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PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

terça-feira, 31 de outubro de 2023

RITUALÍSTICA MAÇÔNICA - FORMAÇÃO DO PÁLIO

Em 29/05/2023 o Respeitável Irmão Diomar Fundão Barcelos, sem mencionar o nome da Loja, Rito, Obediência, Cidade e Estado da Federação, formula a seguinte questão:

FORMAÇÃO DO PÁLIO

Quanto a formação do Pálio, li uma instrução que dizia para os Diáconos e o Mestre de Cerimônias aguardar o Orador saudar o Venerável para formar o Palio. Não anotei a fonte e não mais encontrei. Pergunto se procede tal instrução.

CONSIDERAÇÕES:

Tenho deixado sempre claro que os consulentes devem informar o nome da Loja, o Rito praticado, a Obediência, etc. Sem essa informação, a maioria das vezes a resposta fica prejudicada.
 
Fica difícil responder uma questão quando não se sabe o Rito praticado e a Obediência, principalmente, pois no contexto da Maçonaria Brasileira e sabido que para um mesmo rito, conforme a Potência Maçônica existem rituais que se diferenciam entre si.

Caso a sua questão seja relativa ao REAA, devo revelar que nele originalmente não existe formação de pálio, não obstante existirem de fato alguns rituais que trazem essa prática, mas certamente isso é um produto de acomodação, ou um enxerto.

Desse modo, em se tratando de algo que não é original no Rito, fica difícil ditar regras para a sua execução ritualística, pois as justificativas não têm como se sustentar pela falta de originalidade. À vista disso não há explicação convincente para a prática.

E.T. – Dos ritos mais conhecidos da Maçonaria Brasileira, o que verdadeiramente possui formação de pálio é o Rito Adonhiramita. Nele a sua formação ocorre com espadas empunhadas pelo Mestre de Cerimônias e mais dois Mestres Maçons convidados.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

PAVIMENTO MOSAICO

Nuno Raimundo
Quando entrei no Templo, uma das coisas que sobressaíram ao meu olhar, foi o seu chão.

Um chão “aos quadradinhos” brancos e pretos.

Chamam-lhe de "Piso Mosaico”.

Situado no centro da Loja, é o local onde se encontra o Altar, o qual é encimado pelo Livro da Sagrada Lei, o Esquadro e o Compasso (as três Luzes da Maçonaria); sobre esse piso encontram-se também o Painel do Grau e as Colunetas, sendo circundado pela Orla Dentada.

E como piso que é, serve para ser pisado. Claro!

Pois. Mas isso é o que o mais incauto seria levado a pensar…

O Piso ou Pavimento Mosaico, como também pode ser designado, não serve para ser pisado, ou não o deveria ser.

Como pavimento que é, ele serve também para nos lembrar que o piso ou chão de um Templo Maçónico deve ser pisado por qualquer pessoa, independentemente da sua Raça, Credo e Filiação. Quer isto mesmo dizer que o Piso de uma Respeitável Loja, representa também a própria Universalidade da Ordem Maçónica.

Apesar do Templo Maçónico/Respeitável Loja representar as formas do Templo de Salomão (na sua dimensão), este tipo de piso não existia no referido templo, tendo ele origem na Antiga Suméria.

O facto de ter apenas duas cores (Branco e Preto), é que por sua vez já suscita várias interpretações.

Há quem considere que o Preto é o resultado da mistura de todas as cores e o Branco, como a ausência de cor. Há quem por sua vez considere que o Preto é a ausência de Luz e o Branco, a sua presença.

Deixando as “cores” de lado, uma coisa é certa. O Pavimento Mosaico é um Ornamento da Loja, e apesar de não ter um cariz filosófico vincado, ele encerra em si algum simbolismo. E é esse simbolismo que nos interessa apreender…

Ele representa as Dualidades que existem na nossa Vida. A luta do Bem contra o Mal, o vencer a Ignorância através do Conhecimento, o triunfo da Verdade sobre a Mentira, a Luz e as Trevas, a Vida e a Morte, o Espírito e a Matéria, a Pobreza e a Riqueza, bem como a Diversidade dos Povos e Culturas que existem.

E no “nosso” caso concretamente, os quadrados brancos e pretos, podem simbolizar a União existente entre Maçons apesar das suas diferenças pessoais e a sua permanente luta contra os Vícios, sobrepondo as suas Virtudes, destacando-se dos demais no Mundo Profano (Iniciados vs Profanos) através das suas Qualidades em detrimento dos seus Defeitos.

E como o Pavimento Mosaico é formado por quadrados perfeitos, eles simbolizam a Harmonia que deve reinar entre Irmãos, tanto no interior do Templo Maçónico como no mundo profano.

Um Maçon antes de ser Iniciado e passar a viver na Luz, ele era um profano e deambulava pelas trevas, isto é, “não via p’ra lá de lá”; no entanto, na sua Iniciação, a “Luz fez-se”, e Ele passou a ver mais além… Passou a ver mais que simplesmente a cor “preta ou branca”, passou a ver e sentir o contraste de tais “cores”, a sua oposição e a sua ligação mundana.

Uma dicotomia permanente que se reflecte nas nossas atitudes do dia-a-dia. Mas para além disso, o profano depois de iniciado (Maçon) passou a distinguir não só as quadriculas alvi-negras, mas principalmente a linha que as une e que ao mesmo tempo as separa. Um paradoxo, mas que nem por isso é de menor importância. Ao contrário de um profano, um Maçon sabe como e por onde deve caminhar. E é sobre essa “linha” que ele fará o seu percurso, um caminho sem “altos e baixos. Tomando essa via “estreita”, ele não encontrará qualquer obstáculo que lhe dificulte o seu caminho, o que lhe permitirá fazer um percurso limpo e a direito, sem qualquer desvio que abrande a sua busca pela Perfeição.

E como foi alguém que transitou das trevas para a Luz, da noite para o dia, ele tem a perfeita noção que isso significa, alguém que vivia na Ignorância e que agora se faz rodear de Conhecimento, e ele ao circular nessa linha de separação, não toca na Ignorância/mosaico preto (porque se afasta dela) e não toca no Conhecimento/mosaico branco (apesar de estar “perto”). E ele não atinge o Conhecimento, porque o Conhecimento não é atingível. O Conhecimento é algo que não é mensurável, o Conhecimento não é um fim mas antes um princípio, é uma busca incessante.

E é por isso que o Maçon, utiliza essas linhas, esses canais de força (uma vez que estão no solo, poderei considerá-los como canais alimentados por uma força telúrica, uma “força viva” que o alimenta), para fazer o seu Caminho de Vida, fugindo da Ignorância e procurando atingir o Conhecimento/Perfeição.

De um lado terá os seus Defeitos e os Vícios que tentará colmatar, do outro lado as Virtudes e Qualidades que procurará acentuar, e que ao mesmo tempo lhe servem de guia.

E por isso, tem uma plena consciência da sua natureza, material e espiritual.

Ele sabe o que quer…

Para ele a noite já não é simplesmente a noite, e o dia também já não é simplesmente o dia. São antes, uma luta incessante entre as trevas e a Luz, uma luta que ele sabe que o rodeará até ao fim dos tempos. E é a viver nessa luta, nesse confronto de dualidades que ele irá prosseguir a sua Vida. Utilizando o seu Livre-Arbítrio como consciência e apoio nessa caminhada.

E o facto de existir uma alternância de cores (preto e branco), permite a existência de contrastes, pois se tudo fosse uniforme, sem diferenças, nada haveria para contestar, e tudo seria perfeito, o que não é de facto a nossa realidade.

E como tal, sem esta dita alternância, como se poderia distinguir o Profano do Iniciado?!

Não seriam eles ambos confundíveis entre si? Pois nada haveria para os diferenciar…

O próprio cimento que serviu de base e alicerce ao Piso Mosaico, simbolizará também a ligação que cada Maçon tem em relação ao seu irmão; isto é, apesar das suas diferenças, o laço fraternal que os une é mais forte que tudo. Um Maçon vive a Fraternidade e a Solidariedade de uma forma mais intensa, mais apaixonada do que qualquer outro. E é essa forma de estar na vida, que lhe permite pisar o Piso Mosaico, sem tocar no preto nem no branco. As cores do piso das nossas Respeitáveis Lojas.

De facto, o Piso Mosaico não é apenas um “Xadrez preto e branco”, simboliza mais que isso. E também muito mais que uma mera interligação entre opostos ou um “simples caminho”...

