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PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

sábado, 30 de abril de 2016

AS ESPADAS NA MAÇONARIA SIMBÓLICA

Espada Flamejante e Malhete
Arte: João Guilherme
AS ESPADAS NA MAÇONARIA SIMBÓLICA
Por Kennyo Ismail

A verdade é que a espada não tinha presença tão forte e tão variados papeis no Antigo Ofício. Nos rituais mais antigos só há uma única espada na Loja: a do “Tyler”, do Cobridor. Espada Flamejante??? Nem pensar! E essa “escassez de espada” ainda pode ser vista nas Lojas americanas e inglesas, mesmo quando no grau de Mestre Maçom.

Antes de alguém cogitar a ideia de achar estranho um Mestre Maçom sem espada ou uma Loja sem Espada Flamejante, raciocinemos: o que é “maçom”? Nossa Maçonaria Especulativa originou-se do que?

sexta-feira, 29 de abril de 2016

A LEI INICIÁTICA DO SILÊNCIO

A LEI INICIÁTICA DO SILÊNCIO 
António Rocha Fadista - M.´.I.´. Loja Cayrú 762 COERJ/GOB - Brasil

Platão, chamado a ensinar a arte de conhecer os homens, assim se expressou: “os homens e os vasos de terracota se conhecem do mesmo modo: os vasos, quando tocados, têm sons diferentes; os homens se distinguem facilmente pelo seu modo de falar”. O pensamento do filósofo Iniciado nos oferece excelente oportunidade para uma profunda reflexão, principalmente para os que integram a Ordem Maçônica.

Nem sempre nos damos conta de como nos tornamos prisioneiros das palavras proferimos. Por serem a expressão do nosso pensamento, por traduzirem as idéias e os sentimentos, as palavras se tornam um centro emissor de vibrações, tanto positivas quanto negativas. A palavra é o elemento que identifica o Homem e é a síntese de todas as forças vitais; é o elemento que interliga todos os planos, do mais denso ao mais sutil. A palavra está intimamente ligada ao silêncio, outra sublime expressão da psique humana.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

EGRÉGORA

EGRÉGORA
(do grego egregorein / erregorot) velar / velador – aquele que vela por outrem

Esta palavra não é encontrada na totalidade dos dicionários da língua portuguesa. Apenas no dicionário LAROUSSE, edição de dez volumes, em francês, aparece o verbete, explicado em cinco insignificantes linhas, sem mais esclarecimentos, referindo-se a um grupo de anjos que juraram velar sobre o Monte de Hermon até pudessem possuir as filhas dos homens, lenda relatada no Livro de Enoch (apócrifo do Século II A.C.).

Pesquisas feitas em torno do assunto, revelaram a existência de três livros de Enoch. A versão Greco-Etíope não menciona a palavra em seu texto. A versão em eslavo antigo nada acrescenta, apenas adapta a palavra grega para o eslavo: egrigori. O Livro de Enoch em hebreu ou judeu – moderno menos ainda se preocupa em explicar ou atribuir um significado aceitável ao conceito “Egregoros”.

Em nenhuma outra obra arcaica conhecida há qualquer outra referência à expressão, o que nos leva a crer que EGRÉGORA é um mero neologismo decorrente da pressa dos autores antigos, que simplesmente transcreveram uma expressão arcaica, atribuindo-lhe, apressadamente, uma origem bíblica.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

IRREGULARIDADE E CONIVÊNCIA

IRREGULARIDADE E CONIVÊNCIA

“A dúvida é o principio da sabedoria” - Aristóteles
Não é raro ver irmãos em situação maçônica irregular freqüentando Lojas. Nunca é um aprendiz, ou companheiro; sempre um Mestre. De uns tempos para cá, temos notado que esses casos estão mais freqüentes. Alerta de falsos irmãos impostores que agem livremente se aproveitando do descuido dos maçons, freqüentando Lojas e até dando golpes, são publicados na internet. Porém o mais comum mesmo é irmãos irregulares que conhecemos, fazerem isso e não serem barrados. Eles até assinam, e citam no Livro de Presença a última Loja a que pertenceram, o que se caracteriza um quase “estelionato maçônico” por usar sem ter direito ou conhecimento da mesma, o nome daquela Oficina. Um desses casos está se tornando “famoso”; esperto, não assina o livro de presença e logo que chega, chama o Venerável para um canto e ardilosamente o envolve, conseguindo sempre entrar para a sessão. Pergunto: se sabemos disso por que não alertamos o Venerável ? Se alertado, por que ele não cumpre a lei ? 

