voltado ao atendimento das necessidades materiais dos membros da jovem igreja, como hoje, por analogia, mais ou menos se espera, em Lojas Maçônicas, que seja feito pelos hospitaleiros. Bem se sabe que, logo nos primeiros dias da Cristandade, devido a problemas específicos, eis que a distribuição de bens e cuidados não se fazia de modo eficiente, foi necessária uma separação, distinguindo-se o Ministério da Palavra. Coube aos Diáconos, então instruídos, uma segunda função, de caráter caritativo ou assistencial, de atendimento às viúvas, órfãos e enfermos. Diziam os Apóstolos: "Não é razoável que abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas" (Atos, 6:2). O primeiro mártir, Estevão, foi um Diácono – alguém que servia os próprios irmãos. 

Na Igreja posterior, primeiro no Oriente e, a partir do século V, também no Ocidente, tem-se notícia das diaconisas: mulheres incumbidas de instruir e batizar outras mulheres. Em Roma, o Diácono veio e instituiu-se em uma espécie de Segundo Grau, abaixo dos Padres ou Presbíteros. Nas denominações evangélicas há Diáconos e Diaconisas, genericamente incumbidos da assistência aos Irmãos. 

FONTES MAÇÔNICAS 

Os britânicos constituem-se em excelente fonte de estudos. Possuem documentos antigos e deram forma e consistência à Maçonaria que praticamos. A Grande Loja, The Premier Grand Lodge, organizada em Londres (1717), é o ponto obrigatório de passagem na história da Maçonaria em todas as partes do mundo. As velhas Lojas de Operários medievais não deixariam sucessores, caso não fosse criada a Grande Loja londrina, historicamente a primeira Obediência. Depois a idéia difundiu-se pelo Continente Europeu: França, Itália, Alemanha, Espanha, Portugal. Foi à América. Criou-se, inclusive, uma área latina, sob predominância cultural francesa, que viria a se constituir em origem da Maçonaria no Brasil, mas as raízes deste movimento moderno estão em seio inglês. Por isso é útil o exame dos Rituais ingleses. 

A Grande Loja de Londres, ao ser fundada em 1717, não adotava Diáconos. Por certo, segundo evidências de que nos fala Harry Mendoza e nos fornece detalhes Harry Carr, o cargo existiria na Most Ancient. 

Fonte: Informativo JBNews nº 0071 - 10/11/2010 

domingo, 22 de novembro de 2020

FOTO MAÇÔNICA DE DOMINGO

Por Géplu

Foi Christian quem nos enviou esta foto.

Estou lhe enviando esta foto que tirei enquanto estava em Dieppe. 

Este edifício está localizado na esquina da Rua Desmarets com a Rua Jehan Véron. 

Não consegui obter uma explicação para este óbvio sinal maçônico na fachada. 

Talvez alguns Irmãos de Dieppe possam nos esclarecer.

Um Irmão ou Irmã de Dieppe certamente poderia iluminar os leitores do Blog Maçônico sobre a história desse edifício, um pouco cansado, e que também traz a menção do ano de 1868. Um antigo templo? ...

Se você também estiver perto de sua casa ou em viagem e observar um prédio, objeto ou decoração maçônica ou alvenaria, envie-nos fotos com algumas explicações.

Esses "depoimentos" são muito populares entre os leitores do Blog. (tradução livre)

Fonte: Blog hiram.be

FOTO MAÇÔNICA DE DOMINGO

Por Géplu



Foi Michel quem nos enviou essas fotos.

Enquanto estava na Polônia e visitando o centro histórico de Cracóvia, minha atenção foi atraída para um friso pintado no nível superior da fachada de um edifício.

Olhando mais de perto esses desenhos, percebi a presença de um belo delta luminoso.

Se alguém souber o que é esse prédio ...

Se também estiver perto de casa ou em viagem e notar um edifício, um objeto ou decoração maçônica ou uma decoração tipo alvenaria, envie-nos fotos com algumas explicações.

Esses "depoimentos" são muito populares entre os leitores do Blog. (tradução livre)

Fonte: Blog hiram.be

PÍLULAS MAÇÔNICAS

FREDERICO II, REI DA PRÚXXIA E O SUPREMO CONSELHO DO REAA - A LENDA

O nome de Frederico II, Rei da Prússia, é encontrado nos Rituais escoceses dos Altos Graus (REAA), com alta freqüência, e é tido como criador e autor dessa Ordem.

É dito que o Rito Escocês Antigo e Aceito de 33 Graus repousa nas Grandes Constituições de 1º de maio de 1786, feitas por Frederico II, Rei da Prússia.

Tomando por base o livro "Frederico, o Grande e a Maçonaria" do Mestre Kurt Prober e o livro "O Rito Escocês Antigo e Aceito" do Mestre José Castellani, veremos que tal afirmativa não é um fato histórico e sim, uma farsa que deve ser, atualmente, considerada como uma lenda, como muitas outras que se tem na Maçonaria.

