A "Questão Religiosa" foi um conflito que ocorreu no Brasil, de 1872 a 1875, envolvendo um padre Maçom (José Luís de Almeida Martins) e a Igreja Católica.
Durante uma sessão festiva, aberta, esse padre proferiu um discurso criticando aqueles que combatiam a Maçonaria. Esse discurso foi publicado na imprensa e enfureceu o Bispo do Rio de Janeiro, D. Pedro de Lacerda, que intimou o padre a abandonar a Maçonaria.
Nesse período, o Frei Vital, recém-chegado de Roma e "intoxicado" pela campanha antimaçônica do Vaticano, entendeu que deveria tomar medidas contra os Maçons brasileiros. Com apenas 28 anos de idade, era o Bispo de Olinda e resolveu banir a Maçonaria de Recife, e tudo que ele conseguiu foi tumultuar a população que, ao final, invadiu a Igreja, o Colégio dos Jesuítas e o Jornal.
Não satisfeito, D. Vital interditou a Irmandade onde existiam vários clérigos maçons. Nesse período, para cessar a revolta, o Governo ordenou o levantamento daquela interdição, mas D. Vital, agora com o apoio do Papa Pio IX, que tinha excomungado a Maçonaria brasileira em 1873 (Quamquam dolore), negou obedecer ao Governo.
Por toda esta revolta, D. Vital acabou sendo processado e condenado a trabalhos forçados, mas o imperador D. Pedro II (que não era Maçom) comutou a pena, transformando-a em prisão simples. Dom Antônio de Macedo Costa, Bispo do Pará, foi se encolver e terminou preso também. Em 17 de setembro de 1875, D. Pedro II anistiou os dois bispos, a pedido de Duque de Caxias (Maçom), terminando assim a "Questão Religiosa".
Três anos depois, com apenas 33 anos de idade, D. Frei VItal Maria Gonçalves de Oliveira, faleceu em Paris, de uma doença que não foi identificada pela Medicina da época.
Fonte: Facebook_Curiosidades da Maçonaria
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