Um irmão me relatou o caso de maçom que freqüenta a Loja há um bom tempo, em situação irregular e os Veneráveis, um após outro, alegando “tolerância” aceitam com a tranqüilidade do “dever cumprido”, essa burla. Falham os dois lados; o maçom “penetra” pela falta de escrúpulo e o Venerável, pela omissão. Um maçom desfiliado, que visita uma Loja, torna a sessão irregular, e tudo nela tratado, não vale nada, e qualquer irmão presente tem a obrigação pedir a anulação da sessão. A reunião não pode ter maçon irregular, porém, podemos recebe-lo como irmão que é, convidando-o partilhar à mesa o ágape fraternal, depois dos trabalhos. E a palavra semestral, criada para impedir a entrada irregular nas Lojas, porque não é usada? talvez porque o compadrio entre maçons seja mais importante que as leis. 

O caso mais gritante de descumprimento às leis e falta de verificação (trolhamento) de um visitante, resultou em vergonha para todos. Um irmão idoso, veio para uma visita. Não trolhado, veio de novo, e de novo, até que um certo dia apareceu um jovem querendo receber pelo serviço sexual prestado à aquele “visitante ilustre”. Possivelmente nem maçom era, apenas um homossexual experto, que usou e abusou da inocência dos Maçons, e ainda indicou a Loja como lugar para receber o valor combinado pelo programa. Um médico que trabalhou num hospital, após sua aposentadoria não participa mais das reuniões da diretoria clínica, nem o Juiz, será convidado a participar das reuniões da magistratura. E porque um maçom afastado teima em participar da reunião maçônica? Os que insistem nessa prática, acham cômodo não se filiar em nenhuma Loja, não pagar a mensalidade, sem a obrigação de freqüência, e, não tendo nenhum lugar para ir, aparecer na sessão para “aprender” um pouco mais, e rever os irmãos. A Ordem é uma escola de aperfeiçoamento, onde nem sempre se cumpre as leis. Confesso que sinto vergonha, pois sabendo desses casos, muitas vezes me mantive calado. Agora faço esse alerta. E os irmãos, continuarão permitindo essa prática?

Ir.´. Laurindo Roberto Gutierrez
Loja de Pesquisas Maçônicas Brasil – Londrina-Pr
Loja Francisco X. Ferreira de Pesq.´. Maçônicas – Porto Alegre RS

segunda-feira, 25 de abril de 2016

COMO REVERTER

COMO REVERTER A TENDÊNCIA DE ABANDONO DA ORDEM PELOS NOVOS IRMÃOS E COMO MANTER DENTRO DELA AQUELES QUE NELA SE ENCONTRAM?
José Filardo, M∴ I∴

Vimos recentemente na TV GOB as entrevistas dos Grãos Mestres Estaduais relativas aos problemas de crescimento e de encolhimento da Ordem nos diferentes orientes da federação.

Pudemos notar, a partir das entrevistas, que o maior problema, ou seja, o abandono da Ordem é provocado por reversão de expectativas.

Cabe aqui uma digressão histórica que se refere especificamente à Maçonaria Brasileira e não à Maçonaria enquanto instituição.

A Ordem surge no Brasil com DNA francês e em um fervilhante momento político crucial para o futuro da colônia. A consequência imediata foi o seu envolvimento nos acontecimentos que levaram à emancipação do Brasil. Posteriormente, a sua história se confunde com a história do Brasil até pelo menos 1925, quando disputas internas provocam uma cisão da qual ela jamais se recuperaria. Isso, aliado à ação deletéria dos esbirros de Getúlio Vargas (que fechou as lojas e infiltrou as fileiras da Ordem) e uma segunda cisão na década de 70 provocaram a debandada dos poucos irmãos que ainda nutriam veleidades políticas.

domingo, 24 de abril de 2016

PEQUENA HISTÓRIA DA SANTA INQUISIÇÃO

PEQUENA HISTÓRIA DA SANTA INQUISIÇÃO
José Ronaldo Viega Alves*

PEQUENA HISTÓRIA DA SANTA INQUISIÇÃO, A FACE CRUEL DA IGREJA CATÓLICA. OS TEMPLÁRIOS FORAM VÍTIMAS DA INQUISIÇÃO? A MAÇONARIA TAMBÉM CHEGOU A SER PERSEGUIDA? OS JUDEUS: ETERNOS BODES EXPIATÓRIOS. 