É sabido que, em 1786, Frederico II era um idoso doente e acamado. Não estava mais participando da Ordem Maçônica já fazia um bom tempo. Foi Iniciado em 1738, escondido de seu severo pai, fundou e foi Grão Mestre da Grande Loja "Três Globos", em 1744. Aparentemente, finalizou , em 1747, suas atividades maçônicas (Rebold).

Além do mais, esse fato, ficou desconhecido do mundo maçônico de 1786 até 1804. Por que?

Essa afirmativa de ter sido ele, Frederico II, o "fundador" do primeiro Supremo Conselho do Grau 33, não tem, hoje, qualquer credibilidade entre os verdadeiros escritores históricos maçônicos da nossa Ordem.

O inicio dos Altos Graus do REAA foi em Paris, em 1758, com a criação do Conselho dos Imperadores do Ocidente e do Oriente, que instituiu o Rito de Perfeição ou de Héredon, com 25 graus, influenciado pela Aristocracia e, possivelmente, do Alto Clero, através da Ordem dos Jesuítas (vide Pílula Maçônica nº 38).

Qual o motivo, então, de ter aparecido essa "falsa versão" dos fatos históricos?
Ora, os interesses políticos e a vaidade, sempre existiram em todos os setores, inclusive na Ordem Maçônica. Os países da Europa, com toda sua tradição e imponência, não poderiam, jamais, aceitar que fato tão importante para a Maçonaria tivesse berço num país "selvagem", como era considerado os EUA, naquela época.

M∴ I∴  Alfério Di Giaimo Neto
CIM 196017

Fonte: pilulasmaconicas.blogspot.com

DATA SHOW NA LOJA

DATA SHOW NA LOJA 
(republicação)

Em 05/08/2016 o Respeitável Irmão Domingos V. Costa Filho, Loja Tríplice Aliança, REAA, GOB- PR, Oriente de Toledo, Estado do Paraná, solicita a seguinte informação: 
ta3277.vm@gmail.com 

Ontem passei por uma situação, de certa forma constrangedora na reunião, da qual gostaria de conhecer os procedimentos ritualísticos. Por orientação do eminente GM, preparei uma apresentação do que foi a Poderosa Congregação realizada em Curitiba. Deixei para apresentar no tempo de estudos de uma reunião de Aprendiz. Para apresentação usei de tecnologia com data show. A projeção foi feita na parte da porta do templo. Para uma melhor explanação fui ao centro do templo e pedi que os irmãos que sentavam ao fundo ocupassem assentos mais ao meio. Foi bem interessante a apresentação, até o momento que fui fortemente criticado por um M∴ I∴ pelo fato de ter saído do meu local para a apresentação com a bíblia aberta, ter deslocado o 1º Vigilante para assistir a apresentação. 

Conhecendo sua competência e conhecimento ritualístico, gostaria de receber suas críticas quanto ao meu procedimento de ter feito dessa forma e sugestões de como proceder se caso for fazer uma apresentação. Se podemos dispor de recursos tecnológicos ou só a leitura para não mudar nada durante a reunião. 

Antecipadamente agradeço. 

CONSIDERAÇÕES:

Vejo a questão pelo seguinte ponto de vista: se a sessão é ordinária e ritualística nada impede o uso de data show para apresentações de interesse maçônico em Loja, entretanto, existe uma disciplina para tal, ou seja, em Loja aberta há que se observar à ritualística – nesse caso todos assistem a apresentação dos seus respectivos lugares como regra litúrgica, já que os deslocamentos e ocupação dos lugares devem estar de acordo com o previsto no ritual. 

Assim, para que se evitem essas contradições, é preferível fazer esse tipo de apresentação sem que haja abertura ritualística da Loja, simplesmente se usando o recinto para tal, porém sem abertura dos trabalhos. 

Essas apresentações que demandam de melhor agrupamento das pessoas para o conforto audiovisual, também podem ser executadas em outros espaços que não o da Loja propriamente dito. Foi o caso da reunião da Congregação Estadual que se reuniu no auditório do GOB-PR. 

Concluindo, eu penso que tudo é uma questão de organização prévia para que antes sejam avaliadas as situações sem que possam se apresentar dissabores futuros e outras contradições. Digo isso porque vivemos numa matriz latina de Maçonaria onde herdamos esse costume de se reunir ritualisticamente uma vez por semana, inclusive para deliberações. Por assim ser, vivemos o estigma da regra de se pensar que tudo tem que ser feito em Loja, isso além daqueles outros que nas raias do exagero também rotulam a Loja como um espaço sagrado à moda religiosa. Prevendo esses acontecimentos é melhor antes avaliar a situação. Eu convocaria uma sessão administrativa para esse tipo de apresentação, o que me faria fugir da ritualística durante a exposição – contentaria “gregos e troianos”. 

