O AVENTAL: SÍMBOLO DO TRABALHO
Aparentemente, o uso de um avental sugere proteção, uma vez que cobre as partes do baixo-ventre, onde se situa o órgão reprodutor.
O homem sempre teve a tendência de se proteger, primeiramente das intempéries, depois de tudo que lhe era adverso ou inimigo.
Hoje, temos aventais de toda espécie, inclusive de chumbo, para proteger os que lidam com radiotividade.
Em Maçonaria, contudo, essa proteção é simbólica e diz respeito ao cuidado para não “manchar” o avental, mantendo-o imaculado, simbolizando pureza.
Porém, para o cotidiano, que lição nos apresentaria o avental? Em nossa imaginação maçônica, temos o dever de sempre usar o avental, mesmo que não haja a matéria, mas apenas uma imagem mental, porque assim teremos em nós, desperto, o cuidado, o zelo e o propósito de servir.
A prática evangélica de maior bem-aventurança para quem serve, que para o servido, é a lição que devemos preservar como proteção, não deixando livre o egoísmo e a esperteza de “levar vantagem”.
O avental dever ser “vestido”; logo, revistamo-nos permanentemente dessa proteção simbólica, para que nossa vida seja proveitosa.
Distintivo indispensável do trabalho, é o único que dá ao Maçom o direito de penetrar nos Templos e de participar das reuniões, qualquer que seja o seu cargo na Loja. Sua forma e cores variam nos diversos Graus e Ritos, porém o seu significado místico é idêntico em todos eles.
É o símbolo da vestimenta corpórea e da condição da alma (mais de sua permanente corporidade invísivel, que sobrevive à mente, do que do seu físico temporal). A alma fabrica o seu próprio corpo ou "avental" por meio de seus próprios desejos e pensamentos e segundo sejam estes puros ou impuros, assim será o corpo físico correspondentemente transparente e branco, ou denso e opaco.
Na maçonaria operativa servia para os operários se defenderem das impurezas do seu trabalho, e que os maçons deveriam trabalhar e jamais entregarem-se a péssima ociosidade.
A investidura do Candidato com o Avental em cada grau pelo Primeiro e Segundo Vigilante por delegação especial do Venerável, significa inculcar-lhe esta verdade. Pois o Primeiro e Segundo Vigilante representa a alma que, de acordo com a sua própria espiritualidade, automaticamente se cobre com a vestidura feita com material de seu próprio eu, e de maneira tal que marca o seu próprio progresso ou retrocesso.
Branco e sem adornos do 1.º grau indica a pureza da alma, que se supõe tê-la atingido neste grau.
Daí que o aprendiz tivesse um Avental maior e o companheiro outro mais pequeno e o de mestre ainda mais pequeno, já que com o apuramento da sua arte, a dos Pedreiros, e a evolução da qualidade profissional cada operário na subida da escala profissional se sujasse cada vez menos.
O Aprendiz tem um Avental com a abeta levantada e quando é recebido pelo companheiro, baixa essa mesma abeta dando a entender a sua categoria mas significando que o seu estudo e apuramento na arte real se manifestou pela positiva.
Branco; adereço essencial da indumentária do Maçon: A peça é branca para evidenciar a pureza e a nobreza de carácter, de personalidade e de maneira de estar na vida de cada um dos seus possuidores.
A decoração serve para diferenciar os graus e qualidades e indicam o progresso que está sendo feito na ciência da regeneração e que a espiritualidade do Candidato começa a brotar e a desabrochar plenamente; Mas a sua leitura simbólica é só uma: Associação à classe profissional dos pedreiros e defesa ou proteção durante os trabalhos rituais.
E para finalizar;
Ritualmente; o Avental é a peça que caracteriza o Maçom, no seu grau, e qualidade, mas sobretudo o Avental é como que o retrato do avanço interior e espiritual do seu possuidor.
A.´.´R.´.B.´.L.´.S.´. Justiça nº 12 – Oriente de Maringá
Ir.’. José Aparecido dos Santos
Prancha de Arquitetura do Grau de Aprendiz
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