INQUISIÇÃO: 1. A partir de 1209, o Papa Inocêncio III procurou dar um novo aspecto às questões heréticas e nomeou S. Domingos, em 1215, como Inquisidor Geral. O Tribunal da Inquisição, também chamado de Santo Ofício, foi um órgão da Igreja Católica criado em 1232 pelo Papa Gregório IX, encarregado de descobrir e julgar os responsáveis pela propagação de doutrinas heréticas, isto é, contrárias aos dogmas da fé cristã. Sua ação estendeu-se por vários reinos cristãos – Itália, França, Alemanha, Portugal e especialmente, Espanha. Com o decorrer do tempo reduziu suas atividades que somente foram reativadas em meados do século XVI diante do avanço do protestantismo. Exemplo marcante dessas perseguições é a condenação à morte na fogueira de Giordano Bruno (1548-1600) por contestar a ortodoxia oficial católica, que tinha um dos pontos básicos a crença de que o planeta Terra era o centro imóvel do Universo. Contra essas concepções, Giordano Bruno apresentou a teoria heliocêntrica de Nicolau Copérnico (1473-1543) e defendeu que o Universo é um todo infinito, cujo centro não está em parte alguma. Outro personagem famoso perseguido pela Inquisição foi Galileu Galilei em 1633; foi condenado pela mesma por ser defensor da cosmologia, que se desenvolveu a partir da teoria heliocêntrica de Copérnico. O Tribunal lhe impôs a dramática alternativa: ser queimado vivo numa fogueira ou retratar-se publicamente, renegando suas concepções científicas. Galilei optou por viver. Em 1638, quatro anos antes de falecer, publicou clandestinamente mais uma obra que contrariava os dogmas oficiais de sua época. A Inquisição chegou a proibir a leitura de quatro mil livros, sob a pena de excomunhão. Os próprios teólogos católicos sofreram muitas dificuldades. Desautorizado pelo Papa João XXIII, o Índex foi suprimido pelo Papa Paulo VI, que iniciou a reforma do Santo Ofício, que passou a ter a denominação de Congregação para a Doutrina da Fé. O Tribunal da Inquisição foi a face cruel da Igreja Católica. 2. Em fins do século XVIII a Inquisição tanto em Portugal como na Espanha, transferiu suas perseguições aos maçons e partidários das idéias dos enciclopedistas e iluministas. Francisco Miranda (1754-1816), venezuelano e principal artífice da independência hispano-americana morreu nos cárceres da Inquisição. Antônio José da Silva, cognominado o judeu (1705-1739), comediógrafo no Rio de janeiro foi queimado nas fogueiras do Santo Ofício, em Portugal. 3. Na Maçonaria atual, a inquisição é o símbolo do obscurantismo e do fanatismo prepotente.” (Conteúdo referente ao verbete “Inquisição” , retirado do “Vade – Mécum Maçônico” de autoria do Irmão João Ivo Girardi) JB News – Informativo nr. 1.733 – Melbourne –domingo, 28 de junho de 2015 Pág. 13/31 

sábado, 23 de abril de 2016

LEVANTAR TEMPLOS À VIRTUDE

Levantar Templos à Virtude, Forjar Algemas ao Vício e Cavar Masmorras ao Crime
Irm:. Ademar Luiz Rodrigues Ribeiro
Or:. de Paranaíba – PI

No Ritual Maçônico, durante o interrogatório, é feita a pergunta: "Para que nos reunimos?"