E.T. - Em Loja aberta, salvo se o ritual determinar alguma outra situação, todos os Obreiros ocupam os seus respectivos lugares. 

T.F.A. 
PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com 
Fonte: JB News – Informativo nr. 2.318– Florianópolis (SC), sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

PÍLULAS MAÇÔNICAS

GARANTE DE AMIZADE

Trata-se de uma espécie de “contato Maçônico” que duas Potências Maçônicas trocam entre si.

Garante de Amizade é a expressão usada pela Maçonaria nos países sul americanos. No restante do mundo é chamado de “Grande Representante”.

Desse modo, quando duas Potencias Maçônicas se “reconhecem”, é regra que troquem Garantes de Amizade, destinados a garantir as suas relações. Seríamos, então, tentados a ver nesses últimos, algo como “embaixadores”. Não é isso!

As relações inter-potências maçônicas oficiais de Grandes Lojas (Grande Oriente) de países diferentes não comportam representações diplomáticas permanentes como as que existem entre os países, e a escolha dos garantes de Amizade cabe às suas Potencias de origem (Alec Mellor).

No Regulamento Geral da Federação (RGF – GOB), temos no artigo 167:

Art. 167 – O Garante de Amizade é o Representante da Potência Maçônica estrangeira junto ao Grande Oriente do Brasil, por este indicado, ou o Representante do Grande Oriente do Brasil junto à Potência Maçônica estrangeira, por esta indicado.

§ 1º – Para ser nomeado Garante de Amizade, por Potência Maçônica estrangeira, para representá-la junto ao Grande Oriente do Brasil o Maçom necessita, no mínimo, satisfazer os seguintes requisitos:

I – estar colado no grau de Mestre há mais de três anos;
II – conhecer a língua falada no país da Potência Maçônica estrangeira que pretende representar ou, pelo menos, inglês e espanhol;
III – ter capacidade financeira e disponibilidade de tempo para visitar a Potência Maçônica estrangeira.
IV – Estar em pleno gozo de seus direitos maçônicos perante o Grande Oriente do Brasil.

§ 2º – São atribuições do Garante de Amizade:

I – visitar a Potência pela qual foi nomeado pelo menos a cada dois anos;
II – manter correspondência epistolar com a Potência que representa, estimulando a troca de publicações, livros e outras informações;
III – estar presente nas solenidades de relevância que ocorram na Potência Maçônica estrangeira que representa;
IV – fazer relatório anual de suas atividades e encaminhá-lo ao Secretário-Geral de Relações Exteriores;
V – comparecer à Reunião Anual de Garantes de Amizade.

§ 3º – Aos Garantes de Amizade é facultado o uso de paramentos próprios.

M∴ I∴  Alfério Di Giaimo Neto
CIM 196017

Fonte: pilulasmaconicas.blogspot.com

GUARDA DO TEMPLO

GUARDA DO TEMLO
Ir∴ Eduardo José da Fonseca Costa
ARLS “União e Paz” no 166

As atribuições dos Guardas do Templo são melhor elucidadas quando se lhe especula as funções em um nível mais transcendental...

O R.I. institui o cargo de Guarda do Templo, conquanto delegue a determinação de suas funções aos manuais ritualísticos (art. 172). No entanto, o mesmo R.I. prescreve tratar-se de cargo oficial provido por eleição (art. 159, caput), em que são investidos, exclusivamente, pois, Mestres Maçons (ex vi do art. 117, § 3o, da CGLESP). Embora seja um cargo elegível, a CGLESP não lhe prevê os requisitos de elegibilidade, tratamento este só dispensado para os cargos de Venerável Mestre, 1º Vigilante, 2º Vigilante, Orador e Tesoureiro (art. 117, caput e §§). Trata-se de uma lacuna, porém, facilmente colmatável após uma análise histórica da tradição do Guarda do Templo.

sábado, 21 de novembro de 2020

VIGILANTE AO LADO DO VENERÁVEL

VIGILANTE AO LADO DO VENERÁVEL
(republicação)

Em 23/08/2016 o Respeitável Irmão Carlos Toledo, Venerável Mestre da Loja Trabalho, Cultura e Perfeição, REAA, GOB, Oriente de Aparecida de Goiânia, Estado de Goiás, faz a seguinte pergunta em caráter de urgência:

Na intenção de melhorar os conhecimentos da Loja, gostaria de saber se me é permitido colocar ao meu lado o Segundo Vigilante por ocasião de uma Sessão de Instrução aos Aprendizes e o Primeiro Vigilante na Sessão de Instrução dos Companheiros.