Fonte: pedra-de-buril.blogspot.com

segunda-feira, 30 de outubro de 2023

REAA - PASSOS DO MESTRE

Em 27.05.2023 o Respeitável Irmão Irandi Augusto de Araújo, Loja Desembargador Mario Cordeiro de Verçosa, 2757, REAA, GOB-AM, Oriente de Manaus, Estado do Amazonas, faz a pergunta seguinte:

PASSOS DO MESTRE

Por ser assunto reservado ao Grau 3, estou me utilizando de seu e-mail e não do blog. O assunto é a Marcha do Grau 3.

É que há um Irmão “achista” em nossa Loja, que se vangloria de seu conhecimento e de seu Grau 33 e esse Irmão afirma que estando a Loja aberta em C∴ do M∴ a marcha se resume aos t∴ pp∴ do Mestre. Como sempre aprendi que a marcha tem 8 pp∴, pergunto onde posso encontrar literatura que me apoie em minha pretensão de demonstrar que essa visão e afirmação é equivocada.

Faço essa solicitação por entender que o caro Irmão é um dos mais lúcidos ritualistas do GOB na atualidade.

CONSIDERAÇÕES:

Inicialmente eu gostaria de dizer que nem todos os portadores de altos graus são detentores de inquestionável conhecimento. Eu mesmo conheço muitos deles cujo saber é questionável, sobretudo quando se trata de temas pertinentes ao simbolismo universal da Maçonaria.

Nesse contexto, o sábio Irmão deveria saber que qualquer Loja aberta no 3º Grau é uma Câm∴ do M∴, seja ela Magna de Exaltação ou Ordinária de Mestre.

Assim, em qualquer circunstância os pp∴ da M∴ de Mestre iniciam-se pelos pp∴da M∴ de Apr∴, respectivamente seguidos pelos pp∴ da M∴ do Comp∴, e finalmente os três últimos pp∴ de Mestre.

Em nenhuma circunstância a M∴ do Mestre ocorre separada das duas antecessoras, destacando que a M∴ no 3º Grau é o resultado da soma de todos os pp∴ praticados nas marchas do simbolismo.

Agora, alguém dizer que a M∴ do Mestre em algumas ocasiões possui apenas t∴pp∴ é se revelar um assaz desconhecedor das causas do simbolismo, bem como um ignorante do conteúdo do ritual do 3º Grau do REAA em vigência no GOB, especialmente o previsto na sua página 40. Além do ritual, existe também o SOR - Sistema de Orientação Ritualística criado por Decreto do Grão-Mestre Geral e hospedado na página oficial do GOB. Nesse instrumento também consta que a M∴ do Mestre se inicia pela do Apr∴, seguida da do Comp∴ e finalizada pela do 3º Grau (total de oito pp∴).

No que concerne à literatura, existem muitas delas que constam os pp∴ de modo correto, delas posso recomendar o livro A Simbólica Maçônica de Jules Boucher e o Curso de Maçonaria Simbólica, Grau de Mestre, Tomo III de Theobaldo Varolli Filho. Essas duas obras são fáceis de encontrar no Brasil e trazem, inclusive, um diagrama ilustrando a M∴ do 3º Grau.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

A VESTIMENTA OBRIGATÓRIA DO MAÇOM

Como todos sabemos, na maioria das ordens, seitas, religiões e afins, usam-se roupas adequadas para os “trabalhos” e na maçonaria não é diferente. Desde os primórdios da antiguidade com os primeiros maçons, uma vestimenta obrigatória foi adotada e é usada até nos dias de hoje, o avental maçônico. É um dos símbolos mais importantes da Maçonaria, constituindo, praticamente, a parte principal do traje maçônico. Relembrando as origens operativas da Instituição maçônica, sendo ele o único signo externo do período operativo. A origem desta tradição remonta à maçonaria operativa, quando os maçons eram pedreiros de fato. Nas condições de então essa indumentária era essencial, pois protegia o corpo do obreiro. Sua função era evitar acidentes provocados pelas lascas que se desprendiam ao trabalhar com cinzel e malho as pedras brutas que, depois de prontas, viriam a ser partes da edificação. Ao longo do tempo e de acordo com as particularidades dos diversos ritos, o avental, que originalmente era apenas um retângulo de couro rústico, foi ganhando decorações e detalhes variados, que objetivam retratar frações do simbolismo dos graus.

A verdadeira insígnia do Maçom. É de cor branca, de pele de carneiro ou tecido que a substitua, quadrangular, com 35 cm de altura e 40 cm de largura, com abeta triangular, preso à cintura por um cordão ou fita da cor da orla. Porque essa cordinha que serve para fixar o avental, tem mais um objetivo muito importante, noutros planos, além do plano material. Ela serve como elemento de retenção da força, da energia que é captada por nós nessa corrente que formamos, captada de forma especial quando erguemos nossa mão para o alto.

Exemplos:
A abeta levantada – Aprendiz

Existem várias interpretações para isso, algumas exotéricas e outras esotéricas e místicas.

Para o momento vamos nos fixar no significado esotérico.

A explicação esotérica, ou analógica, mais corrente e mais de acordo com a mística maçônica, é a seguinte: acreditava-se, na Antiguidade, que a sede das emoções humanas era o epigástrio (“boca do estômago”); o Avental do Aprendiz estando com a abeta levantada cobriria exatamente essa região. Isso significa que não sabendo ainda trabalhar ele precisa proteger-se, devendo ter o seu epigástrio coberto, para que essas emoções não possam perturbar os trabalhos da Loja e para que não influam, deleteriamente, na espiritualidade das sessões.

A abeta Abaixada – Companheiro

Cumprindo o tempo necessário ao seu aperfeiçoamento, o Aprendiz chegará ao grau de Companheiro quando, já mais evoluído e apto a controlar as suas paixões, poderá usar a abeta abaixada.








Ornamentos no Avental - Mestre Maçom

Companheiros e Mestres, mais espiritualizados que o Aprendiz, usam os seus aventais com a abeta abaixada, o que, em última análise, significa a permanência da matéria feita pelo homem e a abolição do espírito humano que a gerou, contrariando a doutrina maçônica, que mostra a proeminência das qualidades espirituais do homem sobre a sua materialidade.

A Cor do Avental

O Avental branco que o Ir∴Apr∴ recebe no dia de sua Iniciação, aquela alvura, significa um compromisso moral, isto é, de zelar pela manutenção de sua pureza.

A cor azul, que no céu aparece ao negro da África é a mesma do amarelo da Ásia, do vermelho da América ou do branco da Europa. O ser humano, independente do credo, cor ou raça, tem iguais em si a mesma angústia e as mesmas fraquezas ante o desconhecido, e por isso ergue os olhos para o céu na busca de uma força maior: o mesmo poder que resulta dessa busca, no caso Deus, é conseqüentemente de todos o mesmo Deus e poder.

É desse poder, no caso dos Maçons, o GADU, que um dos seus fundamentos maiores, o “amai-vos uns aos outros” invade como verdade a consciência de todos. Haveria uma cor melhor para simbolizar a fraternidade universal do que o azul do céu?

Dá para compreender agora a razão do axioma de ser unicamente o azul a cor do avental de Mestre e também a ortodoxia do simbolismo universal, a cor da legítima Maçonaria de São Paulo ou dos três graus, independentes de potências ou ritos.

Fonte: http://amaconariarevelada.blogspot.com

domingo, 29 de outubro de 2023

CERTIFICADO DE VISITA - QUEM ASSINA?

Em 25.05.2023 o Respeitável Irmão José Francisco Rodrigues dos Santos, Loja Perfeita União II, 1735, REAA, GOB-AL, Oriente de Arapiraca, Estado de Alagoas, faz a pergunta seguinte:

CERTIFICADO DE VISITA

Por obséquio, gostaria de saber se apenas o Chanceler e o Venerável Mestre, são quem assina o certificado de visitas (intercâmbio entre Lojas).

CONSIDERAÇÕES:

O certificado de presença, ou de visita, emitido pelas Lojas e entregue aos Irmãos visitantes, é um costume adotado por muitas Obediências Maçônicas para as suas Lojas.

Destaque-se que existem Obediências que não adotam esse procedimento, portanto, o certificado não é um instrumento universalmente adotado.

Geralmente o certificado traz no seu conteúdo, além da identificação da Loja, também o seu enderenço, a data, a referência sobre os trabalhos realizados naquel
a ocasião e o nome do Irmão visitante.

No tocante às assinaturas, geralmente o assinam o Venerável Mestre (que é dirigente da Loja visitada), o Orador (que é quem saúda os visitantes) e o Chanceler (que é o encarregado de preenche-lo). Ressalte-se que em algumas Lojas assinam o certificado apenas do Venerável Mestre e do Chanceler.