A Resposta é: "Para levantar Templos à Virtude, forjar algemas ao Vício e cavar masmorras ao Crime". Vamos tentar explicar esta resposta: 

quinta-feira, 21 de abril de 2016

O MARTÍRIO DE TIRADENTES

O martírio de Tiradentes - Uma farsa criada por líderes da Incofidência Mineira
Guilhobel Aurélio Camargo

Ele estava muito bem vivo, um ano depois, em Paris. O feriado de 21 de abril é fruto de uma história fabricada que criou Tiradentes como bode expiatório, que levaria a culpa pelo movimento da Inconfidência Mineira. Quem morreu no lugar dele foi um ladrão chamado Isidro Gouveia. A mentira que criou o feriado de 21 de abril é: Tiradentes foi sentenciado à morte e foi enforcado no dia 21 de abril de 1792, no Rio de Janeiro, no local chamado Campo da Lampadosa, que hoje é conhecido como a Praça Tiradentes. Com a Proclamação da República, precisava ser criada uma nova identidade nacional. Pensou-se em eternizar Marechal Deodoro, mas o escolhido foi Tiradentes. Ele era de Minas Gerais, estado que tinha na época a maior força republicana e era um polo comercial muito forte. Jogaram ao povo uma imagem de Tiradentes parecida com a de Cristo e era o que bastava: um “Cristo da Multidão”.

terça-feira, 19 de abril de 2016

A REGULARIDADE MAÇÔNICA E A CRENÇA EM DEUS

A REGULARIDADE MAÇÓNICA E A CRENÇA EM DEUS 
ANTÓNIO ROCHA FADISTA
M.'.I.'., Loja Cayrú 762 GOERJ / GOB - Brasil
 
A Proclamação de Estrasburgo - pela qual o Grande Oriente de França e o Grande Oriente da Bélgica, embora suavizando a sua posição relativa à crença em Deus e em sua revelação, mantêm vivos os princípios que levaram estas duas Potências à "SUMMA DIVISIO' de 1877, que separou em definitivo a nossa Ordem em duas: uma regular, e outra irregular. Uma que mantém o dogma da crença no Grande Arquiteto do Universo e outra que, em nome - falso, como veremos - da Constituição de Anderson, aceita em suas Lojas ateus, irreligiosos e mulheres.

Recapitulando, em seu artigo primeiro, sub-dividido em dois parágrafos, a Constituição de Anderson diz:

"Um maçom é obrigado a obedecer à lei moral; e se ele bem entender da arte, jamais será um estúpido ateu nem um libertino irreligioso".

Posto que nos tempos antigos os maçons tivessem a obrigação de seguir a religião do próprio país ou nação, qualquer que ela fosse, presentemente julgou-se mais conveniente obrigá-los a praticar a religião em que todos os homens estão de acordo, deixando-lhes plena liberdade às conviccões particulares. Essa religião consiste em serem bons, sinceros, honrados, de modo que possam ser diferenciados dos outros. Por este motivo, a Maçonaria é considerada como o CENTRO DE UNIÃO e faculta os meios de se estabelecer leal amizade entre pessoas que sem ela não se conheceriam".

segunda-feira, 18 de abril de 2016

1927: NA PALAVRA DE UM GRÃO-MESTRE DO PASSADO

1927: NA PALAVRA DE UM GRÃO-MESTRE DO PASSADO, OS PROBLEMAS DO BRASIL ATUAL
José Castellani

A 15 de novembro de 1927, acontecia, no Rio de Janeiro, no Restaurante Assyrio, uma homenagem a Octavio Kelly, Soberano Grão-Mestre Grande Comendador da Ordem --- no caso, do Grande Oriente do Brasil e do Supremo Conselho escocês -- responsável pela ação que impedira, meses antes, a desagregação tanto do Grande Oriente quanto do Supremo Conselho, quando ocorrera a cisão, provocada pelos dissidentes, sob o comando de Mario Behring, ex-Grão-Mestre e Soberano Grande Comendador, da qual resultara a criação das Grandes Lojas estaduais brasileiras.

Octavio Kelly, o homem que salvou o Grande Oriente do Brasil do esfacelamento, foi, seguramente, pelo menos para quem já pesquisou toda a história da Obediencia-Mater da Maçonaria brasileira, o seu maior Grão-Mestre. Nascido a 20 de abril de 1878, em Niterói (RJ), e falecido a 31 de dezembro de 1948, no Rio de Janeiro, Kelly foi juiz da 1a. Vara Federal, político e figura respeitada na República. Bacharelado em 1899, pela Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais, advogou até 1909 e foi deputado à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, de 1907 a 1909. Foi iniciado maçom através da Loja “União, Pátria e Caridade”, do Rio de Janeiro, em 1898, antes de se bacharelar. Presidiu o Tribunal de Justiça Maçônica do Grande Oriente e, quando da crise iniciada em 1926 --- que desembocaria na cisão de 1927 --- ele, que se encontrava afastado das lides políticas maçônicas, foi retirado desse ostracismo, pelas cabeças pensantes do Grande Oriente, que viam, nele, o único homem capaz de enfrentar a tormenta, sem deixar o barco afundar. Assim, ele foi eleito e empossado Grão-Mestre Adjunto, a 21 de março de 1927, assumiu interinamente o Grão-Mestrado quando o Grão-Mestre João Severiano da Fonseca Hermes licenciou-se do cargo, a 6 de junho, pressionado pelos acontecimentos --- iria renunciar no dia 24/6 --- e seria eleito Grão-Mestre, em 1928, conservando o cargo até 1933. Pela sua atuação em todo esse período crítico, Kelly tornou-se o maior credor da gratidão do Grande Oriente do Brasil em todos os tempos, embora seja geralmente esquecido.

domingo, 17 de abril de 2016

sábado, 16 de abril de 2016

O SILÊNCIO DO MESTRE

O silêncio do Mestre
 
Depois de O silêncio do Aprendiz (um dos textos mais lidos do blogue A Partir Pedra) e de O silêncio do Companheiro, é tempo agora de tratar do silêncio do Mestre.

À primeira vista, poder-se-á pensar que a expressão constitui um absurdo, pois o Mestre Maçom não só não está vinculado ao dever do silêncio como, pelo contrário, tem o dever de usar da palavra, designadamente para ilustração e formação de seus Irmãos e com participação na gestão e decisão dos assuntos da Loja. Mas assim não é. Já no final de O silêncio do Companheiro se referiu que O silêncio do Companheiro é a sua preparação para a sua Elevação a Mestre. Para que, quando tiver direito a usar da palavra, já saiba quando se deve calar! Para que entenda perfeitamente o valor da Palavra e a valia do Silêncio. Então estará pronto!

Uma das lições que o Mestre Maçom deve ter já interiorizado quando acede à Mestria é precisamente o valor e a oportunidade do silêncio. Que há momentos de falar e momentos de calar. Que, por vezes, a mais sonora declaração decorre do seu silêncio. Ou simplesmente que, quando não tem nada de útil a acrescentar, o melhor a fazer é estar calado...

sexta-feira, 15 de abril de 2016

O SILÊNCIO DO COMPANHEIRO

O silêncio do Companheiro

O Companheiro continua ainda sujeito à regra do silêncio. Não intervém em Loja, salvo quando é dispensado do dever de silêncio para apresentar uma prancha.

Em relação aos Aprendizes, já no texto O silêncio do Aprendiz procurei explicar a razão de tal determinação e as vantagens que a mesma traz para o Aprendiz. As mesmas razões valem para o Companheiro. Embora num estádio mais avançado, o Companheiro encontra-se ainda num processo de evolução, de formação. O silêncio permite-lhe a necessária concentração. A desnecessidade de intervir liberta-o para mais bem se focar no seu trabalho. E mais rapidamente estará pronto para a Elevação a Mestre.

Um Companheiro já não é um Aprendiz e por isso efectua já um trabalho diferente. E percebe que não é já tão proximamente acompanhado. A sua autonomia na Arte Real vai-se criando, a sua evolução vai depender cada vez mais de si mesmo e cada vez menos do auxílio dos Mestres. Sente-se cada vez mais próximo destes, cada vez mais como estes. E assim deve ser. O objectivo é que cada maçon seja Mestre de si mesmo, por si mesmo, com as suas próprias forças e capacidades.

quinta-feira, 14 de abril de 2016

O SILÊNCIO DO APRENDIZ

O silêncio do Aprendiz

Em Loja, o Aprendiz Maçon não tem direito ao uso da palavra.

Esta frase, sendo substancialmente verdadeira, não espelha,porém, correctamente a realidade. A mesma ideia, correctamente formulada, expressa-se pela seguinte frase: em Loja, o Aprendiz Maçon beneficia do direito  ao silêncio e cumpre o dever do silêncio.