CONSIDERAÇÕES:

Em sendo uma Sessão normal (das previstas no RGF) isso não é possível, até porque existe um Decreto sob o nº 1469 de fevereiro de 2.016 do Grão-Mestre Geral que ordena e disciplina a ocupação das duas cadeiras de honra que vão colocadas à direita e à esquerda do Venerável Mestre. Assim, sob a óptica da legalidade, no Decreto mencionado não está prevista a ocupação dessas cadeiras pelos Vigilantes durante a Sessão.

Penso que se essa prática for destinada à instrução, então o Venerável pode convocar uma instrução simulando uma sessão maçônica, isto é, não abrindo oficialmente a Loja (fora do calendário), senão como uma espécie de ensaio (treinamento) que objetiva dar experiência aos ocupantes de cargos em Loja.

Nesse sentido, sem que seja uma Loja oficialmente aberta, vejo existir a possibilidade para esse tipo de treinamento para os Vigilantes.

Agora reitero que isso não é possível numa Sessão Ordinária, justamente pelo fato de não haver previsão legal para o fato. Temo que uma orientação nesse sentido possa comprometer o andamento correto dos trabalhos, lembrando que numa sessão normal, Luzes, Dignidades e Oficiais ocupam cada qual o seu lugar previsto no Ritual.

Finalizando, deixo então a opção de que apenas se simule uma sessão para treinamento, cujo objetivo é mesmo a instrução, se esse for o desejo da Loja.

T.F.A. 
PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 2.316– Florianópolis (SC), quarta-feira, 1º de fevereiro de 2017

PAINÉIS E TAPETES

 

BARÃO DO RIO BRANCO

BARÃO DO RIO BRANCO

José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco (1845 -1912), foi um advogado, diplomata, geógrafo, professor, jornalista e historiador brasileiro.
 
É considerado o patrono da diplomacia brasileira e uma das figuras mais importantes da história do Brasil.

Iniciou-se nas letras em 1863, na revista Popular. Foi um dos fundadores e redatores do periódico A Nação (1872) e a partir de 1891, no Jornal do Brasil.

Entrou na política como promotor público em Nova Friburgo (1868) e deputado geral pelo Partido Conservador pela província de Mato Grosso (1869).

Cônsul-geral em Liverpool (1876), foi comissário do Brasil na Exposição Internacional de São Petersburgo (1884),superintendente em Paris dos serviços de imigração (1889 ) e ministro plenipotenciário em Berlim (1900),assumindo o Ministério das Relações Exteriores (1902 -1912.)

Recebeu o título de barão do Rio Branco no fim do período imperial, mas continuou a utilizá-lo em sua assinatura mesmo após a Proclamação da República, pois era um monarquista convicto e também para homenagear o seu falecido pai, o Visconde do Rio Branco.

Sua maior contribuição ao país foi a consolidação das fronteiras brasileiras, conseguindo incorporar ao Brasil Amapá e Acre.

Em 1909, seu nome foi sugerido para a sucessão presidencial. Mas preferiu declinar de qualquer candidatura que não fosse de unanimidade nacional.

Foi presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (1907 - 1912) e escreveu dois livros. Sendo ocupante da cadeira 34 da Academia Brasileira de Letras.

Atualmente, também há referência a seu famoso título no nome do Instituto Rio Branco que forma diplomatas de carreira 

Foi Iniciado na Maçonaria aos 27 anos em 1872 na Loja Estrela do Norte -RJ

Fonte: https://www.facebook.com

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

DÚVIDAS RITUALISTICAS

DÚVIDAS RITUALISTICAS 
(republicação)

Em 01.08.2016 o Respeitável Irmão Gustavo Piratello, Orador da Loja Saldanha Marinho, REAA, GOB-PR, Oriente de Curitiba, Estado do Paraná, através do Irmão Juilson Previdi, Secretário Estadual Adjunto para o REAA do GOB-PR, formula as seguintes questões: 
gpiratello@gmail.com 
previdi@dariovellozo.com.br 

1) Por que a Carta Constitutiva da Loja não aparece na disposição do Templo nos Rituais dos Graus 1, 2 e 3? 

2) Por que, no Grau 3, o Estandarte da Loja e a bandeira do Grande Oriente Estadual são invertidos em relação aos Graus 1 e 2? 

3) Há a intenção de se publicar os Procedimentos Ritualísticos do Grau 3? 

4) Por que, no Grau 2, o Orador saúda o Venerável Mestre antes de abrir o Livro da Lei (e não há esse ato nos Procedimentos Ritualísticos)? 

5) Quais as chances de haver uma revisão no nosso Ritual, resgatando o esoterismo? 

6) Quais as chances de resgatarmos a cor original de nosso Rito? 

7) Ao subir ou descer do Oriente o Irmão ao passar pela balaustrada, executa o sinal gutural saudando ao Venerável Mestre ou ao Delta Sagrado? 

CONSIDERAÇÕES: