ESTUDOS
"ACHAR MENOS - PROCURAR MAIS"
Páginas
PERGUNTAS & RESPOSTAS
O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br
segunda-feira, 29 de dezembro de 2025
NA ORDEM DO DIA OU NO TEMPO DE ESTUDOS?
Em 16.07.2025 o Respeitável Irmão João Evangelista Minari, Loja Fraternidade da Pedra Joseense, 4012, REAA, GOB-SP, Oriente de São José dos Campos, Estado de São Paulo, solicita esclarecimentos para o seguinte:
NA ORDEM DO DIA
No ritual de Aprendiz – REAA – 2024 – na página 64, no que se refere aos assuntos a serem incluídos na Ordem do Dia, entendo que estão, também, todos os trabalhos maçônicos produzidos pelos Irmãos Aprendizes e colocados no saco de propostas e informações. E, entendo, que nesse espaço da Ordem do Dia é que devam fazer suas apresentações, careçam esses trabalhos de votação ou não.
Entendo assim, partindo de duas premissas: 1ª, - que todos os trabalhos maçônicos produzidos pelos AApr∴, comportem ou não votação, embora mereçam comentários, têm o objetivo precípuo de buscar o aumento de salário. 2ª, que os AApr∴, em assuntos maçônicos, ainda não estão habilitados a ministrar ensinamentos no espaço do “TEMPO DE ESTUDOS”.
Tenho encontrado severas divergências a esse meu entendimento. Tanto em minha Loja, como na maioria das que visito, mas sempre sob o argumento de que: “SEMPRE OS APRENDIZES APRESENTARAM SEUS TRABALHOS MAÇÔNICOS NO TEMPO DE ESTUDOS”.
Já, pelo que está exposto na página 76 do ritual em comento, entendo não caber nesse espaço - “TEMPO DE ESTUDOS” - trabalhos maçônicos da lavra de AApr∴.
Então Venerável Ir∴ e Mestre Pedro Juk, por favor, com as luzes de sua sabedoria, me oriente: Devo abandonar o meu entendimento a respeito do que está escrito na página 64 do Ritual de Apr∴ Maçom – REAA – 2024? Ou o Ir∴tem mais algum argumento sobre o qual eu possa sustentar melhor o meu entendimento?
CONSIDERAÇÕES:
Apresentação de peças de arquitetura não ocorrem na Ordem do Dia. A peça de arquitetura (trabalho) que vise aumento de salário será entregue, para a devida análise, à Comissão de Admissão e Graus da Loja (procedimento constante do RGF).
Se o parecer da Comissão for favorável, a Loja, através do respectivo instrutor, providenciará um questionário para que o candidato seja oralmente sabatinado, devendo essa sabatina ocorrer na Ordem do Dia, à vista de que sobre ela haverá votação nominal, se pelo prosseguimento, ou não, do processo para aumento de salário (todas estas orientações se encontram nos Artigos 35 e 36 do RGF).Observe-se que a primeira etapa do processo é o trabalho que será entregue para análise e parecer da Comissão de Admissão e Grau da Loja. Só depois disso é que haverá a sabatina.
Necessariamente, o trabalho visando aumento de salário não precisa ser lido em Loja, mas entregue à Comissão que dará parecer por escrito. Se depois do parecer da Comissão, a Loja achar conveniente que o trabalho seja apresentado em uma sessão, ele poderá ser apresentado no período do Tempo de Estudos, e não na Ordem do Dia, já que sobre este trabalho não está prevista nenhuma votação. Votação nominal somente se dará após ter sido o Candidato sabatinado pelo questionário.
À vista disto, os trabalhos (peças de arquitetura), sejam eles para aumento de salário ou como peças de instrução, devem ser apresentados em Loja no Tempo de Estudos, nunca na Ordem do Dia.
T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br
O MAÇOM CRÍTICO
Em toda Loja Maçônica, com o tempo, acaba se destacando um tipo peculiar de irmão: o que critica constantemente os outros. Sempre com um comentário pronto, uma observação mordaz ou uma "sugestão" disfarçada de repreensão, ele parece mais atento às falhas alheias do que ao próprio progresso interior.
Esse comportamento, embora comum, fere o espírito da Maçonaria. A crítica, quando não é construtiva nem fraterna, torna-se um veneno silencioso que corrói a harmonia do Templo e desestimula o trabalho coletivo. Aquele que se julga mais instruído, mais experiente ou mais "regular" que os demais, muitas vezes esquece que todos são aprendizes da arte de viver com retidão.
O verdadeiro iniciado compreende que cada Irmão está em seu próprio grau de lapidação. O que hoje parece falha, amanhã pode ser superado com orientação, paciência e bons exemplos. Mas o maçom que se entrega ao hábito da crítica vazia mostra, na prática, que ainda não dominou o primeiro passo da jornada: o silêncio.
Há também aqueles que usam a crítica como forma de se destacar, de se impor ou de alimentar a própria vaidade. Porém, na Maçonaria, o orgulho não é virtude — é obstáculo. O templo interior não se constrói com palavras duras, mas com ações discretas, com auxílio sincero e com o exemplo silencioso da disciplina.
A crítica justa, quando necessária, deve ser feita com Fraternidade, em tempo oportuno e com o objetivo de elevar, jamais de humilhar. Quando um irmão erra, o dever do outro não é apontar o dedo, mas estender a mão. Isso é Maçonaria em essência.
O maçom que vive julgando seus Irmãos talvez precise, antes de tudo, julgar a si mesmo com mais honestidade. Afinal, quem tem a pedra bruta perfeitamente polida?
Fonte: Facebook_Curiosidades da Maçonaria
RELAÇÕES INSTITUCIONAIS E DOCÊNCIA MAÇÔNICA
Ir.·. Fábio Böckmann Schneider
Partimos de três premissas ao introduzir o tema: a Primeira é a adoção de programas oficiais pelas Potências Maçônicas, no sentido de harmonizar a aprendizagem e o ensino da história, doutrina, filosofia, ritualística, esoterismo e simbolismo existentes na Ordem Maçônica. Impende referir a máxima Maçônica que pretende “tornar feliz a humanidade”; por meio do pressuposto da mudança da sociedade para melhor, sendo esta a segunda premissa, aperfeiçoando-a e promovendo as condições para a evolução progressiva e pacífica de toda a pessoa humana, tarefa da mais alta magnitude. A terceira premissa pressupõe que o conhecimento maçônico é um instrumental que possui valores universais, induzindo a busca dos elevados objetivos pretendidos pela instituição Maçonaria.
As premissas em nível introdutório podem ser combinadas com aspectos fundamentais da Instituição Maçônica, tais como a manutenção do segredo em relação aos toques, sinais e palavras, o livre pensar de cada maçom e a união e fraternidade maçônica.
Não há de nossa parte qualquer pretensão no sentido de propor um programa de docência maçônica que impeça a união e a fraternidade maçônica, muito menos a revelação dos segredos ou qualquer impedimento ao livre arbítrio e pensar de cada irmão.
Infelizmente, é bastante comum a insuficiência na aprendizagem e no ensino do conhecimento maçônico, por vezes inexistindo a docência. A simples leitura das instruções e a repetição de práticas simbólicas não podem ser consideradas uma docência.
Desde já, referimos a existência de Potências e/ou Lojas Maçônicas que possuem metodologia, didática e fiscalização do estudo do conhecimento maçônico, mas também existem Potências e/ou Lojas Maçônicas que não adotam sistematização do estudo Maçônico.
Ao desenvolver o tema, insere-se a variável das relações institucionais, haja vista a existência da soberania de cada Potência no âmbito de sua jurisdição e a autonomia de cada Loja Maçônica no que diz respeito à sua administração. Importante referir a existência de questões sensíveis a esses aspectos, em face das relações de poder, que inclusive contribuíram para as cisões hoje existentes na Maçonaria.
Atualmente, esse aspecto tem sido tratado de forma mais condizente com os princípios de tolerância e fraternidade. O Estado de Rio Grande do Sul, por exemplo, tem demonstrado os bons resultados do Tratado de União, Recíproca Amizade, Fraternal Convivência e Estreita Colaboração e Mútuo Socorro entre as três Potências (firmado em 08 de dezembro de 1998) regulares com fundamento nas suas Cartas Constitutivas, que permitem a expressão da Maçonaria Unida.
Havendo este gesto de união entre as Potências, é possível vislumbrar novas possibilidades, dentre elas o estudo do conhecimento Maçônico. Havendo a proposição, antes é necessário discorrer a respeito de algumas dificuldades a serem superadas na eventualidade da adoção de uma metodologia e didática para ministrar o conhecimento Maçônico, além da formação de ministradores deste conteúdo. Podemos sintetizar em três mais relevantes: a adoção de metodologia e didática unificada, a peculiaridade e especialidade do conhecimento Maçônico, combinada com as variadas formas de rito e tradição de cada Loja e Potência, e a grande heterogeneidade da formação educacional e cultural do quadro de Irmãos.
Felizmente, não existem soluções imediatas e definiti-vas para a problemática, pois se existissem seriam baseadas na imposição e no autoritarismo. Existe a necessidade da construção das alternativas para a superação dos entraves ao processo. Por outro lado, é possível utilizar os conhe-cimentos e métodos do mundo profano combinados com a tradição e experiência Maçônica na busca de ações e meios para atingir os objetivos pretendidos: as três pre-missas referidas na introdução, a adoção de programas de docência e formação de ministradores do conhecimento maçônico pelas Potências Maçônicas, no escopo de tornar feliz a humanidade por meio da transformação baseada neste conhecimento.
Na proposição de idéias, ações e procedimentos são ínsitos os riscos da incompreensível e/ou resistência das Instituições e pessoas que as constituem por razões diversas – faz parte das relações humanas e da pretendida evolução baseada na mudança e aperfeiçoamento. Existem valores, preceitos fundamentais valiosos que podem servir de instrumental poderoso na superação dos entraves e na sedimentação de uma cooperação ainda maior entre as Potências Maçônicas de todos universo. Dentre eles, a harmonia combinada com a busca do conhecimento com qualidade e responsabilidade.
A harmonização de procedimentos e ações, sem descurar da indispensável organização e estruturação do conhecimento Maçônico é um caminho factível a ser construído entre as Potências Maçônicas. A adoção de padrões de qualidade no que tange à metodologia e à didática na transmissão do conhecimento Maçônico, combinados com a devida avaliação dos aprendizes e dos ministrantes que podem ser preparados e aperfeiçoados em cursos regulares para melhoria do sistema como um todo.
A responsabilidade do futuro da Maçonaria está no alcance dos seus dirigentes, depende de seus atos e as diretrizes das Instituições repercutem de forma determinante em seus subordinados/associados. Não será diferente em relação ao conhecimento maçônico.
As Academias de Letras Maçônicas, sejam Estaduais, Regionais ou Nacional, podem contribuir de forma decisiva para a discussão e enfrentamento da problemática. Poucos podem propor políticas de alcance geral, e menos pessoas ainda detêm o poder para implementá-las.
Não descurando das dificuldades do debate proposto, nem tampouco minimizando a sua complexidade, acreditamos que independente do momento mais adequado para a proposição de medidas efetivas, tais como a criação de comissões de estudo vinculadas às Potências ou à definição de cronogramas e competências para o debate em torno das relações institucionais e docência maçônica, é necessário dar o primeiro passo.
Ao concluir, é possível afirmar que cada ação no sentido da implementação do processo de aprimoramento e harmonização da docência maçônica em si é auspiciosa. Haja vista estar em consonância com os fundamentos basilares da Maçonaria Universal, que contribui para um melhor conhecimento de nossas Instituições, pode propiciar uma cooperação ainda maior e mais qualificada entre as Instituições e os Irmãos como um todo.
Essencialmente, ainda pode colaborar para a evolução da Ordem com mais e melhor conhecimento em prol da consolidação da cultura Maçônica e em benefício de toda a sociedade.
Fonte: JBNews - Informativo nº 293 - 17.06.2011
domingo, 28 de dezembro de 2025
ESPADA
Em 16.07.2025 o Respeitável Irmão Thadeu Ortona, Loja Marquês de Pombal, 1220, REAA, GOB-SP, Oriente de São Paulo, Capital, apresenta a seguinte questão
ESPADA
Peço licença ao querido Irmão para fazer mais um questionamento, dessa vez relacionado ao Ir∴ Cobridor Interno:
Em nosso Ritual, notei que é destacado que o Ir∴ Cobridor apenas fica com a espada em mãos
quando dos atos de cumprimento de função.
Sendo assim, entendo que o Ir∴ Cobridor Interno deverá deixar a espada em uma espécie de bainha ou pendurada em sua cadeira pelo tempo em que não estiver em função, ou seja, quando estivermos à Ordem, quando ele pedir a palavra, quando abrir ou fechar o livro da lei, etc. Está correto tal entendimento?
Pergunto, pois vejo diversos irmãos com a espada em mãos o tempo todo da sessão.
CONSIDERAÇÕES:
Sobre o uso da espada, recomenda-se seguir as três observações que constam na página 47 do Ritual de Aprendiz, REAA, 2024.
Outrossim, não é atitude correta empunhar a espada quando não se estiver em cumprimento do ofício.
Nessa condição, o Cobr∴ Int∴ deve deixar a espada presa no dispositivo fixado na faixa de Mestre, ou no dispositivo que geralmente vai colocado atrás do espaldar da cadeira.
Os que assim não procedem estão desrespeitando o previsto no ritual.
Cabe ao Guarda da Lei exigir o cumprimento deste.
T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br
BREVIÁRIO MAÇÔNICO
CIVISMO
O civismo é o respeito à pátria, nela compreendida a autoridade que a administra. Os maçons "juram" fidelidade à pátria e aos governos legitimamente instalados.
A maçonaria cultiva o civismo, comemorando as datas históricas pátrias, a bandeira, o escudo e os vultos que se destacaram.
Apesar de a maçonaria ter caráter universal, pátrias sem fronteiras, o culto à pátria onde tem sua sede lhe é sagrado; qualquer evento histórico maior terá sempre a inspirá-lo, seja como maçom individual, seja como instituição.
Contudo, não bastam as festividades; é preciso tomar parte nos eventos do dia-a-dia, prestar auxílio aos necessitados, tudo empreender para que os governos administrem com justiça e eqüidade.
Orientar a própria família, para que os filhos possam ser cidadãos leais; instruir-se para conhecer os hinos patrióticos, os feitos de nossos heróis.
Participar nas discussões preliminares que culminam em leis, enfim, participar com o seu voto para que haja democracia.
O maçom, antes de tudo, é um democrata.
Luta para manter essa democracia que lhe garante a liberdade de reunião e de pensamento.
Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 95.
Assinar:
Comentários (Atom)