O Aprendiz Maçon não usa da palavra em Loja, não porque se lhe não reconheça capacidade para tal (pelo contrário: o Aprendiz foi cooptado para integrar a Loja, pelo que se lhe reconhece valor), não porque se lhe atribua um estatuto inferior aos restantes (mais uma vez, pelo contrário: o Aprendiz tem um estatuto de plena igualdade com os restantes obreiros e é um importante pólo de atenção da Loja, que tem como uma das suas mais importantes tarefas a sua formação), mas porque o cumprimento de um período de silêncio é considerado imprescindível para o seu processo de aperfeiçoamento.

terça-feira, 12 de abril de 2016

AS BRUMAS DO ESCOCISMO

AS BRUMAS DO ESCOCISMO
Extraído de Arthur Franco, A IDADE DAS LUZES, Wodan, 1997, P. Alegre, Brasil

Muito se tem falado, escrito e especulado a respeito da origem do Escocismo. As mais variadas teorias e especulações geralmente se perdem principalmente pela inconsistência em comprovar a convivência de um rito que existiu num passado muito remoto com uma instituição exteriorizada apenas nos tempos modernos. Ao que parece, as falhas nessa análise do rico ritual maçônico residem não apenas na desinformação histórica, mas, antes, no desconhecimento do próprio significado da palavra "Escocês". Somente deste ponto de partida poderemos harmonizar, no Escocismo, culturas e filosofias tão díspares como a céltica, a egípcia e a dos primeiros cristãos. Sem essa análise histórica, REAL, as origens do Escocismo estão fadadas a permanecer nas brumas do completo esquecimento. Não pretendemos dar a última palavra sobre este fato tão importante quanto singular, mas talvez tenhamos a pista para dissiparmos algumas dessas nuvens. Remontemos, pois, aos primórdios da cristianização das ilhas britânicas.

"Em 367 d.C., Irlandeses, Pictos e Saxões atacam por três frentes, de uma só vez, as ilhas britânicas. As defesas da fronteira setentrional se deterioram. Elas são restauradas provisoriamente por Theodósio. Com estas invasões os scots começam a cristianização definitiva da Bretanha. Até então, os Pictos do Norte permaneciam praticamente intocados pela cultura romana, ou mesmo pela cultura céltica do sul. Apenas os gaélicos Scots, da Irlanda, conseguiram cristianizá-los. Exatamente por este fato marcante - a participação dos scots na cristianização definitiva da Bretanha - é que vale destacar um evento pouco citado pelos analistas arturianos e pelos estudiosos maçônicos. É que a origem desses mistérios ocidentais está justamente ligada a esta região, onde fixaram-se os gaélicos cristianizados por Columbano, que ganhou o nome de seus conquistadores: a Scotland ou a Terra dos Scots. Todas as lendas de Merlim procedem desta região, fronteiriça com o reino picto. (Arthur Franco, A IDADE DAS LUZES, Wodan, Porto Alegre, 1997, p.229)

segunda-feira, 11 de abril de 2016

A ATITUDE DA MAÇONARIA BRASILEIRA NA ÉPOCA ATUAL

A ATITUDE DA MAÇONARIA BRASILEIRA NA ÉPOCA ATUAL

A VARA FLORESCENTE

Entre os grandes de Israel, quis Moisés escolher certa vez, aquele que fosse capaz de guiar o seu povo, no caminho do bem e da perfeição, a fim de fazer cessar as murmurações que se levantavam, a todo o instante, contra o nome do Senhor. Tomando doze varas deu a elas os nomes dos doze príncipes das tribos de Israel, colocando-as a seguir, na Tenda da Congregação, em frente à Arca do Testemunho.

Sucedeu que no dia seguinte, ao Moisés entrar na Tenda do Testemunho, uma das varas florescera, produzira flores, brotando em renovos, carregados de amêndoas.

E por essa forma simbólica, foi escolhido Arão, para dirigir e encaminhar o povo na solução de seus problemas, fazendo com que terminassem as murmurações que se levantavam contra Moisés, e o Senhor que os guiava através do deserto.

domingo, 10 de abril de 2016

TRONCO DE SOLIDARIEDADE

TRONCO DE SOLIDARIEDADE
Charles Evaldo Boller

Sinopse: Considerações a respeito do Tronco de beneficência ou de solidariedade; ritualística de coleta; interpretação mística e filosófica.

No Rito Escocês Antigo e Aceito é explicado ao neófito que o Tronco de Solidariedade arrecada dinheiro, denominado metais, que serão distribuídos depois aos necessitados. O obreiro coloca seu óbolo na mão e a fecha, coloca-a dentro da bolsa de coleta e lá dentro a abre e solta sua doação, deposita para si mesmo, soltam-se os fluídos da ponta de seus dedos, energizando o conteúdo da bolsa, fecha a mão e a retira fechada. Ao retirar a mão fechada significa que assim como ele pode colocar o que lhe ditar o coração, também poderá tirar quando necessidades o afligirem. Daí deduzindo que os necessitados a serem socorridos em primeira instância são os próprios irmãos do quadro. Existem relatos que creditam a origem deste procedimento como remanescente ao tempo em foi construído o templo de Salomão, onde ferramentas, projetos, documentos e pagamento dos obreiros eram colocados dentro das colunas do templo, que eram ocas exatamente para esta finalidade. O pagamento de companheiros e aprendizes origina-se da tradição de retirar do interior do tronco das colunas o salário a que faziam jus.

sábado, 9 de abril de 2016

ASSIDUIDADE

ASSIDUIDADE
Waldemar Sansão

O Irmão assíduo se faz, não resta dúvida, no sabedor do que sucede, se faça, ou seja, resolvido em Loja. Tem sempre conhecimento direto de todos os eventos templários.

O maçom ativo - Para se dizer maçom não é bastante ter se iniciado no primeiro grau simbólico ou ter sido colado em outros mais avançados. Para ser maçom, na verdadeira acepção da palavra, é preciso estar em atividade plena, mostrar-se valente, manter-se disposto, ser estudioso, enfim, demonstrar-se trabalhador, diligente e consciencioso.

A isso tudo se pode acrescentar ainda: Para se anunciar como maçom urge que, além de ativo e resoluto, seja aplicado, interessado e frequente aos trabalhos da Loja. De fato, o trabalho sempre foi e o será a máxima ideia da Maçonaria. Traduz seu pensamento dominante em todos os rituais. Faz-se num dos incondicionais deveres do iniciado.

quarta-feira, 6 de abril de 2016

VELHOS MAÇONS, NOVA MAÇONARIA


VELHOS MAÇONS, NOVA MAÇONARIA
Ir Laurindo Roberto Gutierrez *
 
A maçonaria ainda é forte e respeitada pelo sigilo que a envolve tornando-a misteriosa para a sociedade profana, que vê nos maçons gente diferenciada e capaz de promover mudanças no meio em que atua. Nos últimos tempos sabemos que a Ordem perdeu espaço e deixou de trabalhar tão dedicadamente pelo engrandecimento do homem, da comunidade e da pátria, como fazia antigamente. Sinto que em alguns aspectos Ela caminha lenta e não vai além dos limites de seus muros, o que contraria sua filosofia de avançar e levar a todos o conhecimento e a capacidade de mobilização que sempre teve, e que precisamos fazer ressurgir para não trairmos nossa vocação de sociedade moderna e progressista.

O desinteresse de alguns e a falta de disciplina de muitos de seus membros, tem nos levado a momentos de desânimo e falta de vontade para enfrentar a vida que pulsa fora dos templos. Precisamos arregaçar as mangas dos balandraus e “meter a mão na massa”, erguer colunas firmes e ao mesmo tempo por abaixo os muros da apatia, da falta de vontade e laborar mais. Como poderemos sair deste momento desfavorável e iniciar uma nova fase de progresso, se ainda se ouvem lamentos menores e sem sentido desde o oriente ao ocidente que ecoam em todas as latitudes dos templos? Uns dizem “é um eterno bater de malhete” ou “o venerável não faz nada” ou ainda  “me desiludi com a ordem” e na hora do trabalho não participa no grupo minoritário que sempre leva a Loja “nas costas” segurando na corda de 81 nós, enlaçando os irmãos em união de pensamentos e de objetivos.

Aos desmotivados perguntemos: quando foi a última vez que você apresentou um trabalho em Loja, ou fez uma sindicância, ou ligou para o venerável para ao menos saudá-lo. E a um irmão enfermo, quando fez uma visita? E mais, tem ele motivos justificados para seu alto índice de absenteísmo? Ouço dizer que precisamos escolher bem os profanos para Iniciar na maçonaria, mas, e nós, fomos boa escolha? Devemos começar uma fase revigoradora pelo estudo da filosofia chamando todos à responsabilidade, exigindo que cada um cumpra seu papel. A ordem maçônica não tem inimigos externos declarados, capazes de derruba-la. Sua fragilidade está dentro de seus próprios templos, com membros apáticos em estado quase letárgico, incapazes até de refutar ordens Superiores que insistem no retrocesso e semeiam desunião e ódio.