O Oficial encarregado de expedir esse certificado é o Chanceler porque é dele o ofício de colher as assinaturas para os livros de presenças da Loja, o do quadro e o dos visitantes.

O Irmão visitante recebe o certificado e o entrega na sua Loja depositando-o na Bolsa de Propostas e Informações, passando a fazer parte do seu dossiê.

Cabe destacar que em alguns casos, determinadas Obediências autorizam, por diploma legal, que as suas Lojas contem pelo certificado apresentado frequência para seus obreiros. Reitero: somente em casos previstos.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

LOS INSTRUMENTOS PARA LA CONSTRUCCION

M∴M∴ Armando Ramos Valdez
Or∴ de Tepic Nayarit

Esperamos con este trabajo se comprendan las herramientas de la construcción y a través de nuestro propio crecimiento personal hagan búsqueda incansable de la VERDAD sin aceptar dogmas y revelaciones. Los instrumentos de la construcción masónica son doce como doce meses tiene el año doce signos tiene el zodiaco cinco sirven al masón para obtener la medida siete ayudan para hacer la obra lógicamente quien ya los conoce los utiliza para alcanzar su propia perfección humana pero quienes no los conocemos ni los utilizan seguirá siendo piedra bruta a mí juicio porque se encuentra en el camino sin luz.

INSTRUMENTOS DE LA MEDIDA: ( 5)

Constantemente son utilizados en los trabajos de logia estos son: LA REGLA, ESCUADRA, PLOMADA, NIVEL, COMPÁS.

1 La regla es un instrumento de medida nos sirve para dirigir rectamente nuestra voluntad en la vida en las acciones cotidianas aunado al libre albedrío

2 La Escuadra es otro instrumento de medida que nos sirve para juzgar con perfecta justicia nuestros actos y los de los demás pero sin ventajas ni alevosías ni abusos de confianza y de poder como en el mundo profano.

3 La Plomada es otro Instrumento de la medida nos servirá para establecernos con firmeza y confianza para ejercer nuestra libertad.

4 El Nivel.- Símbolo de IGUALDAD MASÓNICAun distintivo del primer vigilante en logia este instrumento de medida nos da la idea de las oportunidades Iguales que la masonería ofrece a todos sus afiliados con el fin que estos sepan y comprendan que según sea su desenvolvimiento en capacidades físicas morales e intelectuales como sociales sirvan para que apresuren su incremento interno se comprenderá y se ejercerá el Símbolo del “NIVEL” QUE SIGNIFICA LA IGUALDAD que es la base de las democracias.

5 El Compás.- Es instrumento de medida que nos sirve para comprender haciendo medir y realizar nuestros alcances posibilidades económicas políticas sociales culturales e intelectuales.

INSTRUMENTOS DE LA OBRA: (7)

Estos son: Mallete, Cincel, Pala Llana o cuchara, Lápiz o Estilo palanca Cuerda. Estos nos servirán para realizar la obra que queremos obtener.

1 Por ejemplo: MALLETE Y CINCEL sirven para trabajar a las piedras :el cincel corresponde al segundo vigilante porque éste representa el elemento de la belleza así el cincel es el instrumento con que el masón cincela la piedra tosca creando en ella líneas superficies y molduras para embellecimiento del edificio.Trabajando las piedras Brutas individualmente haciéndolas que sirvan en lo que queremos que Se utilicen.

2 PICO Y PALA: Sirven para excavar la tierra de la apariencia y poner: Los cimientos de la verdad manteniendo nos sin engaños y falsas poses Ver así la verdad pura y sin manchas.

3 La Palanca.- Nos ayuda para remover los obstáculos y poder así colocar a cada piedra o individuo en su lugar sin burlas falaces ni atropellos siempre con un criterio de causa y efecto.

4 LLANA O CUCHARA.- Esta sirve para esparcir el cemento de la UNIÓN ésta unión ha de ser franca sincera justa honesta sin compromisos prefabricado's. Útil para todos.

5 EL LÁPIZ O ESTILO.- Nos sirve para trazar los planos de la obra y se usará con orden pensando en lo que se ha elegido y en el silencio con que se debe trabajar. (PERO SIN PRESUNCIÓN NI FANATÍSMO SECTARÍSMO NI DOCMATÍSMO).

6 LA CUERDA.- Instrumento que gira sobre un centro de alfiler traza el plano de la base proyectada estructura la cuerda es flexible el maestro puede colocarla en dirección que juzgue conveniente de acuerdo con su gusto.por ello es la cuerda quien representa: la línea recta e indivisible de la virtud. Así también ésta CUERDA debe de estar perfectamente flexible cuando así se halle en reposo o floja debe de adaptarse a la forma del terreno u objeto en que se re encuentren es en ésta perfecta flexibilidad donde estriba su utilidad como medio de obtener la perfecta línea recta cuanto más tirante esté la cuerda más perfecta será la línea en esto vemos ejemplo evidente de la vida humana y de su objeto ”SER DE MANERA RECTA E INDESVIABLE” .

CONSTRUCCIÓN DE LA OBRA:

Finalmente os diremos que nuestras herramientas darán como resultado una “perfección humana” que mantiene como lema filosófico moral nuestra asociación Masónica: “AMOR ES SU ESPÍRITUSU PODER LA VERDAD SU GENIO LA FRATERNIDAD”. ESTO SE ALCANZA SÓLO CUANDO PURIFICAMOS A CADA CUAL EN SU CORAZÓN ASÍ SE CONVERTIRÁ EN UN HOMBRE MASÓN ILUSTRADO SUPERHOMBRE. Pero sólo cuando conoce y utiliza las herramientas de la construcción

SÍMBOLISMO comprendido en los distintos grados de la Masonería Universal a sí por ejemplo: en el primer grado tenemos: la regla de 24 pulgadas el mallete o martillo y el cincel. Del GR. ́. De Compañero son: la escuadra el NIVEL la plomada en el tercer grado tenemos: la cuerdael lápiz el compás la llana o cucharapico y pala. ESTOS INSTRUMENTOS BRINDAN Y DAN LA PERFECCIÓN AL MASÓN-HOMBRE, FÍSICA, MORAL E INTELECTUALMENTE.

Por todo ello un escritor masón dijo:”Pregunté a varios animales ¿Dónde está dios? ninguno supo darme la respuesta sólo hallé la palabra en boca de un León, esto quiere decir: que sólo el ánimo proclama la verdad a los cuatro vientos y así saldremos a defenderla como verdaderos iniciados en el real arco del edificio de la civilización humana.

QQ∴HH∴ Proclamemos nuestras herramientas con elocuencia y unanimidad para que en la unidad y el amor de Dios sean nuestra verdad fundamento espiritual de nuestra Filosofía Masónica junto con la de la Inmortalidad del Alma. Por los números que nos son conocidos.

Fonte: JBNews - Informativo nº 221 - 06.04.2011

sábado, 28 de outubro de 2023

SUBSTITUTOS DAS LUZES DA LOJA NO REAA

Em 21/05/2023 o Respeitável Irmão Paulo Cidomir Sanches, Loja Luz e Fraternidade Jardinense, 2082, REAA, GOB-MS, Oriente de Jardim, Estado do Mato Grosso do Sul, faz a pergunta seguinte.

SUBSTITUTO DO VENERÁVEL MESTRE NO REAA

Essa semana surgiu um episódio na nossa Loja. O Venerável Mestre estava em viagem e o 1º Vigilante não estava presente também. Logo surgiu a dúvida, quem sentaria no trono. O 2º Vigilante, o um Mestre Instalado?

Houve até uma dúvida de alguns irmãos quanto se poderia ter a sessão, haja vista a falta de duas das Luzes da Loja. Porém a sessão foi presidida pelo Ex-Venerável.

Eu estive olhando o RGF sobre o Mestre Instalado e lá diz que ele assume a função do Venerável na falta do seu substituto legal.

CONSIDERAÇÕES:

No REAA, conforme o Regulamento Geral da Federação em seu Artigo 120, inciso I, o substituto imediato do Venerável Mestre é o 1º Vigilante. Por sua vez, conforme o Artigo 121, inciso I do mesmo Regulamento, o substituto imediato do 1º Vigilante é o 2º Vigilante. Observe-se nesse contexto que nas Sessões Magnas de Iniciação, Elevação e Exaltação, a eventual falta do Venerável Mestre, por questões litúrgicas e não sendo o 1º Vigilante um Mestre Instalado, assume a direção dos trabalhos o ex-Venerável Mestre mais recente da Loja. Essa é uma das atribuições para o Mestre Maçom Instalado que está prevista no RGF, Art. 43, incisos I e IV.

Assim esse é o mecanismo legal para o preenchimento de eventuais faltas dos ocupantes dos cargos acima mencionados.

Nessa conjuntura vale destacar que o 2º Vigilante não é o substituto legal do Venerável Mestre. Para tal, conforme a sessão, existem o 1º Vigilante ou o ex-Venerável mais recente. De acordo com os dispositivos legais, o 2º Vigilante é sim o eventual substituto do 1º Vigilante, apenas.

Por oportuno, vale ainda lembrar que originalmente no REAA o substituto imediato do 2º Vigilante e o 2º Experto, não o 1º.

Finalmente, no tocante a ausência de duas das Luzes eleitas para dirigir a Loja, penso que o mais ponderável seria não abrir os trabalhos, no entanto não há uma regra clara para isso.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

MAÇONS FAMOSOS


JOÃO CARLOS D'ÁVILA PAIXÃO CÔRTES (Santana do Livramento, RS, Brasil, 1927 — Porto Alegre, 2018). Folclorista, ator, compositor, dançarino, cantor, radialista e pesquisador gaúcho. Típico homem do campo, que serviu de modelo (em 1954) para eternizar a figura típica do gaúcho e da cultura campeira sul-rio-grandense na estátua de “O Laçador”, de autoria do escultor Antônio Caringi.

Pesquisou a fundo a cultura, hábitos, vestimentas, história, culinária, artes e costumes do homem que habitara os campos sulinos e as tradições gaúchas. Fundou em 1948 o primeiro Centro de Tradição Gaúcha - CTG.

A Loja que foi iniciado é federada ao Grande Oriente do Rio Grande do Sul - COMAB. Foi agraciado com as comendas maçônicas: Reconhecimento Maçônico (1999); Medalha “Antônio Ribas” (2007); Medalha “Laçador, do Mérito Tradicionalista” (2008).

INICIAÇÃO MAÇÔNICA: 27 de julho de 1998 (Segunda-feira).

Loja: A Virtude n° 307, Porto Alegre, RS, Brasil.

Idade que foi iniciado: 71 anos.

Faleceu aos 91 anos de idade.

Fonte: Facebook_Curiosidades da Maçonaria

O OBJETIVO DO ESTUDO NA MAÇONARIA

Irmão Louis Block, Past Grand Master, Iowa.
Tradução: Luiz Marcelo Viegas

É correto dizer que o grande problema diante de nós é o da pedagogia da Maçonaria. Isso significa que o ensino dos fatos sobre um grande movimento histórico baseado na teoria de que a verdadeira felicidade do homem só pode ser alcançada pela união de todos em uma democracia alicerçada no espírito da fraternidade, onde cada um não seja apenas o guardião de seu irmão, mas também seu defensor, seu porto seguro, seu auxílio, seu incentivador, seu ombro amigo, seu inspirador e seu exemplo de amor ao próximo e a si mesmo. Tudo isso se ensina através do imaginário e das alegorias da Maçonaria, e de seu simbolismo místico.

Não devemos nos perder na busca por algo sombrio, em teorias abstratas perdidas dentro de perspectivas obscuras, confusas, nebulosas e insignificantes; devemos sim estar próximos e nos dedicarmos aos verdadeiros valores humanos.

Princípios devem existir para estarem realmente inseridos nas vidas das pessoas, se não for assim não farão diferença alguma.

Nosso estudo deve aliar teoria e prática, com o estudante realmente utilizando-se de seu aprendizado e compartilhando os valores adquiridos, senão nossos esforços serão em vão.

Também não podemos deixar de mostrar que são os pensamentos que importa que sejam eles que controlam a conduta dos homens; que, se seus pensamentos não são bons, o seu comportamento também não pode ser.

O que precisamos é fazer com que os pensamentos certos sejam claramente formulados, imbuídos de amor, e profundamente gravados no subconsciente, de modo que eles irão inevitavelmente se expressar em nossos atos no dia-a-dia de nossas vidas.

A meu ver, essa é a missão da Maçonaria: a construção desses grandes pensamentos na mente dos homens, transformando-os em atos cotidianos, com a certeza de que eles devem predominar governar e prevalecer para os homens viverem juntos em paz e harmonia, e desfrutarem da verdadeira felicidade.

Como fazer isso é a grande questão. Como fazer a Ordem sentir que essas idéias não são abstrações vazias, mas reais, poderosas, vivas, atuais e sólidas – essa é a grande tarefa a se realizar. Precisamos compreender juntos os fatos sobre a Maçonaria: o que ela realizou no passado que a faz viver até os dia de hoje por seus próprios méritos? Como ela tem, durante sua existência, auxiliado o homem?

Então precisamos colocá-los juntos em uma história de tal forma que ela vá capturar a atenção e manter o interesse do aluno. A capacidade de fazer coisas interessantes, para atiçar uma busca por mais “luz”, é o segredo de todo ensino.

Você não pode abrir a cabeça de um estudante e colocar o conhecimento ali dentro, mas você pode incentivá-lo a estudar e aprender por si mesmo, e essa será sua vitória.

Já temos a vantagem do grande poder de atração de nossos “segredos” e “mistérios”. Temos de mostrar aos iniciados o quão pouco sabem, quantos mistérios fascinantes ainda precisam ser explorados, investigados, analisados e estudados, para enfim poderem ser compreendidos.

Pergunte por que ele ainda permanece na Ordem. Ela o ajudou? Em caso afirmativo, como e de que maneira? Faça uma série de perguntas socráticas a ele; faça-o pensar! Se ela o auxiliou em algo, de alguma forma, sem dúvida, ela poderá fazer mais. Há mais lá, se ele souber procurar: “buscai e achareis.”
Não é fácil ensinar os homens a observar o mundo ao seu redor, muito menos é ensinar-lhes a arte do discernimento espiritual. Mas é possível. Pode ser ensinado, pode ser desenvolvido, pode-se fazer essa habilidade florescer.

Muito de nossa pedagogia moderna não é nada mais do que um árido, mecânico e vazio processo. Nossas crianças são instruídas a decorar, imitar, copiar, para seguir “o costume”, e não são nunca preparadas para pensar.

Tal procedimento acaba por formar adultos incapazes de formular pensamentos simples, mas originais, não sendo capazes de fazer uma avaliação crítica do que ocorre ao seu redor; e muitos são os que em loja praticam a ritualística de forma errada, por que os Mestres “mais antigos” lhe “ensinaram” que assim é “o uso e o costume” daquela oficina.

Devemos preparar nossos novos maçons, incentivando-os a se dedicarem aos estudos e à pesquisa sobre a Ordem. Devemos incentivá-los a trabalhar sua mente, a construir seu templo espiritual, mas também o intelectual. Devemos incentivá-los a serem originais. Devemos incentivá-los a pensar!

Fonte: The Builder Magazine Volume I, Número 4, abril

Fonte:Facebook_Pedreiros Livres

sexta-feira, 27 de outubro de 2023

DÚVIDAS SOBRE O PAINEL

(republicação)
O Irmão Thiago Eorli Freitas Davi, Aprendiz Maçom da Loja Renovação, 2.628, REAA, GOB, Oriente de Bayeux, Estado da Paraíba, apresenta a seguinte questão: 
thiagodmpb@hotmail.com 

Venho através deste e-mail, tentar sanar uma dúvida minha sobre o Painel do Grau de Aprendiz. O Painel do Grau 1 me intrigou sobre uma questão em relação a “lógica” da ritualística. Conforme a abertura ritualística dos trabalhos da Loja em sessão ordinária, sabemos que o Irmão 2º Vigilante se senta ao sul para observar o SOL no seu meridiano e chamar os obreiros para o trabalho e que o Irmão 1º Vigilante de senta no ocidente, pois é lá onde o sol se oculta e a noite chega, tendo assim a missão de pagar os Obreiros e despedi-los contentes e satisfeitos. O Painel do Ritual é assim: (NOTA DE PEDRO JUK - o Irmão apresenta um Painel de Aprendiz cuja banda sul por inteira encontra-se com a representação da noite estrelada – o Sol no lado do Orador e a Lua no do Secretário).

Porém já vi em alguns lugares ele da seguinte maneira, e que é a que eu acredito que esteja certa (NOTA DE PEDRO JUK - o Irmão apresenta outro painel de Aprendiz onde toda a banda norte por inteira encontra-se com a representação da noite estrelada, a Lua no lado do Orador e o Sol no lado do Secretário).

E na própria Abóbada Celeste (página 26 do Ritual edição 2009) a lua é do lado esquerdo. As minhas dúvidas são: 

Por que no Painel o Sol fica do lado esquerdo (lado da coluna do 1º Vigilante) do painel se o 2º Vigilante é quem convoca os obreiros para o trabalho ao meio-dia? Por que no Painel a Lua fica do lado direito (lado da coluna do 2º Vigilante) do painel se o 1º Vigilante é quem fecha a loja, paga os obreiros e os despede contentes e satisfeitos a meia-noite? Na minha lógica o correto seria o sol ficar no lado direito do painel, pois é o lado em que o 2º Vigilante convoca os Aprendizes para o trabalho ao meio-dia. E a lua ficar do lado esquerdo do painel uma vez que o 1º Vigilante paga os Obreiros e os despede contentes e satisfeitos a meia-noite.

CONSIDERAÇÕES:

Em primeira análise eu gostaria de salientar que o Painel da Loja de Aprendiz no Rito Escocês Antigo e Aceito (rito de origem francesa) não possui fundo em dégradé como os dois apresentados na questão. Aliás, tradicionalmente o fundo nem deveria apresentar cor.

O Painel adotado no GOB, página 84 do Ritual em vigência não expõe esse fundo apresentado nos exemplos anexos inseridos na vossa questão, até porque tal fundo não representa a abóbada celeste decorada comum no Rito em questão.

Embora até sugestiva a sua colocação, o Painel da Loja não represente essencialmente a topografia da Sala da Loja (Templo). O lado mais claro sob o ponto de vista do Hemisfério Norte no Painel está representado pela marcha do Sol com as três janelas – note que no Norte elas não existem.

Quanto aos Vigilantes, a joia distintiva (nível) do Primeiro está no lado Norte, enquanto que a do Segundo (prumo) está na banda Sul (Painel do GOB). Assim também estão as joias fixas – Pedra Bruta no Norte e a Cúbica no Sul.

Quanto ao Sol e a Lua. No Painel correto o primeiro estará no lado nordeste em consonância com o lugar do Orador (emana as Leis), enquanto que a segunda estará posicionada a sudeste correspondendo ao Secretário (luz reflexa – anota as leis emanadas).

Nesse sentido o Sol e a Lua (luz ativa e luz passiva) expostos no Painel representam essas duas Dignidades, nunca simbolizando o lado mais escuro ou mais claro do recinto.

Quanto à abóbada decorada que recobre a Sala da Loja, ela é no Rito Escocês a representação do firmamento, onde o Sol é ali colocado para representar o Oriente (nascente) e a Lua no Ocidente para simular o ocaso.

Nesse caso existe a analogia do Venerável com o Sol colocado no Oriente e do Primeiro Vigilante com a Lua colocada no Ocidente. Painel da Loja e Abóbada Celeste são alegorias distintas. 

Sem qualquer intuito de propaganda, sugiro ao Irmão a aquisição do livro Exegese Simbólica para o Aprendiz Maçom – Tomo I de minha autoria – www.atrolha.com.br – onde dedico estudos sobre os Painéis da Loja.

T.F.A. 
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr.1015, Florianópolis (SC) – sexta-feira, 14 de junho de 2013

PERTENCER À MAÇONARIA

Alfonso Rameta Dos S. Neto
Muitos confundem o Pertencer à Instituição Maçônica, com fato de que a partir de seu ingresso, é como se abrisse um portal, um umbral cósmico, e toda problemática que envolve o viver em sociedade se resolve, como num passe de mágica.

Ledo Engano. O Estar Maçom, que é o mesmo que Pertencer à Instituição Maçônica, é bem diferente e Distante do Ser Maçom. Estar ou Pertencer, é fácil. Principalmente nos dias atuais.

Bastou preencher requisitos específicos, ter proeminência social e status, ter posses financeiras, enfim, estar dotado de efemérides que despertem o interesse de uma Instituição Maçônica, que certamente, sem muita dificuldade, você estará Maçom.

Agora Ser Maçom, ainda que estando, Ah, isso é muito difícil e quase impossível. Muitos se enfurecerão com esse escrito, mas tudo bem, em sendo Maçom, já me acostumei com a ira e a intolerância dos meus diletos irmãos.

Ser Maçom, de verdade, é a tarefa mais árdua da maçonaria. É realmente estar inserido nesta sociedade, e permitir que ela se insira e aja no seu coração e atitudes.

É mais se doar como pessoa, saber ouvir, respeitar as posições e contra pontos adversos de seus irmãos. É reconhecer a todos, absolutamente todos, de forma indistinta, primando somente pelos Old Charges, os Velhos Costumes.

Sem Estar aprisionado, às convencionalidades mundanas e humanas, que se interpuseram institucionalmente entre os que estão e são, como meio de mediação separatista, dicotomizadora, segregacionista.

Como critério classificatório de quem legitimamente é ou está. Na somatória única, todos hora estamos e hora somos, movidos nessa maré babelistica, que como canto de sereia, nos entorpece a consciência e os ouvidos e perdemos o senso real.

Ser ou estar, é optativo, cabe a cada um de nós esta opção.mas vale muito a reflexão, de que sendo ou estando Maçom, assim o sou, porque somente eu adentrei ao umbral, e não permiti ser adentrado pela instituição?

O princípio da falência ordinal, foi deixar a vaidade adentrar. A resignificação é possível, se voltarmos ao empirismo, onde todos éramos e não estávamos.

Texto Reflexivo De Um Eterno Aprendiz

Fonte: Facebook_O Templo e o Maçom

quinta-feira, 26 de outubro de 2023

REAA - ENTREGA DAS LUVAS FEMININAS

Em 20.05.2023 o Respeitável Irmão Joséllio Carvalho, Loja Libertas Quae Sera Tamen, 1180, REAA, GOB-MG, Oriente de Ipanema, Estado de Minas Gerais, faz a pergunta seguinte:

LUVAS FEMININAS

Tenho uma dúvida, qual talvez possa ser a de outros irmãos, por isso recorro a ti. Na iniciação são entregues luvas para o novo Irmão e a Cunhada.

Os Irmãos mais antigos dizem que a luva da cunhada por ser usada por ela para identificação e pedido de socorro, como se fosse um sinal, mas nunca vi isso descrito pelo GOB ou outra Obediência.

Além do belo simbolismo da luva branca, ela tem alguma serventia prática para a esposa de um maçom?

CONSIDERAÇÕES:

Veja, em lugar algum no ritual do REAA em vigência no GOB está escrito que o Aprendiz recém iniciado deva entregar o par de luvas femininas especificamente à sua esposa.

Notadamente lhe é dito que ele deve entregar àquela que lhe causar maior estima. Isso quer dizer que à sua escolha ele livremente pode entrega-las à sua esposa, sua mãe, sua madrinha, avó, filha, tia, ama de leite, etc.

Obviamente que isso não dá brecha para destiná-las a uma amante, por exemplo, pois se parte do pressuposto de que durante as sindicâncias no processo de admissão nada foi constatado de imoral que maculasse a conduta do candidato, o que fez com que ele fosse aprovado limpo e puro.

No caso do REAA, onde o Aprendiz tem a liberdade de entregar o par de luvas àquela que ele julgar segundo a sua determinação, a Maçonaria procura dar com isso uma lição de liberdade, em oposição a qualquer ato de imposição.

Assim, em se tratando do REAA, conforme o ritual, o Iniciado é quem escolhe a quem entregar o par de luvas.

Nesse sentido, é oportuno lembrar que também não existe nenhuma orientação prevendo entrega formal à pessoa escolhida. Cabe ao iniciado escolher quando e como particularmente ele fará a entrega. À vista disso, não é dado o direito de ninguém interferir no momento e na escolha.

No que diz respeito ao “sinal de socorro” com as luvas para a portadora das mesmas, afirmo peremptoriamente que no REAA essa prática não existe, portanto, nem merece comentários da minha parte, até porque não se encontra relatado nem mesmo no ritual em vigência e nem no SOR.

Por oportuno, reitero que essas considerações são atinentes ao ritual de Aprendiz do REAA em vigência no GOB, a despeito de que podem existir rituais de outros ritos que possam adotar práticas que envolvem esse tema. Assim, insisto em afirmar que não se admitem práticas de outros ritos em um outro determinado rito. Respeite-se antes de mais nada a sua estrutura doutrinária original. Trocando em miúdos, isso quer dizer que “cada macaco fica no seu galho”.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

FRASES IUSTRADAS

LUVAS

Verbete extraído do Vade-Mécum
Do Meio-Dia à Meia-Noite
Ir∴ João Ivo Girardi

LUVAS: [got. lôfa: palma da mão] 1. História: Segundo registros históricos os egípcios foram os primeiros a fazer da luva um acessório. Eles utilizavam as luvas na construção e na lavoura, por volta de 1500 a. C. Na tumba do rei Tutancâmon, arqueólogos recuperaram um par de macias luvas de linho, embrulhado por camadas de tecidos, e uma luva avulsa, em tapeçaria, feita com linhas coloridas. Os cordões em volta dos punhos das luvas indicavam que eram amarradas no pulso. A luva comumente é usada para proteger do frio, proteger a mão de ferimentos, para a prática de diversos esportes, e como acessório de moda, especialmente feminino. Por volta de 1920 as luvas surgem nos Estados Unidos e são popularizadas na Grã-Bretanha por Henry Cotton. A luva surgiu nesta época para práticas do golfe, sua forma fina permitia a sensibilidade das mãos durante os movimentos para o esporte. Na década de 30 Jean Patou e a italiana Schiaparelli são nomes de destaque, responsáveis por um pequeno alongamento da saias (agora, elas cobrem totalmente os joelhos) e pela criação dos vestidos colados ao corpo graças ao cinema, classes sociais não dispensam o uso de luvas e carteiras. Até mesmo as roupas íntimas aderem ao requinte: Mulheres de alto poder aquisitivo usam combinações em crepe da china. A constante difusão das novas propostas através da imprensa no inicio do século XX coloca a elegância ao alcance de um público mais numeroso. As mulheres imitam, copiam, adaptam e começam a se deixar fascinar pelo brilho das estrelas de Hollywood que invade as telas. O uso das luvas torna-se mais comum e
elegante, vários estilistas adaptam o estilo das luvas as estrelas tornando o acessório popular.

2. Luvas Cirúrgicas: Tudo começou com uma história de Amor: Até o início do século XX, não se preconizava o uso de luvas durante as operações, apesar de já se estarem utilizando soluções anti-sépticas para limpar as mãos dos cirurgiões e auxiliares. A invenção das luvas cirúrgicas começa com uma história de amor platônico entre um médico e sua enfermeira: o Dr. William Stewart Halstedt (1852-1922), grande cirurgião americano, inventor de dezenas de instrumentos cirúrgicos e apetrechos hospitalares, quando era chefe de um hospital em Baltimore, ainda solteirão convicto, se apaixona, secretamente, platonicamente, pela enfermeira Caroline Hampton, que o auxiliava nas
cirurgias. À época os trabalhos pré-operatórios exigiam dos profissionais a lavagem das mãos em fortes soluções anti-sépticas, já que não havia luvas. Carol, com isto, desenvolveu uma dermatite de contato com tais substâncias. Com as mãos feridas ela não podia auxiliar Halstedt. Desespero para o médico. Ele só aceitava operar se fosse com a ajuda dela, tamanha era a paixão da presença, a segurança e a confiança que Carol lhe transmitia. Apreensivo, em busca de uma solução para o conflito, Halstedt procurou um microempresário chamado Goodyear (mais tarde um dos maiores produtores de pneus do mundo) e pediu-lhe que fabricasse um par de luvas de borracha para a enfermeira. Assim foi feito. Para não constranger a amada, pois as luvas eram de borracha preta (tecnologia da época), Halstedt encomendou pares para os demais auxiliares. E a partir do uso contínuo das luvas, constatou-se que as infecções pós-operatórias, praticamente, desapareceram. Ele então determinou que em todas as cirurgias fossem usadas as luvas, procedimento logo difundido em todo o mundo até se chegar ao uso das finíssimas luvas atuais. Halstedt e Carol trabalharam por muito tempo, cada vez mais unidos pelos fortes laços do amor, casaram-se e moraram na cobertura do Hospital até a morte dele em 1922. As luvas cirúrgicas continuaram, por muito tempo, sendo chamadas de as luvas do amor, em respeito à história dos dois e pela pureza que imprimiam no contato com as feridas dos enfermos.

3. Maçonaria: Na Maçonaria operativa, era costume o Aprendiz inscrito oferecer um par de luvas a cada membro de sua Loja como mostram os Estatutos de Schaw, dirigidos em 1559 à Loja de Kilwinning (Escócia), o mais antigo documento de Loja conhecido. Para os maçons operativos, as luvas, assim como os aventais, eram apenas um acessório de proteção durante o trabalho. Quando a Maçonaria tornou-se especulativa, o caráter das luvas mudou totalmente. Foi a Loja que passou a ter o costume de oferecer as suas luvas ao candidato, isto data de 1723. Na Maçonaria moderna, as luvas têm, então um simbolismo duplo. Conservam o significado antiquissimo de acessório de trabalho para as mãos, mas a ele acrescenta-se, em razão da brancura das luvas, o da pureza que deve caracterizar as mãos dos maçons. O ritual maçônico une-se assim ao de vários cultos, que prescrevem que se cubra a mão para o cumprimento de funções sagradas. (...) Quando Goethe foi iniciado, ofereceu o par de luvas brancas que recebeu na Loja à condessa Von Stein e observou a ela que, se o presente era insignificante, pelo menos um maçom não poderia ofertá-lo mais do que uma única vez em sua vida. (23.06.1780). As Luvas Brancas são usadas na Maçonaria como símbolos de pureza, de inocência, de candura. (...) No século XVII, quando alguém era aceito na Confraria como maçom, devia oferecer um par de Luvas a todos os presentes em sua Iniciação. Posteriormente a Maçonaria moderna, ampliando-se, teve de modificar este costume, invertendo-o. (...) Candura: As brancas, usadas nos Graus Simbólicos, constituem no símbolo da pureza. Variam de cor nos diversos Graus Filosóficos do REAA. (...) Uso das Luvas: O uso das luvas tem intima relação com o Avental. Encontraremos nos rituais continentais da Franco-Maçonaria que era usado na França e na Alemanha e em outros países, que costumavam presentear luvas aos candidatos recém-iniciados, o avental de pele de cabra e as luvas que em duplicata para presentear a mulher amada. O simbolismo máximo das luvas, vem a ser o que fazes com as mãos ou o que tuas mãos fizeram. Quando são presenteadas as luvas à mulher que ama, representa a pureza desta mulher, assim sendo, o avental e as luvas são igualmente símbolos da pureza dos atos de cada um. Pode-se dizer que o avental refere-se ao amor puro e as luvas, as mãos limpas de seus atos, simbolizando a purificação que simbolizada pela ablução compreendia a purificação nas cerimônias das antigas iniciações dos mistérios sagrados. As mãos são símbolos das ações humanas e a pureza destas ações, estão condensadas na pureza da brancura das luvas. Nos antigos mistérios o lavar as mãos era sempre precedido de qualquer cerimônia iniciática, era o símbolo de: estar limpo e puro de todas as nódoas do mundo profano. Na entrada do Templo, na ilha de Creta estava escrito: Limpa teus pés, Lava tuas mãos e depois entra. Não resta dúvida que o Lavabus lavar as mãos como símbolo de pureza, é característico dos antigos rituais, nada se pode oferecer ao Senhor, sem estar com as mãos limpas. Pilatos disse: Sou inocente do sangue deste justo, e lavou as mãos. As luvas na Antigüidade eram também usadas para proteger as mãos do frio e do trabalho rude. Os maçons as usam para perpetuar suas obras sempre limpas e puras. As esposas dos maçons as portam em suas bolsas, para serem utilizadas em emergência. O gesto de segurá-las com os dedos polegar e indicador afastado do corpo indica que esta solicitando socorro, e então todo o maçom irá em seu auxílio. (...) Tem sido usadas pelos maçons como símbolo do trabalho e da pureza. Na lenda da construção do Templo de Salomão, os Mestres-Construtores usaram Luvas e Aventais brancos durante os funerais de Hiram Abif, para mostrar que não tinham nenhuma ligação com seu assassinato. Até hoje os Aventais e Luvas são usados, em cerimônias. Depois de sua recepção, o Aprendiz recebe dois pares de Luvas Brancas, um dos quais se destina a ele e o outro à dama que ele mais amar - com isso, a Maçonaria mostra seu apreço à mulher, ao feminino. A Luva Branca recebida no dia de sua Iniciação tem como objetivo, lembrar os compromissos assumidos pelo maçom. Simbolicamente demonstra a pureza, a lealdade, e a honestidade: que não há o sangue de Hiram Abif nas mãos daquele maçom. (...) Oswald Wirth: - As Luvas brancas recebidas no dia da sua Iniciação, evocam para o maçom a lembrança de seus compromissos. A mulher que lhos mostrará quando estiver prestes a enfraquecer há de lhe aparecer como a sua consciência viva, como a guardiã de sua honra. Que missão mais elevada poderia ser confiada à mulher que mais direito tem à nossa estima? O Ritual faz notar que não é sempre aquela que se ama mais, pois o amor, muitas vezes cego, pode enganar-se sobre o valor moral daquela que deve ser a inspiradora de todas as obras grandes e generosas. (...) Para a mulher que mais ama: Com o Avental davam-se ao recém iniciado, e em alguns países este costume ainda persiste, dois pares de luvas, um para ele e outro para que ele dê à mulher que mais ama.

As luvas brancas são um símbolo evidente da pureza de intenções que o maçom sempre deve observar em suas ações: fazer o Bem pelo próprio Bem, esforçando-se em toda atividade ou trabalho, para fazer o melhor que puder para a Glória do Grande Arquiteto, ou seja, para a expressão do Divino, em vez de deixar-se guiar pelas considerações de conveniência e utilidade material ou visar principalmente o fruto ou benefício direto da ação. Eis aqui o significado das luvas brancas que se lhe oferecem, e que ele deve ter cuidado de não deixar sujar e manchar com o egoísmo e com a escravidão das paixões que embrutecem o homem. Com o outro par de luvas, para a mulher que mais ama, a Maçonaria quer mostrar como sua influência moralizadora, iniciática e regeneradora, deve estender-se também à mulher, ainda que esta não seja diretamente admitida nos seus trabalhos. Com estas luvas, a mulher que cada recém iniciado reputa como a mais digna de possuí-las, ingressa espiritualmente na Corrente de Solidariedade Ideal e Construtiva que a Maçonaria forma no mundo todo, como companheira do homem, sem necessidade de passar pelas provas de iniciação. Assim pois, apesar de que alguns pretendem franquear-lhes e outro negar-lhe a entrada em nossos Templos, a debatida questão de admitir a mulher na Maçonaria acha-se já potencialmente resolvida a seu favor, pois que pelas qualidades que a fazem estimar, fica admitida nesta forma, e adotada espiritualmente no seio da Instituição. Em vez das luvas, usa-se entregar, em alguns países, um Maço e um Cinzel, símbolos do trabalho que o Aprendiz deve executar sobre si mesmo, despojando-se das asperezas da pedra bruta que representa sua personalidade, e uma régua para que nunca se separe da linha reta do dever. Estes símbolos são relativamente equivalentes e não é necessário discutir o valor de uma preferentemente aos outros. O essencial é reconhecê-los como símbolos e por em prática seus ensinamentos alegóricos. (...) Ensaio: Com o Avental davam-se ao recém iniciado, e em alguns países este costume ainda persiste, dois pares de luvas, um para ele e outro para que ele dê à mulher que mais ama. As luvas brancas são um símbolo evidente da pureza de intenções que o maçom sempre deve observar em suas ações: fazer o Bem pelo próprio Bem, esforçando-se em toda atividade ou trabalho, para fazer o melhor que puder para a Glória do Grande Arquiteto, ou seja, para a expressão do Divino, em vez de deixar-se guiar pelas considerações de conveniência e utilidade material ou visar principalmente o fruto ou benefício direto da ação. Eis aqui o significado das luvas brancas que se lhe oferecem, e que ele deve ter cuidado de não deixar sujar e manchar com o egoísmo e com a escravidão das paixões que embrutecem o homem. Com o outro par de luvas, para a mulher que mais ama, a Maçonaria quer mostrar como sua influência moralizadora, iniciática e regeneradora, deve estender-se também à mulher, ainda que esta não seja diretamente admitida nos seus trabalhos. Com estas luvas, a mulher que cada recém iniciado reputa como a mais digna de possuí-las, ingressa espiritualmente na Corrente de Solidariedade Ideal e Construtiva que a Maçonaria forma no mundo todo, como companheira do homem, sem necessidade de passar pelas provas de Iniciação. Assim pois, apesar de que alguns pretendem franquear-lhes e outro negar-lhe a entrada em nossos Templos, a debatida questão de admitir a mulher na Maçonaria acha-se já potencialmente resolvida a seu favor, pois que pelas qualidades que a fazem estimar, fica admitida nesta forma, e adotada espiritualmente no seio da Instituição. Em vez das luvas, usa-se entregar, em alguns países, um malho e um cinzel, símbolos do trabalho que o Aprendiz deve executar sobre si mesmo, despojando-se das asperezas da pedra bruta que representa sua personalidade, e uma régua para que nunca se separe da linha reta do dever. Estes símbolos são relativamente equivalentes e não é necessário discutir o valor de una preferentemente aos outros. O essencial é reconhecê-los como símbolos e por em prática seus ensinamentos alegóricos. (...) Na iniciação do REAA é dado ao neófito dois pares de luvas, um para ele e outro para que ele dê à mulher que mais ama. As luvas brancas são símbolos evidentes da pureza de intenções que o maçom sempre deve observar em suas ações: fazer o Bem pelo próprio Bem, esforçando-se em toda atividade ou trabalho, para fazer o melhor que puder para a Glória do Grande Arquiteto, ou seja, para a expressão do Divino, em vez de deixar-se guiar pelas considerações de conveniência e utilidade material ou visar principalmente o fruto ou benefício direto da ação. Este é o significado das luvas brancas que se lhe oferecem, e que ele deve ter cuidado de não deixar sujar e manchar com o egoísmo e com a escravidão das paixões que embrutecem o homem. Com o outro par de luvas, para a mulher que mais ama, a Maçonaria quer mostrar como sua influência moralizadora, iniciática e regeneradora, deve estender-se também à mulher, ainda que esta não seja diretamente admitida nos seus trabalhos. Com estas luvas, a mulher que cada recém iniciado reputa como a mais digna de possuí-las, ingressa espiritualmente na Corrente de Solidariedade Ideal e Construtiva que a Maçonaria forma no mundo todo, como companheira do homem, sem necessidade de passar pelas provas de iniciação. Assim, pois, apesar de que alguns pretendem franquear-lhes e outro negar-lhe a entrada em nossos Templos, a debatida questão de admitir a mulher na Maçonaria acha-se já potencialmente resolvida a seu favor, pois que pelas qualidades que a fazem estimar, fica admitida nesta forma, e adotada espiritualmente no seio da Instituição. Em vez das luvas, usa-se entregar, em alguns países, um malho e um cinzel, símbolos do trabalho que o Aprendiz deve executar sobre si mesmo, despojando-se das asperezas da pedra bruta que representa sua personalidade, e uma régua para que nunca se separe da linha reta do dever. Estes símbolos são relativamente equivalentes e não é necessário discutir o valor de una preferentemente aos outros. O essencial é reconhecê-los como símbolos e por em prática seus ensinamentos alegóricos. A História cita vários exemplos de que os pedreiros-livres contratados recebiam de seus contratantes um avental de pele e luvas. Um exemplo muito citado pelos maçons é o do historiador César Cantu, que aludiu aos pedreiros contratados pela paróquia de Suffolk, Inglaterra, sob o reinado de Henrique VI (século XV). Pelo contrato, os ‘masons’ recebiam, além do abrigo os aventais de pele e as luvas. Em Ely, em 1322, o sacristão comprou luvas para os maçons envolvidos na nova obra no Colégio de Eton. Em 1456, cinco pares de luva foram fornecidos para assentadores das paredes como o costume pode ter exigido. Em York, em 1423, dez pares de luva foram fornecidos aos maçons engastadores a um custo total de 18 pence. Em Ayr, Edimburgo e St. Andrews há um grande número de registros de luvas fornecidas a lenhadores e assentadores de 1598 a 1688. Todos esses registros se relacionam a maçons trabalhando. Contudo, havia para os maçons em suas Lojas outra fonte de fornecimento. De 1599 em diante, há evidência de que os maçons foram obrigados a fornecer um par de luvas para cada um dos Irmãos no dia da sua entrada na Loja, como parte das taxas de admissão. O mais antigo registro oficial sobre o assunto está nos Estatutos de Schaw, endereçados à Loja de Kilwinning em 1599, que exigiam que todos os Companheiros de Ofício, na sua admissão àquele grau pagassem 10 libras escocesas com 10% para luvas. Os registros da Loja de Melrose, de 1674 e 1675, mostram como Aprendizes e Companheiros, na sua admissão, deviam pagar as taxas obrigatórias com luvas suficientes para toda a companhia. Em Aberdeen, em 1670, o Aprendiz foi chamado para pagar 4 rex dollars, com um avental de Unho (linho) e um par de boas luvas para cada um dos Irmãos. Em Dunblane, em 1724, a Loja apresentou luvas e aventais para os seus entrantes. Em Haughfoot, em um período tão tardio quanto 1752, a loja determinou que ninguém possa Entrar aqui a partir de agora sem um par de Luvas para cada um dos membros da Loja. Em 1723, uma edição espúria maçônica, agora conhecida como A Mason’s Examination, foi publicada em um jornal londrino, o Flying Post. As suas palavras iniciais são as seguintes: Quando um maçom é iniciado, depois de ter dado a todos aqueles que estão presentes na Fraternidade um Par de Luvas masculinas e Femininas e um Avental de Couro. Esta é a mais antiga referencia conhecida a luvas femininas em relação à prática maçônica não-operativa, que, a partir de então, se tornaram parte regular do procedimento de admissão. O ˆ, a mais antiga publicação espúria francesa conhecida, de 1737, registra que um Aprendiz recebeu um avental de pele branca, um par de luvas para si mesmo e um par de luvas femininas para aquela que é mais estimada por ele. A mesma prática aparece, em linguagem mais ou menos galante, em praticamente todos os relatos da cerimônia de iniciação do século XVIII. Na Inglaterra (e Escócia), o fornecimento real de luvas aos poucos saiu de moda, e o seu custo (isto é, dinheiro de luvas) geralmente era adicionado às taxas de entrada. Depois do início do século XIX, as luvas praticamente desapareceram das atas e regulamentos das Lojas. No Manual do Aprendiz de Aldo Lavagnini (Magister: Com o avental davam-se ao recém iniciado, e em alguns países este costume ainda persiste, dois pares de luvas, um para ele e outro para que ele dê à mulher que mais ama. Com o outro par de luvas, ‘para a mulher que mais ama’, a Maçonaria quer mostrar como sua influência moralizadora, iniciática e regeneradora, deve estender-se também à mulher, ainda que esta não seja diretamente admitida nos seus trabalhos. Com estas luvas, a mulher que cada recém iniciado reputa como a mais digna de possuí-las, ingressa espiritualmente na Corrente de Solidariedade Ideal e Construtiva que a Maçonaria forma no mundo todo, como companheira do homem, sem necessidade de passar pelas provas de iniciação. Ritual Adonhiramita: Nós não admitimos mulheres em nossos mistérios, mas rendendo sincera homenagem às suas virtudes, apraz-nos lembrar delas em nossos trabalhos. Recebei, pois, estas luvas, destinadas àquela que de vós tiver direito a maior estima e respeito, porque a vossa escolha deve ter sido digna de vós. Ritual Brasileiro: Estas são destinadas àquela que mais direito tiver à vossa estima e ao vosso afeto. Ritual Moderno: Embora ainda não admitamos as mulheres à iniciação maçônica, nós tributamos homenagens às suas virtudes e delas nos lembramos nos nossos trabalhos. O branco destas luvas lembra a candura que deve sempre reinar no coração do homem virtuoso. Nossos Irmãos vo-las ofertam para que as ofereçais, como dom, à mulher que mais direito tiver à vossa estima e ao vosso afeto. - Por que razão o Venerável, ao iniciar-vos, vos deu um par de luvas para ofertardes à mulher que mais amais e estimais? Porque ainda não admitimos mulheres à iniciação maçônica, mas tributamos homenagens às suas virtudes e delas nos lembramos em nossos trabalhos. Ritual Escocês: Estas são destinadas àquela que mais direito tiver à vossa estima e ao vosso afeto. Ritual Schröder: (não é a Loja que compra a luva masculina, o Profano já vem usando-as). Agora, calçai novamente as vossas luvas brancas. Nunca devereis ingressar em nosso Templo sem luvas. A cor branca deverá lembrar-vos que em nossa Fraternidade de Paz, não só nossas mãos, mas também nossos pensamentos e ações deverão permanecer sempre imaculados. - Segundo um antigo costume, cada maçom, por ocasião de sua Iniciação, recebe um par de luvas femininas. Com isto demonstramos que, embora as nossas Lojas estejam fechadas para elas, assegura-se ao sexo feminino estima e respeito. Se o novo Irmão for casado, então, após as palavras estima e respeito, dirá: Entregai estas luvas à fiel Companheira de vossa vida em sinal de nosso respeito e renovai a ela o vosso juramento de absoluta fidelidade. Se o novo Irmão for solteiro, o Venerável Mestre diz: Guardai estas luvas até que possais entregá-las a digna Companheira de vossa vida. Nos dois casos, o 1o Diácono coloca as luvas femininas na fita do avental, sobre o quadril esquerdo do novo Irmão. Entregai estas luvas à fiel Companheira de vossa vida. (Kleber Nascimento). (...) Rituais: Indumentária de Mestre: Em Loja de Mestre a indumentária continua sendo o terno preto, camisa branca, gravata, meias e sapatos pretos, acrescentando-se o chapéu e as luvas brancas...(RM). (...) Obedecendo a uma antiga tradição, ofereço-vos dois pares de luvas; um é para vós. Pela sua alvura, vos recordará a candura que deve reinar no coração dos Maçons e, ao mesmo tempo, vos avisará de que nunca deveis manchar as vossas mãos nas impurezas do vício e do crime. O outro será para oferecerdes àquela que mais estimardes e que mais direito tiver ao vosso respeito, afim de ela vos recorde, constantemente, os deveres que acabais de contrair para com a Maçonaria. Este oferecimento tem, também, por fim prestar homenagem à virtude da mulher, que, mãe, esposa, irmã, ou filha, é quem nos traz consolação, conforto e alento nas amarguras, nas atribulações e no desfalecimento de nossa vida. (RA). (V. Avental, Alvura, Branco, Candura, Cunhada, Guante, Iniciação).

Fonte: JBNews - Informativo nº 221 - 06.04.2011

quarta-feira, 25 de outubro de 2023

LEITURA E EMENDA NA ATA (BALAÚSTRE)

Em 20.05.2023 o Respeitável Irmão José Geraldo Soares, Loja Ciência e Virtude de Formiga, REAA, GOB, Oriente de Formiga, Estado de Minas Gerais, apresenta a questão seguinte:

LEITURA E EMENDA NA ATA

Estou tomando a liberdade de fazer contato com você para que possa me ajudar a esclarecer uma questão.

Em uma sessão em nossa loja, após a leitura da Ata, a palavra foi passada aos irmãos Vigilantes para que os irmãos se manifestassem nas suas respectivas colunas.

Em tempo, um dos assuntos da referida ata foi a leitura de carta de apresentação de um profano e manifestações dos irmãos sobre o profano.

Acontece que um irmão que havia se manifestado na sessão anterior quando foi lida a carta, não estava presente nesta próxima sessão quando foi lida a ATA, e o Irmão Primeiro Vigilante usando da palavra disse ao secretário que ele havia esquecido de mencionar a fala do Irmão que não estava presente naquele momento. O Secretário, o Venerável e o Orador disseram cada um na sua vez que o irmão Vigilante não poderia se manifestar em nome de outro irmão. Eu não entendi isso e durante a palavra a bem e da ordem, mencionei que no ritual não constava isso, e que estava claro lá que o Venerável concedia a palavra aos Irmãos que tivessem alguma observação a fazer. Ademais questionei que na próxima sessão a ata a ser lida seria a desta sessão que participávamos, e que o Irmão que faltou estando presente, não iria ter conhecimento de que sua fala na sessão anterior não havia sido mencionada, ficando essa ata da sessão anterior incompleta.

Creio que meu pensamento está correto, ou seja, o Irmão Vigilante não cometeu nenhum erro ao mencionar que o Secretário havia omitido a fala de um irmão na ata, e que não caberia ao irmão faltoso única e exclusivamente essa observação.

Não sei se me fiz por entender, e caso precise de mais detalhes, pode me ligar sem problemas, pois gostaria de esclarecer este assunto.

CONSIDERAÇÕES

No caso, o 1º Vigilante está corretíssimo na sua atitude, pois ele detectou que o Secretário havia omitido algo que fora pronunciado na sessão relativa à ata que acabara de ser lida. Ora, o Vigilante não está falando em nome de ninguém, todavia está apontando uma falha na redação.

É impressionante como inventam procedimentos. Nesse contexto o Guarda da Lei, o Venerável e o Secretário estão completamente equivocados, pois o 1º Vigilante não está falando em nome de ninguém. Sinceramente, assusta ver o próprio Guarda da Lei inventando algo que não procede por não estar contemplado no ritual.

No mais, na página 52 do ritual em vigência está claro que se qualquer dos Irmãos tiverem alguma observação a fazer sobre a redação da Ata, a palavra lhes será concedida. Nada disso tem a ver com alguém falando em nome de outrem. Reitero, o 1º Vigilante está correto!

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br