IRREGULARIDADE E CONIVÊNCIA
“A dúvida é o principio da sabedoria” - Aristóteles
Não é raro ver irmãos em situação maçônica irregular freqüentando Lojas. Nunca é um aprendiz, ou companheiro; sempre um Mestre. De uns tempos para cá, temos notado que esses casos estão mais freqüentes. Alerta de falsos irmãos impostores que agem livremente se aproveitando do descuido dos maçons, freqüentando Lojas e até dando golpes, são publicados na internet. Porém o mais comum mesmo é irmãos irregulares que conhecemos, fazerem isso e não serem barrados. Eles até assinam, e citam no Livro de Presença a última Loja a que pertenceram, o que se caracteriza um quase “estelionato maçônico” por usar sem ter direito ou conhecimento da mesma, o nome daquela Oficina. Um desses casos está se tornando “famoso”; esperto, não assina o livro de presença e logo que chega, chama o Venerável para um canto e ardilosamente o envolve, conseguindo sempre entrar para a sessão. Pergunto: se sabemos disso por que não alertamos o Venerável ? Se alertado, por que ele não cumpre a lei ?
Um irmão me relatou o caso de maçom que freqüenta a Loja há um bom tempo, em situação irregular e os Veneráveis, um após outro, alegando “tolerância” aceitam com a tranqüilidade do “dever cumprido”, essa burla. Falham os dois lados; o maçom “penetra” pela falta de escrúpulo e o Venerável, pela omissão. Um maçom desfiliado, que visita uma Loja, torna a sessão irregular, e tudo nela tratado, não vale nada, e qualquer irmão presente tem a obrigação pedir a anulação da sessão. A reunião não pode ter maçon irregular, porém, podemos recebe-lo como irmão que é, convidando-o partilhar à mesa o ágape fraternal, depois dos trabalhos. E a palavra semestral, criada para impedir a entrada irregular nas Lojas, porque não é usada? talvez porque o compadrio entre maçons seja mais importante que as leis.
O caso mais gritante de descumprimento às leis e falta de verificação (trolhamento) de um visitante, resultou em vergonha para todos. Um irmão idoso, veio para uma visita. Não trolhado, veio de novo, e de novo, até que um certo dia apareceu um jovem querendo receber pelo serviço sexual prestado à aquele “visitante ilustre”. Possivelmente nem maçom era, apenas um homossexual experto, que usou e abusou da inocência dos Maçons, e ainda indicou a Loja como lugar para receber o valor combinado pelo programa. Um médico que trabalhou num hospital, após sua aposentadoria não participa mais das reuniões da diretoria clínica, nem o Juiz, será convidado a participar das reuniões da magistratura. E porque um maçom afastado teima em participar da reunião maçônica? Os que insistem nessa prática, acham cômodo não se filiar em nenhuma Loja, não pagar a mensalidade, sem a obrigação de freqüência, e, não tendo nenhum lugar para ir, aparecer na sessão para “aprender” um pouco mais, e rever os irmãos. A Ordem é uma escola de aperfeiçoamento, onde nem sempre se cumpre as leis. Confesso que sinto vergonha, pois sabendo desses casos, muitas vezes me mantive calado. Agora faço esse alerta. E os irmãos, continuarão permitindo essa prática?
Ir.´. Laurindo Roberto Gutierrez
Loja de Pesquisas Maçônicas Brasil – Londrina-Pr
Loja Francisco X. Ferreira de Pesq.´. Maçônicas – Porto Alegre RS