Aprender é fácil, basta uma leitura detalhada do ritual, um mínimo conhecimento de nossas leis, ou uma consulta a um mestre estudioso de nossa filosofia, e ler boas obras de maçons estudiosos (Spoladore, Xico Trolha, Castellani, Varoli Filho e outros) que nos ensinem como deve se comportar um maçom em sua Loja, e no seio da sociedade em que vive. A Ordem é secular, mas seus objetivos são do 3º milênio, atualíssimos apesar de nós.

*Loja Maçônica Regeneração III - Londrina- PR - Maio/2009

terça-feira, 5 de abril de 2016

O AVENTAL: SÍMBOLO DO TRABALHO

O AVENTAL: SÍMBOLO DO TRABALHO

Aparentemente, o uso de um avental sugere proteção, uma vez que cobre as partes do baixo-ventre, onde se situa o órgão reprodutor.

O homem sempre teve a tendência de se proteger, primeiramente das intempéries, depois de tudo que lhe era adverso ou inimigo.

Hoje, temos aventais de toda espécie, inclusive de chumbo, para proteger os que lidam com radiotividade.

Em Maçonaria, contudo, essa proteção é simbólica e diz respeito ao cuidado para não “manchar” o avental, mantendo-o imaculado, simbolizando pureza.

domingo, 3 de abril de 2016

AS TRÊS PORTAS DA IGUALDADE MAÇÔNICA

AS TRÊS PORTAS DA IGUALDADE MAÇÔNICA
(Desconheço o autor)

Por princípio, a maçonaria é aberta a todos os homens de bem, sendo estes oriundos de qualquer raça, credo, cor, ideologia, ou convicções políticas; desde estes estejam de acordo com os nobres ideais maçônicos de liberdade, igualdade e fraternidade entre todos os homens.

Isto significa que para ser maçom, o homem deve estar disposto a se livrar de todos os vícios sociais e de todos os tipos de preconceito ou reserva que possa ter, ainda que no seu íntimo mais profundo, contra qualquer outro ser humano, seja de ordem social, política, racial, religiosa ou intelectual; deve se dispor a dar a todos os homens, independentemente de suas diferentes origens e ou convicções, o mesmo respeito, consideração e auxilio que destinaria àqueles que, segundo a visão de determinados tipos de pessoas, pertencem à mesma classe social ou lhe é semelhante em pensamento ou em algum quesito tão ligado aos sectarismos sociais e preconceitos que escravizam os homens.

sábado, 2 de abril de 2016

OBEDIÊNCIA MAÇÔNICA: CONSELHO PROFISSIONAL OU SINDICATO?

OBEDIÊNCIA MAÇÔNICA: CONSELHO PROFISSIONAL OU SINDICATO?
Kennyi Ismail

Sendo a Maçonaria um sistema baseado em alegorias e símbolos, e referenciado no papel do trabalho, é comum a utilização no meio maçônico da imagem do maçom como um profissional. Tal método didático, embrionário da pedagogia desenvolvida e popularizada por Paulo Freire, ensina o homem com elementos próprios de seu meio. Talvez o exemplo mais conhecido do uso de tal didática seja o de Jesus, que usava o joio e o trigo, o pastor e seu rebanho, e tantos outros elementos comuns do cotidiano do povo judeu daquela época para transmitir seus ensinamentos.

Na Maçonaria Operativa isso era muito evidente: os maçons operativos utilizavam de suas ferramentas de trabalho e das atividades de ofício para transmitir ensinamentos morais e espirituais aos seus membros. E hoje, sendo a Maçonaria Especulativa formada por profissionais das mais diversas áreas de atuação, podemos aplicar o mesmo método didático para melhor entender a nossa Maçonaria.

Enxergando a Maçonaria como uma profissão específica, e os maçons como seus profissionais, o que seriam as Obediências? Seriam Conselhos Profissionais (ex.: CREA, CRM, CRA, CRC) ou Sindicatos? Para realizarmos tal avaliação, precisamos compreender a essência desses dois tipos de entidades.